Título: Statira
Resumo: Chloe e Oliver estão na França para conhecer seu informante, mas eles estão lá não para uma, mas para várias surpresas.
Classificação: R
Capítulos anteriores: Empty Spaces - Rising Tension - Lazarus - The Gotham's Legend - Red Flags - Long Nights - Home for Christmas - In With A Bang - Binding Ties - Tick Tick Boom - After The Storm - Valentine - Ten Steps Back - Mind Games - Catch A Break - Unexpected - Shot In The Dark - Time For Answers
Statira: Trailer - Um - Dois - Três
Capítulo 19 - Statira
(Parte 1 de 3)
Jatinho Queen - 06 de maio de 2011
Eles não pousariam em Paris pela próxima hora ou mais e Chloe estava tanto agitada quanto confusa. Estava agitada porque queria que isso acabasse logo e porque estava incrivelmente preocupada com o trajeto de carro de Paris à Arcachon, que ficava na parte rural da França, e como afetaria Oliver e sua ferida.
Ela nem tentou convencê-lo a ficar. Sabia que seria inútil. Então decidiram que Bart os encontraria lá na manhã seguinte - assim Ollie poderia descansar um pouco antes de irem ver seu informante, finalmente - porque Bart não ia aguentar ficar num avião por oito horas.
E ela estava confusa por causa do local que seu misterioso informante havia escolhido. "Não faz sentido", Chloe disse a ele, sentando-se na beira da pequena cama do avião, a cabeça dele em seu colo enquanto ela segurava um pequeno touchpad, checando novamente a localização. "O endereço que nos deram fica numa vila, no meio rural da França, uma cidade bem pequena, um destino de turistas repleto de pousadas, quem armaria uma cilada lá?" Ela perguntou, balançando a cabeça. O local era tão remoto, que ela só conseguiu reservar um quarto numa pousada, a maior que havia na área, de fato, tinha um total de sete quartos.
Ele levantou o olhar de seu laptop e olhou pra ela com um pequeno sorriso. "Claramente alguém de quem ninguém suspeitaria?" Ele sugeriu.
"Claramente", ela disse, suspirando profundamente e colocando o touchpad na pequena mesa perto dela e descansando a mão no cabelo dele. "Isso continua sem fazer sentido, nós investigamos cada possibilidade antes e nenhuma delas era o informante. Eu não tenho ideia de quem mais poderia ser." E essa era a parte mais frustrante de todas.
Oliver segurou a respiração e expirou lentamente. "Eu também não", ele admitiu. "Mas parece que vamos descobrir logo."
"Espero que não seja uma péssima surpresa", Chloe disse com um suspiro e correu os dedos no cabelo dele distraidamente.
Ele fechou os olhos, cedendo ao toque dela. "Já tivemos o suficiente."
"Sério", ela apertou os lábios e olhou pra ele, observando-o por um momento. "Como você está se sentindo?"
"Eu estou bem", ele disse suavemente.
Chloe assentiu e estendeu a mão para tirar o laptop dele e colocá-lo na pequena mesa também. "Descanse um pouco enquanto pode, não sabemos como vai ser o caminho até a pousada."
Ele ficou em silêncio por um momento, e se mexeu levemente, descansando a cabeça nas pernas dela enquanto abria os olhos.
Ela ergueu as sobrancelhas um pouco e sorriu. "Eu digo pra você descansar e você abre os olhos?"
Oliver sorriu pra ela, encontrando seus olhos. "Eu não consigo dormir só porque você mandou, sabe."
"Devíamos trabalhar nisso", ela disse com um sorriso.
Ele ergueu uma sobrancelha pra ela. "Estou aberto a sugestões, Professora."
"Ah não, você não está", ela disse, dando-lhe um olhar. "Você não pode tensionar os músculos do seu estômago, e não existem sugestões que não o incluam."
"Quem disse que eu estava pensando em sugestões sexuais?" Ele balançou um pouco a cabeça. "Sabe, você tem uma mente muito suja, Chloe." Ele riu pra ela.
"Por favor", ela disse, sorrindo de volta. "Eu conheço você e conheço esse olhar no seu rosto."
Oliver sorriu animadamente. "Eu não tenho ideia do que você está falando."
"Aham", ela sorriu e se inclinou, beijando-o suavemente e se afastando o suficiente para falar em seu ouvido. "Descanse."
"Você também", ele sussurrou de volta.
"Eu estou confortável", ela assegurou, sorrindo suavemente e se arrumando na cama.
Ele a olhou atentamente. "Chloe?"
"Sim?" Ela perguntou baixinho, olhando pra ele.
"Eu amo você", ele sussurrou, mantendo o olhar.
Chloe relaxou um pouco e também segurou o olhar, ela não estava certa do porquê, mas ele continuava olhando pra ela de um jeito diferente, e normalmente ela imaginaria que ele estava prestes a arrancar suas roupas e fazer o que tivesse com vontade com ela, mas agora era diferente, ela não sabia explicar como. "Eu também amo você."
