Resumo: Oliver se junta ao Esquadrão Suicida para salvar Chloe.
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"Não pareça que está tentando chamar a atenção dele", veio a voz em seu ouvido. Chloe estava louca para tirar o comunicador de sua orelha. Tê-lo ali, tão perto, a lembrava de todas as vezes quando ele se inclinava na cama e sussurrava coisas doces. Sua voz era sempre terna, como se sua respiração acariciasse cada parte escondida dela. Agora sua voz estava fria, distante. Era como se ele estivesse protestando por sua cuidadosa seleção de palavras de rejeição. "Posicione-se em um local onde ele possa ver você."
"Alguma ideia?" Quando ela era o guia em seu ouvido sempre lhe dava direções precisas. Oliver era uma droga nessa função.
Ela ouviu a digitação rápida no teclado e sabia que ele estava checando o mapa do salão. Depois de alguns minutos quando ele não lhe retornou, Chloe olhou ao redor para se certificar que ninguém estivesse tão perto que pudesse ouvir. "Pasta de layout. Deve estar no drive adicional, não no principal. Procure por um arquivo que foi impresso, diz--" Chloe fez uma contagem rápida do perímetro. "cinquenta cópias. Deve ser o último acessado mais ou menos às dez da manhã."
Houve silêncio. E então ela ouviu um suspiro satisfeito. "Você continua melhor nesse trabalho de bastidores do que eu."
Isso a fez sorrir. Ela estava feliz que a câmera escondida não mostrasse sua reação. "Nunca duvide disso, Arqueiro." Soou familiar. Chloe se lembrou de ser mais cuidadosa em suas respostas.
"Vá para o bar. O que está no canto esquerdo a uns seis metros do palco", ele disse em seu ouvido. "Bruce vai fingir que não fala de negócios perto do piano. Você estará bem onde ele pode te ver."
Chloe confiou nele o suficiente para caminhar na direção que ele lhe deu.
"Peça um coquetel. Limite-se a dois."
"Eu não vou perder a cabeça", Chloe disse calmamente.
"Nunca é demais tomar cuidado."
Então Chloe se aproximou do bar e pediu um Bloody Mary. Ela se virou e observou os convidados. Ela estava fascinada, e chegou a murmurar. "Kansas sempre recebeu muita coisa estranha. Mas não se compara a isso."
"Me mostre", ele disse baixinho.
Sua voz era suave. Chloe se recostou no bar e pensou que se fechasse os olhos seria fácil imaginar Oliver a seu lado, e eles estariam tendo essa conversa enquanto participavam juntos da festa.
"Tenha cuidado", ele disse. "Alguns deles são criminosos. Já os vi antes. Nunca tivemos evidências suficientes, então a equipe não conseguiu fazer nada com eles."
E esse era o território do Batman.
Chloe tomou seu drinque. Ela olhou a multidão enquanto procurava por Bruce Wayne. O tempo inteiro ela o teve à vista exceto por esse poucos segundos quando sua atenção foi atraída pelos convidados suspeitos.
"Chloe", veio a voz bruscamente. Ela percebeu que a câmera estava se movendo rapidamente enquanto ela olhava freneticamente ao redor. "Calma. O que foi?"
"Eu o perdi."
"Relaxa. Ele vai encontrar você", ele disse em seu ouvido.
Chloe fez uma careta. Ele já tinha dito isso antes e ela sabia que era verdade. Ela precisava fazer alguma coisa. As palavras dele eram vazias. Ela não era Lois Lane ou Lana Lang. Os homens não olhavam pra ela. Se ela ia completar essa missão e pelo menos avisar Wayne contra a investigação do Esquadrão, ela precisava fazer isso direito. "O diabo que ele vai", ela disse suavemente. "Eu não sou linda, Oliver. Nós dois sabemos disso. Eu preciso fazer alguma coisa pra chamar a atenção dele."
Ele xingou entredentes, mas alto o suficiente para ela ouvir.
"Ainda bem que eu odeio muito isso", ela disse a ele.
"Não é verdade. Chloe--"
Chloe colocou o copo de volta no bar. Ela foi para o meio da multidão. O salão estava cheio agora que muitas pessoas haviam chegado para apoiar a causa. Muitos pareciam ter vindo babar o milionário, julgando pelo jeito que o nome dele saía de tantos lábios enquanto ela caminhava pelo lugar.
Enquanto ela procurava pelos cabelos escuros, Chloe se encontrou do outro lado do salão, olhando pelo vidro da janela. A varanda estava levemente iluminada, proporcionando um refúgio para quem precisava sair da multidão. Se Bruce tivesse um osso em seu corpo que fosse similar ao de Oliver, ela sabia que o encontraria lá fora procurando silêncio.
