Moving Targets 7.1 - Home for Christmas

Título: Em Casa Para o Natal
Resumo: É Natal em Star City e embora tenha muitas coisas pra resolver, a equipe decide deixar os problemas de lado para celebrar o feriado que tão poucos deles tiveram motivos para comemorar antes.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

Capítulos anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend - Red Flags - Long Nights

Home for Christmas: Trailer - Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis

Capítulo 7 - Home for Christmas

(Parte 1 de 6)

Base em Star City - 24 de dezembro de 2010

Chloe estava terminando de embrulhar seus últimos presentes quando ouviu uma batida na porta, sabia que todos estavam fora, comprando os últimos presentes ou comida, mas ela decidiu ficar. Queria ter um tempo sozinha e também havia o fato de que quando ela e Ollie não estavam no mesmo grupo as coisas ficavam menos difíceis para todo mundo.

Ela se levantou do chão, em seu quarto onde estava sentada e foi até as escadas, franzindo um pouco a testa, não imaginava quem poderia ser, estava preparada para ativar o botão do pânico em seu celular se fosse preciso, mas quando checou o monitor e viu quem estava lá fora, relaxou e um leve sorriso surgiu em seus lábios. Pressionou o dedo contra o painel e abriu a porta, abrindo ainda mais o sorriso quando seus olhos caíram sobre o convidado. "J'onn, você chegou mais cedo."

"Meu vôo chegou mais cedo do que eu esperava", ele brincou com um leve sorriso.

Com um sorriso ela balançou a cabeça e deu um passo para trás, dando espaço para ele entrar. "Se todas as companhias aéreas pudessem ser tão eficientes quanto a Air Martian", ela brincou de volta.

Ele entrou na casa, olhando ao redor e colocando sua bagagem no chão. "Feliz Natal, Chloe."

"Feliz Natal pra você também", ela falou. "Vou mostrar seu quarto, você vai ficar com Vic, imaginamos que ele será menos irritante do que Bart ou AC."

"Ah, sim, Victor, o que me chama de 'marciano' ", ele sorriu contente.

"Chame-o de Exterminador, ele odeia", Chloe falou, começando a subir as escadas. "E depois, é melhor do que dividir o quarto com Carter, não é?"

J'onn ergueu as sobrancelhas. "Como vocês conseguiram convencer Carter Hall a vir para o Natal?"

"Courtney", Chloe admitiu enquanto abria a porta do quarto. "Ela teve todo o trabalho, e de alguma maneira, Carter aceitou."

Ele sorriu ao ouvir, acenando positivamente com a cabeça. "Entendi."

"Os outros devem voltar logo", ela falou, encostando na moldura da porta enquanto J'onn levava suas coisas para dentro. "Eles foram fazer as últimas compras."

"E você já terminou as suas", ele supôs com um sorriso caloroso enquanto olhava para trás.

"Eu faço muitas compras online", ela admitiu, encolhendo os ombros.

Ele acenou com a cabeça em sinal de compreensão. "Como você está se sentindo, Chloe?", perguntou apontando para o ombro dela.

"Muito melhor", ela respondeu. "Eu devia estar usando a tipóia, mas eu estava embrulhando os presentes", admitiu, fazendo uma cara e sorrindo timidamente.

J'onn sorriu com a confissão. "Eu deveria dizer que estou surpreso, mas não gosto de mentir."

"Bom saber", ela disse e sorriu um pouco mais. "Não que eu tenha algum motivo para mentir pra você."

Ele assentiu confirmando. "E como as outras coisas vão indo?"

Ela o observou por um minuto e depois assentiu um pouco com a cabeça. "Vão indo bem", ela disse sinceramente e deixando de lado seu relacionamento, ou a falta dele, com Oliver, que mal conseguia olhar pra ela desde a briga em Washington, era verdade. "Estivemos muito ocupados com todo o trabalho que temos pra fazer então só queremos ter um Natal normal amanhã."

