Título: Dentro das Linhas Inimigas
Resumo: Oliver se junta ao Esquadrão Suicida para salvar Chloe.
Anteriores: Parte 1 - Parte 2
O Gotham Intecontinental era tão grandioso quanto Oliver se lembrava. Quando criança ele ficava ali durante duas semanas todos os anos com seus pais para o feriado de Ação de Graças. O lugar o fazia lembrar o cheiro de peru assado e a sensacional torta da sobremesa. Entrando no grande saguão, que era maravilhoso mas que não ocupava mais do que a décima segunda posição no ranking dos hotéis, Oliver sentiu a emoção aumentar.
Sempre que tinha negócios para resolver em Gotham, tinha o Marriot, ou o Astor, ou o Hilton. Havia hotéis de negócios elegantes e modernos, onde seu telefone tinha sinal sem fio no segundo em que entrasse. O Gotham Intercon foi concebido como uma casa de luxo, com uma decoração de primeira classe que era insuperável pelos outros lugares em sua memória.
Talvez fosse todo o sentimento que o tornasse tão espetacular.
Ele sentiu a mão de Chloe em suas costas, o metal do bracelete que ela se recusava a remover frio sobre sua camiseta. Ele olhou para o lado e a percebeu procurando seus olhos. Oliver clareou a garganta e assentiu em direção à recepção.
"Sr. Queen, estamos felizes em recebê-lo novamente!" veio o cumprimento da mesa em frente.
Era uma jovem, entre seus vinte ou trinta anos. Ele sabia que o discurso era do hotel porque não havia como ela trabalhar ali há tempo suficiente para ver o jovem Oliver correndo ao redor do lobby, entrando e saindo das lojas de chocolate para encontrar o melhor sabor meio-amargo.
Ele nunca foi maluco por doces, mesmo quando criança. Mas era sempre pelo sabor amargo que Oliver era fisgado.
"Muitas noites passadas no Intercon, Oliver?" ele a ouviu perguntar.
E por sua vida, Oliver imaginou como ele pôde ter reconhecido aquela farpa em particular sendo dirigida a ele mais para tirá-lo de seus pensamentos do que o peso que se instalou em seu coração. Talvez ela não fosse tão cruel quanto parecia quando ela apunhalou a equipe pelas costas.
Esse era pra ser um único trabalho, e ele estaria fora. Ele a tinha perdido. Ela havia decidido dar as costas à equipe e ele precisava aceitar e seguir em frente. Mas a missão em que ele estava participando envolvia o herói que ele estava tentando recrutar para sua equipe já há algum tempo. Ele não ia deixar o Esquadrão Suicida ou Chloe Sullivan destruir uma figura tão promissora quanto Batman.
"Eu não venho aqui desde o ano que meus pais morreram", ele disse a ela, sua voz seca. Oliver não viu com triunfo o rosto dela se abater. Ela também sabia esconder as emoções. Ela aprendeu muito bem com o Esquadrão. Ela aprendia rápido. Oliver conversou com a atendente e pediu a chave-cartão. "Pode deixar", ele disse a ela quando ela se moveu para pegar a bolsa.
Ela olhou em protesto, então ele pegou a bolsa da mão dela e passou ao carregador do hotel.
O atendente uniformizado gesticulou em direção aos elevadores. "Nós já estamos levando a bagagem, Sr. Queen."
Chloe não se mexeu. Ela ficou olhando sua bolsa sendo colocada no alto da pilha. Oliver a pegou pelo braço e a empurrou na direção dos elevadores. "O equipamento de vigilância está lá dentro", ela sibilou.
"Você não acha que as pessoas vão achar estranho ver Oliver Queen e sua acompanhante carregando a própria bagagem?" ele murmurou em resposta. "Elas vão chegar lá. Isso aqui não é uma cabana no meio do nada. Nada será perdido."
Ela estreitou os olhos pra ele. Ele travou a mandíbula em resposta. Ele nunca havia tido conflito com Chloe, tirando o desastre com Davis Bloom e sua metade alienígena. Basta dizer que nunca ficaram em lados opostos desde que ficaram juntos. Ele tinha dó de Clark. Chloe era aterrorizante quando estava descontente.
Ela ergueu as sobrancelhas. Seu olhar direto para o cartão em sua mão. Ela estendeu a mão.
Oliver juntou as sobrancelhas. Se ela achava que ele ia sacrificar a cama para uma traidora, ela só podia estar brincando. "Eu seguro, muito obrigado."
"Você não pediu um quarto pra cada um?"
"Não me diga que eles", ele disse ressaltando o pronome, "davam fundos suficientes a você e seu parceiro para pagar um quarto pra cada um." Ele não achou que Chloe ia engolir a desculpa. É claro que ele podia pagar os quartos se quisesse. Mas ele não podia dizer a ela que queria manter o olho nela para impedi-la de traí-lo ainda mais. Ele já tinha dito coisas duras pra ela. Mas não ia fazer isso sucessivamente senão ela ia explodir.
"Nós trabalhamos sob forte disfarce", Chloe respondeu. Os elevadores se abriram e Oliver segurou o braço dela enquanto entravam. Quando outro casal se aproximou e acenou para eles segurarem a porta, Oliver meramente deu-lhes um sorriso arrogante e fechou as portas. Chloe balançou a cabeça. "Nós nunca temos a chance de ficar em hotéis como este. A maior parte de nossos alvos vem das dragas da sociedade."
"Então essa é a primeira vez pra você também", ele concluiu, sua voz menos arrogante.
