24.7.10

Moving Targets 5.2 - Red Flags

0001fhbr


TítuloBandeiras Vermelhas
Resumo: Encontrar Lex Luthor e obter respostas às suas perguntas pode ser prioridade, mas quando não conseguem ignorar a tensão entre eles, Chloe e Oliver se metem em problemas que poderiam ter sido evitados se tivessem escolhido resolver seus próprios impasses primeiro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

Histórias anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend

Red Flags: Trailer - Um - Dois - Três



Capítulo 5 - Red Flags
(Parte 2 de 3)


Laboratório Farmacêutico Metron, Metrópolis - 22 de outubro de 2010

Chloe abriu os olhos quando ouviu um homem gritar e se forçou a mexer a cabeça para ver o que estava acontecendo, seus olhos estavam embaçados por causa da dor, mas ela conseguiu ver um flash verde e foi suficiente para saber o que estava acontecendo. Definitivamente sua cor preferida naquele momento. "Frascos", ela sussurrou, fechando os olhos novamente.

"Shh", ele sussurrou de volta, pressionando a mão contra o ombro dela para parar o sangramento. "Não tente falar."

"Pegue os frascos", ela insistiu, abrindo os olhos um pouco. "Na geladeira", se contorcendo por causa da dor que a pressão da mão dele causava em seu ombro, fechando os olhos de novo.

Ele deu uma olhada no refrigerador, cerrando os dentes e levantando depressa, indo até a geladeira e encontrando os dois frascos com sangue. Ele hesitou por um momento e cuidadosamente guardou-os em seu cinto antes de voltar para o lado dela. "Tenho que levar você para o hospital", ele falou com urgência.

Chloe abriu os olhos novamente e olhou pra ele. "Dr. Hamilton", falou em um sussurro.

"Vou chamá-lo assim que chegarmos lá." Com muito cuidado ele deslizou os braços por debaixo dela, erguendo-a em seus braços.

Ela gemeu de dor e fechou os olhos com força, respirando fundo enquanto ele a movia.

"Desculpe", ele sussurrou, embalando-a contra seu peito, indo rapidamente em direção à porta. "Você vai ficar bem."

Com um suspiro profundo, ela tentou relaxar, mas sabia que não ia conseguir. Estava ferida o suficiente para sentir muita dor, mas não ferida o suficiente para desmaiar.

Seu coração batia rápido enquanto a carregava para fora do laboratório e pelo corredor até o elevador.

Ela se mexeu um pouco em seus braços, gemendo baixinho e se enrijecendo um pouco por causa da dor que sentiu ao se movimentar, então ela conseguiu ficar mais relaxada não sentindo mais a pressão contra suas costelas.

Percebendo que ela não estava se mexendo apenar por causa do tiro no ombro, ele olhou pra ela. "O que mais aconteceu?" Ele engoliu em seco.

"Costelas", ela engoliu, abrindo os olhos pra olhar pra ele.

"Quebrou?" Ele estava feliz que ela não pudesse ver seus olhos por causa dos óculos, senão teria visto o olhar ferido em seu rosto.

"Não sei", ela fechou os olhos novamente e suspirou profundamente, estremecendo ao mesmo tempo. Já estava se sentindo uma idiota.

"Está conseguindo respirar direito?" Ele perguntou preocupado, com a voz distorcida.

"Acho que sim", ela respondeu baixinho, pelo menos não sentia que algum de seus pulmões tivesse sido perfurado.

"Certo, eu vou tentar não mexer muito com você", ele falou, tão baixinho que nem saiu distorcida. Ele a carregou com muito cuidado pelo elevador e o corredor que levava à saída.

"Meu carro", ela falou, assim que estavam lá fora, "Um quarteirão norte", ela sabia que ele não conseguiria levá-la em sua moto e não queria nem pensar no quanto seria doloroso fazer o caminho pelos terraços.

"Eu sei, eu vi quando cheguei", ele admitiu, feliz que fosse outono e já estivesse escurecendo. Isso diminuía a possibilidade de ser pego em seu uniforme enquanto tentava colocar Chloe em segurança.

Ela assentiu um pouco e encostou a cabeça contra o peito dele, ia ter que se desculpar com ele depois, por ser uma idiota.

"Você está perdendo muito sangue. Preciso que você tente manter os olhos abertos pra mim, tudo bem?" Ele correu para o carro.

Chloe respirou tentando não respirar muito fundo, mas abriu os olhos de novo.

