Título: Laços
Resumo: Quando começaram isso, eles tinham regras muito sérias. Sem envolvimento. Em algum ponto do caminho isso se tornou simplesmente impossível.
Autora: sarcastic_fina
Classificação: NC-17
Categoria: Angst/Romance
Se eu caminhar, você vai correr?
Se eu parar, você vem?
Se eu disser que você é especial, você vai acreditar?
Se eu pedir pra você ficar, você me mostra o caminho?
Diga-me o que eu tenho que falar pra você não me deixar.
Mas eu vou lutar pelo seu amor
Eu posso esconder
Vou lutar pelo seu amor
Já nos escondemos demais
Try - Asher Book
***
Quando começaram isso, eles tinham regras muito sérias. A mais importante de todas é que era apenas sexo. Nada mais. Não haveria amarras; só diversão. Não haveria outros; só por segurança. Com a vida que tinham, parecia um bom plano a princípio. Frustrações apareceriam e ao invés de criarem uma relação pegajosa com outra pessoa, recorreriam apenas um ao outro. Ela hesitou em classificar isso como um 'segredo' quando o mais correto era... privacidade. Eles não contariam nada para seus amigos ou se apresentariam como namorado/namorada, porque não eram e porque não era da conta de ninguém.
Quando ele tivesse um dia difícil, fosse na Queen Industries ou na Liga, ele a procuraria e ela ficaria feliz em ajudá-lo a aliviar o stress. Assim como ele estaria pronto para ajudar quando tivesse algo a incomodando. Era sexo, e nada mais, entre amigos; bons amigos, parceiros até, a mãe e o pai da Liga da Justiça, como eles eram chamados, em tom de brincadeira, pelos outros membros da equipe. Então ao invés de afogar suas mágoas na bebida e com mulheres aleatórias, ele voltava para suas tarefas e quando precisava relaxar, sabia quem procurar.
E nas primeiras semanas funcionou muito bem; até ele elevar as coisas a um nível diferente.
"Estou com fome", ele murmurou contra as costas dela, enquanto seus dedos desenhavam 'oitos' pela pele dela.
Desperta e ainda tonta pelas últimas duas horas na cama, ela desenterrou a cabeça do travesseiro. "Acho que tem sobra de comida Chinesa no freezer."
Apoiando o queixo no ombro dela, ele ergueu uma sobrancelha. "Acho que podemos fazer melhor que isso, Sidekick..." Ele sorriu charmosamente. "Você, eu e um restaurante italiano... Se nos vestirmos rápido aposto que conseguimos uma mesa no Alessandro's!" Em seguida ele já estava descendo da cama e procurando suas calças.
Franzindo a testa, Chloe se virou pra ele por sobre os ombros. "Ollie... Jantar não é um pouco pessoal?"
Ele esboçou um sorriso pra ela. "Ah, por favor... Até parece que um jantar vai nos transformar nos próximos Lois e Clark." Caminhando até o armário dela, ele correu os dedos por suas roupas e finalmente pegou um vestido verde. "Um jantar não vai nos matar..." Sentando-se na cama, ele estendeu o vestido. "Se você for boazinha, teremos até sobremesa depois." Com um sorriso afetado, ele deixou o quarto, pegando sua camisa amassada no caminho.
Com um suspiro, ela pegou o vestido. "Por que eu tenho a impressão que a sobremesa serei eu coberta com calda de chocolate...", ela murmurou, sem se preocupar em esconder o sorriso.
Dando essa pequena abertura para mudar o futuro.
Compartilhar refeições tornou-se comum em seu relacionamento; almoços, cafés-da-manhã, jantar, até o café-da-tarde eles passavam juntos. Se ele fosse outra pessoa, ela já estaria cansada de sua companhia. Mas Oliver tinha um jeito de manter as coisas leves mesmo quando elas não deveriam ser. E ela gostava de como as coisas estavam indo; agora não era mais ela indo pra casa sozinha, tentando se apegar a não-realidade dos computadores. Ocasionalmente ele até a convencia a ir ver os últimos lançamentos no cinema. Quase parecia... normal.
Mas ela sabia a verdade e se protegia de qualquer envolvimento desnecessário. Quando ele aparecia, sexo estava sempre envolvido. Quando era bruto e suado, em sua mesa ou contra a parede; transbordando suas frustrações. Ou quando era devagar e sedutor e tinha horas de preliminares e diferentes posições que a deixavam prazeirosamente dolorida. Ao final de qualquer um dos dois, ela estava sempre quente e dolorida e se sentindo valiosa.
Foi assim por meses; ela nem percebeu até que um buquê com seis tulipas apareceu em sua mesa.
Testa franzida, ela levantou o olhar pra ele enquanto ele dava a volta na mesa para olhar os arquivos que ela havia interceptado.
Desconfiada, ela olhou pra ele. "Flores?"
Ele deu um sorriso afetado. "Como você pode saber se elas são minhas? Podem ser de vários outros homens." Mãos no quadril, ele disse. "Clark poderia ter ido cavar e encontrado a cabeça, em seguida a removido do traseiro... Bart poderia ter desistido das falas engraçadinhas e lembrado quais são suas flores preferidas... Você pode ter um admirador secreto que nenhum de nós dois conhece..."
Ela piscou. "Quaisquer flores que chegassem pra mim passariam por você e seu sistema de segurança... Isso acaba com nosso admirador secreto, porque você sem dúvida encontraria o cara, verificaria seus antecedentes, e então você e os rapazes o interrogariam até ele perceber que ter uma queda por mim era uma péssima ideia... E eu acabei de ver o Clark; e posso garantir que a cabeça dele está no lugar certo." Cruzando os braços, ela recostou-se na cadeira e ergueu a sobrancelha pra ele. "Então? Qual é a ocasião? Alguma data importante para a Liga que eu não esteja sabendo...?"
"Sua capacidade de dedução nunca deixa de me impressionar, Sidekick." Ele riu. "E talvez não seja nenhuma ocasião especial... Talvez eu só quisesse ver você sorrir."
Ela estava impassível. "Existem outras maneiras de me fazer sorrir, Oliver... E nenhuma delas sequer envolve flores..." Mas logo, ela levantou o olhar pra ele. "Na verdade, teve aquela vez... no jardim... e a noite em que você colocou pétalas de rosas na banheira e então nós..." Balançando a cabeça. "De qualquer jeito, nenhum deles estava relacionando a... eventos com roupas."
Ele riu. "Você realmente se refere a qualquer momento em que não estivemos fazendo sexo como 'eventos com roupas'?"
Revirando os olhos, ela apertou os lábios. "Você está fugindo da pergunta."
"Só aproveite..." ele suspirou. "E me conte o que você encontrou..."
Foi mais tarde naquela noite, enquanto ele estava lavando o cabelo dela no banho, que ela percebeu. "Seis meses!" Seu quase-grito o assustou enquanto ele estava atrás dela, fazendo-o puxar o cabelo dela acidentalmente. O puxão quase a fez perder o equilíbrio.
Segurando-a; um braço todo molhado e ensaboado deslizando ao redor da cintura dela, ele a virou. "Você está bem?"
"Sim", ela respondeu distraidamente, antes de tirar a espuma do cabelo de seu rosto. "Faz seis meses que começamos isso... isso... bem, isso!" Ela gritou, gesticulando para os dois. "E é pra isso que são as flores." Mãos nos quadris agora, ela olhou pra ele.
Ele riu. "Eu sei que você está querendo parecer nervosa... mas você está nua, coberta por espuma, e só metade do seu cabelo está enxaguado..." Estendendo a mão, ele tirou uma trilha de espuma do nariz dela.
Chloe tossiu para esconder seu contentamento.
Inclinando-se, Oliver colocou o dedo em sua testa e a virou de costas novamente, inclinando a cabeça dela para trás para terminar de enxaguar o xampú. Seus dedos habilidosos massageavam o couro cabeludo em círculos e antes que ela pudesse discutir por ele estar prestando atenção a aniversários não-existentes, os olhos dela se fecharam enquanto ela relaxava em seu abraço, suas costas encontrando seu peito firme.
Enquanto o vapor tomava conta de todo espaço ao seu redor, Oliver tirou o condicionador de seu cabelo e começou a trabalhar em sua pele. Mergulhando sua cabeça na curva do pescoço dela, seus lábios começaram a traçar um caminho descendo pelo seu ombro, seus dentes e sua língua mordendo e acariciando sua pele. (Você é tão macia.) "Вы настолько мягки," ele murmurou em uma língua que ela não compreendia. E como que para distraí-la do fato, uma de suas mãos deslizou pela frente dela, uma grande palma envolvendo e apertando seu seio antes de seu polegar deslizar ao longo do mamilo.
Funcionou. Ela choramingou, encostando-se mais contra ele, a cabeça caída para o lado. Seu comprimento ereto estava fortemente pressionado no ápice de suas coxas e a sensação dele, tão pronto, a fez morder o lábio.
Sua outra mão deslizou pela cintura dela, a ponta dos dedos brincando em seu umbigo. Os desenhos formados pelo sabão indo embora embaixo do jato de água que acertava seu corpo. Estendendo os braços para trás, ela enterrou seus dedos ao redor do pescoço dele, sentindo as pontas de seu cabelo molhado, procurando por equilíbrio enquanto seu corpo parecia oscilar de tão seduzido. A mão dele penetrou por dentro de sua coxa e automaticamente ela se abriu pra ele. Ele mordeu carinhosamente sua orelha, roçando seu nariz no dela em seguida.
(Quando você vai entender?) "когда Вы поймете?", ele perguntou, seu hálito quente fazendo cócegas no rosto dela.
Sem aviso, seus dedos escorregaram entre suas dobras macias, o polegar roçando seu clitóris enquanto seu dedo indicador girava dentro dela.
Arfando, ela ficou nas pontas dos pés, a cabeça jogada pra trás contra o ombro dele.
A mão ainda agarrando os seios dela, ele circulava o mamilo com o polegar, acariciando-o no mesmo ritmo que acariciava o clitóris.
Chloe abriu os olhos, procurando pelos dele.
Sombrio, repleto de desejo, ele olhou pra ela, observando seu rosto enrubescer e sua boca se abrir em um choro enquanto ele deslizava um segundo dedo dentro de suas profundezas quentes. Ele beijou o canto de sua boca, sua língua brincando com seu lábio inferior. "Ollie..." ela implorou, balançando os quadris contra a mão dele.
(Você é tão bonita.) "Вы настолько красивы, Chloe... sua pele... seus olhos..." Ele encostou o nariz no dela. "O sabor... do seu corpo inteiro..." Ele lambeu os lábios e ela se arrepiou com a intensidade dessas palavras.
Que língua é essa? Ela se perguntou. Mas ela não conseguia se concentrar; não conseguia pensar em mais nada além dos lábios, dedos e do corpo dele, tão firme e quente contra ela. Nem uma hora antes, eles estavam trabalhando. Tudo acontecendo normalmente; eles focados nas necessidades dos outros, planejando ataques ou aguardando o melhor momento. Mantinham os olhos nos outros membros da equipe, e ela havia invadido alguns servidores e vigiado até tarde. O tempo todo, pensando sobre o significado das flores.
Oliver era conhecido por seu charme, mas diferente da maioria das pessoas ela sabia que sempre havia uma intenção em suas atitudes. As tulipas ficaram em sua mente durante todo o dia; o perfume a alcançando e a provocando. E sempre que ele passava, ela se pegava olhando pra ele, imaginando, tentando descobrir qual era o seu jogo. E ele simplesmente sorria, consciente.
E agora ela sabia; ele se lembrou de uma coisa que nem ela considerava uma data. Seis meses atrás, eles começaram. Um simples acordo verbal de que sexo com estranhos não era necessário quando um amigo por quem tinham atração estava bem ali. E estava funcionando muito bem pra eles; mesmo com a intimidade acrescentada pelas refeições e filmes e outras coisas que surgiam na cabeça dele. Mas seis meses se passaram sem que ela percebesse; tudo foi indo tão bem que ela nem percebeu que havia passado metade de um ano com Oliver Queen.
O movimento dos dedos dele dentro dela a trouxe de volta para o momento.
