6.9.10

Torture (2/3)

Título: Tortura
Resumo: A tortura continua. Chloe está fazendo Oliver perder a cabeça.
Autora: whitequeen15
Classificação: PG-13
Categoria: Comédia
AnteriorCapítulo 1



Oliver Queen estava confuso.

Não, apaga isso. Oliver Queen estava PIRANDO.

Há uma semana atrás ele estava no comando. Ele havia iniciado a 'situação' na noite em que ela voltou para a Torre de Vigilância. Ele a convidou a atirar suas flechas (em todos os possíveis sentidos) para 'criar um clima'. Ele avançou pra cima dela, 'reajustando' sua postura, demorando um longo e inadequado período de tempo.

Infelizmente nunca passaram da real aula de arco-e-flecha, porque foram interrompidos, como sempre acontece. Ele já estava prestes a fazer sua jogada quando um dos monitores se iluminou com um bip e Chloe atravessou a sala correndo para responder.

Sexo-bloqueado por uma máquina. Ótimo.

Aparentemente um grampo que Chloe havia colocado em Tess finalmente estava funcionando e pelas seis horas seguintes Chloe ficou plantada em frente ao computador debruçada sobre documentos. Oliver finalmente acordou às oito da manhã do dia seguinte e encontrou um bilhete na cafeteira que ocupava um canto solitário no pequeno recanto que servia como cozinha.

Reunião com Emil. Fique a vontade para servir-se do que tem no frigobar.

Ele se pegou refletindo no meio da yôga.

Talvez, não seja uma boa ideia.

Talvez ela não esteja pronta. Seu ex-marido acabou de morrer.

E eu namorei a prima dela. Inferno eu amei a prima dela. Ela me viu ser dispensado pela prima.

Oh Deus. Ela me viu deprimido. DEPRIMIDO.

Foi então que ele chegou a conclusão que ele estava da fato realmente ferrado.

Esqueça o fato de que ela tem um arquivo com o número do seu seguro social, ela me viu DEPRIMIDO.

Oliver Queen não fica deprimido. Não na frente de mulheres que ele quer seduzir.

Lois não o viu deprimido. Lois o viu bêbado, diabos a maioria das mulheres com quem ele havia dormido o viu bêbado, mas nenhuma delas jamais o viu definhando e amuado e pensativo e deprimido durante meses, mesmo depois de voltar de sua extravagante-viagem-suicida-com-tequila.

Bem viril Queen. Realmente ela vai querer dormir com você depois de ter visto isso. Com certeza.

Agora ele estava sentado do lado dela no bar do restaurante japonês preferido deles, observando-a rir quando o cozinheiro, Haru, jogou uma tigela de arroz pra cima como se fosse uma panqueca.

Ele lembrou de como ficou chocado depois das primeiras vezes que saíram juntos, com ou sem J'onn. Parecia tão normal, tão natural. Tão timesco.

Ok, essa palavra não existe, mas tanto faz.

Agora era algo que ele sempre ficava esperando, fosse fora ou dentro da Torre de Vigilância, desde que estivessem juntos, trabalhando ou não, eles encontravam um tempo para sentar e comer. E era por isso que quando Clark ligava e atrasava seu programa regular, ele ficava um pouco irritado.

Clark imbecil.

Chloe sorriu e riu de novo quando a garçonete pegou o pedido dela e depois o dele e, em seguida, começou a gritar para o cozinheiro, que gritou de volta para a garçonete, que em seguida acompanhada pela equipe toda de garçons gritou uma última vez para o cozinheiro. Em japonês. (Sem contar que o restaurante inteiro não era maior que um quarto do seu apartamento.)

Era um dos lugares favoritos de Chloe para comer mas certamente não era silencioso. Os olhos dela dançavam com alegria enquanto observava as pessoas ao redor. Ele não tinha certeza de quando foi que percebeu que, por uma real questão de lógica, ficar sozinha naquela Torre a estava matando lentamente. Chloe precisava de gente. Todos precisam de gente. Isso era óbvio e ele deveria ter cuidado melhor dela depois de tudo que ela havia feito por ele, mas talvez porque ela sempre fingisse estar bem, estar sempre no controle, ele nunca imaginou que precisasse estar ali. Antes tarde do que nunca, mas às vezes ele se pegava imaginando sobre o dano que ela havia sofrido nos últimos seis meses.

Ele não sabia nem sobre o que conversava na semana anterior na Torre, tudo o que sabia era que estava frustrado e enjoado e cansado de saber que o Trem Lois e Clark estava tomando seus pensamentos o tempo todo. Ele não tinha sequer definido o que o termo 'diversão' significava em sua própria cabeça quando fez a sugestão.

Foi mesmo uma sugestão?