"Você vai ficar bem." Ele abriu a porta do carro e cuidadosamente a deitou no banco traseiro.

Ela arfou e gemeu enquanto ele a deitava, é claro, que para piorar, suas costelas estavam quebradas do lado esquerdo e o ombro baleado era o direito, então ela não podia se deitar em nenhum dos dois lados, ela se esticou e dobrou os joelhos assim suas costas ficaram totalmente apoiadas no banco.

"Desculpe." Ele rapidamente abriu o zíper de seu colete verde revelando a camiseta branca que vestia por baixo e encolheu os ombros para terminar de tirá-lo e jogou-o no banco do passageiro, então deu a volta até o banco do motorista, ligando o carro um segundo depois.

Chloe suspirou fundo e fechou os olhos quando o carro começou a andar. "Eu sinto muito", ela sussurrou baixinho.

Ele balançou um pouco a cabeça. Haveria tempo pra isso depois. "Não se preocupe com isso agora", ele falou olhando pra ela pelo retrovisor. "Apenas se concentre em ficar acordada, ok? Vamos chegar logo."

"Você não pode entrar", ela falou abrindo os olhos novamente.

"Sim, eu posso", ele respondeu sem hesitar.

"Seu uniforme" ela falou, respirando lentamente.

"Eu tirei o colete", ele respondeu afundando o pé no acelerador.

Chloe fechou os olhos e balançou um pouco a cabeça. "Você não pode tirar a calça."

"Ninguém vai perceber, Chloe. Não se preocupe comigo." Pelo amor de Deus. Ela havia sido baleada, provavelmente quebrado algumas costelas e estava preocupada com a possibilidade de alguém descobrir sua identidade secreta.

Ela se mexeu um pouco no banco de trás, tentando parar o sangramento no braço pressionando-o. "Eu posso andar." Ia doer, muito, mas suas pernas ainda estavam funcionando muito bem.

"Esquece", ele falou, seu queixo tenso. "Eu vou com você."

Com um suspiro ela descansou a cabeça contra o encosto do banco se esforçando para manter os olhos abertos.

Momentos depois ele estava encostando o carro na emergência do Hospital Geral de Metrópolis e estacionou o carro rapidamente saindo para ajudar Chloe.

Chloe se segurou nele usando o braço bom e suspirou fundo enquanto saía do carro. "Você devia ir se trocar."

"Eu vou assim que tiver certeza que você está bem." Ele colocou a mão no quadril dela, com medo de pressionar as costelas se segurasse ao redor da cintura.

Assentindo levemente, ela expirou devagar, queria discutir, mas sabia que era sem sentido agora, além do mais, andar realmente estava doendo mais do que ela imaginava, mesmo tentando não movimentar as costelas nem um pouco, mas não estava funcionando.

"Não seria mais fácil se eu carregasse você?"

"Não, está tudo bem", ela teimou, já era ruim o bastante que ele tenha tido que resgatá-la quando ela estava tentando provar uma teoria, tinha que se agarrar ao pouco de orgulho que ainda lhe restava.

Ele suspirou baixinho, ajudando-a a chegar na sala de espera da emergência. "Precisamos de ajuda aqui." Ele chamou.

Chloe estremeceu quando uma enfermeira veio correndo em sua direção, trazendo uma cadeira de rodas e ajudando-a a se sentar. "O que aconteceu?" Ela perguntou e Chloe viu um médico vindo logo atrás.

Oliver passou a mão pelo cabelo, seus olhos castanhos repletos de preocupação. "Ela foi assaltada", ele respondeu. "Ela foi atingida por uma bala no ombro e provavelmente tem algumas costelas quebradas."

O médico olhou para Oliver por um momento e depois para Chloe, checando seus sinais vitais por um segundo. "Qual é o seu nome?"

"Chloe Sullivan", ela falou, ofegando um pouco enquanto tentava respirar. Estar sentada fazia suas costelas doerem mais.

"Leve-a para a sala de cirurgia", o médico falou para a enfemeira e depois deu uma olhada para o outro homem. "Os sinais vitais dela estão bons, ela vai ficar bem", ele falou antes de se encaminhar na mesma direção em que a enfermeira levava Chloe.

Oliver o seguiu de perto, o coração batendo rápido contra o peito. "Tem certeza?"

"Terei certeza depois que examiná-la melhor", ele parou e olhou para Oliver. "Receio que você terá que aguardar na sala de espera."

Ele engoliu em seco, então assentiu devagar. "Tudo bem", ele sussurrou.

