Título: Bandeiras Vermelhas
Resumo: Encontrar Lex Luthor e obter respostas às suas perguntas pode ser prioridade, mas quando não conseguem ignorar a tensão entre eles, Chloe e Oliver se metem em problemas que poderiam ter sido evitados se tivessem escolhido resolver seus próprios impasses primeiro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Histórias anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend
Red Flags: Trailer - Um - Dois - Três
Capítulo 5 - Red Flags
(Parte 1 de 3)
Torre do Relógio, Metrópolis - 22 de outubro de 2010
Oliver andava de um lado para o outro em sua suíte, o telefone no ouvido. "Tudo bem. Qual é o nosso próximo passo?" Ele perguntou, esfregando a mão na nuca.
Fazia nove dias desde que eles haviam retornado de Gotham, passaram a maior parte do tempo procurando dia e noite por Lex, e não encontraram praticamente nada. Fora isso, Chloe não recebera mais mensagens de seu informante anônimo. De certa forma, Oliver sentia-se até um pouco aliviado com isso.
"Bem, a investigação sobre Adam me levou até o nome da Dra. Lia Teng, ela morreu em 2004 mas, aparentemente, chefiou o Laboratório Farmacêutico Metron aqui em Metrópolis. O laboratório não existe mais, mas podemos checar com os antigos funcionários se eles não sabem de alguma coisa, eu não ficaria surpresa se Lex tiver contratado alguém de lá para produzir o soro pra ele." Chloe falou, seus olhos no monitor enquanto falava, mesmo que Oliver estivesse usando o telefone, naquele momento a Watchtower era seu bluetooth gigante.
"É, isso faria sentido", ele parou, refletindo por um minuto.
"Estou verificando um relatório sobre os antigos funcionários agora." Ela falou.
"Imaginei que estivesse. Você está sempre um passo a frente." Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios.
Ela também sorriu e depois deu de ombros, feliz que ele não pudesse ver seu rosto. "Se você quiser vir pra cá, podemos terminar mais rápido, se nós dois estivermos verificando a lista."
"Sim, eu posso fazer isso", ele se calou, "Só preciso passar em um lugar antes."
"Oh", Chloe parou, erguendo um pouco a sobrancelha, "Onde você vai?" Ela perguntou antes que pudesse se conter.
Oliver prendeu a respiração. "Luthorcorp", ele admitiu calmamente, "Encontrar a Tess."
"Oh", ela não conseguiu falar mais nada em seguida.
"Eu tenho algumas coisas relacionadas ao trabalho pra tratar com ela e... acho que ela pode ser nossa fonte misteriosa", ele falou suavemente.
"Mesmo que ela seja nossa fonte, você acha que ela vai te contar?" Chloe perguntou, mas diferentemente de Oliver, sua voz não tinha nada de 'suave'.
"Não sei. Talvez sim. Talvez não." Ele suspirou.
"Tá mais pra não", ela falou categoricamente.
Oliver inclinou a cabeça para o lado. "O que foi?"
"Nada, pelo menos você vai se encontrar com ela na Luthorcorp desta vez", ela respondeu bruscamente. "Talvez queira levar seu jammer (bloqueador de transmissão de sinais)."
Um leve sorriso tocou seu rosto. Talvez a questão não fosse somente ela estar preocupada com sua segurança. Talvez, apenas talvez Chloe estivesse na verdade com ciúmes. "Estava planejando levá-lo."
"Bom e se ela te tocar", cerrando a mandíbula a esse pensamento. "Não esqueça de procurar por grampos."
Definitivamente com ciúmes, ele pensou, abrindo mais o sorriso. "Não vou esquecer de informá-la que você acha que ela está doente."
Chloe parou ao ouvir as palavras dele, depois revirou os olhos. "E garanta que seus reflexos continuem tão bons quanto seu senso de humor em caso de facas voadoras." Ela falou firmemente.
"Meus reflexos são melhores que meu senso de humor", ele respondeu.
"Isso é reconfortante", ela falou nada impressionada. "Se você vai passar em um lugar, eu também vou passar em um lugar."
Oliver parou. "Isso significa o quê?"
"O prédio onde a Dra. Teng constumava trabalhar fica do lado de fora da universidade. Vou lá dar uma olhada."
Ele franziu a testa. "Olha, não acho que seja uma boa ideia. Não sabemos quem pode estar observando aquele prédio, Chloe."
"Não sabemos quem pode estar observando a Luthorcorp ou a Watchtower ou mesmo a Torre do Relógio, Oliver." Ela teimou.
"Mas esses são lugares seguros, Chloe. Temos seguranças e câmeras. Você não sabe onde pode estar entrando. É só esperar e eu vou."
Chloe parou, erguendo suas sobrancelhas e agora ela sentia muito que ele não pudesse ver a expressão de pura descrença em seu rosto. "Então deixa eu ver se eu entendi, está tudo bem se você for, você, a pessoa com um alvo na testa, só pra constar, e se arriscar, mas não se eu for?"