"Quem é esse?" veio a voz de Oliver em seu ouvido.
Chloe estreitou os olhos e viu uma sombra na escuridão. Seu olhar o estudou na escuridão e ela arfou. "Floyd", ela sussurrou. Chloe olhou de volta para o salão, então abriu as portas e saiu para a varanda.
"Quem?" ele perguntou.
Chloe podia ouvi-lo digitando no computador, satisfeita que Oliver fosse um pesquisador tão lento. Lento era uma palavra forte. Mas ao menos ele não podia se comparar a ela. "É - um conhecido", ela disse suavemente. "Fique aí."
Chloe ficou a alguns passos de distância dele. Tom havia lhe falado sobre Floyd. Ela já tinha comido à mesma mesa que Floyd. Uma ou duas vezes, Chloe até conseguiu assentir pra ele enquanto passavam um pelo outro nos intervalos das missões. Uma ou duas vezes, ela o ouviu murmurando bom dia. Pistoleiro, era como Tom o chamava. E Floyd chamava Tom de Nêmese. Quando Flag a designou para uma missão com ele, seu parceiro recusou incondicionalmente.
Pistoleiro queria morrer, mas ele sempre foi um covarde para fazer alguma coisa consigo mesmo. Mas Chloe não ia para uma missão com um homem que desejava morrer.
Mas esta missão era dela. Pistoleiro não devia estar ali.
"Boa noite", ele disse em saudação. Típico. E ela não sabia nada sobre ele.
Chloe estreitou os olhos. "O que você está fazendo aqui em minha missão, Floyd?"
Claramente ele não estava disfarçado. As armas penduradas uma de cada lado de sua cintura eram uma clara indicação que não havia a mínima intenção de se disfarçar. Ele olhou para o evento atrás dela, e de volta pra ela. "Checando." Era sua resposta usualmente curta.
"Waller não confia em mim, até hoje?" No mínimo isso a impressionou um pouco. Sua consideração pela Rainha Branca como uma mentora havia diminuído um pouco quando ela a aceitou baseada apenas em sua palavra. Nenhum líder que se prezasse confiaria nela tão facilmente. "Ela mandou você espionar uma espiã?"
Sua resposta foi indireta quando ele lhe disse. "Eu vim para ter certeza que você fará o que foi pedido."
Exatamente.
"Não para a Rainha Branca", ele especificou. "Eu não quero se encontrado morto num baile de Wayne", ele disse com desgosto. "Nem pela Rainha Branca."
"Então por quem?" Havia poucas pessoas que Pistoleiro respeitava no Esquadrão. Chloe o tinha visto tratar seus colegas com o mínimo de respeito e desejo de sobreviver. "Seu amigo do peito Flag", Chloe concluiu.
"Para Nêmese."
Chloe prendeu a respiração. Pistoleiro e seu parceiro nunca haviam sido amigos. Não que ela se lembrasse.
"Parece que todo mundo em seu grupinho foi resgatar seu parceiro. Mas parecem ter se esquecido de você."
Ele queria alguma coisa. De jeito nenhum ele viria checar só porque estava preocupado. Conhecidos não faziam isso. Amigos não faziam isso. Se fizessem isso então Clark teria descoberto há muito tempo onde ela estava. Não. Era o trabalho dela proteger a todos eles, e não o contrário.
A mão de Chloe subiu para cobrir a seda de seu decote. Ela procurou pelo microfone e muito cuidadosamente o cobriu para que nenhum som pudesse ser ouvido por Oliver. Isso era uma coisa que ele não precisava ouvir.
"Eu posso cuidar disso", ela disse baixinho.
Pistoleiro sorriu. Ele era arrogante, sabe-tudo, confiante. Era justamente essa atitude que o afastava do time. Mas então, no Esquadrão, se conseguisse sobreviver já seria bem sucedido. Pistoleiro tinha uma visão diferente para o sucesso.
"Apenas se lembre. Seu lindo bracelete aí pode parecer mais bonito do que o que os outros do time usam, mas não é menos poderoso." Chloe olhou para o fino presente que Flag deu a ela no dia em que ela se juntou. Quando ela conseguiu um acordo com Waller, que Oliver Queen seria deixado em paz, Chloe estendeu seu próprio braço e permitiu que Flag colocasse o gelado metal em seu pulso. Era evidentemente melhor do que os braceletes de rastreamento que os outros prisioneiros que começavam a trabalhar para o Esquadrão usavam. Chloe gostava de pensar que ela tinha um acessório inovador, com voltas delicadas e bonitos pregos ao redor. "Não vai apenas arrancar seu braço fora. Você terá sorte se uma mecha de seu cabelo sair intacta."
