Moving Targets 16.3 - Unexpected

Título: Inesperado
Resumo: Chloe e Oliver voltam para Star City antes do planejado e podem ter que lidar com mais do que imaginavam.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Capítulos anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend - Red Flags - Long Nights - Home for Christmas - In With A Bang - Binding Ties - Tick Tick Boom - After The Storm - Valentine - Ten Steps Back - Mind Games - Catch A Break

Unexpected: Trailer - Um - Dois - Três

Capítulo 16 - Unexpected

(Parte 3 de 3)

Sede, Star City - 06 de março de 2011

Chloe estava mais do que um pouco frustrada. Quando ela ouviu ele terminar o banho, ela também ouviu a porta da frente se abrindo; aparentemente Dinah e AC estavam de volta do nado matinal. Ela os cumprimentou e foi para a sala dos computadores, esperando encontrá-la vazia, mas Victor estava lá; incrivelmente animado e passou as horas seguintes explicando o novo sistema de segurança que ele havia criado tanto para a sede quanto para a Watchtower.

Ela não conseguiu ver Oliver até a hora do almoço, quando finalmente conseguiu se livrar da conversa tecnológica de Victor, que normalmente ela achava interessante exceto que ela tinha coisas mais importantes em sua mente no momento.

Todos haviam concordado em fazer uma reunião naquela noite, não só porque tinham um 'novo' membro na equipe, mas também porque Victor queria explicar o sistema para todo mundo. É claro, com a equipe inteira na casa, era impossível ficar sozinha com Oliver, então, ela havia desistido de conversar com ele por enquanto e se sentou no sofá, observando Mia e Bart discutirem sobre qual filme deveriam assistir. A última coisa que ela precisava era que toda a equipe percebesse que alguma coisa estava acontecendo e começar a se intrometerem também, já era ruim o suficiente que Mia não parasse de olhar pra ela, a adolescente claramente sabia que alguma coisa estava acontecendo.

Oliver havia passado a maior parte da tarde pesquisando em seu computador e tentando não enlouquecer. Afinal, se Chloe não havia lhe contado que estava grávida, isso obviamente significava que ela estava enlouquecendo e ela esperava o mesmo dele. O que significava que ele tinha que ser a pessoa calma e com a cabeça no lugar e provar a ela que ele estava com ela, e com seu bebê, não importa o que acontecesse. Então ele fez um cheeseburguer grelhado pra ela, junto com um copo de leite (porque mulheres grávidas precisavam de muito cálcio de acordo com sua pesquisa), e levou os dois pra ela na sala. "Pra você." Ele lhe deu seu sorriso mais charmoso enquanto se sentava ao lado dela, colocando a bandeja com a comida no colo dela e segurando o copo para não cair.

Chloe piscou, olhando pra bandeja e pra ele confusa. "Obrigada?" Ela não estava com fome, nenhuma, e então havia um copo de leite na sua frente e ela só tomava leite de duas maneiras, com café ou com cereal.

"De nada. Você não tomou café e no almoço só comeu uma maçã", ele explicou. "Então eu imaginei que um grande cheeseburguer seria bom."

Não era, mas ele parecia muito orgulhoso por ter feito e estava obviamente preocupado com ela, então ela ia fazia um esforço e comer o máximo que conseguisse se forçar. "Obrigada, Ollie, você não precisava ter feito nada."

"Eu sei." Ele se inclinou e beijou seu rosto suavemente, dando-lhe um sorriso. "Você quer mais alguma coisa com o hambúrguer? Eu posso fazer fritas ou outra coisa."

"Não, tudo bem", ela deu um pequeno sorriso e dobrou os pés da bandeja para colocá-la cuidadosamente sobre a mesinha de café, ela não queria a comida tão perto de seu rosto e a visão do leite simplesmente ia deixá-la enjoada novamente, mas para não ferir os sentimentos dele, ela trouxe o prato com o hambúrguer para o seu colo e deu uma pequena mordida.

Ele a observou atentamente, sentindo que ela não estava com tanta fome assim. Ou talvez fosse o enjôo matinal da tarde. Ele fez uma pequena careta, estendendo a mão para acariciar suas costas gentilmente.

Mia observou a interação com a testa franzida, incerta sobre o que fazer, mas ela finalmente se virou para Bart e suspirou. "Tá bom, vamos assistir o estúpido Velozes e Furiosos de novo."

