Moving Targets 1.4 - Empty Spaces

Título: Espaços Vazios
Resumo: Após o fim da guerra contra os kandorianos, Chloe e Oliver, assim como os demais da jovem Liga da Justiça, precisam encontrar um jeito de juntar seus pedaços e continuar... mesmo que seja mais difícil do que estavam imaginando.

Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Linha de tempo: os acontecimentos se passam depois do episódio Salvation.

Trailer - Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis

Capítulo 1 - Empty Spaces

(Parte 4 de 6)

Aeroporto de Metrópolis - 18 de maio de 2010

Algumas horas depois Oliver chegava ao Aeroporto de Metrópolis. Ele engoliu em seco, olhando para o horizonte. Ainda era possível ver a Watchtower dali. Ele sentiu uma mão em seu ombro e deu um suspiro, desviando seu olhar do edifício para Mia.

"Não acha melhor ligar pra ela?" Mia sugeriu ao seu mentor.

Ele a encarou e olhou de volta para a torre. "É", murmurou, "Você está certa. Não posso ir embora sem falar pra ela."

Mia concordou e acariciou seu ombro antes de tirar a mão. "Talvez ela tenha mudado de ideia, nunca se sabe."

"Talvez", ele respondeu baixinho. Mas por alguma razão ele sinceramente duvidava. "Por que você não vai se arrumando no avião?", ele sugeriu lhe dando um pequeno e fraco sorriso.

"Ok, eu vou te dar um pouco de privacidade", Mia falou dando um sorriso antes de subir as escadas do jatinho.

Ele agradeceu com um pequeno sorriso, que se desfez assim que pegou o celular e discou o primeiro nome da agenda.

Chloe tirou os olhos do monitor e pegou o telefone rápido, aliviada em ver que a ligação era de Oliver. "Ei, onde você está?"

Oliver ficou em silêncio por um tempo. "Estou no aeroporto", falou baixinho. "Onde você está?"

Ela parou, "Eu estou... na Watchtower", respondeu com cautela.

Seu peito doeu. "É, eu... imaginava que você estaria aí."

Apertando os lábios, ela respirou fundo, o coração disparando, ela sabia a resposta da pergunta que ia fazer, mas queria ter certeza. "Por que você está no aeroporto?"

Ele ficou calado por alguns segundos. "Porque estou indo para Star City."

Chloe parou e afastou o telefone do ouvido por um momento enquanto se sentava, pensando cuidadosamente nas palavras que ia usar. "Para ficar?"

"Esse era o plano", ele falou com a voz baixa, fechando os olhos.

"Acho que era", ela respondeu também num sussurro, passando a mão no rosto. "Eu não posso ir embora."

O aperto no peito aumentou. "Não achei que iria." Ele abriu os olhos novamente e fitou o chão, esperando que a dor não fosse tão óbvia em sua voz.

Ela engoliu em seco, quieta por um momento. Parte dela queria ir com ele, deixar Metrópolis e a Watchtower pra trás e começar de novo, longe dali, com Ollie e a equipe. Mas ela sabia que não podia fazer isso, não com Lois longe, abandonar Clark, depois de quase perdê-lo por não ter dado o apoio que ele precisava, por ter mandado ele embora e nem se preocupado em saber se estava acontecendo tudo de acordo com o planejado. Clark lhe contou tudo sobre a traição de Zod e como foi esfaqueado... ela deveria ter sido menos negligente com ele.

"Eu sinto muito", ela falou depois de um longo momento de silêncio.

Oliver sorriu, mas era um sorriso amargo. "Eu não esperava que você tivesse mudado de ideia, Chloe, não precisa se desculpar. Eu só imaginei que você deveria saber que eu estou indo embora." Se é que ela se importava. Ele passou a mão pelo rosto.

Chloe podia sentir a amargura em sua voz e foi difícil se segurar, não era a primeira vez que ela arruinava as coisas por ter que fazer o que era certo, só esperava que Oliver pudesse entender, mas não o culpava. "Vocês estão vindo pegar os computadores?" Eram dele afinal.

"Pode ficar", afirmou categoricamente. "A nova sede ainda não está pronta pra funcionar. Você vai precisar deles pra ajudar o Clark."

Seu estômago revirou enquanto ela fazia o possível para manter sua voz firme, e que estava apenas fazendo mais uma ligação de negócios, "Obrigada."

"Fico feliz em ser útil", Oliver respondeu com indiferença. "Acho que... se outro apocalipse começar em Metrópolis você nos avisa, certo?"

