Nightblindness (3/4)

Título: Cegueira Noturna
Resumo: Universo 'Two of Us'. Batman reconsidera. A história se passa seis meses depois dos acontecimentos de Beautiful Side Of Somewhere.

Autora: newbatgirl
Classificação: PG-13
Anterior: Prólogo - Um - Dois

Histórias Anteriores:

Two of Us

Shout Out Loud
Silver Lining
Question
How Soon Is Now
Want
Have
Beautiful Side Of Somewhere

Residência Queen... arredores de Star City... mais tarde naquela noite...

Para Chloe, estar grávida não era ruim... só exaustivo. É claro, suas costas e pés doíam como o inferno, ela se sentia esticando nos mais estranhos lugares, e às vezes sentia como se tivesse suas próprias zonas climáticas, mas não era de todo mal, dada a recompensa no final. Ela certamente já havia passado por coisas piores. Ela sentia falta do café, no entanto. Terrivelmente. E vinho. E assistir todo mundo tomando cerveja com seus hambúrgueres enquanto ela tinha que ficar com a água e suco não era nem um pouco divertido.

Havia os pontos positivos do processo também. Usar a desculpa de estar grávida mais cedo era certamente um deles. Mas era preciso admitir que ela não precisava fazer isso muitas vezes porque as pessoas ao redor dela, até mesmo Lois, invariavelmente davam a ela o que ela queria. As infinitas massagens nas costas que Oliver fazia eram definitivamente um bônus.

Não, as piores partes eram ficar cansada facilmente, e não ser capaz de se movimentar ao redor como costumava fazer. Houve um tempo em que ela podia ficar de pé durante toda a reunião, andar ao redor, mostrar as informações, passar pelas mesas para ter a atenção de todos. Em algumas de suas missões menos sérias, um dos rapazes - normalmente Bart ou AC - sinalizariam pelas suas costas que sua explicação estava muito longa e declarariam que iam ajudar a Torre a 'ir direto ao assunto'.

Atualmente, no entanto, ela estava relegada À Cadeira. Era uma ótima cadeira. Uma maravilhosa e grande cadeira, coberta com os tecidos e almofadas mais confortáveis do Hemisfério Ocidental. Estava posicionada na enorme sala familiar de modo que ela pudesse enxergar todo mundo na sala, e visualizar todas as portas e janelas. Havia uma cestinha e uma mesa ao lado dela para seu laptop, celular, e controles remotos para as telas que precisasse.

Mesmo assim ela se sentia excluída.

"Você não está sendo excluída", Oliver disse a ela, enquanto a ajudava a se sentar na cadeira. "Você não pode ficar muito tempo em pé."

"Parece que ficar sentada é tudo o que eu faço."

"Você está cansada?"

"Sim", ela admitiu relutante.

"Então senta! Eu sei que você adora ficar argumentando com a gente mas você tem que argumentar com seu corpo também?" Oliver lhe passou o computador que havia confiscado dela mais cedo e deu um beijo em sua testa. "Aqui está. Conquiste o mundo."

"Dessa cadeira?"

Victor se sentou no sofá ao lado. "Se tem alguém que poderia, Torre..."

Bruce, AC e Dinah entraram e tomaram assentos variados na sala. Chloe percebeu que Bruce sentou no canto mais afastado. Ela ia chamá-lo mas se distraiu quando viu Bart dançando com o resto do bolo em uma mão e um garfo na outra.

"Ei, Bart! Você conhece as regras!" ela o repreendeu.

"Eu vou tomar cuidado!" ele protestou, mas ela deu uma olhada pra ele e apontou o dedo em direção à cozinha.

Suspirando pesadamente ele levou o bolo de volta para a cozinha e se sentou no chão em frente a Dinah. Dinah estendeu a mão e acariciou seu cabelo. "Quem precisa de livros para aprender a educar os filhos, quando se tem Bart?" ela brincou com Chloe.

Oliver cruzou os braços e franziu a testa para os membros da equipe - Clark, Carter e J'onn - que estavam entrando na sala. "Que bom que vocês resolveram aparecer, podemos começar agora?"

"Cama aí, Feijão Verde, estávamos salvando a louça de sua mulher de Lois. Se a deixássemos lavando sozinha, vocês não teriam mais nenhum prato", Carter disse.

A cabeça de Chloe virou imediatamente. "O que ela quebrou?"

"Nada, graças ao Sr. Super-reflexos. Ela não vai tocar em nada. Está ocupada com o último pedaço de bolo."