Ela passou os dedos no bracelete do qual Oliver havia zombado. Um presente do parceiro dela, ele pensou.
Quando tudo estivesse terminado, quando ela fugisse, ela esperava que Oliver estivesse o mais distante possível dela.
"Você nunca foi muito confortante", Chloe disse.
"É porque eu não preciso ser." Pistoleiro acenou em direção ao salão. "Você faz o que foi pedido - nada mais, nada menos." Chloe sentiu os olhos dele sobre ela, e seu estômago afundou. Ela podia ver em sua expressão. Ele sabia que tinha alguma coisa a mais, algo novo, algo escondido. "Seja lá o que esteja no dossiê, é o que você vai fazer. Você sabe o que pode acontecer se você sair um centímetro fora do que eles mandaram."
De repente o bracelete pesou em seu pulso.
Ela não tinha Nêmese para mantê-la calma agora, para se certificar de que ela faria apenas o que Waller permitisse.
"Nós sempre cumprimos a missão não importa o que custe. Eu estou pronto pra isso. Seu parceiro está bem com isso. Você não parece estar nem perto de fazer o que tem que ser feito não importa o custo que tenha."
Chloe respirou fundo. "Eu me recuso a acreditar que você está aqui como Bom Samaritano, me checando enquanto meu parceiro está impossibilitado." Pistoleiro era um mercenário. Todos tinham muitas razões para se juntar. Pistoleiro estava lá pelo dinheiro e pelo desejo de morrer. Ele estava lá para alguma coisa a mais.
"Queen. Ele é o Queen de Star City."
Aí estava. Ele estava atrás dos bilhões que Oliver tinha à sua disposição. Pena que Oliver não ia dar a mínima para alguém chantageando a mulher que o traiu.
"Se ele conseguir sair", ele começou.
"Quando. Quando ele sair", ela disse. "O que você quer dele?"
"Eu tenho uma filha em Star City", ele disse a ela. "Zoe. Diga a ele para mantê-la em segurança."
Chloe soltou o ar que estava segurando. Ela lhe deu um olhar intrigado. Ele iria checá-la no lugar do time, e era isso que ele queria em troca. Ela não conseguia falar. Ele desceu pela varanda com facilidade. Ela foi para a cadeira no canto e acomodou-se. Fechou os olhos e jogou a cabeça para trás.
Ela ouviu o barulho, e se encontrou sendo forçada a se levantar. Chloe abriu os olhos e encontrou os olhos castanhos frenéticos sobre ela. Ele estava ofegante. Chloe percebeu que ele tinha subido com o cabo até a varanda, ele nem tinha se trocado para seu uniforme. Sua camiseta preta estava suada pelo esforço.
"Oliver?"
"Você desligou o microfone", ele exclamou.
"Eu precisava de privacidade."
Sua respiração era áspera. Chloe percebeu o quanto o peito dele afundava embaixo da camiseta úmida. "Nunca se desliga o microfone!" ele arfou. "Eu achei que você estivesse--"
Talvez - talvez ele não a odiasse tanto quanto ela pensou. Talvez não fosse uma grande punição pedir que ele a salvasse.
"Eu estou bem", ela sussurrou.
O aperto nos braços dela diminuiu. Chloe olhou pra baixo e viu as marcas dos dedos dele em sua pele. Oliver olhou pra baixo. Ela sentiu ele acariciar as marcas com os polegares. Ela engoliu o nó em sua garganta.
Ele lentamente se inclinou para a frente e arrumou o vestido que ela estava usando quando ela o deixou mais cedo. Ele estava sentindo o microfone, vendo se ele estava no lugar.
"Wayne está vindo", ele falou baixinho.
Ela não perguntou como ele sabia. Ele podia ver o salão iluminado do lugar onde estava. Ela assentiu.
"Não desligue. Eu preciso estar ligado a você o tempo inteiro."
Às vezes, ela pensava, eles sempre estariam.
Ele desapareceu tão rápido quanto tinha aparecido. Chloe levantou o rosto para o ar da noite e sentiu a brisa bater gelada em seu rosto quente. Era assim que sempre seria. Cada momento entre eles ela sentia que fosse explodir, se tornar uma fraca que se agarra ao seu herói chorando, implorando que ele a salve. Cada vez ela ia querer ser egoísta e se colocar acima das necessidades do resto do mundo.
Cada vez ela ia querer chorar só um pouco para aliviar a dor.