As portas do elevador se abriram e Chloe saiu na frente. Oliver a chamou. "Você ao menos sabe qual é o nosso quarto?"
Chloe se virou. "Imaginei que você me diria quando eu estivesse quente." Ele deu uma risadinha. Ela estava dando a ele muita munição. Ela enrubesceu. Era uma reação normal, inocente e involuntária. Ele não podia acreditar que ela era capaz de algo tão puro quanto de algo tão horrível como sua traição.
"O último quarto no final do corredor", ele disse a ela.
Chloe olhou para o relógio. "Vamos começar logo isso", ela disse bruscamente.
Oliver caminhou atrás dela. Devido a competência dos funcionários, as bagagens já estavam no quarto quando eles entraram. Chloe pegou o equipamento de vigilância de uma vez. Oliver fechou a mão sobre a bolsa. Quando Chloe olhou de volta pra ele, ele disse. "Leia o dossiê novamente, parceira. Você vai pra campo. Eu fico observando." Oliver acenou para a mala onde ele sabia que estavam as roupas dela. "Vá se arrumar." Ela pegou a bolsa e entrou no banheiro. Oliver ouviu o barulho da água do chuveiro.
Oliver montou o equipamento e cuidadosamente arrumou o microfone e a câmera que Chloe teria que colocar nela. Ele testou a recepção. No mínimo ele tinha que ter certeza que não seria cortado quando ela entrasse. Ele estava fazendo isso para proteger Bruce Wayne.
Poucos minutos depois ele ficou maravilhado com o treinamento que ela havia recebido do Esquadrão porque ela se aventurou a sair do banheiro enrolada apenas na toalha. Quando ela o viu, ela apertou a toalha ao redor do corpo.
Como se ele tivesse perdido o direito de ver, e ela tivesse passado o privilégio para outra pessoa.
Sua mandíbula travou. Sozinho num quarto de hotel com a mulher que ele achou que amava--
Merda. Quem ele estava enganando? Ele a amou. Ele ainda a amava e era por isso que doía tanto como ela passou por cima de tudo o que ele sentia.
Bem, sozinho num quarto com Chloe, ele simplesmente não queria pensar no homem e na equipe pelos quais ela o trocou e tinha trocado com ele.
"Não precisa se preocupar tanto", ele disse, suas palavras rudes, sem emoção. Oliver nem sequer olhou para cima pra verificar o equipamento que ia ser colocado nela. Ele não ia correr o risco de perder a conexão com ela e ficar às escuras. "Eu já vi tudo."
Chloe pegou alguma coisa que ele não viu em outra bolsa. Ela voltou para o banheiro sem dizer uma palavra.
Oliver suspirou. Quando ela finalmente saiu do banheiro Oliver olhou. Ela estava descalça, com uma toalha sobre os ombros enquanto seus cabelos continuavam molhados. Ela estava usando um vestido azul escuro fino o suficiente para envolver as curvas de seu corpo. Ele ficava um pouco abaixo das coxas. Oliver engoliu dolorosamente. Ele lembrou daquelas coxas reluzentes, como elas eram fortes quando se enroscavam em seu quadril, o gosto que elas tinham quando ele as beijava até seu centro.
"Eu vou precisar dos meus sapatos prata. Eles ficam bem com azul, certo?"
Como ela podia imaginar que ele ia responder essa pergunta, ele não sabia. Ela procurou em outra bolsa, então tirou um par de saltos prata. Os músculos de suas pernas estavam mais firmes quando ela passou de volta para o banheiro naqueles saltos.
Bruce Wayne ia vê-la naquele vestido, naqueles saltos.
Ele ouviu o barulho do secador enquanto ela arrumava o cabelo. Oliver pegou o dossiê e o estudou mais uma vez. Chloe já devia ter memorizado a essa altura. Quando ela saiu do banheiro novamente, Oliver fechou o laptop e se endireitou.
"Não", ele declarou. Ele foi firme. Ele não admitiria argumentações. Seus seios estavam muito evidentes acima do corte do vestido. A sombra no meio deles ela tentadora. Chloe colocou as mãos no quadril. "Não", ele repetiu. "Eu sei o que Bruce quer." Tudo o que sua namorada - ex-namorada estava mostrando. "É muita pele para Bruce Wayne."
"É minha primeira vez como responsável pela missão em campo", Chloe pontuou. "Mas não é minha primeira vez como isca. É isso que eu visto quando tenho que atrair a atenção do alvo para Tom fazer o trabalho dele."
O parceiro dela estava disposto a alcovitá-la desse jeito por uma missão? Oliver foi até o minibar e tirou a tampa de uma garrafa d'água, então molhou sua garganta. Ele ficou tentado a pegar uma bebida mas não iria operar bêbado. Não quando era ela quem estaria lá fora. Nem mesmo quando uma parte dele a odiava.
Chloe foi até o espelho e olhou seu reflexo. "O jeito mais fácil de fazer era me mandar distrair e afastar o sujeito." Oliver estreitou os olhos. Ele ia salvar seu parceiro tempo suficiente para não matá-lo se ele pedisse para Chloe fazer mais do que ser a isca. Chloe continuou. "Então ele assumia seu disfarce. Era uma estratégia fácil."
"E como eu não sou o mestre dos disfarces, você terá que fazer tudo."
"Você continua sendo meu reforço", Chloe o relembrou, com a voz hesitante. Ela se virou para olhar as costas do vestido.
Oliver imaginou o porquê. "E isso quer dizer?"