"Ahhh, cara! Muito obrigado, Lois!" Bart gritou em direção à cozinha.

Lois gritou alguma coisa de volta mas não foi possível entender devido ao que Chloe imaginava, a boca cheia de bolo. Ela também imaginou que devia ser algo grosseiro e achou melhor dar o aviso para Lois. "Olha a boca!"

"Não temos nada importante pra fazer, só precisamos salvar o mundo aqui!" Oliver interrompeu cansado.

Quando finalmente começaram, passaram pelo assunto eficientemente, provavelmente porque todo mundo estava muito cansado e muito cheio de comida para discordar das orientações de Oliver.

Retomada da última reunião. Orçamento. Relatório de armas. Atualização tecnológica. Agenda da missão.

Quando chegaram à Agenda da Missão, o debate realmente começou. Não foi nenhuma surpresa, já que era um ponto tipicamente mais interessante. Todos tinham vidas pessoais, alguns tinham identidades civis diferentes, alguns mais exigentes que outros. Equilibrar a vida de cada um e a necessidade de manter a missão da Liga funcionando não era algo simples.

Eles discutiam, eles riam, eles brincavam, eles negociavam, eles tinham estratégias, olhavam os arquivos, recuperavam informações mais antigas, checavam novamente as novas. Victor e Chloe defendiam algumas pesquisas, independente dos outros.

Chloe percebeu que Bruce permanecia imensamente quieto durante tudo. Finalmente, após mais de uma hora de debate, eles tinham missões organizadas para os dois meses seguintes: alvos, cobertura de desastres e emergências, datas, planos, reforços. Dinah e Carter, auto-intitulados especialistas em armas, entregariam a lista de equipamentos depois e passariam para Chloe. Oliver tomaria conta do orçamento, Victor e J'onn vigiariam as comunicações.

Embora ninguém fizesse algum comentário direto, havia um plano B organizado para o caso de acontecer o parto de Chloe. Na reunião seguinte, eles precisariam pensar nisso ao estabelecer o próximo calendário. Eles haviam planejado tudo muito bem. E era bem possível que os gêmeos pudessem nascer antes. Bruce estava certo, a pequena forma de Chloe provavelmente não conseguiria carregar os bebês por nove meses.

Eles estavam decidindo a hora e data da próxima reunião quando Lois colocou a cabeça na porta. "Vocês ainda não terminaram?"

"Quase, por quê?" Oliver respondeu desconfiado.

Lois entrou na sala. "Hora das apostas sobre o bebê!" Ela segurava uma cartolina com algumas marcas. Quadrados coloridos em várias cores.

Chloe olhou para o cartaz e fechou os olhos. "Acho que o enjôo matinal está de volta."

"Lois---" Oliver gemeu. "O que você está fazendo?"

"Olha, o nascimento da minha sobrinha ou sobrinho é um assunto sério. Precisamos fazer isso direito."

"Prima em primeiro grau, já conversamos sobre isso." Chloe a corrigiu.

Lois acenou para ela. "Detalhes. Se Bart vai ser chamado de 'Tio Bart', com certeza eu serei 'Tia Lois' considerando que eu realmente sou da família."

Dinah cruzou os braços. "Se ela vai ser 'Tia Lois', eu serei 'Tia Dinah', eu nunca fui tia antes e essa provavelmente será minha única chance. Lois tem uma irmã de verdade."

Lois bufou. "Você está brincando? Lucy nunca vai me deixar chegar perto dos filhos dela."

Carter se inclinou na direção de AC e disse, alto o suficiente para que todos pudessem ouvir, "Nem imagino o porquê."

Oliver esfregou os olhos. "Lois, você percebeu que eu disse que estávamos 'quase acabando' e isso significa que a reunião ainda não acabou?"

Lois o ignorou e foi para o meio da sala, segurando o cartaz para que todos pudessem ver.

"Ok, todo mundo, acontece como apostas para o Superbowl, só que para o nascimento. Há espaços para várias combinações sobre o bebê. Peso, gênero, hora de nascimento, comprimento etc. Eu inclusive acrescentei tempo de trabalho de parto para animar as coisas."

Chloe sentiu as bochechas ficarem rosa e indo direto para o vermelho. "Para animar as coisas!!! Você ficou maluca? Você quer que as pessoas apostem por quanto tempo eu vou sentir dor?"

"Chloe, calma", Oliver a alertou.

"As apostas custam de 25 a 100 dólares cada. Eu pessoalmente sugiro comprar um kit de cinco apostas e aumentar as chances de ganhar. Então... quem quer começar? Não esperem muito ou as melhores apostas estarão esgotadas."