Ela sentiu o rosto com as costas das mãos. Chloe suspirou profundamente para se acalmar.
E então havia um lenço branco na frente dela. O olhar de Chloe se voltou para o homem que silenciosamente havia rastejado até seu lado.
Ele era tão sombrio como dizia o dossiê. Ele a surpreendeu com a preocupação. Chloe percebeu que ele havia se movido tão silenciosamente que ela nem tivera tempo de se recompôr.
"Quem quer que ele seja, ele é um idiota que não será bem-vindo a Gotham City nem tão cedo."
E ele era quase tão charmoso quanto Oliver Queen. Chloe mordeu o lábio inferior, então lhe deu um relutante sorriso.
"Aí está."
"O quê?" ela disse suavemente. Chloe pegou o lenço que ele lhe ofereceu e enxugou os olhos.
"Quando eu vi você do outro lado do salão mais cedo eu pensei comigo mesmo, aquela mulher deve ter um sorriso deslumbrante." Seus lábios se curvaram. "E eu estava certo. Aí está."
"Sr. Wayne, você é muito bom com as palavras."
"E eu estou em desvantagem. Você sabe meu nome, e certamente muito mais que isso. Eu não sei o seu."
Chloe ouviu um quase indiscernível bipe. Oliver estava online novamente.
"Me chame de Chloe", ela disse a ele. Não havia a necessidade de nomes falsos. Suas impressões digitais haviam sido removidas da internet. "E fora o fato de que você é Bruce Wayne, e uma celebridade, só importa o que eu sei esta noite."
Ela devolveu o lenço a ele.
Chloe podia ouvir a respiração de Oliver em seu ouvido.
Wayne pegou o lenço e o guardou de volta no bolso da calça. Ele respondeu, "E o que seria, Chloe?"
"Esta noite", ela disse, o mais honestamente que conseguiu. "Você é meu herói."
Ela permitiu que ele pensasse que era pela gentileza de tê-la oferecido o lenço para uma dama chorando. Não era nada comparado a proeza de salvá-la ao menor sinal de perigo.
Mas Bruce Wayne era seu herói esta noite. Ele era o herói que ela estava destinada a salvar.
Ele estendeu a mão, e Chloe olhou para a oferta.
A voz de Oliver era baixa. "Hesite. Conte até quatro." E disse. "Dê a ele sua mão. Pouco antes de entrar no salão, aperte-a levemente. Vai fazer ele sentir que você precisa dele. Você quer que ele sinta que você precisa dele", ele disse a ela. "Heróis - homens - eles precisam saber que você precisa deles às vezes."
Parte 5
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Eu já disse o quanto essa fic é boa?
ResponderExcluirClaro que sim, eu devo falar isso o tempo inteiro em que leio um novo capítulo.
Ah, mal posso esperar pela interação entre Chloe e Bruce...eu sou totalmente Chlollie, mas o Oliver é sempre ótimo quando tem o Bruce no meio =X
Mônica/Shann
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
ResponderExcluirAcho que vou esperar essa fic ser terminada, tendo a certeza de um final feliz,pra poder ler.
E Bruce!Ele é sempre o Christian Bale pra mim!Hum!
Leio essa fic é me cabo de chorar ='(
ResponderExcluirPrimeiro já começa com ela lembrando dele sussurando na cama com ela.
A Chloe sacrificou tudo e ainda assim pra ele acabou sendo a vilã da história.
Oliver a empurrando pra seduzir outro, isso com certeza a fez pensar o qto ele não a ama mais.
Agora ele ofegante preocupado com ela ahhhhh li essa parte sorrindo.
"Não desligue. Eu preciso estar ligado a você o tempo inteiro."
Às vezes, ela pensava, eles sempre estariam.
E essa parte partiu meu coração:
Era assim que sempre seria.
Cada momento entre eles ela sentia que fosse explodir, se tornar uma fraca que se agarra ao seu herói chorando, implorando que ele a salve.
Cada vez ela ia querer ser egoísta e se colocar acima das necessidades do resto do mundo.
Cada vez ela ia querer chorar só um pouco para aliviar a dor.
='(
Vilm@
sério veih...
ResponderExcluirpreciso da continuaçãooooo
Lêh
Eu lia alguns comentários e eu quero deixar uma nota. Isto pode ser duro de entender porque eu não falo português.
ResponderExcluirObrigado para os comentários encantadores.
Eu não abandonarei a história, mas eu não sei quanto tempo que será. Meu perfil em fanfiction.rede o mostrará eu escrevo histórias LONGAS.
E muitas histórias longas que ficam fim triste alegremente. :)