Seu queixo ficou tenso. "Você não tem treinamento-de-campo, Chloe. Você não tem nenhum apoio, se entrar lá sozinha."
"Estou invadindo um laboratório, Oliver, não combatendo o crime", ela falou, seu queixo também tenso. "Eu tenho invadido laboratórios desde os quinze anos, acho que posso dar conta."
"É a parte da 'invasão' que me preocupa, e eu tenho que te lembrar que Lex Luthor provavelmente está vigiando esse dito laboratório?"
"Como eu disse, faço isso já há alguns anos, antes mesmo de você me conhecer." Ela respondeu andando pela Watchtower e pegando tudo o que ia precisar enquanto falava. "Invasão costumava ser minha especialidade."
"Essa é uma péssima ideia", ele a informou, "Olha. Então espera por mim. Nós vamos juntos."
"Com certeza" Chloe falou, jogando o abridor de fechaduras na bolsa e calçando suas botas. "Vou esperar."
"Promete?"
"Eu não vou te prometer nada", ela disse rispidamente. "Divirta-se com Tess."
"Chloe--"
"Falo com você depois", sem esperar pela resposta, ela encerrou a ligação. E sim, talvez essa não fosse a melhor das ideias, mas ela perdeu as contas de quantas vezes havia invadido os laboratórios da Luthorcorp, com e especialmente sem o Clark. Estava fazendo isso há anos e agora tinha muito mais experiência nesse tipo de coisa e tinha vários instrumentos, instrumentos para esse tipo de coisa, e não os que ela pegava do armário do tio Sam, quando Lois não estava olhando.
Além do mais, seria bom se o resto da equipe parasse de pensar nela como incapaz de fazer qualquer tipo de trabalho de campo porque ela não tinha 'treinamento-de-campo' como Oliver apontou.
Oliver tirou o telefone do ouvido e ficou olhando pra ele por um momento. "Droga, Chloe." Ele murmurou, indo pegar seu equipamento.
***
Laboratório Farmacêutico Metron, Metrópolis - 22 de outubro de 2010
Chloe deu um sorriso quando conseguiu entrar no prédio sem nenhum problema. Obviamente o laboratório parecia estar abandonado e ela já esperava não encontrar ninguém mesmo, mas era bom saber que estava certa.
Ela se dirigiu rapidamente para o piso inferior, usando as escadas ao invés do elevador para chegar aos laboratórios subterrâneos, para o caso de alguém estar atento ao barulho dos elevadores. Mesmo em um edifício supostamente vazio, era melhor ser cuidadosa.
Ela pegou o telefone e ligou o GPS, havia feito o download da planta da instalação para que pudesse se locomover com mais facilidade. Lentamente ela caminhou por um corredor, olhos e ouvidos alertas a qualquer tipo de som inesperado, seu coração batendo mais forte ao perceber que esse andar do subsolo, diferente do térreo, não estava empoeirado e não parecia nem um pouco abandonado. Na verdade, todas as lâmpadas estavam funcionando e não havia teias de aranha a vista.
Isso não era um bom sinal.
"Ei! Que diabos você está fazendo?" Uma voz masculina perguntou.
Chloe paralisou por apenas um segundo, e correu na direção oposta à voz. Infelizmente, isso significava que ela estava correndo para longe das escadas bem como do elevador, que ela sabia eram as únicas maneiras de sair. Ela correu depressa pelo corredor entrando silenciosamente em um laboratório vazio, prendendo a respiração e tentando ouvir os passos.
"Ela foi por aqui", uma voz falou, e os passos se afastaram do laboratório onde ela estava.
Ela fechou os olhos, se concentrando em ouvir os passos, dois homens, e ela podia lidar com eles. Ela esperou até que tudo estivesse em silêncio novamente e bem devagar e com muito cuidado, começou a fazer o caminho de volta checando seu telefone, estava a apenas duas portas de onde ela realmente queria estar, e todo esse trabalho não poderia ter sido à toa, então ela correu e em poucos segundos estava dentro do laboratório, fechando e trancando depressa a porta atrás dela.
Uma vez que estava ali, observou a sala lentamente, definitivamente não era um laboratório abandonado, havia arquivos por todos os cantos, microscópios, tubos e... amostras de sangue? Ela prendeu a respiração e correu depressa em direção a pequena geladeira onde estavam, abrindo a porta sem pensar duas vezes e pegando as duas amostras que estavam lá dentro. As iniciais de uma eram TM e da outra LL. Ela sorriu, "Bingo", falou entredentes.
"Não tão rápido." O cano de uma arma pressionado em suas costas.
Ela arregalou os olhos e ficou completamente imóvel, percebendo que não havia verificado o interior do laboratório por alguma companhia inesperada antes de se trancar lá dentro. Jogada inteligente, Chloe, bom trabalho.