Victor se inclinou para a frente para olhar o cartaz. "Tem certeza que você encontrou todas as combinações possíveis porque eu estou calculando em minha cabeça agora e acho que falta muita coisa aí."

AC pegou a carteira. "Quantas combinações você tem para um bebê de quatro quilos ou mais? Posso reservá-las agora?"

Todos os olhos da sala se voltaram para Chloe, houve um silêncio por um momento.

"O que vocês estão olhando?!" ela perguntou.

"Isso não é justo, ele não pode comprar todas as combinações de um bebê enorme. Eu quero três combinações de um bebê de 4,5 kg", falou Bart.

Dinah acotovelou Bruce. "Você pode me emprestar algum dinheiro?"

Bruce olhou pra ela incrédulo. "Se você acha que eu vou entrar nisso, você realmente deveria ter recusado a última cerveja."

"Você não é nem um pouco divertido."

"Não é a primeira vez que eu ouço isso."

"Oliver, por favor faça alguma coisa", Chloe disse, com os dentes cerrados. "Preferivelmente algo que envolva uma flecha tranquilizante."

"Chloe, é a Lois!" Clark exclamou.

"Certo. Use duas!"

Oliver suspirou e pegou o cartaz da mão de Lois e segurou sobre a cabeça de modo que ela não pudesse alcançar. "Ok, eu fico com isso. A brincadeira acabou. Não vai haver apostas de nenhum tipo sobre o bebê. Guardem o dinheiro."

"Ei! Eu trabalhei duro nisso." Lois reclamou, tentando recuperar o cartaz.

"Eu não me importo. Senta!" Oliver ordenou. Quando ela o ignorou, ele repetiu com mais firmeza. "Senta, Lois. Você está magoando Chloe e se continuar fazendo isso, eu vou expulsar você dessa casa, sendo da família ou não!"

A sala ficou em silêncio e Lois franziu a testa, mas finalmente desistiu e cruzou a sala para se sentar no colo de Clark. "Eu só estava tentando deixar as coisas um pouco mais alegres", ela reclamou.

Oliver rasgou o cartaz ao meio duas vezes. "Se vocês me deixarem terminar, podemos revelar o que tanto vocês querem saber há meses, e não precisaremos de apostas sobre o bebê."

Os olhos de Carter se arregalaram. "Vocês sabem o que vão ter?"

"Sim!" Oliver suspirou. "Sabemos há algum tempo."

"Então...? O que é?" Bart questionou. "Um menino?"

Dinah bateu as mãos. "Uma menina?"

Chloe sorriu. "Sim."

Oliver sorriu pra ela e repetiu. "Sim."

Todos na sala - menos Bruce e J'onn - olharam pra eles sem compreender.

Victor gemeu. "Ah não, estamos jogando Quem é o primeiro novamente!"

Chloe sentiu as lágrimas nos cantos dos olhos. "Meu Deus, vocês são muito complicados. Nós vamos ter gêmeos! Um menino e uma menina."

A sala, por falta de uma palavra melhor, explodiu. Houve um borrão vermelho enquanto Bart corria para cumprimentar Oliver mas a força derrubou os dois no chão. AC e Victor olharam para o chão e trocaram um olhar por um milésimo de segundo antes de pularem em cima deles com um grito simultâneo de "Dois bebês! Rumo a vitória!"

Lois e Dinah passaram pelos homens para se aproximar de Chloe e puxá-la da cadeira, alternando abraços com carinhos em sua barriga. As duas falavam ao mesmo tempo e Chloe não entendia uma palavra. Ela olhou para Oliver, a tempo de vê-lo sendo levantado do chão por Carter e depois recebendo um abraço. A visão de seu marido assustadoramente alto sendo jogado de um lado para outro como um boneco de pano a fez dar risada. J'onn estava então a seu lado, dando-lhe um beijo paternal em sua testa e um sorriso significativo que confirmava o que ela havia pensado antes sobre ele já saber antes deles contarem.

Clark foi o próximo a lhe dar um abraço, e quando ele se afastou, ele tinha um olhar tímido no rosto. "Chlo, eu posso... Você se importa se eu... olhar?"

Chloe olhou para Oliver pedindo uma confirmação. Ele ouviu o pedido de Clark e assentiu. "Sim, tudo bem, Clark."

Clark respirou fundo e olhou para a barriga de Chloe. Chloe descansou as mãos sobre os seios nervosamente. Ela havia feito alguns ultrassons mas dessa vez sentia-se diferente. Talvez porque todos seus amigos estivessem ali.