"Ela está voltando", Chloe disse interrompendo seus pensamentos, quando a pequena velhinha dona do restaurante trouxe chá verde pra ele pela sexta vez em cinco minutos.

"Mais chá Sr. Queen? Sim?"

Sim claro. Pelo sabor parece que você mergulhou um peixe na água morna, mas claro, pode encher.

"Obrigado, muito obrigado, Sra. Tora", foi o que ele disse no entanto.

Mas a maldita mulher não vai embora. "Eu falo isso toda vez Sr. Queen, me chame de Yurie! Beba! Beba! É bom pra você! Homens bonitos como você precisam de força! Muitas atividades para fazer, não é?", ela diz sacudindo as sobrancelhas sugestivamente pra ele e invadindo seu espaço pessoal deixando-o desconfortável.

"Obrigado, Yurie", ele disse tomando um grande gole do líquido amarelo claro.

Apenas beba o maldito chá e talvez ela não tente arrancar suas roupas.

De repente alguém grita alguma coisa da cozinha e Sra. Tora se vira como uma arma disparando de volta e acenando com a mão no ar enquanto recua para trás do balcão.

Oliver suspirou aliviado e Chloe explodiu numa risada.

"Oh ela quer você, Sr. Queen", ela diz sacudindo as sobrancelhas sugestivamente do mesmo que Sra. Tora havia feito.

Do que diabos você está rindo?

"Sim, muito obrigado pela sua ajuda. Você não podia ter pedido um chá ou qualquer outra coisa? Pra tirar a maldita mulher de cima de mim?"

Por baixo do balcão a perna dela roça a dele. Oliver congelou.

É só uma perna Queen. Você já lidou com pernas antes. Sabe aquelas duas coisas que parecem umas varetas saindo dos quadris? Se controla.

"Não, acho que eu prefiro ver você sofrer. É realmente incrível como alguém que regularmente salva o planeta enquanto comanda um império bilionário tem medo de dizer não para uma pequena velhinha. Oh! Talvez da próxima vez eu deixe escapar que você também é solteiro."

A perna dela se afastou enquanto ela se endireitava na cadeira procurando Sra. Tora na multidão. Oliver relaxou permitindo seu cérebro pensar numa resposta.

"Esqueça o Zod, você é a perversa aqui", ele respondeu enquanto Haru colocava o macarrão com molho e vegetais que eles pediram na frente deles.

Ele comia coisas do prato dela regularmente, não que ela estivesse acostumada mas não reclamava. Finalmente eles começaram a pedir um monte de coisas e dividir. Normalmente era uma coisa que ele gostava, mas agora havia dado a ela a chance de infelizmente se aproximar dele. Ou melhor dizendo, as malditas pernas encostarem nele de novo. Ela se inclinou levemente sobre o balcão para pegar o molho de soja que estava do outro lado.

Oh.

Oh NÃO.

Porque o ângulo da perna dela fez com que ela subisse, roçando gentilmente o interior de sua coxa enquanto ela se esticava para pegar o vidro.

.

Nada bom.

Se mexe. SE MEXE.

Ela havia tirado os saltos e agora seu pé subia numa linha contínua, o caminho era óbvio.

Ela está MESMO fazendo isso de propósito.

Oliver não conseguia ver seu rosto mas a intenção era clara.

AQUI? No meio do restaurante?

Não que ele não fosse culpado de várias investidas escandalosas, mas não era ele quem estava fazendo isso dessa vez, era ela.

Chloe Sullivan não seduz homens em locais públicos. Seduz?

O pé subiu um pouco mais.

Não dá pra pensar nisso agora, se mexa ou se perca, Queen.

Se movendo um pouco para trás Oliver conseguiu se afastar o bastante do balcão para criar um espaço descente entre ele e o maldito pé.

"Haru? Será que você me passar o- isso, obrigada!", ela disse voltando para sua posição normal.

Tentando se endireitar a tempo para que ela não percebesse nada, ele se empurrou de volta para perto do balcão com um puxão mas em vez disso ele acabou virando sua cadeira.

Ele se encontrou com o rosto no chão, de frente para uma assustada Sra. Tora, em cima de quem ele teve a sorte de cair.

"Sr. Queen!" ela disse absolutamente satisfeita.

Ah não...

Felizmente o restaurante inteiro correu para ajudá-lo a se levantar e se desculpar profusamente pelas 'frágeis' banquetas do bar.

Essa é a segunda vez hoje que essa mulher me joga no chão.

Ele deu uma olhada por cima do ombro para vê-la tentando segurar a risada. Ela encontrou seu olhar e não conseguiu mais se controlar.

Ela está rindo de mim.

Ela -- Que inferno.

Isso significa guerra. 



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