Com um suspiro profundo ela esfregou a mão no rosto. "Claro. E me avise se precisar de ajuda com alguma coisa." Embora ela duvidasse que ele faria isso, sabia que não estava perdendo apenas ele, mas todo o time também, mas não podia deixar isso a abater nesse momento.

"Com certeza", seus olhos ardiam e ele se forçou a respirar fundo, sentindo seu queixo enrijecer enquanto engolia tudo o que ele estava com vontade de falar.

"Boa viagem." Ela falou com a voz fraca, quase sumindo.

Oliver sentiu seu peito apertar dolorosamente e teve que fechar os olhos. "Eu mando uma mensagem quando a gente chegar lá", respondeu com a voz tão fraca quanto a dela.

"Obrigada", sua voz não passava de um sussurro, mas ela conseguiu se impedir de falar o quanto ia sentir falta dele.

"Tome cuidado. Tente não... arrumar muito problema." Ele suspirou profundamente.

Ela também, fechando os olhos, "Você também."

"Isso meio que vai contra nossa natureza", ele respondeu passando a mão no rosto, "Mas vou me esforçar."

"Eu também", ela concordou, um sorriso triste surgindo em seus lábios, "Ollie?"

Ele se encheu de expectativa. "Sim?"

"Aceite a ajuda dos outros, ok?", ela disse, "Não tente resolver tudo sozinho."

"Eu sempre faço isso Chloe", ele respondeu com os ombros caídos. "Não se preocupe comigo."

"Isso é impossível", ela falou baixinho, era o que ela sempre respondia toda vez que ele lhe fazia esse pedido, só esperava que ele ainda acreditasse nisso.

Ele suspirou e falou devagar, "Eu tenho que ir, o avião está esperando."

"Ok.", ela falou com tristeza, "Nos falamos depois."

"É", ele respondeu com suavidade. "Tchau, Chloe."

"Tchau, Olllie." Foi tudo o que ela conseguiu dizer.

Ele relutantemente desligou o telefone, olhando de novo para a Watchtower no horizonte, uma lágrima rolou pelo seu rosto. Ele nem se incomodou em secá-la. Simplesmente virou e entrou no avião.

***

Jatinho Queen - 16 de setembro de 2010

Chloe conseguiu voltar a dormir depois de um bom tempo deitada na pequena cama, pensando sobre como tudo poderia ter sido diferente. Mas um balanço forte do avião a fez acordar, ela se sentou assustada, olhando em volta, e quando o avião chacoalhou novamente, ela levantou, se segurando na parede e na porta enquanto voltava para a cabine principal.

"O que está acontecendo?"

Oliver fez uma pequena careta quando o avião balançou novamente e viu Chloe se desequilibrando. Ele se levantou instintivamente para ajudá-la. "Turbulência. Estamos passando por cima de uma tempestade", falou com a mão no ombro dela.

Ela ficou ainda mais assustada e se segurou com as mãos na cintura dele. "Acho melhor sentar."

"E apertar os cintos", ele acrescentou em concordância, sem pensar duas vezes antes de conduzi-la ao assento onde ele estava.

O avião balançou novamente e Chloe, mal havia caído na poltrona, segurou o braço dele para firmá-lo. "Você está bem?"

"Estou", ele garantiu, se acomodando no assento ao lado, apertando o cinto dela primeiro e depois o dele. "Essa é a única coisa que eu odeio num vôo."

"Obrigada", ela falou e deu uma olhada pela janela, pra ter certeza de que continuavam longe do chão. "Também não gosto nem um pouco."

Ele segurou e apertou a mão dela sem pensar. "Ficaremos bem."

Chloe também apertou a mão dele, sem perceber que esse era o contato mais próximo que eles tinham depois de meses. "Eu sei."

Oliver encontrou os olhos dela por um momento, suspirou com dificuldade e olhou pra mão deles.

Ela manteve o olhar um pouco mais, respirou fundo e voltou a atenção para a janela.

***

Watchtower, Metrópolis - 30 de junho de 2010

Ela estava andando de um lado pro outro, com o telefone na mão enquanto olhava de novo, e depois mais uma vez para o monitor principal, onde estava a mensagem que havia recebido há mais ou menos meia hora. Ela tinha que ligar pra ele, sem escapatória dessa vez. Ele tinha que saber pra que eles pudessem resolver, já que sozinha ela não conseguiria e com muita sorte ele não a deixaria de fora. Não que ela pudesse culpá-lo por isso.

Mas eles não se falavam desde que ele partiu. Trocaram algumas mensagens aqui e ali e ela conversou com Victor e Bart umas duas vezes, mas esse foi basicamente o único tipo de contato que teve com a equipe desde que foram para Star City. E ela sabia que a escolha havia sido dela, bem errada por sinal, de não ter ido com eles, e estava muito envergonhada com a besteira que fez para pedir que eles a aceitassem de volta.