Chloe tirou os olhos do espelho. O coração de Oliver parou quando ela disse o que precisava. Ela disse as palavras tão relutante, tão incerta, que ele ficou impressionado. "Quer dizer que você precisa encontrar força em seu coração pra se arrastar pra lá se achar que eu serei morta." Ela parou. "Você acha que consegue fazer isso?"
Ele não podia culpá-la. Ele mesmo disse que ela não estaria segura tão perto dele.
Oliver olhou para os equipamentos de vigilância. Ele pegou o microfone e a câmera e colocou no bolso. "Troca de roupa. Eu vou te levar até a loja lá embaixo e comprar outro vestido." Quando ela hesitou, ele disse. "Um que chame a atenção de Wayne."
"Flag te deu dinheiro?"
Ele zombou. "Como se eu precisasse do dinheiro dele."
"Então você vai realmente gastá-lo com alguém que você odeia."
Oliver pegou a carteira. "Não será a primeira vez." Era a primeira vez que ele amava alguém tanto quanto a odiava. "Eu posso até comprar outro bracelete bem mais bonito do que esse que tem no pulso."
"Não é como se eu pudesse tirá-lo."
"Por quê?" ele perguntou suavemente. "Alguém deu pra você?"
"Você e eu nos juntamos ao Esquadrão de jeitos diferentes, Oliver." Ele franziu a testa e olhou de volta para o bracelete. Havia uma minúscula luz piscando, microscópica na verdade. Mas Oliver percebeu como iluminava uma parte de sua pele.
No caminho para o elevador, Oliver sentiu os olhos de Chloe sobre ele. Ele encontrou os olhos dela no espelho das portas. Ela perguntou. "Eu estava feia?"
Ela estava absurdamente linda. O vestido curto acentuava tudo em seu corpo que suas roupas de Metrópolis escondiam. Mas era isso que ele estava tentando evitar.
Ele clareou a garganta. "A chave para seduzir Bruce Wayne é manter algum mistério. Você não tem que mostrar sua alma. Ele gosta de mulheres bonitas, mulheres inteligentes como você." A lista de relacionamentos que Bruce ostentava através dos anos o deixava envergonhado. Enquanto as modelos e atrizes se penduravam felizes nos braços de Oliver, Bruce namorava jornalistas, médicas, pesquisadoras, professoras. Chloe se encaixava no tipo preferido de Bruce tão bem que Oliver teve que parar. Honestamente, ele disse a ela, "Você não precisa mostrar tanta pele para manter Bruce interessado."
Ele deveria ter dito que mostrar tanta pele ia fazê-lo correr dela, mas preferiu não dizer. Ela parecia nervosa o suficiente para sua primeira missão.
Na loja do hotel, Chloe perambulou escolhendo vestidos na prateleira. Ela olhou pra ele e Oliver viu a marca que ela estava segurando. Ele balançou a cabeça pra ela. Ele passou a mão pelos vestidos e pegou um dos cabides, e em seguida outro. E os passou pra ela.
"Você não vai experimentar nada?"
Pelo canto do olho, Oliver viu um único fotógrafo erguer a câmera do lado de fora da loja. Ele deu um passo pra frente e bloqueou a visão da lente de Chloe. "Eu vou ficar sentado na van", ele disse a ela. "Por que eu precisaria de roupas novas?"
Ela pegou as escolhas dele e dela e foi para o provador. Oliver sentou na cadeira na área de espera.
Essa era uma coisa que ele queria fazer nessa relação, ele pensou. Pena que estavam fazendo agora que estava tudo acabado.
Chloe saiu do provador e lhe mostrou o vestido. Era um que ele tinha escolhido, e no momento em que ela saiu ele balançou a cabeça. Não combinava com ela. Era um daqueles que ele mandaria de presente para agradecer pela noite anterior.
Era um vestido vermelho até o joelho. A frente era enganosamente conservadora enquanto o decote que havia nas costas era tão profundo que ela teria que tirar a calcinha.
"Está bom", Chloe disse. Ela girou para lhe dar uma visão total do vestido. Oliver sentiu sua calça ficar apertada. "Não me diga que ele não vai gostar deste."
Ele manteve o rosto inexpressivo quando disse a ela. "Ele não vai gostar."
Ela voltou para o provador e trocou o vestido, e ele rejeitou cada um deles por diferentes razões. Quando ela surgiu num tubinho branco que marcava delicadamente o quadril, Oliver se sentou mais pra frente.
Ele balançou a cabeça. Ela revirou os olhos. E ele percebeu que ela já sabia que ele ia vetar o vestido. "Será que eu vou vestir algum que será bom o suficiente pra você?" ela questionou. "É óbvio que você está julgando a pessoa que está usando o vestido." E então. "Se outra pessoa estivesse aqui comigo já teríamos resolvido há meia hora atrás."
"É um lindo vestido para uma recepção de casamento", ele disse friamente. "Mas não para essa ocasião infelizmente. Se você não estivesse tão desesperada para que não fosse eu nessa cadeira, você teria reduzido suas escolhas para aqueles que realmente podem servir."
Ela piscou olhando pra ele. "Uma recepção de casamento."
"Você pode ter deixado de me amar. E talvez eu também tenha deixado de te amar", ele disse pra ela. "Mas isso não significa que eu não posso relembrar velhas fantasias de um cara estúpido e apaixonado que realmente acreditou quando uma mulher disse que o amava."