Então um sorriso se espalhou pelo rosto de Clark e ele olhou pra ela. "Eles são lindos. Parece que estão dormindo."

Todo mundo vibrou.

Victor deu um tapinha nas costas de Oliver. "Se seus bebês podem dormir com essa bagunça, já é um bom sinal!"

Chloe olhou para Bruce, parado a alguns metros, parecendo um pouco confuso e ela ficou com pena dele. "Desculpe, Bruce. Juramos, nem todas as reuniões são desse jeito."

Ele balançou a cabeça. "Está tudo bem, de verdade, é só que---" ele parou.

"O quê?" Oliver perguntou. "O que foi?"

Bruce apontou para Clark, e em seguida para a barriga de Chloe. "Alguém vai me explicar como ele fez isso?"

*****

Residência Queen... arredores de Star City... começo da manhã seguinte...

Bruce acordou cedo. Ele não dormia muito normalmente e, em uma cama estranha - uma localizada em um dos muitos quartos de hóspedes de Queen, dormir não era exatamente fácil. Ele havia planejado dirigir seu carro alugado até o hotel mais próximo mas Chloe imaginou que fosse uma perda de tempo dado todo o espaço que eles tinham. Clark e Lois haviam voado de volta para Metrópolis mas todos os outros permaneceram na casa. Bruce teve a sensação de que isso acontecia regularmente, dada a facilidade com que cada um se retirou para quartos específicos.

A falta de seu regular treinamento noturno deixava Bruce ansioso então ele saiu da cama, vestiu um short, uma camiseta e calçou os tênis de corrida. Ele poderia muito bem gastar essa energia na academia caseira que Oliver havia lhe mostrado na noite anterior.

Espantosamente,mesmo sendo tão cedo, Oliver já estava lá quando ele adentrou a enorme sala. Ele estava tirando garrafas d'água do frigobar que ficava em um canto.

"Você está treinando?" Bruce perguntou.

"Sim. Entra, vamos ver se você consegue bater o tempo que eu gasto para fazer oito quilômetros." Oliver apontou em direção às portas francesas.

Bruce apontou para as impressionantes esteiras da sala. "Algo errado com elas?"

"São para os dias de chuva. Você está na Califórnia agora, Bruce. Vamos matar esses hábitos vampirescos de uma vez e correr sob o sol." Ele jogou uma garrafa de água para Bruce, que a pegou facilmente.

"Bater seu tempo de oito quilômetros não deve ser difícil. Se eu me lembro dos nossos tempos de corrida, você corre como uma garota." Bruce disse a ele, mas Oliver não aceitou a provocação. "Somos os únicos acordados?" Bruce perguntou, enquanto saiam da casa.

Oliver assentiu. "Metas. Todos aqueles superpoderes e eles estão dormindo. Você e eu somos meros mortais aqui, você sabe."

"E sua mulher?" Bruce perguntou.

"Você não leu a camiseta?"

Bruce balançou a cabeça. Essa estava se tornando rapidamente a viagem mais estranha que ele já havia feito.

Oito quilômetros depois, eles declararam um empate. Bruce suspeitava que sua resistência era melhor mas Oliver tinha mais experiência em correr na areia e, dado o repentino desvio que eles fizeram para a praia seguinte, Oliver também sabia disso.

No caminho de volta para casa, as perguntas começaram. "Então, o que você acha?" Oliver perguntou.

"Estou pensando um monte de coisas, é muita informação de uma vez só."

"Então, fala o que está passando em sua mente. Deixe sua consciência fluir."

"Você ainda corre como uma garota."

"Filtre um pouco o fluxo."

Bruce hesitou. "É uma equipe interessante. Vocês parecem se dar muito bem. As coisas parecem um pouco caóticas, no entanto. Um pouco mais de disciplina ajudaria."

Oliver bufou. "Você acha que até a Marinha precisa de mais disciplina." Ele parou. "Você está certo, no entanto. As coisas ficam um pouco malucas durante as reuniões mas somos melhores nas missões. Algumas vezes lidamos com coisas pesadas então Chloe e eu deixamos que eles extrapolem um pouco quando é possível, isso ajuda."

Bruce pensou sobre o que Jim Gordon e Alfred haviam dito a ele antes de sair de Gotham. "Entendo."

"Eu vou ficar um pouco por fora em alguns meses, quando os bebês chegarem. Vou deixar Carter e J'onn liderarem por um tempo. Acho que isso também vai ajudar."