O caso é que isso era realmente importante, muito mais do que seus problemas e com sorte muito mais do que a dor que ela o causou.

Finalmente ela parou de andar em frente ao monitor, respirou bem fundo e digitou o número dele, o coração batendo forte contra o peito.

Oliver encarou A.C., e balançou a cabeça irritado saindo da sala de treinamento pra atender o telefone, sem olhar no visor de quem era a ligação. "O quê?"

Ela arregalou os olhos ao ouvir a resposta, e piscou algumas vezes pra se refazer do susto. "Oliver? Não é uma boa hora?"

O ar fugiu completamente de seus pulmões ao ouvir a voz dela. "Não, eu só... Desculpe, eu não queria atender desse jeito. Eu..." Parabéns por ser um idiota, Queen, ele pensou, passando a mão no cabelo. "Eu não vi de quem era a ligação. O que aconteceu? Está tudo bem? Você está com algum problema?"

"Eu estou bem", ela respondeu, tentando resgatar o ar. "Tem alguma coisa errada?"

"Não, só... tendo um dia ruim. Nada demais. Mas o que aconteceu?" Ele respirou fundo se afastando mais da sala de treinamento.

Chloe refletiu por um momento, depois esfregou a mão no rosto. "Eu acho que consegui uma pista sobre os robôs...", se concentrando no trabalho.

Ele parou. Certo. Assunto de trabalho. Não deveria ter esperado outra coisa. "Oh?"

"Eu encontrei um protótipo muito parecido... Mas eu não fiz, eu não consegui fazer uma pesquisa no local." Ela admitiu conformada.

"Por que não?" ele perguntou incrédulo, franzindo a testa. Ele não conseguia imaginar Chloe impossibilitada de fazer o que quisesse, considerando quem ela era.

"O laboratório que o produziu fica na Alemanha", ela explicou.

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Qual o nome do laboratório? O que mais sabemos?"

"Projeto secreto, não tenho nada de muito concreto, eu tropecei nele por acidente. O nome do projeto é Fährtensucher, que significa perseguidor", ela contou rapidamente, apertando os lábios.

Ele franziu a testa mais ainda. "Perseguidor?", ele repetiu, indo pra sua mesa. "E até onde sabemos, o único lugar onde eles apareceram foi no prédio da Queen Industries?"

"Até onde eu sei." Ela respondeu voltando a andar. "Eu tenho olhado as imagens de satélite daquela noite por semanas. Não consigo vê-los em nenhum outro lugar. Aliás não é possível nem vê-los entrando no prédio, alguém os colocou lá."

Oliver refletiu por um longo momento. "Quem você acha que pode ter feito isso?", ele perguntou apesar de já fazer uma vaga ideia.

"Eu não sei", ela mentiu, não queria falar o nome que ela estava imaginando. "Acho que precisamos identificar a fonte antes de encontrarmos o responsável."

"Você acha que foi Mercy", ele não estava perguntando.

Chloe ficou imóvel e soltou o ar devagar. "Ela é uma suspeita."

"Era", ele a corrigiu, encarando o chão. "Então é melhor torcermos por isso, porque se tiver sido ela, pelo menos não teremos mais com o que nos preocupar."

Ela suspirou, esfregando a testa, a última coisa que ela queria era fazer uma acusação contra Tess na primeira vez que se falavam depois de tanto tempo e do quanto ela o machucou. "Como eu disse, eu não tenho nada de concreto."

"Você tem as coordenadas desse lugar na Alemanha? Eu posso mandar o Bart até lá pra dar uma olhada." Ele parou. "A não ser que você prefira mandar o Clark."

"Mande o Bart", ela respondeu rápido. Rápido demais. E acrescentou, "Eu posso te mandar todas as informações."

Oliver inclinou a cabeça para o lado. "Você está bem Chloe? De verdade?"

"Sim, eu estou bem", ela respondeu num tom muito baixo, mexendo nas coisas ao redor do computador. "Estou te mandando tudo o que eu tenho." Desse jeito se ele não quisesse falar com ela, não seria obrigado.

Ele refletiu por um momento. "Como estão as coisas em Metrópolis?"

"Calmas...", foi a melhor resposta que ela conseguiu dar, e não era exatamente uma mentira. "Como estão as coisas em Star City?"

"Imagino que Clark tem tudo sob controle por aí." Oliver respondeu.

Chloe afastou o telefone e tomou um pouco de ar, endireitando as costas e passando a mão no rosto antes de responder. "Clark se foi." Ela falou devagar após uma longa pausa.