Chloe deu uma olhada para os outros dois e ergueu um pouco as sobrancelhas em seguida apertando os lábios e se forçando a dar mais uma mordida, olhando para Oliver, que estava olhando fixamente pra ela como se ela estivesse prestes a revelar uma segunda cabeça. "Eu estou bem", ela o assegurou.

"Oh, eu sei. Eu sei. Você ainda está cansada da viagem?", ele perguntou suavemente. "Talvez você devesse ir pra cama cedo de novo."

"Não, eu quero ficar por perto, garantir que você tenha ajuda se precisar hoje à noite", ela disse muito baixinho para que Mia não ouvisse, além do mais, ela planejava finalmente contar tudo pra ele quando ele voltasse da patrulha e todos tivessem ido pra cama, provavelmente seria o único momento que teriam sozinhos com a equipe inteira estando na casa, e desse jeito, ele teria tempo para processar a informação antes de olhar para os outros.

"Não vamos ficar até muito tarde", ele prometeu suavemente, beijando sua têmpora. Não quando ela precisava descansar. E Mia entenderia.

Chloe relaxou um pouco e se inclinou ao lado dele, o hambúrguer ainda em seu colo, mas ela voltaria logo pra ele.

Ele esboçou um sorriso ao senti-la relaxar. "Talvez possamos ficar aqui por um tempo. Relaxar. Ficar mais por trás dos bastidores", ele sugeriu.

Ela ergueu um pouco as sobrancelhas e olhou pra ele. "O que você está querendo dizer?"

"Eu estou dizendo... ficar em Star City por um tempo", Oliver disse suavemente, observando-a.

"Oh...", ela refletiu por um momento e soltou o ar. "Eu acho, quer dizer, a menos que tenhamos notícias de Lex, não temos razão para sair daqui."

Oliver sorriu, assentindo um pouco e beijando sua testa. "Ótimo."

Chloe olhou pra ele e observou-o silenciosamente por um momento, então apertou os lábios e olhou pra baixo para seu hambúrguer, pegando e dando outra mordida.

Ele olhou para Mia e Bart, que finalmente haviam iniciado o filme. "Noite de filmes começando."

"Só para nos distrair até o evento principal", Mia disse com um sorriso, pegando pipoca da tigela de Bart.

Oliver sorriu pra ela. "Desde que mantenha você acordada e alerta", ele brincou.

"Eu estou mais acordada e alerta que você, velhinho." Ela riu de volta, comendo uma mão cheia de pipoca.

"Veremos, garota." Seu sorriso se abriu ainda mais e ele passou o braço ao redor dos ombros de Chloe.

Chloe se aproximou dele e se encostou em sua lateral, dando outra relutante mordida no hambúrguer, ela estava com um pouco de fome, mas sentia que qualquer coisa que comesse a deixaria enjoada, então ela seria muito cuidadosa com isso.

Ele sorriu suavemente pra ela, encostando sua cabeça na dela. Eles iam ter um bebê. E de alguma maneira, ele não estava nem um pouco assustado como se sentiu mais cedo.

***

Telhado da Gazeta de Star City - 06 de março de 2011

Oliver olhou para a cidade, balançando as pernas ao lado do telhado, sentado ao lado de Mia, ouvindo os sons da noite. Eles impediram três assaltos e um roubo de carro, e por mais que ele não quisesse ver Mia seguindo seus passos neste negócio em particular, ele tinha que admitir que ela era boa. Realmente boa.

"Eu também acertei aquela flecha no ombro dele!" Mia sorriu, ela havia ficado em silêncio por um momento, repassando o melhor da noite em sua cabeça. "Mas ele vai pensar duas vezes antes de assaltar alguém novamente." Ela disse, ainda perdida em pensamentos enquanto olhava para o seu arco.

"Não tenho dúvidas. Quando alguém atravessa uma flecha em sua mão ou seu ombro, muda o rumo do que você está fazendo", ele disse ironicamente.

Mia fez uma careta e acertou Oliver com o cotovelo, ela sabia que ele tinha sido atingido na mão pelo seu antigo mentor, tentando salvá-la, mas ela não tinha a intenção de ter levantado esse assunto. "É, você bem sabe."

Ele sorriu pra ela. "Vamos esperar que você nunca venha a saber."

"Eu não me chamo Speedy sem razão", ela disse pra ele com um sorriso.