Seus pés estavam se movendo e logo ela estava com as mãos pressionadas contra a parede do banheiro. Os dedos dele fugiram de seu calor e ela choramingou em protesto, mas a risada quente e as mãos em seu quadril a diziam que ela não tinha motivos para reclamar. Em segundos, não se incomodando em provocá-la, ele se empurrou fundo dentro dela. Sua cabeça tombou pra frente, mechas molhadas de seu cabelo caindo sobre o rosto. Suas costas enrijeceram, os ombros se esticando enquanto ela se ajustava a circunferência e ao comprimento dele imóvel dentro dela; preenchendo cada canto apertado com puro desejo masculino.
Suas mãos espalmadas sobre o estômago dela, os polegares acariciando atrás e na frente. A cabeça caindo para frente, enterrando o rosto contra o pescoço dela. (Nunca é suficiente.) "Никогда достаточно", ele arfou. "Я нуждаюсь в Вас все больше..." (Eu preciso de você, cada vez mais...)
Ela podia não compreender, mas suas palavras, mesmo em outra língua, eram rudes e repletas de promessa. Seus pés se curvavam ao contato da água quente, seus joelhos tremiam enquanto ele a preenchia com um intenso propósito e a deixava tão lentamente que a intimidade era gritante. E sua boca beijando seu pescoço, seu hálito quente contra sua pele, os sussurros decididos em sua língua desconhecida.
Ela gritou quando ele a penetrou uma vez mais; seu corpo inteiro tremendo enquanto o êxtase crescia dentro dela, muito perto de transbordar. As mãos dele deslizavam em sua frente, segurando seus seios, circulando os mamilos com o polegar enquanto ele deslizava para fora dela. Ela podia jurar que sentia cada centímetro dele, cada linha de seu p** impressionante, impresso em seu calor. Só a ideia já fazia ela se comprimir, apertando a ponta dele e encorajando-o a penetrá-la com força mais uma vez. Ele rosnou em seu pescoço, mordendo sua pele e as costas dela começaram a se flexionar com as ondas do orgasmo que começava a vibrar. Ele sabia, ele sempre sabia; ele podia brincar com o corpo dela como brincava com seus arcos. Ele diminuiu o ritmo, mantendo-a no limite. Suas mãos subiram, segurando em seu bíceps e deslizando pelos seus braços molhados até cobrirem suas mãos, seus dedos se entrelaçando nos dela.
Ela sentiu uma agitação em seu peito; a angústia da intimidade. Ela tentou se afastar; física e emocionalmente. Mas ele a manteve onde ela estava; seu corpo era maior e mais forte que o dela. Suas mãos mantiveram as dela onde estavam e seu peito quente contra suas costas não se moveu. Ele inclinou o quadril e ela sentiu um puxão forte dentro dela, fazendo sua cabeça cair pra frente em submissão e um gemido escapar de sua garganta.
(Tão teimosa.) "Столь упрямый", ele disse, seu hálito quente deslizando em seu ouvido.
"Ollie..." ela gemeu, balançando-se contra ele. "Por favor."
A lentidão e a provocação deixaram o banho imediatamente. Ao invés disso, ele começou a se empurrar para dentro e fora dela com propósito, mais forte e mais fundo em cada encontro de seus quadris. Ela tremeu, de dentro pra fora. Seu orgasmo se espalhou por seu corpo furiosamente, lambendo sua pele e fazendo seus joelhos oscilarem. Ela gritou, o equilíbrio indo embora. Mas o braço dele envolveu sua cintura, segurando-a, e ele continuou durante cada tremor e aperto do calor dela ao redor dele. Ela gozou três vezes, seus pés mal tocavam o chão enquanto ele a segurava. E finalmente, enquanto sua mão agarrava a dele em seu estômago, apertando, ele gozou. "я люблю Вас", ele sussurrou em seu pescoço antes de seus quadris se atirarem contra ela e ficar imóvel, o líquido quente a preenchendo e cobrindo suas coxas.
Arquejando por ar, ela mal conseguia abrir os olhos.
Como ele conseguia se manter em pé, ela não sabia. Então ele deu um passo atrás em direção ao jato de água, levando-a com ele, delicadamente lavando os restos de seu tempo juntos. Quando ela começou a recuperar a sensação nas pernas, conseguiu se virar de frente pra ele. Ela podia facilmente adormecer, naquele momento, bem ali, estimulada por suas mãos deslizando em seu quadril, seu estômago, massageando seus ombros. Por uma fração de segundo, ela se perguntou... Por que nunca foi tão bom assim com outra pessoa? Por que Jimmy nunca foi tão doce assim quando acabava ou tão incrível? Mas ela balançou a cabeça, tirando esses pensamentos de sua cabeça, e ao invés disso se concentrou nos lábios de Oliver traçando uma linha na lateral de seu rosto.
Não foi até que a água esfriasse que ele desligou o chuveiro e eles deixaram o banho. Ela sentia como se tivesse que dizer ou admitir alguma coisa, mas não sabia o quê. Então, só o observou; em toda sua arrogância e suprema glória, atraente enquanto andava completamente molhado e lindamente nu, para pegar um par de toalhas felpudas na prateleira. Ele a enxugou; esfregando seus cabelos até virarem uma desenfreada bagunça de ondas que seria um inferno para pentear depois, puxando-a para seu peito enquanto secava seus braços e costas. Ele teve o cuidado de envolver a toalha em uma perna de cada vez, ajoelhado na frente dela, com um meio-sorriso no rosto enquanto ela se apoiava em seus ombros buscando equilíbrio. E então seu estômago e seus seios, suas mãos cobertas no tecido enquanto ele enxugava cada gota de água fria. Até que finalmente, ele enrolou uma toalha seca ao redor dela e sem aviso, pegou-a em seus braços.
Com um grito, ela olhou pra ele surpresa, com os olhos arregalados.
Ele riu baixinho.
Ela não teve nem tempo de perguntar o que ele pensava que estava fazendo, antes dele entrar no quarto dela e a jogar no meio da cama. E então ele estava em seu armário, pegando uma camiseta velha que ele havia deixado lá há uns três meses. Voltando até ela, ele enrolou a camiseta até o pescoço e passou pela cabeça dela, puxando-a para baixo até ela deslizar os braços pelas mangas. Estendo a mão, ele tirou a toalha por baixo da camiseta, atirando-a num cesto de roupas próximo. E com isso, rastejou na cama ao lado dela, puxando-a um pouco para cima.
Ela devia ter discutido. Dormir junto, sem estarem exaustos pelo sexo tido na cama, parecia muito íntimo. Sim, eles haviam feito sexo no chuveiro, mas agora ela estava bem acordada e tudo parecia ter mais sentido quando ela não estava adormecendo nos braços dele pelo fato de ele a ter deixado exausta e ela mal conseguir se locomover. As luzes estavam apagadas, a noite tomando conta, e ele tinha o braço ao redor de sua cintura, sua grande palma segurando-a possessivamente. Ela podia senti-lo respirar em sua orelha, o rosto enterrado em seus cabelos, e seu enorme e quente corpo nu contra o dela.
Ela devia ter discutido.
Mas não discutiu.
Ao invés disso, ela cedeu. Como vinha fazendo muito ultimamente.
E com o calor e os dedos dele desenhando em seu estômago, ela caiu num sono tranquilo.
Agora, viria a manhã. Chloe com toda sua inteligência ia querer sentar e conversar com ele sobre a noite anterior. Ia querer esclarecer a confusão em que eles estavam e relembrá-lo de sua estrita regra de não-envolvimento do não-relacionamento que tinham. Mas quando a manhã chegou, ela se espreguiçou, braços acima da cabeça e pés até o fim da cama. E ao invés de encontrá-lo ali, como estava acostumada após uma noite de sexo inacreditável, ele havia ido embora. Sem brincadeiras no café-da-manhã ou o sexo devagar das manhãs quando ainda estavam meio-adormecidos. Ela estava simplesmente sozinha em sua enorme cama, vestindo uma camiseta velha, que até hoje, ainda tinha o perfume dele.
E ela estava... desapontada.
Mesmo querendo relembrá-lo que o que tinham era apenas para aliviar o stress, ela gostava daquelas manhãs que eram só ele e ela. Ele faria o café, e prepararia o bacon, porque ele sempre fazia. E quando ele quebrasse as gemas dos ovos, ele acabaria por transformá-los em ovos mexidos para não ter que admitir o erro. E ele faria seu café, exatamente do jeito que ela gostava. Ela se sentaria na pequena mesa, o cabelo uma bagunça e um sorriso nos lábios, e observaria ele brincando de cozinheiro, seu jeans folgado caindo deliciosamente de seus quadris magros. Ele piscaria pra ela, e daria um sorrisinho, sabendo o que ela estava pensando e para onde ela estava olhando.
Com um suspiro, suas mãos de repente cobriram os olhos e sua boca tremeu.
Oh Deus!
Depois de todo esse tempo; se convencendo e mantendo as coisas à distância... Depois de dizer pra si mesma milhões de vezes que o que estavam fazendo era normal e não tão íntimo quanto parecia... Ela balançou a cabeça violentamente; ela não faria isso. NÃO! Ela não aceitaria o que ela achava que estava acontecendo. Puxando os lençóis ela se levantou da cama, calçou os chinelos e saiu do quarto. Saiu da cama que estava com o cheiro dele, passando pelo armário onde as roupas dele estavam dobradas e guardadas, e ignorando o cesto de roupas sujas onde as roupas dele e dela formavam uma grande bagunça.
Descendo as escadas, ela correu os dedos pelo cabelo, perguntando-se se conseguiria ligar seus computadores e fazer algumas pesquisas para evitar pensar no que queria ignorar. Mas enquanto atravessava a sala até os computadores de sua torre de vigilância, ela tropeçou.
Ele estava na cozinha.
Ele usava seu jeans de cintura baixa e sua testa estava franzida. Ele quebrou o ovo dentro da panela, a gema quebrou, como sempre, e irritado usou a espátula para misturá-los. Parece que teriam ovos mexidos.
Ela sentiu os olhos queimarem de repente enquanto um sorriso curvava seus lábios.
De repente, Oliver olhou por sobre os ombros. "Bom dia, Sidekick", ele cumprimentou, sorrindo. "Você está sem bacon, mas eu encontrei salsichas... E eu acho que o pão está estragado então vai ser só ovos com salsicha." Encolhendo os ombros ele deu uma olhada para a cafeteira onde o café estava quase pronto. "Não vai demorar muito."
Ela assentiu com a cabeça, caminhando até ele com a cabeça um pouco inclinada para o lado.
Quando foi, exatamente, que ela imaginou que ter um relacionamento puramente sexual com Oliver seria uma boa ideia? Porque agora parecia que ela estava estragando tudo; de novo. A mesma coisa de sempre. Ali estava um cara que podia ter qualquer mulher que quisesse e que não havia recusado muitas das ofertas que recebera. Acima disso, brincava de herói durante a noite; vestindo couro verde e usando um arco-e-flecha para pegar alguns caras maus. Ele fazia o que tinha que ser feito, independente do quão sombrias fossem suas escolhas, e não se achava o sabe-tudo como Clark. E ali estava ele, em seu apartamento, agindo como o melhor namorado que uma garota podia querer.
As salsichas estavam levemente queimadas apenas de um lado e os ovos estavam indo bem. Deixando-os cozinhar, ele se virou para servi-los duas canecas de café fresco, o dela com dois tipos de creme e açúcar, antes de fazer o dele. Ele estendeu a caneca pra ela e se virou para o forno quando ela pegou a caneca, segurando-a com as duas mãos e aproximando-a para sentir o cheiro. Ele sorriu, como se soubesse o que ela estava fazendo, e então ele estava servindo seu café-da-manhã em dois pratos antes de passar por ela caminhando até a mesa. Colocando o prato dele em cima da mesa, e puxando a cadeira pra ela, antes de se sentar.
Mordendo o lábio, ela se percebeu analisando tudo.
Como a Torre de Vigia não percebeu o óbvio; ela não sabia. Talvez tenha se distraído enquanto brincava de ser indiferente; se desligando o máximo que podia.
O café foi silencioso. Oliver lia o jornal, o caderno de negócios, com as sobrancelhas erguidas curiosamente. Ela notou distraidamente o jeito como o pé dele roçava o dela, algo que nem ele parecia perceber que estava fazendo. Mas repassando as lembranças, percebeu que ele fazia isso toda vez. Todo café-da-manhã que eles compartilhavam, enquanto ele lia o jornal e tomava seu café, ele estendia o pé e roçava seu calcanhar de um jeito distraído e carinhoso. E ela deixava, inconscientemente, sem prestar atenção às coisas que aconteciam sem seu conhecimento.
