Through a Glass, Darkly (2/12)

Resumo: Versão alternativa do episódio Pandora.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Original

Anterior: Prólogo - Um

Enquanto ela fazia o caminho de volta para a Watchtower sua cabeça estava girando. Ela teve que deixar Lois no apartamento do Talon e prometeu voltar depois. Lois estava bem, assustada, mas bem e aparentemente ninguém menos que o próprio Clark Kent havia deixado sua prima no hospital. É claro que Lois não sabia disso, tudo o que sabia é que fora salva pelo Borrão de, segundo ela, 'uma ninja nervosa' que veio atrás dela mas foi impedida pelo Borrão.

Mas assim que ela entrou e viu, o que parecia ser uma Watchtower vazia, ela parou de pensar sobre o que tinha acontecido com sua prima. "Oliver?" Ela chamou olhando ao redor, subindo as escadas, checando o banheiro, enfim, cada canto, ela suspirou profundamente e balançou a cabeça. "Que droga, Oliver." Ela devia ter imaginado que ele faria isso.

Oliver havia passado as três últimas horas vasculhando a cidade atrás de algum sinal de Clark Kent ou do "Borrão". E todo esforço foi em vão, o que não o deixava nada feliz. Ele não sabia quanto tempo ainda tinha para arrumar as coisas. Ele não tinha certeza se Lois voltando para seu tempo correto, seria o suficiente para salvar o mundo. Para salvar Chloe. Havia tantos outros fatores desconhecidos. Ele teria que lidar com todos eles. Ele lidaria com todos eles. Esse era seu plano B. Mas agora, estava muito exausto para fazer qualquer coisa a mais. Precisava comer alguma coisa, e de um lugar para descansar por pelo menos uma hora. Só uma hora e ele já estaria bem para continuar.

Fazendo seu caminho de volta para a Watchtower, ele ficou surpreso ao ver que Chloe já havia retornado. "Conseguiu encontrá-la?"

"Onde você estava?" Ela estava do lado dele no segundo em que ele entrou, uma mão segurando seu braço em uma parte que ela sabia que não estava doendo o conduzindo até o sofá. "Você está realmente ferido, Oliver, precisa descansar. Você está pedindo minha ajuda, mas não há muito o que eu possa fazer com você tentando se matar."

Ela franziu a testa. "Onde você estava afinal?"

Ele fechou os olhos enquanto caía no sofá cansado. "Eu estava procurando Clark", ele admitiu, expirando lentamente.

Chloe olhou pra ele. "Foi ele quem levou Lois para o hospital", ela falou, ainda franzindo a testa porque, apesar de ele estar ali, ela havia pedido que ele não saísse, ele poderia ter se ferido ainda mais. Mas claramente, ele não iria dar ouvidos a ela enquanto não conseguisse encontrar Clark. "Ou o Borrão, de qualquer forma."

Ao ouvir isso, ele sentou-se rapidamente, abrindo os olhos. "Você viu ele?", ele perguntou ansioso.

"Ele já tinha ido embora quando cheguei, aparentemente uma mulher tentou atacar Lois e ele a impediu, levou Lois para o hospital e desapareceu, Lois nem sabe que foi Clark quem a levou pra lá. Apenas que o Borrão a salvou." Ela falou, olhando pra ele.

Ele franziu a testa. "Uma mulher atacou Lois?", ele balançou a cabeça confuso.

Chloe assentiu, ela não estava certa de qual seria o melhor jeito de explicar pra ele, mas achou que era melhor repetir as palavras de Lois. "De acordo com ela, uma 'ninja maluca' a atacou no trem em que ela acordou. Ela não se lembra quem é essa mulher ou como foi parar no trem, mas lembra que a mulher tinha marcas de cachorro."

Todo o ar fugiu de seus pulmões, seu rosto foi ficando pálido. "Alia", ele sussurrou, a adrenalina se espalhando por seu corpo. "Droga."

"O quê?" Ela exigiu, parada na frente dele, encarando-o. "Você precisa começar a me dar algumas respostas, Oliver, isso está começando a ficar frustrante."

"Eu darei", ele prometeu, segurando os ombros dela sem pensar. "Mas agora eu preciso que você me escute. Você tem alguma kriptonita por aqui?"

Chloe franziu a testa e assentiu com a cabeça, apontando em direção a sua mesa. "Em uma caixa, no fundo da gaveta, por quê?"

Ele foi até a mesa, fazendo uma careta ao se ajoelhar para abrir a gaveta, sentindo os pontos repuxarem. "Ela é uma kandoriana", ele falou, sua voz apressada. Ele pegou a caixa e se levantou, indo até ela, abrindo e colocando a pedra na mão dela. Ele apertou-a em sua mão. "Fique aqui. E não solte essa pedra por nada. Prometa."

Piscando, ela olhou para a pedra e depois para ele. "Não", balançando a cabeça, ela o encarou. "Eu não vou fazer nada ou prometer alguma coisa enquanto você não me der algumas respostas."

"Chloe, não tempos tempo", ele falou com urgência. "Ela está lá fora agora, fazendo só Deus sabe o quê com sei lá quem." Apesar, de na verdade ele não se preocupar tanto com isso quanto manter Chloe em segurança. "Eu preciso que você confie em mim."

"Quem é ela? O que ela quer? O que é um kandoriano? E o que você está pensando em fazer? Ir atrás dela sozinho? Você está ferido, Oliver."

Apesar do medo que estava sentindo ao saber que Alia estava lá fora em algum lugar, um leve sorriso surgiu em seus lábios. Agora ele estava começando a lembrar como Chloe era antes do mundo se tornar vermelho. "Kandor é uma parte de Krypton. É por isso que a pedra de meteoro vai mantê-los afastados. E sim, eu vou atrás dela sozinho." Sem esperar por mais perguntas, ele foi para o elevador.

Ela tinha que se controlar e parar de fazer mil perguntas de uma vez, mas pelo menos havia conseguido algumas respostas.

"Se você está indo a algum lugar, eu vou com você", ela falou com firmeza, indo atrás dele, a pedra apertada em sua mão. "Especialmente se ela é uma kriptoniana, Oliver, você não pode dar conta dela sozinho."

Ele rapidamente se virou pra ela, balançando a cabeça. "Não, você definitivamente não vai comigo." Ele falou um pouco nervoso. Ele puxou um pequeno tubo do cinto de seu uniforme e abriu, revelando uma faca feita de kriptonita. "E você ficaria surpresa com o que eu posso fazer."

Os olhos dela se arregalaram ao ver a lâmina verde brilhante, seu estômago apertando, ela não sabia pelo que Oliver estivera passando, mas se ele estava preparado para lutar contra os kriptonianos, como ele parecia estar, não era nada bom.

Respirando fundo, ela tomou uma rápida decisão e concordou com ele. "Tome cuidado."

"Tomarei", ele prometeu, olhando pra ela por um longo momento antes de entrar no elevador.

Alguém precisava parar Alia.

E ele definitivamente seria essa pessoa.

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Capítulo 3

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