Oliver se moveu pra frente da cadeira. "Se foi, igual a foi pro Quênia visitar a Lois?", perguntou cautelosamente. Ele sabia que Lois ainda estava no emprego no Quênia porque recebeu um e-mail dela alguns dias antes.

"Ele foi para o treinamento na fortaleza há umas três semanas atrás."

"Mas ele já não fez esse treinamento?", perguntou realmente confuso. "Não foi isso que ele fez nessa mesma época do ano passado?"

"Ele ainda não terminou. O treinamento vai levar alguns anos", ela respondeu, a voz sem emoção a não ser por um pouco de tristeza. "Quando Jor-El o trouxe de volta, completar o treinamento foi o preço que ele teve que pagar."

"Mas ele falou que tinha voltado pra proteger Metrópolis. E ele simplesmente levantou e saiu?"

"Ah não." Ela disse com uma risada sem jeito. "Dessa vez ele me avisou com uma semana de antecedência."

"Então você está aí sozinha?" Ele se levantou com o maxilar travado.

"Você não tem que se preocupar comigo", ela respondeu mantendo a voz o mais tranquila possível.

"Tarde demais pra isso." Ele respondeu soltando um suspiro. "Você quer vir pra cá?"

"Eu não quero atrapalhar as coisas", a voz baixa, "Afinal foi minha escolha ficar."

"Você não vai atrapalhar nada, Chloe. Você continua sendo parte dessa equipe." Seu estômago revirando enquanto começava a sentir novamente esperança.

Chloe refletiu, seu coração cada vez mais apertado com as palavras dele, ela o decepcionou, o machucou e ainda assim ele se preocupava, queria o melhor pra ela, "Acho que ficaria mais fácil pra trabalharmos em cima dos robôs se todo mundo estivesse junto."

Oliver fechou os olhos. "Bom, isso é... é, você está certa. Vai ser mais fácil se você estiver aqui com a gente. Quer que eu mande o jatinho pegar você? Ou... você precisa de um tempo pra arrumar as coisas ou..." Ele não conseguia entender porque as palavras realmente lhe fugiam, só sabia que seu coração estava disparado.

"Não, eu pego um avião aqui, eu vou... arrumar algumas coisas e ver se eu consigo pegar um vôo amanhã de manhã." Ela respondeu, evitando que ele ficasse preocupado em fazer coisas pra ela, afinal ela deveria ter entrado nesse avião com ele e Mia da primeira vez.

"Tem certeza? Porque não seria nenhum problema, Chloe." Ele prendeu a respiração.

"Sim, eu tenho certeza, não tem porquê você mandar o avião. Eu já estou pesquisando os vôos aqui", falou de olho no monitor.

Ele ficou calado um momento. "Você está... você precisa de alguma coisa?" Perguntou quase inaudível. "Se não quiser voar eu posso pedir pro Bart ir te buscar."

"Eu estou bem." Ela reiterou. "De verdade, Ollie", falou baixinho, já se sentindo melhor por ter sido convidada a ir para a Califórnia, pelo menos parecia que ele não a odiava por ter feito a escolha errada.

"Então tá bom", ele falou num suspiro. "Então eu acho... me avise ou avise alguém aqui quando você souber o horário do vôo pra gente ir te buscar."

"Tem um vôo saindo amanhã de manhã que chega aí às 12:15 hs, você acha que poderia -- daria muito trabalho?", ela perguntou, não querendo que ele se sentisse obrigado a ir buscá-la, mas também não queria dar a impressão de que não queria que ele fosse buscá-la.

"Sim. Sim, tudo bem, Chloe. Não é trabalho nenhum", ele falou carinhosamente.

"Ok", ela falou respirando fundo. "Acho que é melhor eu começar a arrumar minhas coisas."

"E eu te vejo amanhã então", ele se calou. "Quando você chegar aqui." Ele engoliu em seco.

"Obrigada", ela falou emocionada, "Por me receber de volta."

O coração dele disparou. "Você sempre terá um lugar na equipe, Chloe. Desculpe se não deixei isso claro antes."

"Eu é que fui estúpida em pensar o contrário", ela admitiu, prendendo a respiração ao se sentar novamente. "Já reservei a passagem."

"Foi rápida", ele sorriu de lado, passando a mão pelo cabelo.

"Só precisamos de alguns cliques para gastar dinheiro online", ela respondeu, agora com a voz mais leve.

"Imagino que sim", ele prendeu a respiração, "Então... te vejo amanhã certo?"

"Sim, estarei aí no comecinho da tarde", ela confirmou.