Foi aí que o relógio marcou 6:45, e era hora de ele ir se encontrar com os sócios de sua companhia. Lá pelas seis e meia tomava banho, estivesse na sua casa ou na dela, se vestia e voltava a encontrá-la ainda na cozinha ou já em seus computadores, correndo através das informações. Ele beijava sua têmpora despedindo-se e dizia que a veria mais tarde, antes de sair. E como em qualquer outra manhã, ele fez exatamente isso.
Enquanto ele parou atrás da cadeira dela e se inclinou para beijá-la, ele perguntou, "Almoço?"
"Meio-dia..." ela respondeu instintivamente. "Te encontro no Alessandro's?"
Ele sorriu. "Parece ótimo."
E com isso, ele havia ido e ela foi deixada refletindo sobre os últimos seis meses.
Ela absolutamente não conseguiu trabalhar; ao invés disso, entrou em modo de pesquisa. Ela olhou os registros bancários, recibos de restaurantes, e até mesmo imagens de câmeras de segurança; procurando evidências deles. Dele e dela; Chloe e Oliver. Seis meses valiosos; de sorrisos secretos e mãos entrelaçadas que ela nem percebia estar fazendo. Refeições pelo menos uma vez ao dia; algumas vezes até três; de um bolinho do Starbucks a três pratos durante o jantar. Quando foi que algo que era pra ser sem sentimentos se tornou um relacionamento, bem debaixo do seu nariz?
E que diabos ele tinha dito a ela na noite passada?
Oliver falava muitas línguas, mas a que ele havia sussurrado contra a pele dela não era francês nem espanhol... Russo, talvez. Clark mencionou uma vez que Oliver foi fluente o suficiente para convencer uns bandidos russos há muito tempo atrás. Russo não era fácil de escrever ou repetir, no entanto, e por mais que tenha tentado sonorizar as palavras, não conseguiu nada. O que significava que ou ela teria que conversar com um tradutor e torcer que ele entendesse o que ela estava falando... e que não fosse algo muito íntimo, ou ela teria que ceder e perguntar para Oliver.
A caminho do almoço, ela estava determinada a fazer exatamente isso.
Adentrando o Alessandro's em um vestido verde e saltos pretos, ela só precisou acenar para que o garçom lhe apontasse onde Oliver esperava por ela. Olhando o menu desinteressadamente, os dedos mal tocando a taça de vinho à sua frente. Por um momento ela se sentiu ao mesmo tempo irritada e triste. Se não havia percebido a mudança entre eles, tinha certeza que ele havia percebido. E como ele pôde deixar que continuasse? Ao mesmo tempo, sabia que tinha que terminar. De jeito nenhum ela podia continuar com isso, não se eles estivessem se envolvendo. Olhando pra ele, no entanto, ela não queria se despedir do que tinham. Porém, foi a dor em seu coração que a imobilizou.
Quando ele olhou pra cima, sorrindo pra ela, ela sentiu seus passos oscilarem, e sua determinação tremer.
Bom Deus, ele sempre foi assim tão lindo?
Internamente, ela zombou. Ele sabia que era bonito, assim como todas as mulheres no restaurante, se os olhares que ele estava recebendo devessem ser considerados.
Ele se levantou quando ela se aproximou, contornou a mesa e puxou a cadeira pra ela. Ele estava perto o suficiente para que seu corpo roçasse no dela e por um momento, seus olhos quase se fecharam com o caloroso abraço. Se recompondo, porém, ela se sentou rapidamente e se forçou a não olhar pra ele enquanto ele voltava para seu lugar.
"Como está indo o trabalho?", ele perguntou.
Devagar. Inexistente. Aparentemente havia decidido tirar a manhã de folga para se concentrar no que significa um não-relacionamento para provar que estava errada. "Tem sido... interessante", ela respondeu, no entanto.
"É?", ele ergueu uma sobrancelha. "Alguma coisa com a qual eu deva me preocupar?"
Como ela deveria responder isso?
Finalmente, ela resolveu. "Ainda não."
Agora ele parecia ainda mais interessado.
Então ela pegou o menu e cobriu o rosto e dirigiu a atenção para outra coisa. "O que parece bom?"
Ele riu. "Depois de seis meses, acho que nós dois já memorizamos o menu." Quando o garçom se aproximou, Oliver disse simplesmente, "O de sempre."
O de sempre dele - frango à parmegiana com fettuccini alfredo.
O de sempre dela - três ravioli de queijo com molho picante e pão de alho.
Quando nesse mundo eles começaram a ter 'o de sempre'?
Quando o garçom olhou pra ela, com um meio sorriso, ela sabia que ele sabia o que ela ia dizer. "O de sempre, por favor."
Apesar de seu desagrado por compartilharem um 'de sempre', ao mesmo tempo sabia que o prato era delicioso.
Quando o garçom saiu, ela olhou para Oliver, que agora a olhava preocupado. "Você está se sentindo bem?"
"Sim", ela murmurou, assentindo com a cabeça.
Tomou um gole do vinho que ele havia pedido, tentando colocar seus pensamentos em ordem. Sabia que tinha que conversar com ele sobre o que havia acontecido, e sobre o que ele havia falado, mas suas mãos estavam tremendo e seu coração acelerado.
"Então..." Ela clareou a garganta. Não havia um jeito fácil de começar essa conversa, ela decidiu. "Sobre ontem à noite..."
Ele olhou pra ela, esperando.
Ela suspirou, uma parte sua desejando que ele tomasse a frente da conversa e soubesse exatamente do quê ela estava falando.
"O que você disse..." Sua testa franziu.
"E o que eu disse?", ele perguntou, apertando os lábios ameaçando um sorriso.
Carrancuda, ela revirou os olhos. "Eu não sei... É por isso que estou perguntando!"
Ele riu humildemente. "Russo."
"Isso eu percebi..." Ela soltou o ar irritada. "Mas traduzir russo não é um dos meus talentos."
Ainda sorrindo, ele simplesmente continuou olhando pra ela antes de admitir. "Essa é a intenção."
Ela não tinha certeza se queria rir ou estrangulá-lo. "Às vezes, eu acho que você faz essas coisas pra eu perder a cabeça."
"Não existem muitas pessoas que sabem exatamente como fazer você perder a cabeça..." ele murmurou humildemente.
Ela corou, sabendo exatamente o que ele queria dizer. Os olhos dele eram sombrios, estreitos, e seus lábios curvados sugestivamente.
Mas ele não mordeu a isca. "O que você quer saber?", ele perguntou, correndo os olhos sobre ela.
Ela encolheu um ombro. "Não é todo dia que alguém fala em russo comigo e eu fiquei curiosa..."
"Por natureza."
"Certo... então...?" Ela sorriu esperançosa, erguendo as sobrancelhas em expectativa.
Rindo, ele sentou mais para frente e pegou a mão dela, virando-a para que pudesse desenhar círculos na palma de sua mão com o indicador.
Enquanto um arrepio correu sua espinha ela sorriu levemente, gentilmente.
"ваша улыбка столь же красива как тысяча блестящих", ele murmurou roucamente.
Piscando, ela tentou se concentrar nas palavras e olhou pra ele. "Ahn?"
Ele lambeu os lábios. "Eu disse..." Seu polegar traçava linhas ao lado e na palma de sua mão lentamente, delicadamente. "Seu sorriso é tão bonito como o brilho de um milhão de diamantes."
Seu coração martelou, os olhos arregalando-se lentamente. "Oliver..." ela murmurou.
Ele não disse nada, ao invés, continuou traçando linhas em sua mão com os dedos.
Ela desistiu e quando o almoço chegou, ela se viu numa encruzilhada.
Sua comida estava sem gosto; ela tinha certeza que o cozinheiro havia feito o melhor, mas tudo tinha gosto de areia pra ela. Ele não estava olhando pra ela, ao invés disso, estava concentrado em sua refeição e aparentemente mergulhado em pensamentos.
Não trocaram nenhuma palavra e ao fim da refeição, ela se sentia deprimida. Ele pegou a mão dela enquanto eles saíam, pagando o almoço com seu MasterCard e empurrando a jaqueta sobre os ombros dela enquanto saíam para fora, as mãos se encontrando automaticamente.
"Precisamos conversar", ela disse finalmente, mas ao invés do tom forte e decidido que ela queria, o que saiu foi um sussurro falho.
Ele travou a mandíbula, sua mão apertando a dela.
Ela esperava que eles voltassem para o seu ou para o apartamento dele, porém ele entrou em um beco, puxando-a com ele. No meio do caminho, ele a soltou, continuando a andar e passando a mão pelos cabelos bruscamente. Xingando entredentes, mas era tão óbvio, que mesmo que fosse em russo, ela saberia o que ele estava dizendo.
Ela encolheu quando ele se virou pra ela.
"Por quê?", ele perguntou, engolindo com dificuldade. "As coisas estão indo muito bem. Pra que mudar?"
"As coisas estão..." Seus olhos evitaram os dele. "Estão ficando confusas, Oliver."
"Me diga como.. Ahn?" Andando até ela, ele segurou os braços dela e a balançou para que ela olhasse pra ele. "O que há de errado no que temos?"
Por entre os dentes, ela respondeu. "O fato de que não temos nada faz isso errado... Não era pra ser assim..."
"E quem faz as regras, Chloe?" Ele lhe deu um olhar penetrante. "Nós fazemos. Então se dizemos que está tudo bem, então está."
Balançando a cabeça, ela disparou. "Eu não posso fazer isso."
"Não... Você não quer..." Ele a encarou sombriamente. "Tem uma grande diferença."
Ela tentou se livrar das mãos dele, mas ele não a soltou. Pelo contrário, ele enterrou uma mão no cabelo dela, virando o rosto dela pra ele.
"Você pode me afastar o quanto quiser e você pode ignorar o que está na sua cara, mas se você acha que eu vou deixar você mentir pra mim você está enganada."
Com isso, ele a beijou, seus lábios pressionados duramente contra os dela. Ela queria odiá-lo por isso, e pelo jeito que ela respondia. Mas as mãos dela pararam de tentar afastá-lo e ao invés disso agarraram seu casaco, puxando-o pra perto. E antes que ela percebesse, ele a estava pressionando contra a parede de um prédio. As mãos deslizando, erguendo-a até que suas coxas estivessem ao redor de sua cintura. Estendendo a mão entre eles, seus dedos encontraram a calcinha dela tirando-a rudemente do caminho e penetrando-a com dois longos dedos. Ela choramingou contra a boca dele, ofegante, e em seguida se encontrou distraída enquanto a língua dele se torcia na sua.
"É isso que você quer?" ele perguntou, mordendo o lábio inferior dela.
"Sim!" ela engasgou, balançando a cabeça, seus olhos quase fechados enquanto ele massageava seu clitóris com o polegar.
Suas mãos caíram entre eles, abrindo e deslizando por dentro da calça dele, esfregando seu volume ereto. Seus dedos o libertaram da boxer, segurando-o com força direcionando-o onde ela queria, precisava dele.
"Sem envolvimento", ele murmurou resfolegando, antes de se empurrar dentro dela.
Ela choramingou enquanto ele a penetrava bruscamente; suas coxas se flexionando contra a cintura dele. Sua cabeça tombou para trás, batendo na dura parede, mas ela não poderia se importar menos. Ela envolveu um braço ao redor do pescoço dele para manter o equilíbrio enquanto a outra se aventurava por dentro da camisa dele, envolvendo suas costelas, seu polegar acariciando distraidamente uma cicatriz que ela conhecia de memória. De fato, ela conhecia todas as cicatrizes, sardas e marcas de nascença dele. Conhecia o corpo dele tão bem quanto conhecia o seu próprio; talvez ainda melhor uma vez que não tinha uma grande vista do seu quanto tinha do dele.
Ele estava implacável; batendo profundamente dentro dela, acertando o ponto certo, uma vez seguida da outra. (Meu sol... com tanto medo de me deixar amá-la...) "Мое солнце ... столь испуганный, чтобы позволить мне, чтобы любить ее...", ele murmurou roucamente, esfregando os lábios em seu pescoço.
Ofegante, ela olhou para o céu cinzento acima deles, e o contorno dos prédios que os escondiam em sua escapada. A mão dele escorregou entre eles, os dedos encontrando e apertando o clitóris dela, e estremecendo, ela gozou com força.
Ele abafou o grito dela com sua boca antes de empurrar-se dentro dela e se libertar.