"Imagino que seja o primeiro para muitos de nós", ele admitiu, observando-a atentamente.

"O que torna tudo ainda mais importante", ela falou baixinho, observando-o de volta. Sabia pouca coisa sobre a história de J'onn, mas sabia que ele era o único sobrevivente de Marte depois da guerra, e que entre os mortos estavam sua mulher e filhos, e a equipe, como para muitos outros, era o mais próximo que ele tinha de uma família.

Ele assentiu levemente mais uma vez. "Tem mais alguma coisa que você queira me falar, Chloe?" Ele procurou pelos olhos dela.

Ao ouvir isso, ela piscou e olhou pra longe, em seguida, balançou a cabeça. "Não, na verdade não."

J'onn estendeu sua mão e descansou-a sobre o braço dela. "Se você mudar de ideia, estarei sempre a sua disposição. Espero que você saiba disso."

"Obrigada", ela respondeu baixinho e olhou de volta pra ele, apertando os lábios e respirando fundo, não era hora pra isso. Não era hora para sentir pena de si mesma, era hora de fazer o máximo para que as coisas corressem da forma mais tranquila possível, porque apesar de seus problemas, isso não era sobre eles e ela sabia que os dois sabiam disso.

***

Base em Star City - 26 de novembro de 2010

Eles chegaram no Aeroporto de Star City em um dos dias mais cheios do ano, o dia depois do Dia de Ação de Graças. As pessoas estavam ou chegando atrasadas para o feriado ou voltando dele, e na hora que conseguiram chegar na Base, Oliver estava simplesmente cansado. Ele e Chloe mal se falaram durante a viagem de avião e por mais que achasse que as coisas tinham ido bem na maior parte da viagem para D.C., sua conversa na noite anterior havia lhe deixado de péssimo humor, que era como ainda estava. Não olhou pra ela nem mesmo quando deixou a bagagem dela dentro do quarto, não disse uma palavra antes de se virar e se dirigir pelo corredor para o seu próprio quarto.

Em menos de cinco minutos ele se trocou, vestindo uma camiseta regata e uma calça de moletom e desceu a escada de volta em direção à sala de treinamento, que estava, felizmente, vazia.

Não estava com humor pra conversar com ninguém, ou lidar com alguém da equipe. Só queria ficar sozinho.

Mia estava na piscina quando ouviu alguém andando pela casa, quando se ergueu um pouco e viu o cabelo loiro de Oliver, ela arregalou os olhos e em minutos, havia se enxugado e colocado um vestido por cima do maiô e entrou. "Oliver?" ela chamou, olhando ao redor. Então ela ouviu o som de alguém usando os sacos de boxe e seus olhos imediatamente se estreitaram em direção ao alto das escadas, onde estava o quarto de Chloe de onde ela ouviu uma porta bater.

Ela seguiu o primeiro som em direção à sala de treinamento. "Você voltou, e nem se deu ao trabalho de nos avisar que estava voltando."

Ele parou ao som da voz dela, segurando o saco de boxe para pará-lo, mas não se virou pra ela. "Era pra ser uma surpresa", falou encolhendo levemente os ombros.

"É, e é", ela entrou na sala. "O que aconteceu? Encontrou o Lex?"

"Não cheguei nem perto. Chocante, não?"

Ela lhe deu um olhar. "O que Chloe fez dessa vez?", perguntou com as mãos no quadril e um olhar menos impressionado no rosto.

Ele parou e se virou pra olhar pra ela. "Nada."

"É, certo", Mia falou lhe dando um olhar.

Oliver soltou a respiração. "Eu é que não sei quando ficar na minha", ele admitiu, voltando a olhar para o saco de boxe.

"Foi o que ela disse?"

Ele ficou em silêncio por um momento, depois deu de ombros. "Não é nada demais Mia", e se virou pra olhar pra ela mais uma vez. "Desculpe não estar aqui ontem para a Ação de Graças."