Naquele vestido branco ela caminhou para a frente. Suas costas se endireitaram, quase como se ele estivesse se preparando para uma batalha. Naquele momento ele achou que estivesse. Ela balançou a cabeça pra ele. "Sem compromissos. Foi o que combinamos."
"Eu não sabia que você não podia se comprometer nem mesmo com uma causa, Chloe."
Ela olhou pra ele por um longo momento, então se virou e voltou para o provador. Poucos minutos depois ela abriu as cortinas. Ela saiu num vestido preto de seda que ostentava um decote capota na frente e uma guarnição que caía sobre a saia lápis. Oliver ficou atrás dela e checou as costas do vestido.
Ele sentiu o perfume dela de onde estava. "Tem espaço para a arma?"
"Não estou carregando uma", ela disse.
Ele teria que redobrar a atenção. Oliver olhou para o reflexo deles no espelho do provador. Ele podia ver que ela estava prendendo a respiração. Seus olhos caíram sobre a extensão de pele revelada pela seda. Ele estendeu a mão e arrumou o drapeado de seda na parte baixa de suas costas. Seu polegar roçou sua coluna. Ela estremeceu e arfou quase imperceptivelmente. "O vestido é a primeira lição", ele disse a ela. "A lição dois, você já sabe. Faça exatamente o que você acabou de fazer pra mim quando Wayne tocar você bem aqui." Ele viu a garganta dela trabalhar quando seus dedos frios tocaram a base de sua coluna. "Porque, Chloe, esse som pode fazer um homem chorar", ele confessou em seu ouvido.
Ela se afastou bruscamente, então se virou pra ele com os olhos arregalados. "Está tarde", ela suspirou. "Eu não deveria chegar atrasada."
Oliver assentiu. Aquele som - não era um ato. Ela não era tão boa atriz. Mesmo antes quando ela insistia que eles não eram nada mais do que o rótulo que ela deu pra eles, ele via que ela estava mentindo quando ela abria os olhos e olhava pra ele com aqueles olhos brilhantes. Ele pegou a pequena câmera e o microfone de seu bolso. Ele prendeu o microfone por dentro do decote, seus dedos roçando muito propositadamente nos seios dela.
"O que você está tentando fazer, Ollie?" ela perguntou. Havia um olhar frenético no rosto dela, confusão e pânico brigando. Sua respiração era pesada. Mas ela falou seu apelido. Só aquilo já valia o esforço da sua parte.
Ele colocou a câmera na mão dela. Ela decidiria onde colocar.
"Procurando uma prova de que você ainda está aí dentro", ele disse a ela. Ele não podia esconder o triunfo em sua voz.
"Tudo o que você está fazendo é me deixar excitada antes de me mandar para Bruce Wayne", ela falou baixinho. "É isso que você quer?"
Ela não lutava limpo. Ou talvez era porque eles não estavam mais no mesmo nível.
"Você realmente pensa que se conseguir me fazer reagir ao seu toque, significa que eu ainda sou a mesma Chloe Sullivan que você conheceu?" Ela fechou a mão sobre a pequena câmera. Ela o puxou para um beijo, e a boca de Oliver cedeu sob a dela. Ele emaranhou sua língua na dela e segurou a cabeça dela contra a sua. Os dedos se espalharam sobre as costas dela apertando sua pele. A mão dela caiu entre os dois e ele a sentiu segurando seu comprimento bem ali no provador, ele deu um passo pra trás. Ela arfou com a boca machucada pelo beijo. "Aqui vai sua primeira lição, Arqueiro*. Sexo não é amor. Você sempre teve dificuldade para entender isso. Se você não consegue aprender essa lição, vá embora."
E ele só podia responder com um única palavra. "Não."
Chloe deu de ombros. "Você que sabe." Ela se virou bruscamente, então puxou as cortinas e saiu. "Te vejo no quarto. Vou avisar que você vai pagar pelo vestido."
Oliver olhou pra ela. Ele não ia chamá-la. Não havia necessidade. Ela foi bem clara. E então ele viu uma coisa no rosto dela por meio da parede espelhada.
Ele podia jurar que viu o rosto dela molhado. E então ela tinha ido.
Aquela pequena mentirosa, ele pensou, seu coração batendo forte em seus ouvidos.
Oliver olhou de volta para o provador, para as roupas descartadas. Ele pegou o vestido branco que havia sido dispensado mais cedo, e o levou para a atendente. Oliver lhe apresentou seu cartão de crédito. Se não havia fotos de paparazzi, então pelo menos sua compra com o cartão de crédito alertaria Tess de sua presença em Gotham City.
Parte 4
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Esse Arqueiro, é pronunciado pela Chloe como Archer e não como Arrow, fazendo referência à parte 1, quando ele diz que ela chamava ele assim carinhosamente.
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Resumo: Oliver se junta ao Esquadrão Suicida para salvar Chloe.
Anteriores: Parte 1 - Parte 2
O Gotham Intecontinental era tão grandioso quanto Oliver se lembrava. Quando criança ele ficava ali durante duas semanas todos os anos com seus pais para o feriado de Ação de Graças. O lugar o fazia lembrar o cheiro de peru assado e a sensacional torta da sobremesa. Entrando no grande saguão, que era maravilhoso mas que não ocupava mais do que a décima segunda posição no ranking dos hotéis, Oliver sentiu a emoção aumentar.
Sempre que tinha negócios para resolver em Gotham, tinha o Marriot, ou o Astor, ou o Hilton. Havia hotéis de negócios elegantes e modernos, onde seu telefone tinha sinal sem fio no segundo em que entrasse. O Gotham Intercon foi concebido como uma casa de luxo, com uma decoração de primeira classe que era insuperável pelos outros lugares em sua memória.