Exausta, ela ficou lá, a testa caindo no ombro dele. As pernas estavam inúteis, se apertando na cintura dele. Tentando recuperar o fôlego, ela distraidamente acariciou seu pescoço, deslizando os dedos delicadamente pelo cabelo dele.
"я люблю Вас", ele murmurou, antes de repetir mais uma vez contra o cabelo dela. "я люблю Вас."
E quando ela sentiu seu peito apertar, sabia o que ele estava falando. Não precisava de um tradutor para entender agora.
As mãos dele estavam tremendo enquanto se estendiam entre eles e arrumavam as roupas dela antes de descê-la para o chão, segurando-a pela cintura até que ela recuperasse a sensação nas pernas.
Ele não conseguia olhar pra ela agora e a evidente dor em seu rosto a estava matando.
"Ollie..."
"Vamos pular as delicadezas?", ele resmungou, antes de soltá-la e deixar o beco.
Ela o seguiu sedada.
Ele foi para um lado e ela para o outro; ele para o trabalho e ela de volta para a torre.
Ela tinha muito em que pensar.
Ele não ligou, não apareceu, e não respondia suas ligações.
Uma semana e ela sentia como se sua vida estivesse desmoronando novamente.
Sentada em seus computadores, ela não se importou em se dedicar totalmente a eles. Ao invés disso, ela se inclinou para trás e girou distraidamente na cadeira, olhando para o teto sem pensar em nada. Ela não havia tomado banho, nem mudado a roupa; estava vestindo aquela velha camiseta que ele havia vestido nela há um século atrás e estava pensando nas manhãs e tardes e nas muitas noites que haviam passado juntos. Não só no sexo, mas nas risadas e na alegria e na sensação de conforto que ela tinha na presença dele. E droga, ela sentia falta. Sentia falta dele. Era como se faltasse uma parte dela e ela sabia exatamente qual era. Mas não estava disposta a ceder, não estava disposta a passar por tudo de novo e... tentar.
Foi quando ela estava sentada lá, com os olhos doloridos e vermelhos por causa das lágrimas que ela se recusava a admitir que havia chorado por uma não-relação, que a realidade a atingiu, duramente. Todo esse tempo que ela passou evitando, ele estava fazendo o contrário. Quando ela afastava o 'eles', ele abraçava. E ele também sabia disso. Foi por isso que ele nunca a pressionou por mais; porque ele havia aceitado as coisas como estavam. Porque ele estava disposto a esperar que ela percebesse.
Inclinando-se para a frente, ela jogou a cabeça nas mãos e suspirou.
Se obrigando, ela se levantou e correu escada acima, tirando a camiseta dele e jogando-a no cesto de roupas sujas distraidamente. Indo para o chuveiro, ela esfregou a última semana de sua pele, deixando a pele vermelha e dolorida. Ela balançava a cabeça cada vez que a memória daquela noite lhe vinha a cabeça, a ternura do toque dos dedos dele e como ele lavou seus cabelos. Saindo do chuveiro, pingando, ela pegou a toalha e se enxugou distraidamente. Ela estava meio-seca quando vestiu a primeira roupa que encontrou e correu escada abaixo, pegando suas chaves no caminho.
Ela levou vinte minutos para chegar ao apartamento dele; por causa do tráfego e por ter sido cortada por um idiota que pensava que era dono da rua. Ele pode não ter ouvido tudo o que ela o xingou, mas com certeza viu o dedo que ela lhe mostrou.
Ela estacionou ilegalmente, e não se importou quando o porteiro disse que ela tinha que tirar o carro dali. Passou correndo por ele em direção ao elevador, chegando ao topo e passando pelo sistema de segurança para entrar antes mesmo que ele pudesse perceber que ela estava ali. Entrando, ela encontrou um silêncio preocupante. Sempre havia alguma coisa acontecendo ali; ou os rapazes estavam aproveitando sua tv de plasma ou ela estava nos computadores dele ou ele estava dando conta de seus muitos e diferentes trabalhos. Mas a sala estava escura e não havia som vindo de nenhuma direção. Ela se perguntou por um momento se talvez ele nem estivesse ali; se ele teria feito as malas e voltado para Star City.
Mas quando ela viu a garrafa vazia de uísque sobre o balcão da cozinha sentiu o coração afundar em seu estômago.
Balançando a cabeça, ela correu para dentro, apenas para encontrá-lo deitado no sofá, braços cruzados sobre o peito e os olhos semicerrados.
Engolindo, ela perdeu um pouco da coragem quando olhou pra ele.
"Ficar olhando o pobre bilionário destruído não é legal", ele falou de repente, com a voz áspera.
"Desculpe... eu..." Lambendo os lábios, ela contornou o sofá para ficar de frente pra ele. "Se incomoda se eu acender uma ou duas luzes?"
Ele ergueu uma sobrancelha. "Se eu disser que sim você vai ouvir?"
Ela deu um meio-sorriso antes de se inclinar e acender um abajur bem atrás da cabeça dele.
Ele franziu a testa, apertando os olhos por causa da luz.
Sua mandíbula estava travada, sua barba por fazer e os olhos avermelhados; talvez por causa do álcool ou por outra coisa, ela não tinha certeza. Suas roupas amassadas mostravam que ele não havia se trocado há algum tempo, o que definitivamente não era típico dele.
"Isso é só um projeto de estudo ou você realmente precisa de alguma coisa?" ele rosnou.
"Um pouco menos dessa atitude seria bom."
"Tente a próxima porta", ele murmurou.
"Podemos conversar...? Por favor?"
Ele se sentou, mexendo os ombros como se estivesse deitado ali quem sabe há quanto tempo. "Eu não sei... Na última vez que você quis conversar eu 'comi' você num beco escuro. Tem certeza que você quer ir lá novamente?"
Com um suspiro, ela se sentou no sofá perto dele. "Eu estava com medo..."
"Bem-vinda ao clube."
Ela olhou pra ele pelo canto dos olhos. "Então demorou um pouco até eu perceber... Perdão por não ter percebido seu grande plano!"
"Não era um plano" ele murmurou. "As coisas simplesmente aconteceram."
"De verdade?" Ela cruzou os braços sobre o peito. "Então quando isso foi sugerido, você honestamente acreditou que nada ia acontecer? Só sexo, sem amarras?"
Ele olhou pra longe.
"Está vendo...?" Ela olhou pra ele. "Você sabia..."
"O quê? Que você e eu tínhamos a oportunidade de ser algo mais? Sim, eu tenho certeza que isso passou pela minha mente uma ou duas vezes..." Se recostando de volta no sofá, ele franziu a testa. "Isso não significa que eu esperasse que você percebesse. Você estava bancando a cega desde o começo."
Relembrando seu primeiro encontro, em um celeiro, quando ele a deixou admirada, "Talvez não desde o começo..."
Ele olhou pra ela. "É, bem, não impediu que você se casasse com um cara que te conhecia tão bem quanto um estranho... Ou se apaixonado por um alienígena psicótico que queria destruir o mundo..."
"Desculpe", ela respondeu sarcasticamente. "Eu deveria ter parado de ver o Jimmy depois que você e minha prima terminaram?"
"Teria sido ótimo!" ele exclamou.
Ela riu de repente. "Você está falando sério? Eu deveria ter terminado um relacionamento perfeitamente bom por um cara que eu não fazia ideia que pudesse estar interessado em mim?"
"Perfeitamente bom?", ele repetiu. "Ele nem mesmo conhecia você."
Ela fez uma careta. "É, bem, nem tudo o que vem com esse trabalho é um privilégio, Oliver."
"Se você o amasse, teria confiado nele, poderia contar qualquer coisa... mas você não fez isso!"
Ela travou a mandíbula. "Eu tinha que manter algumas pessoas em segurança; pessoas que confiavam em mim."
"E ele não era digno de merecer a grande confiança total de Chloe Sullivan... Era?" Ele olhou pra ela, balançando lentamente a cabeça. "E então quando tudo terminou e os dois estão mortos, sumiram, você ainda está presa a um cara, que pra começo de conversa, nunca conheceu você... Nunca te conheceu desde o início!"
Olhos queimando, ela virou a cabeça teimosamente. "Não suponha saber tão bem tudo sobre mim... Você fugiu e vivia bêbado, deixando todas as responsabilidades de lado, inclusive uma equipe que precisava de você resolver tudo sozinha."
Ele suspirou. "Eu voltei."
"Depois que eu te dei um belo tapa na cara pra te trazer de volta", ela relembrou.
"E essa é uma das muitas razões pelas quais eu e você combinamos." Levantando-se, ele andou pela sala, cruzando os braços sobre o peito. "Mas você não quer ouvir isso, certo?" Ele virou, olhando pra ela. "Nós tínhamos um acordo verbal e eu tenho certeza que eu cumpri minha parte muito bem."
Ela vacilou mas estava decidida. "Sim... nós tínhamos e você cumpriu."
Agora era a vez dele, e o vacilo registrado em seu rosto era doloroso de se ver.
"Não fomos feitos para esse tipo de acordo, Oliver... Não podemos fazer isso..."
Ele riu sem graça. “Mas foi bom tentar, eu acho...” Com os ombros caídos, ele se virou de costas, olhando sombriamente pela janela.
Ela caminhou até ele, com os passos lentos, o corpo tremendo.
“Não prometo que será fácil... Eu passei seis meses fingindo que não tínhamos nada além do acordo que fizemos no início. Quando eu quero consigo ser a Rainha da Cegueira.” Ela riu trêmula. “Mas se você me der outra chance... Eu gostaria de entrar nessa com os olhos bem abertos... Eu gostaria de... tentar... a gente.”
Quando ele não respondeu, ela estendeu a mão, descansando-a nas costas dele.
E sua cabeça caiu, o queixo encontrando o peito. “Tem certeza sobre isso?”
Ela assentiu com a cabeça, apesar de saber que ele não estava olhando pra ela. Seus dedos se flexionaram, a mão subindo para o ombro dele, apertando-o.
Pegando a deixa, ele se virou pra ela, os olhos desconfiados encontrando os dela.
“Tenho certeza”, ela murmurou.
Segurando o rosto dela, ele colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. “Você tem que estar totalmente envolvida... Cem por cento... Porque eu já estou.” Ele lhe deu um olhar questionador, seu polegar acariciando o rosto dela.
Envolvendo as mãos na cintura dele, ela sentiu o coração acelerar. “Eu estou.”
Ele sorriu, lentamente, esperançoso. E em seguida estava beijando-a, envolvendo-a num abraço apertado. Lábios oblíquos, línguas e dentes mordendo e acariciando, a respiração ficando difícil. Mãos envolvendo as coxas dela, ele a ergueu até que ela enrolasse as pernas ao redor de sua cintura. Ofegante, com os braços em torno do pescoço dele, o rosto a poucos centímetros do dele, ela riu. A sensação no peito agora não era de dor ou medo ou rejeição; era de felicidade, contentamento, alegria.
“я люблю Вас “, ele murmurou rouco.
Ela balançou a cabeça, piscando enquanto seus olhos queimavam com as lágrimas. “Eu também te amo.” E agora eles estavam livres pra viver isso; com as inevitáveis amarras.
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Resumo: Quando começaram isso, eles tinham regras muito sérias. Sem envolvimento. Em algum ponto do caminho isso se tornou simplesmente impossível.
Autora: sarcastic_fina
Classificação: NC-17
Categoria: Angst/Romance
Se eu caminhar, você vai correr?
Se eu parar, você vem?
Se eu disser que você é especial, você vai acreditar?
Se eu pedir pra você ficar, você me mostra o caminho?
Diga-me o que eu tenho que falar pra você não me deixar.
Mas eu vou lutar pelo seu amor
Eu posso esconder
Vou lutar pelo seu amor
Já nos escondemos demais
Try - Asher Book
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Quando começaram isso, eles tinham regras muito sérias. A mais importante de todas é que era apenas sexo. Nada mais. Não haveria amarras; só diversão. Não haveria outros; só por segurança. Com a vida que tinham, parecia um bom plano a princípio. Frustrações apareceriam e ao invés de criarem uma relação pegajosa com outra pessoa, recorreriam apenas um ao outro. Ela hesitou em classificar isso como um 'segredo' quando o mais correto era... privacidade. Eles não contariam nada para seus amigos ou se apresentariam como namorado/namorada, porque não eram e porque não era da conta de ninguém.