"Devolva os frascos", a voz ordenou, apertando a arma contra suas costas com mais força. "Devagar."
Chloe fez o que ele mandou e guardou os tubos dentro da geladeira e então lentamente ergueu as mãos. "Eu não estou armada", mentiu.
O guarda atrás dela sorriu, se inclinando para sussurrar em seu ouvido. "Eu estou."
"Fico feliz em saber que é sua arma", ela disse revirando os olhos. "Você tem os seus frascos, eu nunca estive aqui, fica tudo certo." Improvável, mas ela tinha que tentar.
Ele riu. "Boa tentativa. Mas eu discordo. Acho que você se meteu num mundo de problemas."
"Poderia ser pior, poderia ser um universo de problemas", ela se encolheu, disposta a se calar as invés de bancar a esperta, mas era um mecanismo de defesa, ela olhou por sobre seu ombro, tentando perceber se o homem era muito alto. "Eu posso te pagar mais do que ele paga." Ou Oliver podia, isso era apenas um detalhe.
"Por alguma razão eu realmente duvido disso." Ele ficou em silêncio. "Levante as mãos."
"Acredite, eu posso", ela falou para o homem, levantando um pouco as mãos mas se virando um pouco mais em direção a ele. "E ofereço melhores benefícios também, como não ter que trabalhar para o cara mau."
"Senhora, você está arrombando e invadindo. Você é o cara mau." Ele a informou.
"Eu sei o que parece, mas eu não sou." Ela respirou fundo e decidindo por um movimento ousado, se virou de frente pra ele.
Imediatamente ele afastou a arma e golpeou seu tórax.
Chloe arfou, olhos arregalados e ela podia sentir seus ossos se quebrando sob a pressão da arma com que foi atingida com uma força sobre-humana Ela passou os braços ao seu redor, enquanto se curvou tentando respirar fundo diante da dor aguda.
"Deita no chão", ele ordenou, a voz áspera.
Ele nem precisava ter dito isso, seus joelhos estavam fracos pela dor e ela se apoiou em uma mesa enquanto deslizava lentamente para o chão, mas agora sabia que não conseguiria sair dali na base da conversa, então enquanto se abaixava, ela deslizou uma mão ao seu lado, olhando para o homem, enquanto passava seus dedos ao redor da arma que trazia na calça, a bolsa que trazia pendurada de lado, servindo de cobertura, e sem aviso, ela apontou a arma pra ele e atirou com a mão trêmula.
Ele tropeçou para trás em direção à porta, gritando de dor enquanto olhava para o seu ombro, agora jorrando sangue. "Cadela", ele falou, apontando a arma pra ela.
***
Totalmente equipado como Arqueiro Verde, Oliver congelou no meio do corredor ao som do tiro. Até ali ele havia nocauteado três guardas e não tinha visto nenhum sinal de Chloe, mas não tinha dúvidas de que ela estava ali em algum lugar. O segundo tiro fez ele voltar a se mover, correndo na direção som. Ele parou diante da porta do laboratório, tentando abri-la e percebendo que estava destrancada. Ele tentou empurrá-la mas tinha alguma coisa pesada contra ela.
Cerrando os dentes, ele deu alguns passos para trás e jogou seu ombro contra a porta o mais forte que conseguiu, forçando a abertura.
A primeira coisa que ele viu foi um homem caído contra um balcão, sangrando, uma arma na mão. Assim que o homem se endireitou, Oliver rapidamente pegou seu arco e disparou uma flecha, perfurando a mão do homem, fazendo-o gritar.
E foi quando ele viu Chloe, deitada no chão, sangue se acumulando ao seu redor.
"Não", ele sussurrou, indo depressa para o lado dela.
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PRÓXIMO
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Oi, eu sou a Val, AKA Chloeas que escreve o Moving Targets, tava pensando em colocar um link para a traducao na comunidade, voce tem LJ pra eu the dar credito pela traducao ou so o blog mesmo?
ResponderExcluirVal
Valéria/Chloeas... Você escreve muito bem!!! Parabéns!!! Criei um LJ pq queria confirmar se vc autorizava a tradução :)... Mas ainda vou me apropriar de como usá-lo... Fique a vontade para o link da forma que vc achar melhor, se vc achar q é uma boa ideia... agora, o crédito aqui é só seu que escreve muitooooooo!!!! Só criei esse blog por conta das suas fics, inspirada tb pelo blog JustChlollie... Só pelo desejo de compartilhar essas histórias maravilhosas com todo mundo... Bjs...
ResponderExcluirhttp://chlollie-4ever.livejournal.com/
Desculpa a demora pra responder! Mas eu vou colocar na comunidade assim que eu falar com a Angie como ela acha melhor, ate o proximo capitulo eu coloco!
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