Talvez fosse todo o sentimento que o tornasse tão espetacular.
Ele sentiu a mão de Chloe em suas costas, o metal do bracelete que ela se recusava a remover frio sobre sua camiseta. Ele olhou para o lado e a percebeu procurando seus olhos. Oliver clareou a garganta e assentiu em direção à recepção.
"Sr. Queen, estamos felizes em recebê-lo novamente!" veio o cumprimento da mesa em frente.
Era uma jovem, entre seus vinte ou trinta anos. Ele sabia que o discurso era do hotel porque não havia como ela trabalhar ali há tempo suficiente para ver o jovem Oliver correndo ao redor do lobby, entrando e saindo das lojas de chocolate para encontrar o melhor sabor meio-amargo.
Ele nunca foi maluco por doces, mesmo quando criança. Mas era sempre pelo sabor amargo que Oliver era fisgado.
"Muitas noites passadas no Intercon, Oliver?" ele a ouviu perguntar.
E por sua vida, Oliver imaginou como ele pôde ter reconhecido aquela farpa em particular sendo dirigida a ele mais para tirá-lo de seus pensamentos do que o peso que se instalou em seu coração. Talvez ela não fosse tão cruel quanto parecia quando ela apunhalou a equipe pelas costas.
Esse era pra ser um único trabalho, e ele estaria fora. Ele a tinha perdido. Ela havia decidido dar as costas à equipe e ele precisava aceitar e seguir em frente. Mas a missão em que ele estava participando envolvia o herói que ele estava tentando recrutar para sua equipe já há algum tempo. Ele não ia deixar o Esquadrão Suicida ou Chloe Sullivan destruir uma figura tão promissora quanto Batman.
"Eu não venho aqui desde o ano que meus pais morreram", ele disse a ela, sua voz seca. Oliver não viu com triunfo o rosto dela se abater. Ela também sabia esconder as emoções. Ela aprendeu muito bem com o Esquadrão. Ela aprendia rápido. Oliver conversou com a atendente e pediu a chave-cartão. "Pode deixar", ele disse a ela quando ela se moveu para pegar a bolsa.
Ela olhou em protesto, então ele pegou a bolsa da mão dela e passou ao carregador do hotel.
O atendente uniformizado gesticulou em direção aos elevadores. "Nós já estamos levando a bagagem, Sr. Queen."
Chloe não se mexeu. Ela ficou olhando sua bolsa sendo colocada no alto da pilha. Oliver a pegou pelo braço e a empurrou na direção dos elevadores. "O equipamento de vigilância está lá dentro", ela sibilou.
"Você não acha que as pessoas vão achar estranho ver Oliver Queen e sua acompanhante carregando a própria bagagem?" ele murmurou em resposta. "Elas vão chegar lá. Isso aqui não é uma cabana no meio do nada. Nada será perdido."
Ela estreitou os olhos pra ele. Ele travou a mandíbula em resposta. Ele nunca havia tido conflito com Chloe, tirando o desastre com Davis Bloom e sua metade alienígena. Basta dizer que nunca ficaram em lados opostos desde que ficaram juntos. Ele tinha dó de Clark. Chloe era aterrorizante quando estava descontente.
Ela ergueu as sobrancelhas. Seu olhar direto para o cartão em sua mão. Ela estendeu a mão.
Oliver juntou as sobrancelhas. Se ela achava que ele ia sacrificar a cama para uma traidora, ela só podia estar brincando. "Eu seguro, muito obrigado."
"Você não pediu um quarto pra cada um?"
"Não me diga que eles", ele disse ressaltando o pronome, "davam fundos suficientes a você e seu parceiro para pagar um quarto pra cada um." Ele não achou que Chloe ia engolir a desculpa. É claro que ele podia pagar os quartos se quisesse. Mas ele não podia dizer a ela que queria manter o olho nela para impedi-la de traí-lo ainda mais. Ele já tinha dito coisas duras pra ela. Mas não ia fazer isso sucessivamente senão ela ia explodir.
"Nós trabalhamos sob forte disfarce", Chloe respondeu. Os elevadores se abriram e Oliver segurou o braço dela enquanto entravam. Quando outro casal se aproximou e acenou para eles segurarem a porta, Oliver meramente deu-lhes um sorriso arrogante e fechou as portas. Chloe balançou a cabeça. "Nós nunca temos a chance de ficar em hotéis como este. A maior parte de nossos alvos vem das dragas da sociedade."
"Então essa é a primeira vez pra você também", ele concluiu, sua voz menos arrogante.
As portas do elevador se abriram e Chloe saiu na frente. Oliver a chamou. "Você ao menos sabe qual é o nosso quarto?"
Chloe se virou. "Imaginei que você me diria quando eu estivesse quente." Ele deu uma risadinha. Ela estava dando a ele muita munição. Ela enrubesceu. Era uma reação normal, inocente e involuntária. Ele não podia acreditar que ela era capaz de algo tão puro quanto de algo tão horrível como sua traição.
"O último quarto no final do corredor", ele disse a ela.
Chloe olhou para o relógio. "Vamos começar logo isso", ela disse bruscamente.