Quando ele tivesse um dia difícil, fosse na Queen Industries ou na Liga, ele a procuraria e ela ficaria feliz em ajudá-lo a aliviar o stress. Assim como ele estaria pronto para ajudar quando tivesse algo a incomodando. Era sexo, e nada mais, entre amigos; bons amigos, parceiros até, a mãe e o pai da Liga da Justiça, como eles eram chamados, em tom de brincadeira, pelos outros membros da equipe. Então ao invés de afogar suas mágoas na bebida e com mulheres aleatórias, ele voltava para suas tarefas e quando precisava relaxar, sabia quem procurar.
E nas primeiras semanas funcionou muito bem; até ele elevar as coisas a um nível diferente.
"Estou com fome", ele murmurou contra as costas dela, enquanto seus dedos desenhavam 'oitos' pela pele dela.
Desperta e ainda tonta pelas últimas duas horas na cama, ela desenterrou a cabeça do travesseiro. "Acho que tem sobra de comida Chinesa no freezer."
Apoiando o queixo no ombro dela, ele ergueu uma sobrancelha. "Acho que podemos fazer melhor que isso, Sidekick..." Ele sorriu charmosamente. "Você, eu e um restaurante italiano... Se nos vestirmos rápido aposto que conseguimos uma mesa no Alessandro's!" Em seguida ele já estava descendo da cama e procurando suas calças.
Franzindo a testa, Chloe se virou pra ele por sobre os ombros. "Ollie... Jantar não é um pouco pessoal?"
Ele esboçou um sorriso pra ela. "Ah, por favor... Até parece que um jantar vai nos transformar nos próximos Lois e Clark." Caminhando até o armário dela, ele correu os dedos por suas roupas e finalmente pegou um vestido verde. "Um jantar não vai nos matar..." Sentando-se na cama, ele estendeu o vestido. "Se você for boazinha, teremos até sobremesa depois." Com um sorriso afetado, ele deixou o quarto, pegando sua camisa amassada no caminho.
Com um suspiro, ela pegou o vestido. "Por que eu tenho a impressão que a sobremesa serei eu coberta com calda de chocolate...", ela murmurou, sem se preocupar em esconder o sorriso.
Dando essa pequena abertura para mudar o futuro.
Compartilhar refeições tornou-se comum em seu relacionamento; almoços, cafés-da-manhã, jantar, até o café-da-tarde eles passavam juntos. Se ele fosse outra pessoa, ela já estaria cansada de sua companhia. Mas Oliver tinha um jeito de manter as coisas leves mesmo quando elas não deveriam ser. E ela gostava de como as coisas estavam indo; agora não era mais ela indo pra casa sozinha, tentando se apegar a não-realidade dos computadores. Ocasionalmente ele até a convencia a ir ver os últimos lançamentos no cinema. Quase parecia... normal.
Mas ela sabia a verdade e se protegia de qualquer envolvimento desnecessário. Quando ele aparecia, sexo estava sempre envolvido. Quando era bruto e suado, em sua mesa ou contra a parede; transbordando suas frustrações. Ou quando era devagar e sedutor e tinha horas de preliminares e diferentes posições que a deixavam prazeirosamente dolorida. Ao final de qualquer um dos dois, ela estava sempre quente e dolorida e se sentindo valiosa.
Foi assim por meses; ela nem percebeu até que um buquê com seis tulipas apareceu em sua mesa.
Testa franzida, ela levantou o olhar pra ele enquanto ele dava a volta na mesa para olhar os arquivos que ela havia interceptado.
Desconfiada, ela olhou pra ele. "Flores?"
Ele deu um sorriso afetado. "Como você pode saber se elas são minhas? Podem ser de vários outros homens." Mãos no quadril, ele disse. "Clark poderia ter ido cavar e encontrado a cabeça, em seguida a removido do traseiro... Bart poderia ter desistido das falas engraçadinhas e lembrado quais são suas flores preferidas... Você pode ter um admirador secreto que nenhum de nós dois conhece..."
Ela piscou. "Quaisquer flores que chegassem pra mim passariam por você e seu sistema de segurança... Isso acaba com nosso admirador secreto, porque você sem dúvida encontraria o cara, verificaria seus antecedentes, e então você e os rapazes o interrogariam até ele perceber que ter uma queda por mim era uma péssima ideia... E eu acabei de ver o Clark; e posso garantir que a cabeça dele está no lugar certo." Cruzando os braços, ela recostou-se na cadeira e ergueu a sobrancelha pra ele. "Então? Qual é a ocasião? Alguma data importante para a Liga que eu não esteja sabendo...?"
"Sua capacidade de dedução nunca deixa de me impressionar, Sidekick." Ele riu. "E talvez não seja nenhuma ocasião especial... Talvez eu só quisesse ver você sorrir."
Ela estava impassível. "Existem outras maneiras de me fazer sorrir, Oliver... E nenhuma delas sequer envolve flores..." Mas logo, ela levantou o olhar pra ele. "Na verdade, teve aquela vez... no jardim... e a noite em que você colocou pétalas de rosas na banheira e então nós..." Balançando a cabeça. "De qualquer jeito, nenhum deles estava relacionando a... eventos com roupas."
Ele riu. "Você realmente se refere a qualquer momento em que não estivemos fazendo sexo como 'eventos com roupas'?"
Revirando os olhos, ela apertou os lábios. "Você está fugindo da pergunta."
"Só aproveite..." ele suspirou. "E me conte o que você encontrou..."
Foi mais tarde naquela noite, enquanto ele estava lavando o cabelo dela no banho, que ela percebeu. "Seis meses!" Seu quase-grito o assustou enquanto ele estava atrás dela, fazendo-o puxar o cabelo dela acidentalmente. O puxão quase a fez perder o equilíbrio.
Segurando-a; um braço todo molhado e ensaboado deslizando ao redor da cintura dela, ele a virou. "Você está bem?"
"Sim", ela respondeu distraidamente, antes de tirar a espuma do cabelo de seu rosto. "Faz seis meses que começamos isso... isso... bem, isso!" Ela gritou, gesticulando para os dois. "E é pra isso que são as flores." Mãos nos quadris agora, ela olhou pra ele.
Ele riu. "Eu sei que você está querendo parecer nervosa... mas você está nua, coberta por espuma, e só metade do seu cabelo está enxaguado..." Estendendo a mão, ele tirou uma trilha de espuma do nariz dela.
Chloe tossiu para esconder seu contentamento.
Inclinando-se, Oliver colocou o dedo em sua testa e a virou de costas novamente, inclinando a cabeça dela para trás para terminar de enxaguar o xampú. Seus dedos habilidosos massageavam o couro cabeludo em círculos e antes que ela pudesse discutir por ele estar prestando atenção a aniversários não-existentes, os olhos dela se fecharam enquanto ela relaxava em seu abraço, suas costas encontrando seu peito firme.
Enquanto o vapor tomava conta de todo espaço ao seu redor, Oliver tirou o condicionador de seu cabelo e começou a trabalhar em sua pele. Mergulhando sua cabeça na curva do pescoço dela, seus lábios começaram a traçar um caminho descendo pelo seu ombro, seus dentes e sua língua mordendo e acariciando sua pele. (Você é tão macia.) "Вы настолько мягки," ele murmurou em uma língua que ela não compreendia. E como que para distraí-la do fato, uma de suas mãos deslizou pela frente dela, uma grande palma envolvendo e apertando seu seio antes de seu polegar deslizar ao longo do mamilo.
Funcionou. Ela choramingou, encostando-se mais contra ele, a cabeça caída para o lado. Seu comprimento ereto estava fortemente pressionado no ápice de suas coxas e a sensação dele, tão pronto, a fez morder o lábio.
Sua outra mão deslizou pela cintura dela, a ponta dos dedos brincando em seu umbigo. Os desenhos formados pelo sabão indo embora embaixo do jato de água que acertava seu corpo. Estendendo os braços para trás, ela enterrou seus dedos ao redor do pescoço dele, sentindo as pontas de seu cabelo molhado, procurando por equilíbrio enquanto seu corpo parecia oscilar de tão seduzido. A mão dele penetrou por dentro de sua coxa e automaticamente ela se abriu pra ele. Ele mordeu carinhosamente sua orelha, roçando seu nariz no dela em seguida.
(Quando você vai entender?) "когда Вы поймете?", ele perguntou, seu hálito quente fazendo cócegas no rosto dela.
Sem aviso, seus dedos escorregaram entre suas dobras macias, o polegar roçando seu clitóris enquanto seu dedo indicador girava dentro dela.
Arfando, ela ficou nas pontas dos pés, a cabeça jogada pra trás contra o ombro dele.
A mão ainda agarrando os seios dela, ele circulava o mamilo com o polegar, acariciando-o no mesmo ritmo que acariciava o clitóris.
Chloe abriu os olhos, procurando pelos dele.
Sombrio, repleto de desejo, ele olhou pra ela, observando seu rosto enrubescer e sua boca se abrir em um choro enquanto ele deslizava um segundo dedo dentro de suas profundezas quentes. Ele beijou o canto de sua boca, sua língua brincando com seu lábio inferior. "Ollie..." ela implorou, balançando os quadris contra a mão dele.
(Você é tão bonita.) "Вы настолько красивы, Chloe... sua pele... seus olhos..." Ele encostou o nariz no dela. "O sabor... do seu corpo inteiro..." Ele lambeu os lábios e ela se arrepiou com a intensidade dessas palavras.
Que língua é essa? Ela se perguntou. Mas ela não conseguia se concentrar; não conseguia pensar em mais nada além dos lábios, dedos e do corpo dele, tão firme e quente contra ela. Nem uma hora antes, eles estavam trabalhando. Tudo acontecendo normalmente; eles focados nas necessidades dos outros, planejando ataques ou aguardando o melhor momento. Mantinham os olhos nos outros membros da equipe, e ela havia invadido alguns servidores e vigiado até tarde. O tempo todo, pensando sobre o significado das flores.
Oliver era conhecido por seu charme, mas diferente da maioria das pessoas ela sabia que sempre havia uma intenção em suas atitudes. As tulipas ficaram em sua mente durante todo o dia; o perfume a alcançando e a provocando. E sempre que ele passava, ela se pegava olhando pra ele, imaginando, tentando descobrir qual era o seu jogo. E ele simplesmente sorria, consciente.
E agora ela sabia; ele se lembrou de uma coisa que nem ela considerava uma data. Seis meses atrás, eles começaram. Um simples acordo verbal de que sexo com estranhos não era necessário quando um amigo por quem tinham atração estava bem ali. E estava funcionando muito bem pra eles; mesmo com a intimidade acrescentada pelas refeições e filmes e outras coisas que surgiam na cabeça dele. Mas seis meses se passaram sem que ela percebesse; tudo foi indo tão bem que ela nem percebeu que havia passado metade de um ano com Oliver Queen.
O movimento dos dedos dele dentro dela a trouxe de volta para o momento.
Seus pés estavam se movendo e logo ela estava com as mãos pressionadas contra a parede do banheiro. Os dedos dele fugiram de seu calor e ela choramingou em protesto, mas a risada quente e as mãos em seu quadril a diziam que ela não tinha motivos para reclamar. Em segundos, não se incomodando em provocá-la, ele se empurrou fundo dentro dela. Sua cabeça tombou pra frente, mechas molhadas de seu cabelo caindo sobre o rosto. Suas costas enrijeceram, os ombros se esticando enquanto ela se ajustava a circunferência e ao comprimento dele imóvel dentro dela; preenchendo cada canto apertado com puro desejo masculino.
Suas mãos espalmadas sobre o estômago dela, os polegares acariciando atrás e na frente. A cabeça caindo para frente, enterrando o rosto contra o pescoço dela. (Nunca é suficiente.) "Никогда достаточно", ele arfou. "Я нуждаюсь в Вас все больше..." (Eu preciso de você, cada vez mais...)
Ela podia não compreender, mas suas palavras, mesmo em outra língua, eram rudes e repletas de promessa. Seus pés se curvavam ao contato da água quente, seus joelhos tremiam enquanto ele a preenchia com um intenso propósito e a deixava tão lentamente que a intimidade era gritante. E sua boca beijando seu pescoço, seu hálito quente contra sua pele, os sussurros decididos em sua língua desconhecida.