"Ok", ela respondeu encolhendo os ombros e cruzando os braços sobre o peito.

"Você está brava porque eu não estava aqui?", ele perguntou tranquilamente.

Mia fez uma cara e balançou a cabeça. "Não."

Oliver lhe deu um pequeno sorriso. "Que bom." Realmente não precisava que a outra mulher em sua vida ficasse irritada com ele, também. "Está feliz com o recesso?"

"Não conta como recesso se eu já tenho que estar de volta na segunda", ela apontou. "Pergunte depois das provas finais."

Ele sorriu pra ela. "Ouvi dizer que AC está ajudando você a estudar."

"Não sei se ajuda é a melhor palavra pra isso", Mia respondeu, e Oliver finalmente conseguiu tirar um sorriso dela.

Oliver deu uma risadinha. "É, bem. Acho que vou ficar por perto por um tempo. Não que eu consiga ajudar mais do que AC."

Ela parou por um momento e encolheu os ombros com indiferença, desviando o olhar e erguendo uma sobrancelha, então olhou novamente pra ele. "Quanto tempo é 'por um tempo'?"

"Provavelmente até janeiro", ele falou. "Mas com Lex por aí..."

"Certo", ela endireitou-se. "Eu não preciso de ajuda mesmo."

"Mia..."

"O quê? Eu não preciso. Não é como se a escola fosse tão difícil. E depois, Dinah está me ajudando a praticar."

Oliver mordeu o lábio. "Certo", falou tranquilamente.

Mia olhou pra baixo e viu a água no chão, sim, molhar a sala de treino realmente iria convencer Oliver a querer ficar perto dela. "Estou bagunçando a sala, melhor eu ir tomar banho."

"É só água", ele falou com um pequeno sorriso. "Quer sair pra jantar mais tarde? Só nós dois? Colocar a conversa em dia?"

Ela parou. "Bem, depende de onde você quer ir."

"Pra mim tanto faz. Você escolhe", ele falou.

Apertando os lábios, ela o observou por um momento e apertou os olhos. "Aquele lugar italiano que fomos quando chegamos em Star City."

Oliver sorriu. "Pra mim está ótimo."

Seu rosto se iluminou, só um pouco. "Ok, eu vou... tomar banho e tudo mais."

Ele sorriu enquanto ela saía, contente com a animação que ela demonstrava mesmo tentando esconder.

***

Base em Star City - 24 de dezembro de 2010

"É sério?" Mia perguntou enquanto arrastava uma sacola enorme para dentro da sala. "Tem certeza que comprou tudo? Eu digo, a loja ainda ficou com as prateleiras. Você pode muito bem convencê-los a vendê-las pra você..."

Oliver lhe deu um sorriso enquanto trazia mais duas sacolas do mesmo tamanho da que ela estava carregando. "Bem, as prateleiras eram bem bonitas..."

"Comprador compulsivo", ela acusou, estreitando os olhos em zombaria. "Eu não vou carregar isso escada acima, só pra você saber, vai ter que encontrar um lugar aqui embaixo pra embrulhar tudo."

"Desmancha-prazeres", ele brincou. "Você sabe que vai ter que me ajudar a embrulhar tudo isso, certo?"

Mia gemeu. "Por que não podemos fazer o Bart embrulhar tudo? Levaria cinco segundos..."

"Porque alguns presentes são para o Bart e porque seria trapacear. Você tem que embrulhar o que compra. Não é tipo uma tradição ou coisa assim?"

Ela encolheu os ombros e arrastou a sacola para a sala de treinamento, onde teriam espaço suficiente para embrulhar tudo. "Não faço ideia", afinal não teve mais um Natal normal desde que tinha cinco anos.

"É, nem eu", ele admitiu. "Mas devia existir."

"Acho que devia existir uma em que a gente pagasse para alguém da loja embrulhar tudo antes de sairmos pela porta", ela sugeriu, sorrindo assim que terminara de deixar a sacola no meio da sala.