Oliver caminhou atrás dela. Devido a competência dos funcionários, as bagagens já estavam no quarto quando eles entraram. Chloe pegou o equipamento de vigilância de uma vez. Oliver fechou a mão sobre a bolsa. Quando Chloe olhou de volta pra ele, ele disse. "Leia o dossiê novamente, parceira. Você vai pra campo. Eu fico observando." Oliver acenou para a mala onde ele sabia que estavam as roupas dela. "Vá se arrumar." Ela pegou a bolsa e entrou no banheiro. Oliver ouviu o barulho da água do chuveiro.
Oliver montou o equipamento e cuidadosamente arrumou o microfone e a câmera que Chloe teria que colocar nela. Ele testou a recepção. No mínimo ele tinha que ter certeza que não seria cortado quando ela entrasse. Ele estava fazendo isso para proteger Bruce Wayne.
Poucos minutos depois ele ficou maravilhado com o treinamento que ela havia recebido do Esquadrão porque ela se aventurou a sair do banheiro enrolada apenas na toalha. Quando ela o viu, ela apertou a toalha ao redor do corpo.
Como se ele tivesse perdido o direito de ver, e ela tivesse passado o privilégio para outra pessoa.
Sua mandíbula travou. Sozinho num quarto de hotel com a mulher que ele achou que amava--
Merda. Quem ele estava enganando? Ele a amou. Ele ainda a amava e era por isso que doía tanto como ela passou por cima de tudo o que ele sentia.
Bem, sozinho num quarto com Chloe, ele simplesmente não queria pensar no homem e na equipe pelos quais ela o trocou e tinha trocado com ele.
"Não precisa se preocupar tanto", ele disse, suas palavras rudes, sem emoção. Oliver nem sequer olhou para cima pra verificar o equipamento que ia ser colocado nela. Ele não ia correr o risco de perder a conexão com ela e ficar às escuras. "Eu já vi tudo."
Chloe pegou alguma coisa que ele não viu em outra bolsa. Ela voltou para o banheiro sem dizer uma palavra.
Oliver suspirou. Quando ela finalmente saiu do banheiro Oliver olhou. Ela estava descalça, com uma toalha sobre os ombros enquanto seus cabelos continuavam molhados. Ela estava usando um vestido azul escuro fino o suficiente para envolver as curvas de seu corpo. Ele ficava um pouco abaixo das coxas. Oliver engoliu dolorosamente. Ele lembrou daquelas coxas reluzentes, como elas eram fortes quando se enroscavam em seu quadril, o gosto que elas tinham quando ele as beijava até seu centro.
"Eu vou precisar dos meus sapatos prata. Eles ficam bem com azul, certo?"
Como ela podia imaginar que ele ia responder essa pergunta, ele não sabia. Ela procurou em outra bolsa, então tirou um par de saltos prata. Os músculos de suas pernas estavam mais firmes quando ela passou de volta para o banheiro naqueles saltos.
Bruce Wayne ia vê-la naquele vestido, naqueles saltos.
Ele ouviu o barulho do secador enquanto ela arrumava o cabelo. Oliver pegou o dossiê e o estudou mais uma vez. Chloe já devia ter memorizado a essa altura. Quando ela saiu do banheiro novamente, Oliver fechou o laptop e se endireitou.
"Não", ele declarou. Ele foi firme. Ele não admitiria argumentações. Seus seios estavam muito evidentes acima do corte do vestido. A sombra no meio deles ela tentadora. Chloe colocou as mãos no quadril. "Não", ele repetiu. "Eu sei o que Bruce quer." Tudo o que sua namorada - ex-namorada estava mostrando. "É muita pele para Bruce Wayne."
"É minha primeira vez como responsável pela missão em campo", Chloe pontuou. "Mas não é minha primeira vez como isca. É isso que eu visto quando tenho que atrair a atenção do alvo para Tom fazer o trabalho dele."
O parceiro dela estava disposto a alcovitá-la desse jeito por uma missão? Oliver foi até o minibar e tirou a tampa de uma garrafa d'água, então molhou sua garganta. Ele ficou tentado a pegar uma bebida mas não iria operar bêbado. Não quando era ela quem estaria lá fora. Nem mesmo quando uma parte dele a odiava.
Chloe foi até o espelho e olhou seu reflexo. "O jeito mais fácil de fazer era me mandar distrair e afastar o sujeito." Oliver estreitou os olhos. Ele ia salvar seu parceiro tempo suficiente para não matá-lo se ele pedisse para Chloe fazer mais do que ser a isca. Chloe continuou. "Então ele assumia seu disfarce. Era uma estratégia fácil."
"E como eu não sou o mestre dos disfarces, você terá que fazer tudo."
"Você continua sendo meu reforço", Chloe o relembrou, com a voz hesitante. Ela se virou para olhar as costas do vestido.
Oliver imaginou o porquê. "E isso quer dizer?"
Chloe tirou os olhos do espelho. O coração de Oliver parou quando ela disse o que precisava. Ela disse as palavras tão relutante, tão incerta, que ele ficou impressionado. "Quer dizer que você precisa encontrar força em seu coração pra se arrastar pra lá se achar que eu serei morta." Ela parou. "Você acha que consegue fazer isso?"
Ele não podia culpá-la. Ele mesmo disse que ela não estaria segura tão perto dele.
Oliver olhou para os equipamentos de vigilância. Ele pegou o microfone e a câmera e colocou no bolso. "Troca de roupa. Eu vou te levar até a loja lá embaixo e comprar outro vestido." Quando ela hesitou, ele disse. "Um que chame a atenção de Wayne."
"Flag te deu dinheiro?"
Ele zombou. "Como se eu precisasse do dinheiro dele."
"Então você vai realmente gastá-lo com alguém que você odeia."