Chloe deu uma olhada pelo corredor quando a enfermeira a virou para entrar em uma das salas e olhou para Oliver, olhando em seus olhos até ele ficar fora de vista. Só esperava que ele fizesse o que ela falou e fosse trocar de roupa ao invés de ficar ali parado com aquela calça de couro verde brilhante.

***

Hospital Geral de Metrópolis - 23 de outubro de 2010

Graças a Bart, ele trocou de calça quando o jovem chegou ao hospital, e limpou o sangue que estava em suas mãos e debaixo das unhas. Ele andava de um lado para o outro na sala de espera da cirurgia, olhando preocupado em direção à sala onde Chloe desapareceu com a enfermeira e o médico algumas horas antes. "Não deveria demorar tanto."

"Não faz tanto tempo assim", Bart falou, mesmo achando que estava demorando muito e ele já estava preocupado.

"Faz seis horas, Bart", Oliver respondeu sem olhar pra ele. Ele engoliu em seco. "Ela estava perdendo muito sangue." E ele sabia, pelo estado que suas mãos ficaram.

"Mas o médico falou que ela ia ficar bem, certo?" O jovem perguntou, se levantando também.

"Foi o que ele disse", ele sussurrou.

"Então, ela vai ficar bem." Bart falou com firmeza.

Ele segurou a respiração e expirou lentamente, passando a mão pelo rosto. "Eu sou um idiota", ele murmurou.

Ao ouvir isso, Bart franziu a testa, ele sabia desde que recebeu o telefonema de Oliver que havia mais coisa nessa história, além de Chloe ser pega no meio de uma missão. "O que realmente aconteceu?"

Ele passou a mão pelo cabelo novamente e recomeçou a andar de um lado para o outro, aliviado que não tivesse mais ninguém perto deles. "Ela foi verificar um antigo laboratório onde o projeto Lazarus começou."

"Oh...", Bart franziu a testa um pouco mais. "E?"

"Ela foi sozinha, Bart."

Bart arregalou os olhos. "Dentro do laboratório do Lex?" Ele perguntou incrédulo. "Por quê?"

"Para provar alguma coisa, aparentemente", ele suspirou lentamente, e parou de andar, olhando para o jovem. "E porque estava chateada comigo."

"Que droga, Chloe", Bart falou, com a testa ainda franzida e balançando a cabeça. "O que ela estava tentando provar?"

"Que ela não precisa da minha ajuda. Com nada. Nunca." Ele fez uma careta.

"Acho que ela provou que estava errada", o jovem falou, cruzando os braços sobre o peito, estreitando os olhos. Ele não sabia o que estava acontecendo entre Oliver e Chloe e honestamente, não queria saber, mas Chloe devia saber disso.

"É tudo minha culpa", ele falou baixinho, olhando pra longe.

"Como? Tenho certeza que você não fez ela entrar lá sozinha."

"Eu falei pra ela que estava indo encontrar Tess."

Bart ergueu uma sobrancelha, sem entender o que isso tinha a ver com tudo.

Oliver segurou a respiração e expirou lentamente. "Ela odeia Tess."

"Tess também não é uma das minhas favoritas", ninguém que libertou milhares de kandorianos loucos na Terra e quase causou a morte de todos eles estaria em sua lista de Natal. "Mas não entendo porque ela achou que tinha que provar alguma coisa porque você foi encontrar Tess."

"Porque ela acha que Tess é perigosa. E que se eu posso me colocar em perigo sem ajuda, então ela também pode."

"Oh", Bart ergueu um pouco as sobrancelhas, isso fez um pouco mais de sentido, mas ele sabia que tinha mais coisa nessa história, mas achava melhor não ouvir.

Antes que Oliver pudesse dizer mais alguma coisa, ele ouviu passos se aproximando e se virou devagar para ver o médico se aproximando.

"Sr. Queen?" O médico se aproximou, erguendo as sobrancelhas.

Ele assentiu rapidamente, aproximando-se do médico. "Como ela está?"

"Ela perdeu muito sangue, mas vai ficar bem", o médico assegurou. "Removemos a bala e ela fraturou duas costelas, e por sorte, não houve nenhum dano interno."

Ele fechou os olhos. "Graças a Deus."

"Ela está acordada se quiser vê-la agora." O médico falou, se encaminhando para o corredor.

Oliver queria, mas não tinha certeza se ela queria vê-lo. "Sim, ok", ele murmurou olhando de volta para Bart.