"E onde ficaria a diversão nisso?" Oliver perguntou também sorrindo.

"Sua ideia de diversão é realmente questionável", ela apontou.

"Não faço ideia do que você está falando", ele sorriu sentando no meio da sala e começando a tirar as coisas de dentro das sacolas.

Mia juntou-se a ele e franziu um pouco a testa quando ouviu duas vozes, uma ela sabia que era de Chloe, mas a outra, não reconheceu. "Quem está aqui?"

Ele parou, virando a cabeça e ouvindo por um momento, dando um pequeno sorriso em seguida. "J'onn Jones", ele falou.

"Oh", ela arregalou um pouco os olhos. "O marciano?", perguntou num sussurro.

Oliver sorriu. "Ele mesmo", falou com um leve aceno de cabeça. "Ainda bem que compramos Oreos."

"Isso é tão estranho", ela falou baixinho, olhando em direção às vozes. "Oreos nem são cookies de verdade, alguém devia contar isso pra ele."

Oliver ergueu uma sobrancelha. "Você não gosta de Oreos?"

"São bons", ela falou encolhendo os ombros. "Mas qualquer biscoito de chocolate é melhor."

Oliver sorriu. "Especialmente recém-saídos do forno."

"Bem, é", ela sorriu, cortando um pedaço de papel de presente. "Mas os que vem em caixas também servem."

Ele a observou por um momento. "Podemos fazer cookies depois."

Mia olhou pra ele por um momento e concordou. "É, como recompensa por termos embrulhado tudo isso."

"Exatamente", ele sorriu. "Além do mais, temos que fazer alguma coisa para deixar pro Papai Noel."

Ela revirou os olhos e deu um sorriso afetado. "Odeio ter que te dizer isso, mas acho que já está na hora de você saber a verdade..."

"Na verdade, ele é real", ele falou pra ela com um vago contentamento.

Mia sorriu ironicamente e pegou a fita de Oliver enquanto começava a embrulhar um dos presentes. "Se é o que você prefere acreditar."

Ele riu enquanto ela tirava a fita das mãos dele. "Não, estou falando sério. Ele existe."

"O que, vocês dois se encontraram ou alguma coisa assim?"

Ele balançou a cabeça. "Não, eu não. Mas uh... Chloe e Clark encontraram com ele uns anos atrás."

Mia revirou os olhos e balançou a cabeça. "É, certo."

"É sério", ele falou. "Aparentemente havia esse monte de presentes pra ser entregue e os motoristas estavam em greve naquele ano. Papai Noel apareceu e ajudou a entregar tudo." Ele falou encolhendo os ombros.

"Olha", Mia falou, dando um olhar pra ele. "Já é difícil o bastante acreditar que tem um marciano lá em cima, você está sozinho nessa coisa de Papai Noel."

Um sorriso surgiu em seus lábios e ele deu de ombros. "Você poderia simplesmente acreditar na minha palavra."

"Eu poderia", ela sorriu.

Ele sorriu de volta pra ela. "Você ainda não pediu nenhuma pista."

"Pra quê?" Mia perguntou indiferente. "Você vai me contar?"

"Não", ele admitiu. "Mas se você pedir direito talvez eu deixe abrir um dos presentes."

Ela arregalou um pouco os olhos. "Tem mais que um?"

Os olhos de Oliver se suavizaram um pouco com a pergunta. "Um pouco mais que um."

"Oh", ela parou por um momento e sorriu pra ele. "Posso abrir um, então?"

Ele sorriu. "Pode apostar que sim." Ele se levantou. "Eu já volto." Ele se dirigiu para a porta.

"Ok", ela observou ele sair, e então se voltou para terminar o embrulho que estava fazendo, incapaz de conter o sorriso que estava em seu rosto, então talvez eles não fossem um grupo normal de pessoas, mas eram sua 'família de verdade' todo dia.

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PRÓXIMO

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