Oliver pegou a carteira. "Não será a primeira vez." Era a primeira vez que ele amava alguém tanto quanto a odiava. "Eu posso até comprar outro bracelete bem mais bonito do que esse que tem no pulso."
"Não é como se eu pudesse tirá-lo."
"Por quê?" ele perguntou suavemente. "Alguém deu pra você?"
"Você e eu nos juntamos ao Esquadrão de jeitos diferentes, Oliver." Ele franziu a testa e olhou de volta para o bracelete. Havia uma minúscula luz piscando, microscópica na verdade. Mas Oliver percebeu como iluminava uma parte de sua pele.
No caminho para o elevador, Oliver sentiu os olhos de Chloe sobre ele. Ele encontrou os olhos dela no espelho das portas. Ela perguntou. "Eu estava feia?"
Ela estava absurdamente linda. O vestido curto acentuava tudo em seu corpo que suas roupas de Metrópolis escondiam. Mas era isso que ele estava tentando evitar.
Ele clareou a garganta. "A chave para seduzir Bruce Wayne é manter algum mistério. Você não tem que mostrar sua alma. Ele gosta de mulheres bonitas, mulheres inteligentes como você." A lista de relacionamentos que Bruce ostentava através dos anos o deixava envergonhado. Enquanto as modelos e atrizes se penduravam felizes nos braços de Oliver, Bruce namorava jornalistas, médicas, pesquisadoras, professoras. Chloe se encaixava no tipo preferido de Bruce tão bem que Oliver teve que parar. Honestamente, ele disse a ela, "Você não precisa mostrar tanta pele para manter Bruce interessado."
Ele deveria ter dito que mostrar tanta pele ia fazê-lo correr dela, mas preferiu não dizer. Ela parecia nervosa o suficiente para sua primeira missão.
Na loja do hotel, Chloe perambulou escolhendo vestidos na prateleira. Ela olhou pra ele e Oliver viu a marca que ela estava segurando. Ele balançou a cabeça pra ela. Ele passou a mão pelos vestidos e pegou um dos cabides, e em seguida outro. E os passou pra ela.
"Você não vai experimentar nada?"
Pelo canto do olho, Oliver viu um único fotógrafo erguer a câmera do lado de fora da loja. Ele deu um passo pra frente e bloqueou a visão da lente de Chloe. "Eu vou ficar sentado na van", ele disse a ela. "Por que eu precisaria de roupas novas?"
Ela pegou as escolhas dele e dela e foi para o provador. Oliver sentou na cadeira na área de espera.
Essa era uma coisa que ele queria fazer nessa relação, ele pensou. Pena que estavam fazendo agora que estava tudo acabado.
Chloe saiu do provador e lhe mostrou o vestido. Era um que ele tinha escolhido, e no momento em que ela saiu ele balançou a cabeça. Não combinava com ela. Era um daqueles que ele mandaria de presente para agradecer pela noite anterior.
Era um vestido vermelho até o joelho. A frente era enganosamente conservadora enquanto o decote que havia nas costas era tão profundo que ela teria que tirar a calcinha.
"Está bom", Chloe disse. Ela girou para lhe dar uma visão total do vestido. Oliver sentiu sua calça ficar apertada. "Não me diga que ele não vai gostar deste."
Ele manteve o rosto inexpressivo quando disse a ela. "Ele não vai gostar."
Ela voltou para o provador e trocou o vestido, e ele rejeitou cada um deles por diferentes razões. Quando ela surgiu num tubinho branco que marcava delicadamente o quadril, Oliver se sentou mais pra frente.
Ele balançou a cabeça. Ela revirou os olhos. E ele percebeu que ela já sabia que ele ia vetar o vestido. "Será que eu vou vestir algum que será bom o suficiente pra você?" ela questionou. "É óbvio que você está julgando a pessoa que está usando o vestido." E então. "Se outra pessoa estivesse aqui comigo já teríamos resolvido há meia hora atrás."
"É um lindo vestido para uma recepção de casamento", ele disse friamente. "Mas não para essa ocasião infelizmente. Se você não estivesse tão desesperada para que não fosse eu nessa cadeira, você teria reduzido suas escolhas para aqueles que realmente podem servir."
Ela piscou olhando pra ele. "Uma recepção de casamento."
"Você pode ter deixado de me amar. E talvez eu também tenha deixado de te amar", ele disse pra ela. "Mas isso não significa que eu não posso relembrar velhas fantasias de um cara estúpido e apaixonado que realmente acreditou quando uma mulher disse que o amava."
Naquele vestido branco ela caminhou para a frente. Suas costas se endireitaram, quase como se ele estivesse se preparando para uma batalha. Naquele momento ele achou que estivesse. Ela balançou a cabeça pra ele. "Sem compromissos. Foi o que combinamos."
"Eu não sabia que você não podia se comprometer nem mesmo com uma causa, Chloe."
Ela olhou pra ele por um longo momento, então se virou e voltou para o provador. Poucos minutos depois ela abriu as cortinas. Ela saiu num vestido preto de seda que ostentava um decote capota na frente e uma guarnição que caía sobre a saia lápis. Oliver ficou atrás dela e checou as costas do vestido.
Ele sentiu o perfume dela de onde estava. "Tem espaço para a arma?"
"Não estou carregando uma", ela disse.