Ela gritou quando ele a penetrou uma vez mais; seu corpo inteiro tremendo enquanto o êxtase crescia dentro dela, muito perto de transbordar. As mãos dele deslizavam em sua frente, segurando seus seios, circulando os mamilos com o polegar enquanto ele deslizava para fora dela. Ela podia jurar que sentia cada centímetro dele, cada linha de seu p** impressionante, impresso em seu calor. Só a ideia já fazia ela se comprimir, apertando a ponta dele e encorajando-o a penetrá-la com força mais uma vez. Ele rosnou em seu pescoço, mordendo sua pele e as costas dela começaram a se flexionar com as ondas do orgasmo que começava a vibrar. Ele sabia, ele sempre sabia; ele podia brincar com o corpo dela como brincava com seus arcos. Ele diminuiu o ritmo, mantendo-a no limite. Suas mãos subiram, segurando em seu bíceps e deslizando pelos seus braços molhados até cobrirem suas mãos, seus dedos se entrelaçando nos dela.
Ela sentiu uma agitação em seu peito; a angústia da intimidade. Ela tentou se afastar; física e emocionalmente. Mas ele a manteve onde ela estava; seu corpo era maior e mais forte que o dela. Suas mãos mantiveram as dela onde estavam e seu peito quente contra suas costas não se moveu. Ele inclinou o quadril e ela sentiu um puxão forte dentro dela, fazendo sua cabeça cair pra frente em submissão e um gemido escapar de sua garganta.
(Tão teimosa.) "Столь упрямый", ele disse, seu hálito quente deslizando em seu ouvido.
"Ollie..." ela gemeu, balançando-se contra ele. "Por favor."
A lentidão e a provocação deixaram o banho imediatamente. Ao invés disso, ele começou a se empurrar para dentro e fora dela com propósito, mais forte e mais fundo em cada encontro de seus quadris. Ela tremeu, de dentro pra fora. Seu orgasmo se espalhou por seu corpo furiosamente, lambendo sua pele e fazendo seus joelhos oscilarem. Ela gritou, o equilíbrio indo embora. Mas o braço dele envolveu sua cintura, segurando-a, e ele continuou durante cada tremor e aperto do calor dela ao redor dele. Ela gozou três vezes, seus pés mal tocavam o chão enquanto ele a segurava. E finalmente, enquanto sua mão agarrava a dele em seu estômago, apertando, ele gozou. "я люблю Вас", ele sussurrou em seu pescoço antes de seus quadris se atirarem contra ela e ficar imóvel, o líquido quente a preenchendo e cobrindo suas coxas.
Arquejando por ar, ela mal conseguia abrir os olhos.
Como ele conseguia se manter em pé, ela não sabia. Então ele deu um passo atrás em direção ao jato de água, levando-a com ele, delicadamente lavando os restos de seu tempo juntos. Quando ela começou a recuperar a sensação nas pernas, conseguiu se virar de frente pra ele. Ela podia facilmente adormecer, naquele momento, bem ali, estimulada por suas mãos deslizando em seu quadril, seu estômago, massageando seus ombros. Por uma fração de segundo, ela se perguntou... Por que nunca foi tão bom assim com outra pessoa? Por que Jimmy nunca foi tão doce assim quando acabava ou tão incrível? Mas ela balançou a cabeça, tirando esses pensamentos de sua cabeça, e ao invés disso se concentrou nos lábios de Oliver traçando uma linha na lateral de seu rosto.
Não foi até que a água esfriasse que ele desligou o chuveiro e eles deixaram o banho. Ela sentia como se tivesse que dizer ou admitir alguma coisa, mas não sabia o quê. Então, só o observou; em toda sua arrogância e suprema glória, atraente enquanto andava completamente molhado e lindamente nu, para pegar um par de toalhas felpudas na prateleira. Ele a enxugou; esfregando seus cabelos até virarem uma desenfreada bagunça de ondas que seria um inferno para pentear depois, puxando-a para seu peito enquanto secava seus braços e costas. Ele teve o cuidado de envolver a toalha em uma perna de cada vez, ajoelhado na frente dela, com um meio-sorriso no rosto enquanto ela se apoiava em seus ombros buscando equilíbrio. E então seu estômago e seus seios, suas mãos cobertas no tecido enquanto ele enxugava cada gota de água fria. Até que finalmente, ele enrolou uma toalha seca ao redor dela e sem aviso, pegou-a em seus braços.
Com um grito, ela olhou pra ele surpresa, com os olhos arregalados.
Ele riu baixinho.
Ela não teve nem tempo de perguntar o que ele pensava que estava fazendo, antes dele entrar no quarto dela e a jogar no meio da cama. E então ele estava em seu armário, pegando uma camiseta velha que ele havia deixado lá há uns três meses. Voltando até ela, ele enrolou a camiseta até o pescoço e passou pela cabeça dela, puxando-a para baixo até ela deslizar os braços pelas mangas. Estendo a mão, ele tirou a toalha por baixo da camiseta, atirando-a num cesto de roupas próximo. E com isso, rastejou na cama ao lado dela, puxando-a um pouco para cima.
Ela devia ter discutido. Dormir junto, sem estarem exaustos pelo sexo tido na cama, parecia muito íntimo. Sim, eles haviam feito sexo no chuveiro, mas agora ela estava bem acordada e tudo parecia ter mais sentido quando ela não estava adormecendo nos braços dele pelo fato de ele a ter deixado exausta e ela mal conseguir se locomover. As luzes estavam apagadas, a noite tomando conta, e ele tinha o braço ao redor de sua cintura, sua grande palma segurando-a possessivamente. Ela podia senti-lo respirar em sua orelha, o rosto enterrado em seus cabelos, e seu enorme e quente corpo nu contra o dela.
Ela devia ter discutido.
Mas não discutiu.
Ao invés disso, ela cedeu. Como vinha fazendo muito ultimamente.
E com o calor e os dedos dele desenhando em seu estômago, ela caiu num sono tranquilo.
Agora, viria a manhã. Chloe com toda sua inteligência ia querer sentar e conversar com ele sobre a noite anterior. Ia querer esclarecer a confusão em que eles estavam e relembrá-lo de sua estrita regra de não-envolvimento do não-relacionamento que tinham. Mas quando a manhã chegou, ela se espreguiçou, braços acima da cabeça e pés até o fim da cama. E ao invés de encontrá-lo ali, como estava acostumada após uma noite de sexo inacreditável, ele havia ido embora. Sem brincadeiras no café-da-manhã ou o sexo devagar das manhãs quando ainda estavam meio-adormecidos. Ela estava simplesmente sozinha em sua enorme cama, vestindo uma camiseta velha, que até hoje, ainda tinha o perfume dele.
E ela estava... desapontada.
Mesmo querendo relembrá-lo que o que tinham era apenas para aliviar o stress, ela gostava daquelas manhãs que eram só ele e ela. Ele faria o café, e prepararia o bacon, porque ele sempre fazia. E quando ele quebrasse as gemas dos ovos, ele acabaria por transformá-los em ovos mexidos para não ter que admitir o erro. E ele faria seu café, exatamente do jeito que ela gostava. Ela se sentaria na pequena mesa, o cabelo uma bagunça e um sorriso nos lábios, e observaria ele brincando de cozinheiro, seu jeans folgado caindo deliciosamente de seus quadris magros. Ele piscaria pra ela, e daria um sorrisinho, sabendo o que ela estava pensando e para onde ela estava olhando.
Com um suspiro, suas mãos de repente cobriram os olhos e sua boca tremeu.
Oh Deus!
Depois de todo esse tempo; se convencendo e mantendo as coisas à distância... Depois de dizer pra si mesma milhões de vezes que o que estavam fazendo era normal e não tão íntimo quanto parecia... Ela balançou a cabeça violentamente; ela não faria isso. NÃO! Ela não aceitaria o que ela achava que estava acontecendo. Puxando os lençóis ela se levantou da cama, calçou os chinelos e saiu do quarto. Saiu da cama que estava com o cheiro dele, passando pelo armário onde as roupas dele estavam dobradas e guardadas, e ignorando o cesto de roupas sujas onde as roupas dele e dela formavam uma grande bagunça.
Descendo as escadas, ela correu os dedos pelo cabelo, perguntando-se se conseguiria ligar seus computadores e fazer algumas pesquisas para evitar pensar no que queria ignorar. Mas enquanto atravessava a sala até os computadores de sua torre de vigilância, ela tropeçou.
Ele estava na cozinha.
Ele usava seu jeans de cintura baixa e sua testa estava franzida. Ele quebrou o ovo dentro da panela, a gema quebrou, como sempre, e irritado usou a espátula para misturá-los. Parece que teriam ovos mexidos.
Ela sentiu os olhos queimarem de repente enquanto um sorriso curvava seus lábios.
De repente, Oliver olhou por sobre os ombros. "Bom dia, Sidekick", ele cumprimentou, sorrindo. "Você está sem bacon, mas eu encontrei salsichas... E eu acho que o pão está estragado então vai ser só ovos com salsicha." Encolhendo os ombros ele deu uma olhada para a cafeteira onde o café estava quase pronto. "Não vai demorar muito."
Ela assentiu com a cabeça, caminhando até ele com a cabeça um pouco inclinada para o lado.
Quando foi, exatamente, que ela imaginou que ter um relacionamento puramente sexual com Oliver seria uma boa ideia? Porque agora parecia que ela estava estragando tudo; de novo. A mesma coisa de sempre. Ali estava um cara que podia ter qualquer mulher que quisesse e que não havia recusado muitas das ofertas que recebera. Acima disso, brincava de herói durante a noite; vestindo couro verde e usando um arco-e-flecha para pegar alguns caras maus. Ele fazia o que tinha que ser feito, independente do quão sombrias fossem suas escolhas, e não se achava o sabe-tudo como Clark. E ali estava ele, em seu apartamento, agindo como o melhor namorado que uma garota podia querer.
As salsichas estavam levemente queimadas apenas de um lado e os ovos estavam indo bem. Deixando-os cozinhar, ele se virou para servi-los duas canecas de café fresco, o dela com dois tipos de creme e açúcar, antes de fazer o dele. Ele estendeu a caneca pra ela e se virou para o forno quando ela pegou a caneca, segurando-a com as duas mãos e aproximando-a para sentir o cheiro. Ele sorriu, como se soubesse o que ela estava fazendo, e então ele estava servindo seu café-da-manhã em dois pratos antes de passar por ela caminhando até a mesa. Colocando o prato dele em cima da mesa, e puxando a cadeira pra ela, antes de se sentar.
Mordendo o lábio, ela se percebeu analisando tudo.
Como a Torre de Vigia não percebeu o óbvio; ela não sabia. Talvez tenha se distraído enquanto brincava de ser indiferente; se desligando o máximo que podia.
O café foi silencioso. Oliver lia o jornal, o caderno de negócios, com as sobrancelhas erguidas curiosamente. Ela notou distraidamente o jeito como o pé dele roçava o dela, algo que nem ele parecia perceber que estava fazendo. Mas repassando as lembranças, percebeu que ele fazia isso toda vez. Todo café-da-manhã que eles compartilhavam, enquanto ele lia o jornal e tomava seu café, ele estendia o pé e roçava seu calcanhar de um jeito distraído e carinhoso. E ela deixava, inconscientemente, sem prestar atenção às coisas que aconteciam sem seu conhecimento.
Foi aí que o relógio marcou 6:45, e era hora de ele ir se encontrar com os sócios de sua companhia. Lá pelas seis e meia tomava banho, estivesse na sua casa ou na dela, se vestia e voltava a encontrá-la ainda na cozinha ou já em seus computadores, correndo através das informações. Ele beijava sua têmpora despedindo-se e dizia que a veria mais tarde, antes de sair. E como em qualquer outra manhã, ele fez exatamente isso.
Enquanto ele parou atrás da cadeira dela e se inclinou para beijá-la, ele perguntou, "Almoço?"
"Meio-dia..." ela respondeu instintivamente. "Te encontro no Alessandro's?"
Ele sorriu. "Parece ótimo."
E com isso, ele havia ido e ela foi deixada refletindo sobre os últimos seis meses.
Ela absolutamente não conseguiu trabalhar; ao invés disso, entrou em modo de pesquisa. Ela olhou os registros bancários, recibos de restaurantes, e até mesmo imagens de câmeras de segurança; procurando evidências deles. Dele e dela; Chloe e Oliver. Seis meses valiosos; de sorrisos secretos e mãos entrelaçadas que ela nem percebia estar fazendo. Refeições pelo menos uma vez ao dia; algumas vezes até três; de um bolinho do Starbucks a três pratos durante o jantar. Quando foi que algo que era pra ser sem sentimentos se tornou um relacionamento, bem debaixo do seu nariz?
E que diabos ele tinha dito a ela na noite passada?