Ele sorriu de volta pra ela. "Falando em ser rápida... como você acha que vai se sair correndo atrás de uma criança?", ele perguntou casualmente.

Mia parou e franziu a testa, piscando enquanto olhava pra ele. "O quê?"

Ele ficou em silêncio por um momento e então olhou pra ela de lado. "Você consegue guardar um segredo?" Sua voz era suave.

"...Sim?" Ela disse devagar, olhando pra ele.

Oliver prendeu a respiração e expirou lentamente. "Chloe está grávida", ele falou baixinho. "Eu encontrei o teste no lixo essa manhã. Ela não disse nada, mas... isso explica porque ela está tão estranha."

Ela arregalou os olhos ainda mais e Mia simplesmente olhou fixamente pra ele. "Você vai ter um filho?"

"Aparentemente", ele disse com um leve aceno de cabeça, observando atentamente a reação dela.

Mia o observou em silêncio por um momento e em seguida deu um pequeno sorriso, encolhendo os ombros. "Acho que você vai ser um bom pai."

Oliver sorriu suavemente. "É?"

Ela assentiu, encolhendo um pouco os ombros. "É", ela disse pra ele. "Mas é melhor essa criança não me chamar de tia, eu não vou ser tão mais velha assim."

Ele sorriu suavemente, e olhou pra ela de lado. "E que tal irmã mais velha?" Ele ergueu uma sobrancelha.

Apertando os lábios, ela olhou pra ele, falando cuidadosamente. "Bom, eu estava pensando em algo mais como uma prima, mas se estiver tudo bem para você e Chloe..."

"Bom, tecnicamente, eu sou muito novo pra ser seu pai, mas no seu caso eu posso fazer uma exceção. Você decide."

"Você é meu guardião legal, no entanto", ela pontuou, sorrindo pra ele. "Então acho que faz sentido..."

Ele sorriu de volta, seus olhos brilhando e passou um braço ao redor dela, dando-lhe um abraço de lado."Ótimo."

Ela retribuiu o abraço e sorriu, olhando de volta para a cidade, ela tinha a sensação de que tendo crianças ao redor ia fazê-los se sentir ainda mais como uma família e ela queria muito isso.

***

Sede, Star City - 06 março de 2011

Assim que todo mundo estava de volta ou quieto na casa, Chloe foi para seu quarto. Agora ela só tinha que esperar Oliver chegar e contar tudo. Ela não gostava de vê-lo preocupado com ela sem ao menos saber o que estava acontecendo.

Depois de trocar de roupa e tomar banho, Oliver caminhou pelo corredor e bateu suavemente antes de abrir a porta. "Chloe?"

"Ei", ela deu um pequeno sorriso e acenou para ele entrar, seus estômago ficando apertado.

Oliver entrou no quarto e fechou a porta atrás dele silenciosamente. "Precisamos conversar." Sua voz era suave.

Chloe ergueu as sobrancelhas e assentiu um pouco, apertando os lábios. "Precisamos."

Ele olhou pra ela por um momento. "Eu já sei, Chloe."

Ela piscou, arregalando um pouco os olhos. "Você sabe?"

Ele assentiu levemente. "Eu encontrei a caixa no lixo essa manhã", ele admitiu, dando um passo em direção a ela.

"Oh", seu rosto se abateu um pouco e em seguida ela balançou a cabeça. "Eu não estava tentando esconder de você, eu só queria ter certeza."

"Está tudo bem. Eu entendo." Ele lhe ofereceu um pequeno sorriso. "E nós vamos ficar bem."

Chloe franziu um pouco a testa. "Ollie, o que você viu?"

"A caixa", ele repetiu, aproximando-se dela. "Olha, eu sei o que você vai dizer. Que não estamos juntos há muito tempo, que é muito cedo, que não estamos prontos, que nossa vida é muito perigosa, e você tem razão. Mas o fato é. Eu amo você, Chloe. E o resto... nós vamos dar um jeito. Eu vou fazer tudo o que for possível para manter você e o bebê em segurança. Você precisa saber disso. E eu estou com você. Em tudo. Eu vou estar com você em tudo. Nas consultas com o médico e nas aulas de lamaze e durante os jogos e os primeiros dias na escola." Ele sorriu, estendendo a mão para colocar em seus ombros. "E eu sei que você está assustada, e está tudo bem. Eu não estou. Nós podemos fazer isso. Juntos."

