Título: Laços
Resumo: Sempre dizem que devemos olhar para o futuro, mas às vezes, olhar para o passado pode te ajudar a entender de onde alguém está vindo e pra onde está indo.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Capítulos anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend - Red Flags - Long Nights - Home for Christmas - In With A Bang
Binding Ties: Trailer - Um - Dois - Três
Capítulo 9 - Binding Ties
(Parte 2 de 3)
Queen Laboratório & Instituto de Pesquisa, Star City - 12 de janeiro de 2011
Após visitar a mansão dos pais de Ollie e passar horas compartilhando histórias sobre suas infâncias e famílias, Chloe não pôde evitar de pensar um pouco sobre sua família e o quanto ela os via pouco atualmente. Então naquela noite, ela passou algumas horas no telefone com seu pai, colocando o papo em dia, ouvindo suas histórias, contando como as coisas estavam indo em Star City, o que podia contar pelo menos, e fazendo cada pergunta que conseguia imaginar. Na manhã seguinte, ela telefonou para Lois e passou um bom tempo conversando com ela também.
Agora ela só tinha mais uma pessoa com quem conversar, exceto que essa conversa seria mais difícil porque sua mãe não poderia responder. Ainda assim, Chloe perguntou se Oliver não se incomodaria de acompanhá-la até o instituto onde sua mãe estava já há alguns anos. A última vez que Chloe havia visto Moira fora há anos atrás, quando esteve na cidade para visitar Jimmy após ele ter sido atacado por Doomsday, mas ela já estava passando por tantas coisas, e ver sua mãe em seu estado vegetativo era muito mais do que ela podia aguentar na época, então ela não passara mais do que dez minutos com ela.
"Obrigada por vir comigo", ela disse para Oliver enquanto entravam no prédio, seu estômago dando nós, mesmo sabendo que sua mãe não podia vê-la, ainda ficava nervosa por encontrá-la novamente.
"Não precisa agradecer", ele falou suavemente, estendendo a mão e descansando-a levemente em suas costas perto dos ombros, conduzindo-a para o elevador e massageando sua nuca com o polegar.
Chloe mexeu um pouco o pescoço e respirou fundo, tentando relaxar. "É tão ridículo ficar nervosa, ela nem pode me ver."
"Não é ridículo", ele falou levando a outra mão até o pescoço dela e dando um beijo no alto de sua cabeça.
Ela entrou no elevador conduzida por ele. "Eu só queria que ela despertasse novamente, pelo menos por um tempo suficiente para que a gente pudesse conversar de verdade, uma conversa sem Lex no meio."
Ele a seguiu e apertou o botão do andar em que a mãe dela estava. "Eles têm trabalhado nisso todos os dias", ele admitiu. "Tentando fazer isso acontecer."
"Eu sei", Chloe falou baixinho levantando o olhar pra ele. "Mas ela não vai deixar que a mantenhamos acordada, ela vai dizer que é muito perigoso."
"Não, Chloe, o que eu quero dizer é... eles estão tentando remover os efeitos do meteoro." Ele prendeu a respiração.
Ela piscou e olhou pra ele, com os olhos arregalados, tudo o que Oliver havia lhe dito, quando ele começou a cuidar de sua mãe, era que ele faria todo o possível para mantê-la a salvo e ajudá-la, mas ele nunca havia falado como estava tentando ajudá-la. "Eles estão?"
Oliver balançou um pouco a cabeça, encontrando seu olhar.
"Você acha que é possível?" Ela sussurrou, observando-o com atenção, seu peito de repente um pouco apertado com a esperança.
"Depois de tudo o que vimos, eu não duvido de nada", ele falou com a voz baixa. "Mas eu não te contei nada porque... Não queria te dar falsas esperanças no caso de não funcionar."
Chloe respirou fundo e balançou a cabeça. "Talvez... se eles tentassem usar kriptonita azul? Você acha que poderia funcionar?"
Ele parou. "É, talvez. Vou passar essa ideia para os médicos", ele falou, levando uma mão até o rosto dela.
Ela se inclinou ao toque e levantou o olhar pra ele, seus olhos grandes. "Você faz tanto..."
Oliver se inclinou e beijou suavemente sua testa. "São os médicos que estão trabalhando. Não eu."
"Eles não estariam fazendo nada se não fosse por você", ela se afastou um pouco, olhando pra ele. "Obrigada, Oliver." Ela falou a sério, mesmo antes de ficarem tão próximos, quando só haviam se encontrado umas duas vezes, ele já havia concordado em cuidar da mãe dela, e depois de Jimmy e ele tomava conta dela quer ela quisesse ou não e agora que ela estava realmente pensando sobre tudo o que ele havia feito por ela, ela sabia que a decisão de começarem novamente tinha sido a mais certa, como ela pôde sequer pensar que poderia não tê-lo mais em sua vida? Esse seria o maior erro que teria cometido e olha que ela já havia feito escolhas erradas no passado.
Ele a observou, sentindo uma mudança interna enquanto ela olhava pra ele, enquanto ela o agradecia. "Não precisa agradecer", ele disse, franzindo levemente as sobrancelhas.