"Certo. Boa viagem." Ele falou com doçura.

"Obrigada, nos vemos em breve", ela respondeu, "Tchau, Ollie."

"Tchau, Chloe". Oliver respirou fundo e lentamente desligou o telefone.

Ela também desligou e deu um suspiro, foi bem mais fácil do que ela imaginou. Pelo menos ele ainda estava falando com ela. Logo depois, ela se levantou e pegou as chaves. Precisava pegar algumas coisas em Smallville antes de ir para a Califórnia.

"Vamos ter que esvaziar a sala de reposição." Oliver anunciou enquanto voltava para a sala de treinamento onde os outros estavam reunidos.

"Como assim?" Mia protestou com as mãos nos quadris.

Ele se virou pra olhar pra ela. "Chloe está vindo pra cá. O vôo dela chega amanhã no comecinho da tarde. Então temos muito o que fazer", concluiu dando uma olhada para os outros.

AC o encarou, surpreso, mas assentiu com a cabeça.

"Eu vou tirar meu equipamento extra de lá", Victor falou, indo em direção à porta.

Bart ergueu as sobrancelhas e virou a cabeça pra ele. "Ela vem?"

"Por quê?" Mia perguntou com uma careta. Ela destruiu o coração de Ollie e agora ela resolve que basta querer voltar e pronto, todo mundo tem que recebê-la de braços abertos? Não é bem assim.

Oliver a encarou. "Bem, primeiro porque ela conseguiu uma pista sobre nossos nada amigáveis robôs e precisamos da ajuda dela para continuar investigando. Segundo..." Ele prendeu a respiração e olhou para Bart, depois para Dinah e A.C.. "Clark foi embora para terminar seu treinamento. O que aparentemente vai demorar alguns anos."

"Clark A abandonou de novo?" Bart perguntou franzindo a testa.

Dinah ergueu uma sobrancelha olhando para Oliver e depois se virou para AC trocando um olhar com ele, mas permaneceu em silêncio.

"E daí?" Mia questionou, cruzando os braços sobre o peito. "Ela pode mandar o que ela descobriu e a gente continua daqui."

"Sim, ele a deixou de novo", Oliver respondeu com mais paciência do que ele estava tendo com cada um deles - com exceção de Mia - durante o último mês. "E ela está vindo porque eu pedi pra ela vir, Mia."

Mia apertou os lábios balançando a cabeça, encarando Oliver. "Muito bem, idiota", ela falou sem rodeios. "Porque quando o Clark voltar, ela simplesmente vai correr pra ele de novo e você vai voltar a ser o mesmo perdido que você tem sido esses meses." Mia falava o que pensava, ela foi ensinada assim, e depois, ela não gostava de ver Oliver se transformando nesse... fantasma que ele se transformou nos últimos meses. Além disso, sabia que ele estava bebendo muito e sendo grosseiro com todo mundo da equipe e isso a lembrava como seu pai costumava ser.

Dando mais uma olhada no fundo dos olhos dele, e sem olhar para mais ninguém, ela saiu da sala sem uma palavra.

Ele fechou os olhos, deixando ela ir por agora. Sabia que ela precisava de um tempo pra se acalmar antes de ele ir conversar com ela novamente. Ele reabriu os olhos, não surpreso ao perceber que todos olhavam pra ele.

"As coisas são complicadas, mas Chloe nunca deixou de fazer parte dessa equipe. Espero não ter que lembrá-los disso novamente." Sua voz era calma e segura, e sem esperar por nenhuma resposta, ele se virou e saiu.

Bart piscou algumas vezes e olhou para os outros. "Será que devemos... fazer alguma coisa?"

"Como o quê?" AC perguntou, olhando dele para Dinah.

Dinah balançou a cabeça. "Não, deixa ele lidar com a Mia sozinho, e nós vamos fazer o que pudermos para Chloe se sentir confortável quando ela chegar. A vida deles não é da nossa conta e, como Ollie falou, ela é parte da equipe."

AC concordou, sorrindo pra ela e olhando para o Bart. "Aquele quarto tá cheio de coisa. Quer me ajudar a esvaziá-lo?"

"Cara", Bart deu risada, erguendo as sobrancelhas. "Eu arrumo aquilo antes de você piscar."

"Ah é? Vamos ver se você consegue arrastar uma cama sozinho.", ele respondeu dando risada, indo para o quarto.

"É pra isso que o Cyborg existe." Bart respondeu seguindo AC. Ele sentia falta de ter Chloe por perto, e ele definitivamente ia conversar com Mia, quando ninguém estivesse olhando.

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PRÓXIMO

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