Ela olhou pra ele enquanto ele falava, tentando pará-lo algumas vezes, mas ele continuou e seu peito foi apertando cada vez mais a cada palavra e isso tornava ainda mais difícil o que ela tinha pra dizer pra ele. "Ollie...", ela começou, balançando um pouco a cabeça. "Os testes deram negativo", ela sussurrou, colocando as mãos ao lado dele. "Eu não estou grávida."

Ele parou, olhando pra ela, verdadeiramente surpreso. "O quê?"

"Eu achei que estava, eu estava passando mal e minha menstruação está atrasada mas eu comprei quatro testes diferentes essa manhã e todos deram negativo, provavelmente eu estou apenas com alguma intoxicação alimentar mais a fadiga do vôo, mas eu não estou grávida", ela repetiu, aproximando-se dele. "Eu sinto muito que você tenha pensado diferente e eu tentei te contar mas com todo mundo ao redor o dia inteiro... Eu pensei que seria melhor esperar até que estivéssemos sozinhos pra poder conversar sobre isso."

Ele piscou algumas vezes, então soltou as mãos dos ombros dela. "Oh", ele murmurou, tentando organizar seus pensamentos.

Seu peito ficou um pouco mais apertado e ela não podia evitar de sentir como se o tivesse decepcionado, mesmo estando aliviada com os resultados, por todas as razões que ele havia apontado antes, mas acima de tudo, porque Lex ainda estava solto. "Eu sinto muito", ela sussurrou.

"Não", ele disse, balançando a cabeça. "Está tudo bem." Ele prendeu a respiração. "Eu devia ter puxado você de lado e perguntado ao invés de tirar conclusões precipitadas só porque vi uma caixa."

Chloe apertou os lábios e assentiu um pouco. "Eu devia ter te falado ontem à noite, quando comecei a pensar nessa possibilidade."

"Acho que ainda temos que melhorar nossa comunicação", ele disse baixinho.

"É...", ela concordou e balançou um pouco a cabeça. "Eu nunca passei por isso antes, então eu não sabia exatamente o que fazer", ela admitiu em um sussurro. "Mas eu devia ter te contado, afinal diz respeito tanto a você quanto a mim."

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Está tudo bem."

"Se acontecer novamente", ela disse baixinho, observando-o atentamente. "Eu vou te avisar assim que eu pensar nessa possibilidade", ela prometeu, ainda se sentindo culpada pelo engano. Não era de se surpreender que Oliver adoraria a ideia de ter uma família assim que surgisse essa possibilidade, mas ele teve tanta certeza e o jeito que ele parecia... desapontado, como se algo tivesse sido arrancado dele.

Ele assentiu um pouco. "Ok." Ele se inclinou e deu um beijo suave em sua testa.

Ela hesitou e se aproximou ainda mais, envolvendo os braços ao redor dele com força. "Obrigada por ser tão solidário", porque se fosse verdade, ela ia precisar dele e de tudo o que ele lhe prometeu em seu discurso antes.

Oliver fechou os olhos, abraçando-a de volta e descansando o queixo no alto da cabeça dela, sentindo seu peito apertado.

Chloe o abraçou ainda mais forte em silêncio por um longo tempo, acariciando as costas dele. "Eu sei que você está desapontado", ela sussurrou, e ela não queria ter essa conversa de jeito nenhum, mas estava se obrigando porque sabia que ele precisava. "Mas só porque não aconteceu agora, não significa que eventualmente não vá acontecer, depois de cuidarmos de Lex e talvez quando as coisas estiverem mais... calmas. Essa não era nossa única chance."

Ele parou, sem ter certeza se ela estava falando isso de verdade ou apenas porque ele estava desapontado. E ele estava desapontado. Ele havia ficado assustado a princípio, mas superou rapidamente. Ele sempre amou crianças, e por mais de uma vez desejou que tivesse um irmão ou uma irmã, ou mesmo primos enquanto estava crescendo, mas havia sido sempre só ele. Até ele encontrar Mia, de qualquer forma. Ele prendeu a respiração. "É meio idiota, não é? Ficar desapontado, considerando tudo o que fazemos."

"Não", ela disse baixinho, ainda acariciando suas costas e afastando a cabeça para olhar pra ele. "Eu sei que não tem nada que você mais deseje do que ter uma família, Ollie. Faz sentido que você queria ter uma família de verdade."