Ele teria que redobrar a atenção. Oliver olhou para o reflexo deles no espelho do provador. Ele podia ver que ela estava prendendo a respiração. Seus olhos caíram sobre a extensão de pele revelada pela seda. Ele estendeu a mão e arrumou o drapeado de seda na parte baixa de suas costas. Seu polegar roçou sua coluna. Ela estremeceu e arfou quase imperceptivelmente. "O vestido é a primeira lição", ele disse a ela. "A lição dois, você já sabe. Faça exatamente o que você acabou de fazer pra mim quando Wayne tocar você bem aqui." Ele viu a garganta dela trabalhar quando seus dedos frios tocaram a base de sua coluna. "Porque, Chloe, esse som pode fazer um homem chorar", ele confessou em seu ouvido.
Ela se afastou bruscamente, então se virou pra ele com os olhos arregalados. "Está tarde", ela suspirou. "Eu não deveria chegar atrasada."
Oliver assentiu. Aquele som - não era um ato. Ela não era tão boa atriz. Mesmo antes quando ela insistia que eles não eram nada mais do que o rótulo que ela deu pra eles, ele via que ela estava mentindo quando ela abria os olhos e olhava pra ele com aqueles olhos brilhantes. Ele pegou a pequena câmera e o microfone de seu bolso. Ele prendeu o microfone por dentro do decote, seus dedos roçando muito propositadamente nos seios dela.
"O que você está tentando fazer, Ollie?" ela perguntou. Havia um olhar frenético no rosto dela, confusão e pânico brigando. Sua respiração era pesada. Mas ela falou seu apelido. Só aquilo já valia o esforço da sua parte.
Ele colocou a câmera na mão dela. Ela decidiria onde colocar.
"Procurando uma prova de que você ainda está aí dentro", ele disse a ela. Ele não podia esconder o triunfo em sua voz.
"Tudo o que você está fazendo é me deixar excitada antes de me mandar para Bruce Wayne", ela falou baixinho. "É isso que você quer?"
Ela não lutava limpo. Ou talvez era porque eles não estavam mais no mesmo nível.
"Você realmente pensa que se conseguir me fazer reagir ao seu toque, significa que eu ainda sou a mesma Chloe Sullivan que você conheceu?" Ela fechou a mão sobre a pequena câmera. Ela o puxou para um beijo, e a boca de Oliver cedeu sob a dela. Ele emaranhou sua língua na dela e segurou a cabeça dela contra a sua. Os dedos se espalharam sobre as costas dela apertando sua pele. A mão dela caiu entre os dois e ele a sentiu segurando seu comprimento bem ali no provador, ele deu um passo pra trás. Ela arfou com a boca machucada pelo beijo. "Aqui vai sua primeira lição, Arqueiro*. Sexo não é amor. Você sempre teve dificuldade para entender isso. Se você não consegue aprender essa lição, vá embora."
E ele só podia responder com um única palavra. "Não."
Chloe deu de ombros. "Você que sabe." Ela se virou bruscamente, então puxou as cortinas e saiu. "Te vejo no quarto. Vou avisar que você vai pagar pelo vestido."
Oliver olhou pra ela. Ele não ia chamá-la. Não havia necessidade. Ela foi bem clara. E então ele viu uma coisa no rosto dela por meio da parede espelhada.
Ele podia jurar que viu o rosto dela molhado. E então ela tinha ido.
Aquela pequena mentirosa, ele pensou, seu coração batendo forte em seus ouvidos.
Oliver olhou de volta para o provador, para as roupas descartadas. Ele pegou o vestido branco que havia sido dispensado mais cedo, e o levou para a atendente. Oliver lhe apresentou seu cartão de crédito. Se não havia fotos de paparazzi, então pelo menos sua compra com o cartão de crédito alertaria Tess de sua presença em Gotham City.
Parte 4
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Esse Arqueiro, é pronunciado pela Chloe como Archer e não como Arrow, fazendo referência à parte 1, quando ele diz que ela chamava ele assim carinhosamente.
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AI.MEU.DEUS!
ResponderExcluirQue fic é essa?
Ela prende você mais e mais a cada novo capítulo que sai...jesus...que clima é esse?
Sério...*abana muuuito* XD
Essa fic terá NC-17?
Porque mesmo se não tiver...OMG! O clima é muito quente =X
Essa mistura de sentimentos...eu nunca vi uma relação Chlollie dessa forma, é tão novo e excitante...eu tô simplesmente amando! =D
Mônica/Shann
OMG OMG OMG OMG
ResponderExcluiré só o que eu digo
karkasssssssssssss
veih!!!!!
Gente eu viciei totalmente nessa fic!
ResponderExcluirA cada novo capitulo, eu releio a partir do primeiro e fico prestando atenção aos detalhes.
A decepção, o ódio, a frustação de não poderem se agarrar logo, pq eles nem se reconhecem, tão machucados que estão.
Ela novamente se mostra de pedra, só que dessa vez ele não quer derrubar suas barreiras, quer descobrir uma maneira de ferí-la de faze-la sentir um pouco do que ele sentiu com a ausência dela.
E ela não pode culpá-lo porque ele não sabe um terço da história.
Me deixou mal, me fez chorar , mais mal posso esperar pelo próximo capítulo.
E:
É EXATAMENTE TUDO QUE EU NÃO QUERO VER EM SV. pq será um desperdício dos poucos episódios Chlollie que teremos.
E eles não precisam de mais drama.
Eu não quero que a Chloe acabe parecendo uma vaca como nessa fic.
vilm@
Essa fic me faz sofrer!=(
ResponderExcluirOllie achando que Chloe é uma traidora é demais pra mim.
Será que o happy end demora muito?=/