Ela abriu a boca para falar, mas fechou quando as portas do elevador se abriram, voltando o olhar para fora do elevador e respirando trêmula e profundamente, seu peito agora apertado por várias razões, ela engoliu e olhou pra ele antes de sair do elevador.
Oliver estendeu o braço e pegou a mão dela, entrelaçando seus dedos nos dela e apertando sua mão suavemente. "Há alguns meses eu a mudei para o quarto no final do corredor. Era um pouco maior." Ele falou olhando pra ela.
"Tenho certeza que ela teria adorado", ela sussurrou, apertando os lábios numa fina e tensa linha, mas mesmo assim tentando dar um pequeno sorriso.
Ele assentiu com a cabeça e ficou em silêncio, conduzindo-a pelo corredor até o quarto de sua mãe e observando-a de lado.
Chloe parou do lado de fora da porta e apertou os lábios antes de estender sua mão livre até a maçaneta.
"Podemos ficar por quanto tempo você quiser, e podemos ir embora na hora que você quiser", disse ele calmamente.
"Ok", ela falou baixinho, abrindo a porta e apertando a mão dele com mais força enquanto entrava no quarto sem nem perceber o que estava fazendo, seu peito apertou quando viu a forma imóvel de sua mãe sobre a cama.
Oliver a acompanhou para dentro do quarto, fechando a porta atrás deles silenciosamente.
Ela hesitou por um momento e depois soltou a mão dele, soprando o ar enquanto se aproximava da cama, seus olhos fixos no rosto da mulher. Ela se moveu até o lado da cama e hesitou por um segundo antes de afastar uma mecha de cabelo do rosto dela. "Oi", ela disse num sussurro.
Ele mordeu o lábio inferior e então caminhou lentamente até a cadeira do outro lado do quarto.
Chloe levantou a cabeça e olhou pra ele, sorrindo um pouco, ela sabia que devia falar pra ele que ele não precisava ficar ali esperando por ela, mas ela não queria que ele se sentisse como se não fosse bem-vindo, e além do mais, ela não queria realmente que ele saísse. Ela voltou o olhar para sua mãe e se inclinou contra a lateral da cama, hesitando antes de cobrir a mão dela com as suas e apertá-las gentilmente.
Oliver olhou pra ela, lhe oferecendo um pequeno e encorajador sorriso. "Olá Sra. Sullivan", ele falou baixinho. Não era a primeira vez que ele visitava a mãe de Chloe. Desde que ela havia chegado em Star City há uns quatro anos atrás, ele havia ido algumas vezes ver como ela estava pessoalmente. E mesmo que a mulher não fizesse ideia que ele estava ali, ele achava que era importante que ela recebesse visitas que não fossem dos médicos ou das enfermeiras.
"Você acha que ela pode nos ouvir?" Chloe perguntou, ela sabia que diziam que pessoas em coma sabiam quando sua família estava por perto, mas sua mãe não estava em um coma normal.
"Acho que sim", ele falou serenamente, olhando pra ela e acenando positivamente com a cabeça.
Ela olhou pra ele e balançou a cabeça, engolindo e olhando de volta para sua mãe. "Eu devia visitá-la mais vezes. Sinto muito não ter vindo antes", ela falou baixinho.
"Eu tenho mantido ela muito ocupada", Oliver disse para Moira com um pequeno sorriso. "Com toda essa história de salvar o mundo."
Chloe sorriu levemente e apertou a mão de sua mãe. "Não acredite no que ele está dizendo, ele tem ajudado muito."
"É um esforço em conjunto, mas é sua filha que basicamente nos mantém todos juntos e na linha." Ele olhou para Chloe e sorriu.
Ela sorriu um pouco e olhou pra ele, seu rosto se suavizando um pouco e balançando a cabeça. "É ele quem está sempre me livrando dos problemas." Ela falou pra sua mãe.
"Nós livramos um ao outro dos problemas", ele corrigiu.
"Com isso eu concordo", Chloe disse com um aceno de cabeça e então respirou fundo. "Mas agora que eu moro aqui, eu ainda poderei vir entre as missões." Ela prometeu.
Ele olhou pra ela, permanecendo em silêncio.
Suspirando suavemente, Chloe se inclinou e deu um beijo na testa de sua mãe. "É muito bom ver você."
Oliver lentamente deu a volta na cama ficando ao lado de Chloe, pegando sua mão.
Ela olhou para suas mãos juntas e depois para ele, sorrindo ligeiramente.
"Você se parece com ela", ele falou baixinho, olhando para Chloe e depois para sua mãe.
"Você acha?" Ela perguntou baixinho, seus olhos em sua mãe.
"Eu acho", ele murmurou, apertando sua mão.
Ela sorriu um pouco e olhou pra ele. "Você nunca viu meu pai, certo?"
"Não, nunca vi. As pessoas dizem que você se parece com ele também?", ele perguntou curioso.
"Sim", ela admitiu, sorrindo um pouco. "Acho que eu sou uma mistura dos dois."