Ele conseguiu esboçar um pequeno sorriso, assentindo um pouco. "Isso não significa que eu não ame ou aprecie a família maluca que nós já temos", ele disse suavemente.

"Claro que não", ela deu um pequeno sorriso de volta e levou uma mão até seu rosto.

Ele virou a cabeça e beijou a palma de sua mão, prendendo a respiração e estremeceu um pouco. "Eu devia... ir falar com a Mia."

Chloe parou e franziu um pouco a testa, piscando depois de um segundo quando entendeu. "Você contou pra ela?"

Ele lhe deu um olhar culpado. "Sim", ele admitiu, olhando para o chão.

Isso fez Chloe se sentir ainda pior com toda a situação, ele estava tão animado que não conseguiu nem guardar pra si mesmo. Ela hesitou um pouco e soltou os braços ao redor dele, mas não completamente. "Então acho que você deveria."

Oliver se inclinou e beijou-a suavemente. "Você está se sentindo melhor?" Ele estremeceu, lembrando que basicamente a forçou a comer um hambúrguer mais cedo. "Se quiser, eu posso fazer uma sopa e trazer pra você depois que eu conversar com Mia."

"Não, eu estou bem", ela disse pra ele, soltando o ar, sem olhar pra ele. "Eu só estava... realmente nervosa, então acho que não vai ajudar em nada meu estômago."

Ele assentiu um pouco, observando-a, franzindo um pouco a testa. "Chloe?"

Ela apertou os lábios e olhou pra ele.

"Você está bem?"

"Sim", ela falou baixinho e em seguida encolheu os ombros, tentando um sorriso. "Os últimos dias têm sido estressantes."

"Certo", ele murmurou, observando-a por um momento. Ele levou uma mão até seu rosto. "Por que você não vai pra cama?", ele sugeriu. "Eu volto logo. Podemos dormir juntos amanhã."

Chloe se inclinou ao seu toque e assentiu um pouco, seu peito ainda apertado, mas agora não porque estava com medo do que ele ia dizer, mas porque sentia como se tivesse tirado alguma coisa dele. "Sim, parece ótimo."

Ele procurou seus olhos, sentindo que alguma coisa ainda estava errada. "Eu amo você", ele sussurrou.

"Eu também amo você", ela falou baixinho.

Ele beijou sua testa. "Eu volto." Relutantemente ele tirou sua mão do rosto dela e foi para a porta.

Ela o observou e mesmo não querendo que ele se afastasse, sabia que era melhor ele conversar com Mia agora, antes que ela contasse pra mais alguém. Com um suave suspiro, ela se virou e puxou os cobertores antes de deslizar para a cama.

Oliver passou duas portas no corredor e bateu suavemente, mordendo o lábio enquanto esperava Mia mandá-lo entrar.

Mia franziu a testa com a batida e olhou para a porta, ela tinha acabado de se arrumar pra ir pra cama. "O quê?" Ela falou, certa de que era Bart parando para lhe encher o saco.

"Ei, sou eu", ele disse, com a voz baixa, mas alta o suficiente para ela ouvir, no caso de alguém já estar dormindo.

"Oh", ela franziu ainda mais a testa. "Entra."

Ele entrou no quarto hesitantemente e lhe deu um pequeno sorriso que não alcançou os olhos. "Eu te acordei?"

"Não", e a expressão em seu rosto não passou despercebida. "Alguma coisa errada?"

Oliver fechou a porta atrás dele para que ninguém mais ouvisse. "Eu estava enganado."

"Sobre o quê?" Mia ergueu um pouco as sobrancelhas.

Ele segurou a respiração. "Chloe não está grávida. Ela achou que estivesse, mas... ela comprou alguns testes e... " Ele balançou a cabeça.

Mia piscou algumas vezes e ergueu as sobrancelhas. "Oh."

"Eu achei que devia te contar." Ele encolheu um pouco os ombros.

Ele também encolheu um pouco os ombros e assentiu. "Obrigada."

"Ok", ele disse suavemente, se virando para sair mais uma vez. "Boa noite."

Mia apertou os lábios por um momento mas decidiu não falar mais nada. "Boa noite."

Oliver fez um pequeno aceno com a mão antes de sair do quarto mais uma vez, fechando a porta atrás dele. Ele fechou os olhos e soltou o ar. Quem ia imaginar que descobrir que não ia ser pai poderia ser tão difícil?


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17.1 SHOT IN THE DARK


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