Oliver falava muitas línguas, mas a que ele havia sussurrado contra a pele dela não era francês nem espanhol... Russo, talvez. Clark mencionou uma vez que Oliver foi fluente o suficiente para convencer uns bandidos russos há muito tempo atrás. Russo não era fácil de escrever ou repetir, no entanto, e por mais que tenha tentado sonorizar as palavras, não conseguiu nada. O que significava que ou ela teria que conversar com um tradutor e torcer que ele entendesse o que ela estava falando... e que não fosse algo muito íntimo, ou ela teria que ceder e perguntar para Oliver.
A caminho do almoço, ela estava determinada a fazer exatamente isso.
Adentrando o Alessandro's em um vestido verde e saltos pretos, ela só precisou acenar para que o garçom lhe apontasse onde Oliver esperava por ela. Olhando o menu desinteressadamente, os dedos mal tocando a taça de vinho à sua frente. Por um momento ela se sentiu ao mesmo tempo irritada e triste. Se não havia percebido a mudança entre eles, tinha certeza que ele havia percebido. E como ele pôde deixar que continuasse? Ao mesmo tempo, sabia que tinha que terminar. De jeito nenhum ela podia continuar com isso, não se eles estivessem se envolvendo. Olhando pra ele, no entanto, ela não queria se despedir do que tinham. Porém, foi a dor em seu coração que a imobilizou.
Quando ele olhou pra cima, sorrindo pra ela, ela sentiu seus passos oscilarem, e sua determinação tremer.
Bom Deus, ele sempre foi assim tão lindo?
Internamente, ela zombou. Ele sabia que era bonito, assim como todas as mulheres no restaurante, se os olhares que ele estava recebendo devessem ser considerados.
Ele se levantou quando ela se aproximou, contornou a mesa e puxou a cadeira pra ela. Ele estava perto o suficiente para que seu corpo roçasse no dela e por um momento, seus olhos quase se fecharam com o caloroso abraço. Se recompondo, porém, ela se sentou rapidamente e se forçou a não olhar pra ele enquanto ele voltava para seu lugar.
"Como está indo o trabalho?", ele perguntou.
Devagar. Inexistente. Aparentemente havia decidido tirar a manhã de folga para se concentrar no que significa um não-relacionamento para provar que estava errada. "Tem sido... interessante", ela respondeu, no entanto.
"É?", ele ergueu uma sobrancelha. "Alguma coisa com a qual eu deva me preocupar?"
Como ela deveria responder isso?
Finalmente, ela resolveu. "Ainda não."
Agora ele parecia ainda mais interessado.
Então ela pegou o menu e cobriu o rosto e dirigiu a atenção para outra coisa. "O que parece bom?"
Ele riu. "Depois de seis meses, acho que nós dois já memorizamos o menu." Quando o garçom se aproximou, Oliver disse simplesmente, "O de sempre."
O de sempre dele - frango à parmegiana com fettuccini alfredo.
O de sempre dela - três ravioli de queijo com molho picante e pão de alho.
Quando nesse mundo eles começaram a ter 'o de sempre'?
Quando o garçom olhou pra ela, com um meio sorriso, ela sabia que ele sabia o que ela ia dizer. "O de sempre, por favor."
Apesar de seu desagrado por compartilharem um 'de sempre', ao mesmo tempo sabia que o prato era delicioso.
Quando o garçom saiu, ela olhou para Oliver, que agora a olhava preocupado. "Você está se sentindo bem?"
"Sim", ela murmurou, assentindo com a cabeça.
Tomou um gole do vinho que ele havia pedido, tentando colocar seus pensamentos em ordem. Sabia que tinha que conversar com ele sobre o que havia acontecido, e sobre o que ele havia falado, mas suas mãos estavam tremendo e seu coração acelerado.
"Então..." Ela clareou a garganta. Não havia um jeito fácil de começar essa conversa, ela decidiu. "Sobre ontem à noite..."
Ele olhou pra ela, esperando.
Ela suspirou, uma parte sua desejando que ele tomasse a frente da conversa e soubesse exatamente do quê ela estava falando.
"O que você disse..." Sua testa franziu.
"E o que eu disse?", ele perguntou, apertando os lábios ameaçando um sorriso.
Carrancuda, ela revirou os olhos. "Eu não sei... É por isso que estou perguntando!"
Ele riu humildemente. "Russo."
"Isso eu percebi..." Ela soltou o ar irritada. "Mas traduzir russo não é um dos meus talentos."
Ainda sorrindo, ele simplesmente continuou olhando pra ela antes de admitir. "Essa é a intenção."
Ela não tinha certeza se queria rir ou estrangulá-lo. "Às vezes, eu acho que você faz essas coisas pra eu perder a cabeça."
"Não existem muitas pessoas que sabem exatamente como fazer você perder a cabeça..." ele murmurou humildemente.
Ela corou, sabendo exatamente o que ele queria dizer. Os olhos dele eram sombrios, estreitos, e seus lábios curvados sugestivamente.
Mas ele não mordeu a isca. "O que você quer saber?", ele perguntou, correndo os olhos sobre ela.
Ela encolheu um ombro. "Não é todo dia que alguém fala em russo comigo e eu fiquei curiosa..."
"Por natureza."
"Certo... então...?" Ela sorriu esperançosa, erguendo as sobrancelhas em expectativa.
Rindo, ele sentou mais para frente e pegou a mão dela, virando-a para que pudesse desenhar círculos na palma de sua mão com o indicador.
Enquanto um arrepio correu sua espinha ela sorriu levemente, gentilmente.
"ваша улыбка столь же красива как тысяча блестящих", ele murmurou roucamente.
Piscando, ela tentou se concentrar nas palavras e olhou pra ele. "Ahn?"
Ele lambeu os lábios. "Eu disse..." Seu polegar traçava linhas ao lado e na palma de sua mão lentamente, delicadamente. "Seu sorriso é tão bonito como o brilho de um milhão de diamantes."
Seu coração martelou, os olhos arregalando-se lentamente. "Oliver..." ela murmurou.
Ele não disse nada, ao invés, continuou traçando linhas em sua mão com os dedos.
Ela desistiu e quando o almoço chegou, ela se viu numa encruzilhada.
Sua comida estava sem gosto; ela tinha certeza que o cozinheiro havia feito o melhor, mas tudo tinha gosto de areia pra ela. Ele não estava olhando pra ela, ao invés disso, estava concentrado em sua refeição e aparentemente mergulhado em pensamentos.
Não trocaram nenhuma palavra e ao fim da refeição, ela se sentia deprimida. Ele pegou a mão dela enquanto eles saíam, pagando o almoço com seu MasterCard e empurrando a jaqueta sobre os ombros dela enquanto saíam para fora, as mãos se encontrando automaticamente.
"Precisamos conversar", ela disse finalmente, mas ao invés do tom forte e decidido que ela queria, o que saiu foi um sussurro falho.
Ele travou a mandíbula, sua mão apertando a dela.
Ela esperava que eles voltassem para o seu ou para o apartamento dele, porém ele entrou em um beco, puxando-a com ele. No meio do caminho, ele a soltou, continuando a andar e passando a mão pelos cabelos bruscamente. Xingando entredentes, mas era tão óbvio, que mesmo que fosse em russo, ela saberia o que ele estava dizendo.
Ela encolheu quando ele se virou pra ela.
"Por quê?", ele perguntou, engolindo com dificuldade. "As coisas estão indo muito bem. Pra que mudar?"
"As coisas estão..." Seus olhos evitaram os dele. "Estão ficando confusas, Oliver."
"Me diga como.. Ahn?" Andando até ela, ele segurou os braços dela e a balançou para que ela olhasse pra ele. "O que há de errado no que temos?"
Por entre os dentes, ela respondeu. "O fato de que não temos nada faz isso errado... Não era pra ser assim..."
"E quem faz as regras, Chloe?" Ele lhe deu um olhar penetrante. "Nós fazemos. Então se dizemos que está tudo bem, então está."
Balançando a cabeça, ela disparou. "Eu não posso fazer isso."
"Não... Você não quer..." Ele a encarou sombriamente. "Tem uma grande diferença."
Ela tentou se livrar das mãos dele, mas ele não a soltou. Pelo contrário, ele enterrou uma mão no cabelo dela, virando o rosto dela pra ele.
"Você pode me afastar o quanto quiser e você pode ignorar o que está na sua cara, mas se você acha que eu vou deixar você mentir pra mim você está enganada."
Com isso, ele a beijou, seus lábios pressionados duramente contra os dela. Ela queria odiá-lo por isso, e pelo jeito que ela respondia. Mas as mãos dela pararam de tentar afastá-lo e ao invés disso agarraram seu casaco, puxando-o pra perto. E antes que ela percebesse, ele a estava pressionando contra a parede de um prédio. As mãos deslizando, erguendo-a até que suas coxas estivessem ao redor de sua cintura. Estendendo a mão entre eles, seus dedos encontraram a calcinha dela tirando-a rudemente do caminho e penetrando-a com dois longos dedos. Ela choramingou contra a boca dele, ofegante, e em seguida se encontrou distraída enquanto a língua dele se torcia na sua.
"É isso que você quer?" ele perguntou, mordendo o lábio inferior dela.
"Sim!" ela engasgou, balançando a cabeça, seus olhos quase fechados enquanto ele massageava seu clitóris com o polegar.
Suas mãos caíram entre eles, abrindo e deslizando por dentro da calça dele, esfregando seu volume ereto. Seus dedos o libertaram da boxer, segurando-o com força direcionando-o onde ela queria, precisava dele.
"Sem envolvimento", ele murmurou resfolegando, antes de se empurrar dentro dela.
Ela choramingou enquanto ele a penetrava bruscamente; suas coxas se flexionando contra a cintura dele. Sua cabeça tombou para trás, batendo na dura parede, mas ela não poderia se importar menos. Ela envolveu um braço ao redor do pescoço dele para manter o equilíbrio enquanto a outra se aventurava por dentro da camisa dele, envolvendo suas costelas, seu polegar acariciando distraidamente uma cicatriz que ela conhecia de memória. De fato, ela conhecia todas as cicatrizes, sardas e marcas de nascença dele. Conhecia o corpo dele tão bem quanto conhecia o seu próprio; talvez ainda melhor uma vez que não tinha uma grande vista do seu quanto tinha do dele.
Ele estava implacável; batendo profundamente dentro dela, acertando o ponto certo, uma vez seguida da outra. (Meu sol... com tanto medo de me deixar amá-la...) "Мое солнце ... столь испуганный, чтобы позволить мне, чтобы любить ее...", ele murmurou roucamente, esfregando os lábios em seu pescoço.
Ofegante, ela olhou para o céu cinzento acima deles, e o contorno dos prédios que os escondiam em sua escapada. A mão dele escorregou entre eles, os dedos encontrando e apertando o clitóris dela, e estremecendo, ela gozou com força.
Ele abafou o grito dela com sua boca antes de empurrar-se dentro dela e se libertar.
Exausta, ela ficou lá, a testa caindo no ombro dele. As pernas estavam inúteis, se apertando na cintura dele. Tentando recuperar o fôlego, ela distraidamente acariciou seu pescoço, deslizando os dedos delicadamente pelo cabelo dele.
"я люблю Вас", ele murmurou, antes de repetir mais uma vez contra o cabelo dela. "я люблю Вас."
E quando ela sentiu seu peito apertar, sabia o que ele estava falando. Não precisava de um tradutor para entender agora.
As mãos dele estavam tremendo enquanto se estendiam entre eles e arrumavam as roupas dela antes de descê-la para o chão, segurando-a pela cintura até que ela recuperasse a sensação nas pernas.
Ele não conseguia olhar pra ela agora e a evidente dor em seu rosto a estava matando.
"Ollie..."
"Vamos pular as delicadezas?", ele resmungou, antes de soltá-la e deixar o beco.
Ela o seguiu sedada.
Ele foi para um lado e ela para o outro; ele para o trabalho e ela de volta para a torre.
Ela tinha muito em que pensar.
Ele não ligou, não apareceu, e não respondia suas ligações.
Uma semana e ela sentia como se sua vida estivesse desmoronando novamente.
Sentada em seus computadores, ela não se importou em se dedicar totalmente a eles. Ao invés disso, ela se inclinou para trás e girou distraidamente na cadeira, olhando para o teto sem pensar em nada. Ela não havia tomado banho, nem mudado a roupa; estava vestindo aquela velha camiseta que ele havia vestido nela há um século atrás e estava pensando nas manhãs e tardes e nas muitas noites que haviam passado juntos. Não só no sexo, mas nas risadas e na alegria e na sensação de conforto que ela tinha na presença dele. E droga, ela sentia falta. Sentia falta dele. Era como se faltasse uma parte dela e ela sabia exatamente qual era. Mas não estava disposta a ceder, não estava disposta a passar por tudo de novo e... tentar.