Ele sorriu suavemente, deixando seus olhos se fecharem enquanto expirava lentamente. Ele ia se casar com ela. Ela só não sabia disso ainda.
***
Pousada, França - 6 de maio de 2011
Como Chloe já esperava depois de sua pesquisa, o lugar era pequeno, seu quarto tinha um bom tamanho e se as circunstâncias fossem outras, ela adoraria ficar um pouco mais por ali para passar um tempo sozinha com Oliver, mas ela estava inquieta.
"Bem, pelo menos tenho certeza que a cidade inteira saberá em poucos minutos se alguém tentar nos matar", Chloe disse a ele enquanto o ajudava a se deitar.
"Também numa cidade tão pequena, eles com certeza saberão", ele respondeu, fazendo uma careta e colocando a mão sobre o estômago enquanto se deitava na cama.
Chloe também fez uma careta e franziu a testa. "Está ruim?"
"A cidade inteira saber?" Ele franziu um pouco as sobrancelhas.
"Não", ela revirou os olhos um pouco. "Sua ferida, está doendo muito?"
"Oh." Ele olhou pra ela. "Eu estou bem."
Chloe o observou por um momento e assentiu. "Ok, bem, eu vou pedir comida pra gente e podemos dormir para estarmos preparados para amanhã, ok?" Ela não era nenhuma mestra no francês, mas tinha tido algumas aulas na escola e achava que conseguiria fazer um pedido sem estragar tudo.
"Nada de caracóis", ele murmurou, fechando os olhos, um sorriso surgindo em seus lábios.
"Farei o possível", ela disse a ele, pegando o menu e erguendo as sobrancelhas um pouco, ela estava prestes a fazer o pedido quando o telefone bipou em sua bolsa.
Ele abriu os olhos mais uma vez, sentando-se um pouco enquanto virava a cabeça para olhar pra ela.
"Não senta", ela o avisou, percebendo o movimento com o canto dos olhos enquanto mexia em sua bolsa para pegar o telefone, e em seguida franzir a testa. "Bem-vindos", ela leu a mensagem. "Almoço amanhã, ao meio-dia. Só vocês dois."
"É de certa forma acolhedor e assustador ao mesmo tempo", ele murmurou, passando a mão no rosto.
"É..." ela apertou os lábios. "Nós obviamente ainda estamos sendo vigiados, devíamos falar para o Bart ficar ou ir com a gente caso precisemos correr?"
Ele prendeu a respiração e expirou lentamente. "Acho que é melhor ele estar por perto. Só pra prevenir."
"Concordo." Chloe colocou o telefone de volta na bolsa e pegou o menu novamente antes de voltar para a cama. "Eu não entendo com alguém pode estar nos vigiando tão de perto sem ter nos grampeado."
"Nem eu, mas é perturbador", ele suspirou suavemente. E assumindo que sobreviveriam a esse encontro, ele estava determinado a descobrir como esse informante estava mantendo o olho neles e garantir que ninguém mais conseguisse fazer isso.
Ela se sentou do lado da cama que era normalmente o dela e assentiu. "Muito, eu acho que teremos que esperar Bart chegar aqui amanhã para falarmos com ele, talvez tenhamos a chance de não sermos 'ouvidos' desse jeito."
"Eu vou investir em uma marca de misturadores de frequência nas Indústrias Queen", ele murmurou.
Chloe sorriu um pouco e se inclinou, dando um beijo em sua testa. "Eu não ia querer as pessoas colocando as mãos em nossos misturadores de frequência, então terei que ser contra esse investimento em particular."
"Bem, eu poderia desenvolvê-los apenas para nosso grupo de super heróis e não para o público em geral."
"Verdade", Chloe sorriu pra ele e ergueu as sobrancelhas. "Talvez você e Bruce devessem trabalhar nisso juntos", ela brincou, olhando para o menu inocentemente.
E com isso ela ganhou um genuíno bico. "Engraçado", ele resmungou.
Ela não disse nada, simplesmente pegou o telefone e fez o pedido com um leve encolher de ombros e depois desligou o telefone. "Eu não acredito que você ainda está fazendo bico por causa de Bruce Wayne", ela disse a ele.
"O cara te levou para um encontro."
Chloe piscou, olhando pra ele surpresa. "Não, ele não me levou."
"Ah, sim, ele levou." Ele olhou pra ela com um olhar desprezível no rosto.
"Não, ele não levou", ela repetiu. "Nós fomos jantar, e você também foi convidado", ela pontuou, deitando-se ao lado dele e se apoiando sobre o cotovelo enquanto se virava de lado.
"Você me convidou. Bruce não. Na cabeça dele, ele te levou para um encontro."
"Bom, deve ter sido o pior encontro da vida dele", Chloe pontuou e ergueu as sobrancelhas. "Porque quando não estávamos falando sobre trabalho, estávamos falando sobre você."
Ao ouvir isso, Oliver parou, olhando pra ela. "Vocês falaram sobre mim?"
Ela lhe deu um olhar e ergueu as sobrancelhas. "Sobre o que mais você acha que poderíamos conversar?"
Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. "Bom, eu imaginei que ele provavelmente deve ter passado todo o jantar dando em cima de você, pra começar."
"Bem, ele não fez isso", ela disse, apertando os lábios e pensando, encolhendo os ombros em seguida. "E se ele fez, eu nem prestei atenção."
Ele sorriu. "Porque você estava muito ocupada pensando em mim?"
Ela se aproximou dele na cama e ergueu as sobrancelhas. "Eu te levei jantar, não levei?"
"Verdade." Ele roçou o nariz contra o dela.
Chloe sorriu e pressionou seus lábios nos dele por um segundo. "E, ele também pagou pela sua comida."
Ele ergueu uma sobrancelha. "Talvez ele tenha se sentido culpado por tentar roubar você de mim", ele brincou.
Ela sorriu e balançou a cabeça, colocando uma perna em cima dele e erguendo as sobrancelhas. "Ele poderia tentar o quanto quisesse, não teria funcionado."
Oliver levou a mão até o rosto dela, beijando-a suavemente. "Bom saber", ele sussurrou.
Chloe sorriu suavemente e assentiu. "Então você não tem razão para ficar de bico."
"Bom, eu odeio ter que dizer isso, mas eu provavelmente vou ficar de bico sempre que outro cara flertar com você", ele a informou.
Ela ergueu as sobrancelhas e o observou por um momento. "Como isso pode ser justo? Se eu ficasse de bico toda vez que alguma mulher começasse a dar em cima de você, eu nunca deixaria de fazer bico."
Ele sorriu, beijando o canto de sua boca. "É, mas você é a única que eu quero."
Chloe passou os braços ao redor do peito dele e descansou sua testa na dele. "Bom, isso serve pra mim também."
"É justo", ele disse depois de um momento, beijando-a novamente.
Ela retribuiu o beijo e o abraçou, cuidadosamente para não mexê-lo ou machucá-lo de alguma forma enquanto se pressionava contra a lateral dele.
Um pequeno sorriso cruzou o rosto dele enquanto ele roçava seu nariz no dela e deslizava sua mão lentamente pelo lado do corpo dela até seu quadril, descendo mais até alcançar sua coxa.
Chloe parou e relutantemente se afastou. "Nem pense nisso." Já era difícil o suficiente se controlar sem ele a tocando.
"Muito tarde pra isso, Professora", ele murmurou, beijando sua mandíbula.
"Ollie, estou falando sério", ela disse a ele enquanto fechava os olhos e tremia, ela sentia falta dele. "Não podemos arriscar machucar você ainda mais, especialmente quando temos que nos encontrar com quem quer seja amanhã."
Ele sorriu quando ela estremeceu. "Acredite em mim", ele sussurrou. "O que eu estou imaginando não vai machucar nenhum de nós dois. Prometo." Ele beijou sua garganta.
Chloe se afastou e balançou a cabeça, colocando a mão sobre a dele que estava em sua coxa. "Amanhã, depois de conseguirmos nossas respostas, pensamos nisso."
Oliver procurou seus olhos, e então suspirou suavemente, relutantemente subindo sua mão até o quadril dela. "É difícil barganhar com você", ele murmurou, beijando-a.
Ela segurou seu rosto e beijou sua têmpora antes de deitar contra o travesseiro. "Eu só quero que você esteja bem, e acredite em mim, não é mais fácil pra mim."
Ele a observou por um momento, então beijou seu ombro antes de deitar a cabeça no travesseiro ao lado dela. Ele descansou a mão na barriga dela. "Eu sei."
Chloe colocou a mão em seu braço e deu um pequeno sorriso. "Acho que estamos viciados", ela brincou.
Ele ergueu uma sobrancelha pra ela. "Espero que você esteja dizendo que um está viciado no outro."
"No que mais poderia ser?" Ela perguntou, inclinando a cabeça levemente.
Ele encolheu os ombros, observando-a atentamente. "Bom, pessoalmente eu não pretendo me curar desse vício", ele disse casualmente.
Ela deu um pequeno sorriso e suspirou profundamente, dando um beijo em seu ombro e fechando os olhos. "Fico feliz que tenhamos as mesmas intenções."
Um sorriso suave surgiu nos lábios dele ao ouvir isso, e ele relaxou um pouco, colocando um pouco do cabelo dela atrás da orelha. "Bom sonhos", ele sussurrou.
"Só estou relaxando até a comida chegar", ela disse a ele baixinho, sem abrir os olhos.
Ele descansou a cabeça contra a dela. "Certo", ele murmurou, tendo esquecido completamente da comida.
"Só relaxa", ela sussurrou pra ele, passando o braço ao redor dele novamente. Era melhor tentar relaxar agora do que tentar fazer coisas que possivelmente deixariam as coisas mais difíceis pra ele.
Relaxar era mais fácil falar do que fazer quando você está pensando em pedir alguém em casamento, ele pensou preguiçosamente, enquanto sentia o sono tomar conta dele.
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