Bart queria ver Chloe, também, mas preferia evitar estar por perto quando Chloe e Oliver provavelmente teriam uma conversa bem desconfortável. "Eu vou avisar aos outros. Volto mais tarde pra vê-la." Ele assegurou a Oliver.

"Obrigado, Bart." Ele falou baixinho, e então se virou para seguir o médico pelo corredor.

O médico levou Oliver até o último quarto do corredor e abriu a porta, mas não entrou. "Nos avise se ela precisar de alguma coisa."

Ele assentiu um pouco com a cabeça, engolindo em seco e hesitantemente entrando no quarto. "Chloe?" ele chamou baixinho.

Ela já estava olhando para a porta assim que ele entrou, tinha ouvido o médico falando com alguém e sabia que Oliver não tinha deixado o hospital. Apertando os lábios, ela começou a respirar bem fundo, mas parou. "Ei..."

"Como você está se sentindo?" Ele perguntou preocupado.

Como uma idiota. Ela respondeu mentalmente e depois encolheu os ombros. "Meio grogue."

"Acho que é normal." Ele permaneceu perto da porta.

Ela se arrumou na cama, estremecendo um pouco. "Você pode entrar."

Ele prendeu a respiração e hesitantemente adentrou o quarto. "Você está precisando de alguma coisa?"

Ela balançou um pouco a cabeça, mas não se moveu. "Quanto tempo durou a cirurgia?"

"Algumas horas", ele falou, aproximando-se da cama e depois parando.

Ela o observou por um momento e desviou o olhar. "Obrigada", ela parou um pouco. "Por ir atrás de mim."

Ele também desviou o olhar. "Você tinha dúvidas de que eu iria?"

"Não", ela admitiu. "Mas eu esperava que não fosse precisar de você."

"Eu imaginava que você dentre todas as pessoas estaria preparada para fazer mais do que apenas esperar, Chloe." Oliver olhou pra ela.

Ela olhou pra ele e depois suspirou. "Eu achei que o prédio estivesse abandonado, eu não teria entrado se soubesse que corria o risco de me machucar, Oliver." Ela parou por um momento. "Eu jamais me colocaria em perigo de propósito."

"Não, você jamais faria isso." Havia um pouco de sarcasmo em sua voz. Então ele expirou lentamente. "É melhor você... descansar um pouco. Conversamos sobre isso depois."

Chloe revirou os olhos e encostou a cabeça no travesseiro, olhando para o teto.

"Bart vai passar aqui mais tarde", ele falou, esfregando a nuca enquanto se virava em direção à porta.

"Ok", ela disse, olhando pra ele.

Oliver parou quando abriu a porta e olhou pra ela por sobre o ombro. "Estou feliz que você esteja bem", ele falou baixinho, quase inaudível.

Ela apertou os lábios, observando-o por um momento e depois olhando para baixo. "Eu não estaria se não fosse por você." Ela admitiu com uma pitada de derrota em sua voz.

Ele a observou por um momento. "Quando você estiver curada, vai começar seu treinamento." Ele a informou.

Chloe franziu a testa, erguendo as sobrancelhas. "O quê?"

Oliver olhou pra ela intensamente. "Você quer ser capaz de derrubar um cara igual ao que te atacou sem se ferir?" Ele perguntou, cruzando os braços sobre o peito.

Ela manteve o olhar, estreitando um pouco os olhos. "Conversamos sobre isso depois."

"Não." Ele balançou a cabeça. "Ou você me promete - pela vida da sua prima que não vai mais entrar numa dessas de novo - ou você concorda em começar o treinamento. Essas são suas opções, Chloe."

Chloe estreitou os olhos, e passou sua mão livre sobre o rosto então suspirou. "Certo", ela sabia pelo tom da voz dele que ele não ia mudar de ideia, então era melhor apenas concordar por agora. Eles iriam conversar sobre isso novamente depois, ele gostando ou não.

"Bom." Ele a observou por um longo momento antes de sair sem mais nenhuma palavra.

Ela o observou sair e respirou fundo, arquejando um pouco de dor, esperando que lhe dessem os próximos analgésicos logo.


_________
PRÓXIMO

_________________________________________________________________

Um comentário:

  1. Ai, pobre Ollie, só ele está sendo adulto até o momento... que que deu na Chloe? Jesus!!! Mas o treinamento seria ótimo, os dois juntinhos, treinando... etc... etc... uhu!!!

    ResponderExcluir

Google Analytics Alternative