Ivory Tower

Título: Torre de Marfim
Resumo: Como pode ter sido a primeira noite em que Chloe e Oliver fizeram amor - ou como definem o relacionamento deles - fizeram sexo na Watchtower.
Autora: ladygawain
Classificação: NC-17




Ela era tão pequena. Ela praticamente cabia na palma de sua mão; ele imaginou que gostaria de fechar os dedos, e apertá-la com força. Até mesmo machucá-la um pouco e talvez assim toda a dor, todo o medo dentro dele desaparecesse. Ele precisava disso tanto quanto ela, talvez mais.

Ela se moveu em cima dele; seu corpo esguio brilhou pálido na meia-luz; ele podia ver sua garganta trabalhando em cada respiração ofegante. Seus mamilos eram sombras escuras, perfeitos. Ele levou uma mão até seus seios; eles eram pequenos, cheios. Ele se ergueu para saborear uma auréola; circulando sua língua sobre a ponta rija, o choramingo que escapou dos lábios dela o fez sorrir.

Ela se apertou ao redor dele. Ele podia sentir seu calor molhado se fechar ao redor de seu membro com perversão, e o prazer disso fez seus olhos revirarem. “Oh, Chloe.”

Ele os virou; colocando a perna esquerda dela acima de seu ombro direito. O ângulo fazia com que ele roçasse em seu clitóris toda vez e ele podia ver o rosto dela se contorcer numa careta; ela estava amando isso – amando o que ele estava fazendo com ela.

Ele queria vê-la se desmanchar; todo aquele auto-controle se desfazer diante dele, embaixo dele, ao redor dele.

Ele queria vê-la se soltar. Ele se empurrou com mais força, seu pênis cutucava seu útero e ela gemia.

Havia uma parte dela, uma pequena parte que estava se segurando firme como a corda de um arco. Ele podia ver no jeito como ela mordia o lábio. Ele queria arrancar isso dela, tomar o controle pra ele.

O cheiro de sexo impregnava o ar.

Ele levou seus lábios até a curva de seu pescoço e deslizou a língua ao longo da pulsação rápida. Sua mão deslizou entre seus corpos e ele acariciou seu clitóris. Ela estremeceu e resfolegou – seu prezado controle lhe escapando pelos dedos. Ele puxou o lóbulo de sua orelha com os dentes, seu hálito quente correndo pelas passagens delicadas de seu ouvido quando ele sussurrou. "Goza pra mim, agora."

Ela pareceu estar em uma luta interna por um ou dois segundos. Ele se afastou para observar seu rosto, e viu um pequeno traço de indignação. Ela olhou pra ele, segurando o olhar quase desafiador. Ele deu um sorriso; aquele que a deixava furiosa, ainda que ela não dissesse, e se enfiou dentro dela sem misericórdia, sua pélvis esmagando a dela. Ela arfou e o leve som foi como um catalizador e ela cravou os dedos em suas nádegas.

Ele sentiu a ponta de seus dedos desenharem pequenos círculos em suas costas e suas coxas tremeram com o esforço de se segurar, de esperar por ela. Ele estava perdendo a batalha e podia sentir-se derrapando e deslizando para um precipício invisível.

"Você goza pra mim, Queen", ela murmurou com a voz rouca.

A sensação dela molhada se apertando ao redor dele o levou ao limite e ele gritou, "Porra!" Ele não podia esperar mais, nem se sua vida dependesse disso.

E ela estava gozando, ondulando ao redor de seu comprimento e banhando-o em seu alívio.

Deus, ela estava linda desse jeito. Seu cabelo despenteado e úmido; rosto suado, boca inchada. Os olhos fechados com força.

Por alguma razão ele não gostou daquilo; não gostou que os olhos dela estivessem fechados logo naquele momento. Ele colocou uma mão em sua garganta, sentindo a vibração galopando através de sua pele e resmungou. "Olha pra mim -- olha pra mim, Chloe."

Isso, o que eles estavam fazendo, não significava nada. Ele já sabia no minuto em que ela cedeu aos seus lábios chupando seu pescoço vinte minutos atrás; os dedos dela se entrelaçaram nos seus, o arco folgado e a flecha ainda tremendo ao atingir o alvo. Mas ele não queria ela tivesse nenhuma dúvida sobre quem ela estava fodendo e quem a estava fodendo de volta no chão frio de sua torre de marfim.

Seus olhos verdes brilharam fracamente, e ele sorriu satisfeito enquanto seus jorros de prazer lhe escapavam.

Ele mergulhou fundo mais uma vez e seus olhos se encontraram. Uma energia invisível passou entre eles -- muito assustadora para ser admitida. Um algo a mais para o qual nenhum dos dois estava pronto, talvez nunca estivessem.

Então ele esgueirou seus dedos para baixo, para onde seus corpos se encontravam, esfregou seu clitóris novamente, e ordenou rispidamente. "Goza de novo."

Ele esperou que ela fosse xingá-lo, mas ao invés disso, ela soltou um gemido felino, seu pé direito deslizando em sua panturrilha enquanto ela embarcava em outro orgasmo que fez suas bolas apertarem; e sorriu.

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Nota da Autora: Nessa fic o sexo é uma metáfora para o relacionamento deles; há algo mais que eles não estão prontos para encarar, os dois tinham dificuldade em abrir mão do controle e se abrir, era uma ameaça pra eles... Espero ter sido bem sucedida.

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