"Uma linda mistura dos dois", ele falou pra ela com um sorriso.
Chloe balançou a cabeça e sorriu. "E você?"
"Eu não sei", ele disse, balançando a cabeça em resposta.
"Bem, quando eu estava vendo os artigos, eu achei você parecido com seu pai, ou pelo menos, vocês têm o mesmo sorriso, mas eu acho que você tem o nariz da sua mãe, eu precisaria olhar as fotos novamente", ela disse pra ele com a voz baixa, inclinando a cabeça enquanto o observava.
Um pequeno sorriso tocou seus lábios e ele se inclinou em silêncio e beijou sua têmpora.
Ela fechou os olhos por um momento e depois olhou de volta para sua mãe. Havia muita coisa que ela queria dizer pra ela, mas só quando estivessem sozinhas, então ela ficou falando sobre nada, sentindo-se mais relaxada conforme conversavam. Ela ficou por um longo tempo e finalmente, Chloe olhou para Oliver, que estava ao lado dela, "Acho que ela provavelmente está cansada de me ouvir falar", ela sorriu um pouco.
Ele olhou pra ela por um momento, depois balançou levemente a cabeça. "Então está pronta para ir embora?", ele perguntou calmamente. "Ou você... quer que eu deixe vocês sozinhas por um minuto?"
"Podemos ir", ela falou baixinho, então se inclinou e beijou novamente a testa de sua mãe e sussurrou. "Eu te amo."
Oliver sentiu seu peito apertar e apertou gentilmente a mão dela antes de conduzi-la para fora do quarto.
Chloe o acompanhou, ainda segurando sua mão e respirando fundo quando estavam do lado de fora. "Foi... mais fácil que da última vez", ela falou baixinho. "Obrigada por ficar comigo."
"De nada", ele falou também baixinho. "Eu sei que não é fácil."
Apertando os lábios, ela concordou. "Eu vou ligar para J'onn quando voltarmos, perguntar se ele sabe onde está o punhal de kriptonita azul que Zod usou no Clark e ver se ele consegue mandá-la pra gente."
Ele mordeu o lábio concordando. "E se ele não souber, eu vou encontrar de outro jeito." Sua voz era tranquila.
"Talvez Tess tenha alguma?" Chloe sugeriu, por mais que não gostasse da outra mulher, e não gostasse de Oliver conversando com ela, tinha que admitir que ela tinha muitos recursos.
Ele parou, refletindo. "Provavelmente", concordou, deslizando o braço ao redor da cintura dela. "Se J'onn não tiver a adaga, eu vou descobrir."
Chloe se inclinou contra ele e envolveu um braço ao redor dele, concordando. "Ok. Obrigada."
"Sempre que precisar", ele sussurrou.
Ela apertou os lábios e assentiu, apertando-o um pouco mais enquanto caminhavam até o elevador. Agora que havia visto sua mãe se sentia mais relaxada, só queria encontrar um jeito de mostrar para Oliver o quanto era grata por tudo o que ele estava fazendo por ela. Se encontrar um presente de Natal pra ele já havia sido difícil, esse seria muito mais.
"Você está bem?", ele perguntou baixinho, apertando-a gentilmente ao seu lado.
"Sim, eu estou bem", ela disse tão baixinho quanto ele, levantando o olhar pra ele e sorrindo suavemente.
Oliver assentiu um pouco, encontrando o olhar dela. "O que você acha de fazermos alguma coisa bem tranquila hoje a noite?" Ele sugeriu. "Talvez pegar alguma coisa pra comer e assistir um filme ou coisa assim."
"Nunca conseguimos fazer isso antes", ela concordou, mantendo o olhar. "Parece bom."
Ele enrolou os dedos nos dela e beijou sua testa, deixando seus olhos se fecharem. "Ótimo."
Chloe também fechou os olhos e se inclinou contra ele, apertando o outro braço ao redor dele.
Ele queria falar pra ela que ia ficar tudo bem. Que de algum jeito ia encontrar a cura para sua mãe, e que ela poderia ter o relacionamento com ela que nunca pôde antes. Mas ele não queria fazer nenhuma promessa que não tivesse certeza que poderia cumprir. Então, ele a abraçou mais forte, esperando que naquele momento, fosse o suficiente.
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Finalmente Chloe recuperou seu juízo Graças a Deus ela está pensando: "agora que ela estava realmente pensando sobre tudo o que ele havia feito por ela, ela sabia que a decisão de começarem novamente tinha sido a mais certa, como ela pôde sequer pensar que poderia não tê-lo mais em sua vida? Esse seria o maior erro que teria cometido e olha que ela já havia feito escolhas erradas no passado."
ResponderExcluirA vontade de bater nela passou =)
"Talvez pegar alguma coisa pra comer e assistir um filme"
Ah eu queria isso nas telinhas :)
Vilm@
Pois é, e eu fiquei curiosa pra saber o que ela vai fazer pra mostrar sua gratidão ao Ollie, tendo em vista que o presente de Natal foi lindo, agora eu acho que ela falar o 'eu te amo' que ele está esperando já seria o maior presente que ele podia esperar...
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