Foi quando ela estava sentada lá, com os olhos doloridos e vermelhos por causa das lágrimas que ela se recusava a admitir que havia chorado por uma não-relação, que a realidade a atingiu, duramente. Todo esse tempo que ela passou evitando, ele estava fazendo o contrário. Quando ela afastava o 'eles', ele abraçava. E ele também sabia disso. Foi por isso que ele nunca a pressionou por mais; porque ele havia aceitado as coisas como estavam. Porque ele estava disposto a esperar que ela percebesse.
Inclinando-se para a frente, ela jogou a cabeça nas mãos e suspirou.
Se obrigando, ela se levantou e correu escada acima, tirando a camiseta dele e jogando-a no cesto de roupas sujas distraidamente. Indo para o chuveiro, ela esfregou a última semana de sua pele, deixando a pele vermelha e dolorida. Ela balançava a cabeça cada vez que a memória daquela noite lhe vinha a cabeça, a ternura do toque dos dedos dele e como ele lavou seus cabelos. Saindo do chuveiro, pingando, ela pegou a toalha e se enxugou distraidamente. Ela estava meio-seca quando vestiu a primeira roupa que encontrou e correu escada abaixo, pegando suas chaves no caminho.
Ela levou vinte minutos para chegar ao apartamento dele; por causa do tráfego e por ter sido cortada por um idiota que pensava que era dono da rua. Ele pode não ter ouvido tudo o que ela o xingou, mas com certeza viu o dedo que ela lhe mostrou.
Ela estacionou ilegalmente, e não se importou quando o porteiro disse que ela tinha que tirar o carro dali. Passou correndo por ele em direção ao elevador, chegando ao topo e passando pelo sistema de segurança para entrar antes mesmo que ele pudesse perceber que ela estava ali. Entrando, ela encontrou um silêncio preocupante. Sempre havia alguma coisa acontecendo ali; ou os rapazes estavam aproveitando sua tv de plasma ou ela estava nos computadores dele ou ele estava dando conta de seus muitos e diferentes trabalhos. Mas a sala estava escura e não havia som vindo de nenhuma direção. Ela se perguntou por um momento se talvez ele nem estivesse ali; se ele teria feito as malas e voltado para Star City.
Mas quando ela viu a garrafa vazia de uísque sobre o balcão da cozinha sentiu o coração afundar em seu estômago.
Balançando a cabeça, ela correu para dentro, apenas para encontrá-lo deitado no sofá, braços cruzados sobre o peito e os olhos semicerrados.
Engolindo, ela perdeu um pouco da coragem quando olhou pra ele.
"Ficar olhando o pobre bilionário destruído não é legal", ele falou de repente, com a voz áspera.
"Desculpe... eu..." Lambendo os lábios, ela contornou o sofá para ficar de frente pra ele. "Se incomoda se eu acender uma ou duas luzes?"
Ele ergueu uma sobrancelha. "Se eu disser que sim você vai ouvir?"
Ela deu um meio-sorriso antes de se inclinar e acender um abajur bem atrás da cabeça dele.
Ele franziu a testa, apertando os olhos por causa da luz.
Sua mandíbula estava travada, sua barba por fazer e os olhos avermelhados; talvez por causa do álcool ou por outra coisa, ela não tinha certeza. Suas roupas amassadas mostravam que ele não havia se trocado há algum tempo, o que definitivamente não era típico dele.
"Isso é só um projeto de estudo ou você realmente precisa de alguma coisa?" ele rosnou.
"Um pouco menos dessa atitude seria bom."
"Tente a próxima porta", ele murmurou.
"Podemos conversar...? Por favor?"
Ele se sentou, mexendo os ombros como se estivesse deitado ali quem sabe há quanto tempo. "Eu não sei... Na última vez que você quis conversar eu 'comi' você num beco escuro. Tem certeza que você quer ir lá novamente?"
Com um suspiro, ela se sentou no sofá perto dele. "Eu estava com medo..."
"Bem-vinda ao clube."
Ela olhou pra ele pelo canto dos olhos. "Então demorou um pouco até eu perceber... Perdão por não ter percebido seu grande plano!"
"Não era um plano" ele murmurou. "As coisas simplesmente aconteceram."
"De verdade?" Ela cruzou os braços sobre o peito. "Então quando isso foi sugerido, você honestamente acreditou que nada ia acontecer? Só sexo, sem amarras?"
Ele olhou pra longe.
"Está vendo...?" Ela olhou pra ele. "Você sabia..."
"O quê? Que você e eu tínhamos a oportunidade de ser algo mais? Sim, eu tenho certeza que isso passou pela minha mente uma ou duas vezes..." Se recostando de volta no sofá, ele franziu a testa. "Isso não significa que eu esperasse que você percebesse. Você estava bancando a cega desde o começo."
Relembrando seu primeiro encontro, em um celeiro, quando ele a deixou admirada, "Talvez não desde o começo..."
Ele olhou pra ela. "É, bem, não impediu que você se casasse com um cara que te conhecia tão bem quanto um estranho... Ou se apaixonado por um alienígena psicótico que queria destruir o mundo..."
"Desculpe", ela respondeu sarcasticamente. "Eu deveria ter parado de ver o Jimmy depois que você e minha prima terminaram?"
"Teria sido ótimo!" ele exclamou.
Ela riu de repente. "Você está falando sério? Eu deveria ter terminado um relacionamento perfeitamente bom por um cara que eu não fazia ideia que pudesse estar interessado em mim?"
"Perfeitamente bom?", ele repetiu. "Ele nem mesmo conhecia você."
Ela fez uma careta. "É, bem, nem tudo o que vem com esse trabalho é um privilégio, Oliver."
"Se você o amasse, teria confiado nele, poderia contar qualquer coisa... mas você não fez isso!"
Ela travou a mandíbula. "Eu tinha que manter algumas pessoas em segurança; pessoas que confiavam em mim."
"E ele não era digno de merecer a grande confiança total de Chloe Sullivan... Era?" Ele olhou pra ela, balançando lentamente a cabeça. "E então quando tudo terminou e os dois estão mortos, sumiram, você ainda está presa a um cara, que pra começo de conversa, nunca conheceu você... Nunca te conheceu desde o início!"
Olhos queimando, ela virou a cabeça teimosamente. "Não suponha saber tão bem tudo sobre mim... Você fugiu e vivia bêbado, deixando todas as responsabilidades de lado, inclusive uma equipe que precisava de você resolver tudo sozinha."
Ele suspirou. "Eu voltei."
"Depois que eu te dei um belo tapa na cara pra te trazer de volta", ela relembrou.
"E essa é uma das muitas razões pelas quais eu e você combinamos." Levantando-se, ele andou pela sala, cruzando os braços sobre o peito. "Mas você não quer ouvir isso, certo?" Ele virou, olhando pra ela. "Nós tínhamos um acordo verbal e eu tenho certeza que eu cumpri minha parte muito bem."
Ela vacilou mas estava decidida. "Sim... nós tínhamos e você cumpriu."
Agora era a vez dele, e o vacilo registrado em seu rosto era doloroso de se ver.
"Não fomos feitos para esse tipo de acordo, Oliver... Não podemos fazer isso..."
Ele riu sem graça. “Mas foi bom tentar, eu acho...” Com os ombros caídos, ele se virou de costas, olhando sombriamente pela janela.
Ela caminhou até ele, com os passos lentos, o corpo tremendo.
“Não prometo que será fácil... Eu passei seis meses fingindo que não tínhamos nada além do acordo que fizemos no início. Quando eu quero consigo ser a Rainha da Cegueira.” Ela riu trêmula. “Mas se você me der outra chance... Eu gostaria de entrar nessa com os olhos bem abertos... Eu gostaria de... tentar... a gente.”
Quando ele não respondeu, ela estendeu a mão, descansando-a nas costas dele.
E sua cabeça caiu, o queixo encontrando o peito. “Tem certeza sobre isso?”
Ela assentiu com a cabeça, apesar de saber que ele não estava olhando pra ela. Seus dedos se flexionaram, a mão subindo para o ombro dele, apertando-o.
Pegando a deixa, ele se virou pra ela, os olhos desconfiados encontrando os dela.
“Tenho certeza”, ela murmurou.
Segurando o rosto dela, ele colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. “Você tem que estar totalmente envolvida... Cem por cento... Porque eu já estou.” Ele lhe deu um olhar questionador, seu polegar acariciando o rosto dela.
Envolvendo as mãos na cintura dele, ela sentiu o coração acelerar. “Eu estou.”
Ele sorriu, lentamente, esperançoso. E em seguida estava beijando-a, envolvendo-a num abraço apertado. Lábios oblíquos, línguas e dentes mordendo e acariciando, a respiração ficando difícil. Mãos envolvendo as coxas dela, ele a ergueu até que ela enrolasse as pernas ao redor de sua cintura. Ofegante, com os braços em torno do pescoço dele, o rosto a poucos centímetros do dele, ela riu. A sensação no peito agora não era de dor ou medo ou rejeição; era de felicidade, contentamento, alegria.
“я люблю Вас “, ele murmurou rouco.
Ela balançou a cabeça, piscando enquanto seus olhos queimavam com as lágrimas. “Eu também te amo.” E agora eles estavam livres pra viver isso; com as inevitáveis amarras.
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Que fanfic maravilhosa.
ResponderExcluirOs sentimentos, os diálogos,os receios, tudo incrível.
E adorei as frases em russo.
Eu sou suspeita, amo essa fic... é tão forte, a dor dele é tão óbvia... a cena do beco é impressionante, digo, é o jeito dele de mostrar o quanto está sofrendo, ele agride de volta...
ResponderExcluirela analisando tudo, percebendo tudo, muito real, muito bom... bom, como eu disse, eu AMO essa história...
LINDA!
ResponderExcluirPerfeita, adorei tudo!
Você sempre escolhe as melhores fics, Sofia...só pode ser ;D
Shann_S
lindaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirveihhhhhhhhhhh demaisssssssssss
ResponderExcluiressa tah no meu rol de preferidas, não dá pra não desgrudar os olhos...
eu adoro essas fics intensas que a Chloe é a nossa Chloe e o Oliver é o nosso Oliver, que estão sem mais ninguémmmmm pra incomodar, vivendo eles e só eles... sei lá eu adorei e gostaria que a relação corresse em segredo por mais tempo assim como na fic...
E o Oliver com raivaaaa como em Best e Conspiracy...tão lindinho idignado!!!
Entendo o medo da Chloe, tentar não ficar com uma pessoa perfeita, por medo de se entregar...
e é realmente muiiiito real tudo Sofia, todas as referencias do Jimmy e já mostrava o quanto ele gostava dela, e a história do Davis... a dor forte, a cena do beco é realmente incrível, e também da reconciliação
ameiiiiiiiiiiii essa fic!!!
Essa tá entre as minhas tops, meu xodó... amo demais essa fic, essa e all the things she said, não sei, elas me fisgaram... amo, amo, amo... Q bom q vcs tb gostaram... :)
ResponderExcluirGente que fic é essa Uahhhhhh
ResponderExcluirOliver murmurando em outra inglês, com aquela voz dele tão HOT!!
Eu quero um olie pra mim!!!
Vilm@
ai amo esta fic,a té reli hoje
ResponderExcluiré perfeita demais!!!
Lêh
sempre sempre volto pra ler e choro e amo asuhaushua
ResponderExcluirLêh, eu entendo... eu também amo essa fic e vai não vai estou lendo novamente... é muito forte e linda!!!! :D
ResponderExcluirUAU!!!! Céus que fic, foi essa, me fez chorar, sorrir e rir ao mesmo tempo. Ela é perfeita e passa tudo o que Chlollie é pra mim!!!! Eles são perfeitos juntos, fala sério!!!! Só tenho uma palavra para descrever essa fic: simples e perfeitamente EMOCIONANTE. Parabéns a autora pelo talento e as tradutoras muito obrigada pela oportunidade de ler algo tão maravilhoso!
ResponderExcluirfantástica é a palavra que define esta fic . Muito linda mesmo ....
ResponderExcluirEssa é fantástica mesmo!!!!!! :D
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