"Provavelmente você está certo." Bruce respondeu. "E quanto ao tamanho da equipe, vai mudar?"

"Estamos de olho em umas duas pessoas que queremos recrutar."

"Alguém que eu conheça?"

"Qual é, não vou te mostrar nossas cartas até eu saber quais são seus planos, Bruce."

Bruce franziu a testa. "Você de todas as pessoas deveria saber que eu odeio metáforas sobre cartas."

"Desculpe."

Eles caminharam em silêncio por um tempo. "Você tinha restrições a eles antes. Agora que você os conhece, o que acha?" Oliver perguntou.

Bruce decidiu ser franco. Essas pessoas claramente eram amigas de Oliver tanto quanto seus colegas mas ele deveria ser capaz de lidar com algumas questões. "O mais jovem, Bart. Ele pode se concentrar em uma tarefa tempo suficiente para ser útil?"

"Bart está nessa quase há tanto tempo quanto você, Bruce. Ele é jovem e um pouco imaturo às vezes, mas não poderíamos fazer o que fazemos sem sua velocidade."

"E Stone e Curry? Eles também parecem muito jovens."

"Victor é muito maduro e ele tem características para ser um bom líder. Ele trabalha muito bem com Chloe. AC é um pouco idealista mas precisamos disso às vezes. E os dois sabem como atuar numa crise, acredite em mim."

"E J'onn e Hall, eles aceitam ordens de você?"

"Eu os trato de um jeito um pouco diferente, mas sim, eles aceitam. É claro, eu discordo deles de vez em quando. Seria um idiota se não discordasse."

"Quem fica no comando quando você não está por perto?"

Oliver encolheu os ombros. "Depende da missão. Victor e AC podem liderar certas situações. No entanto, na maioria das vezes é Carter."

"E o Kent? Sua mulher me falou um pouco sobre as habilidades dele. Ele deve ser o mais poderoso aqui."

"Não significa que ele seja um líder", Oliver disse rapidamente e Bruce ergueu as sobrancelhas. Oliver parou para beber um pouco de água antes de continuar. "Eu não estou dizendo nada que eu não diria na cara dele. Ele é forte, e ele é honesto. Ele só não fica confortável com algumas decisões que precisamos tomar. Ele também não procura liderar. Ele já tem muita coisa em seus ombros sem ter que acrescentar mais isso."

"Certo. E Lance? Ela luta bem?"

Oliver deu risada. "Eu vou te fazer um favor e não contar a ela que você fez essa pergunta sobre ela e não sobre os rapazes. Assim ela não vai quebrar suas duas pernas."

Bruce revirou os olhos. Politicamente incorreto ou não, ele imaginou que era uma questão relevante.

"Digamos assim", Oliver disse. "Ela faz missões por conta própria. Sem reforços. Dificilmente alguém da equipe faz isso. Dinah pode se virar sozinha. Mas se você quiser me dar um presente de aniversário antecipado, pergunte a ela você mesmo e tenha certeza que eu esteja por perto para ver como ela vai reagir."

Bruce o ignorou e continuou pressionando. "E Chloe, onde ela se encaixa? Ela não vai para o campo, certo? Mesmo antes?"

"Não. Chloe é nossa Torre de Vigilância."

"Eu sei disso, mas o que isso significa exatamente?"

"Significa que nada acontece sem ela."

Bruce franziu a testa. "Você está respondendo como marido ou como colega?"

"Colega. Mas a resposta também serviria como marido. Está interessado no que eles pensam de você?"

"Na verdade não, mas eu tenho a sensação que você vai me falar de qualquer jeito."

"Eles acham você arrogante, acabado e fechado. A frase 'grande pé no saco' pode vir junto."

Bruce ergueu uma sobrancelha. "É mesmo?" ele perguntou indiferente.

"Muitas vezes."

"Ahh, entendo."

"Dito isso, eles respeitam o que você pode fazer... contanto que você respeite o que eles podem fazer. Lembre-se do que eu disse antes. Eles não pediram por esses poderes."

"Certo. Então... vocês fizeram uma votação ou alguma coisa assim?"

"Sim. Na verdade, fizemos."

"Quantos contra e quantos a favor?"

Oliver bufou. "Você acha que eu vou te contar assim? Você ainda está aqui, o 'não' foi em menor número. Vamos deixar assim." Oliver se virou em direção à casa. "Você tem outras perguntas? Observações?"

"Você corre como uma garota e reclama como uma velha."

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Fim do Capítulo. Capitulo Quatro.

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