6.12.10

5 Times They Destroyed Each Other (4)

Resumo: O pior tipo de amor é aquele que te destrói.
Autora: simply_steffv
Classificação: R
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Trinta e seis horas.

Demorou trinta e seis horas para voltarem à mesma rotina.

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Ela gemeu sonolenta quando o aroma de café fresco a alcançou. Se espreguiçou e abriu os olhos quando sentiu a cama afundar a seu lado. Ela estava surpresa em ver Oliver sentado ali, segurando uma bandeja com um completo café da manhã.

Ele sorriu pra ela. "Senta."

Ela fez o que ele falou e ele colocou a bandeja no colo dela. Ela se sentou espantada, olhando dentro de seus olhos tentando encontrar o significado por trás daquilo.

Ele suspirou e olhou para as mãos. "Eu quero pedir desculpas."

Ele olhou dentro dos olhos dela. "Eu sinto muito, Chloe. Ontem eu estava fora de mim e o que eu disse... eu fui um estúpido e estava nervoso", ele esfregou a nuca com uma das mãos e suspirou profundamente. "Eu só precisava colocar pra fora. Por favor me perdoa."

Ela pegou o garfo e a faca e começou a cortar as panquecas. Ela levou um pedaço até a boca e quando engoliu ela disse, "Mirtilo, minha favorita." Ela sorriu pra ele e ele sorriu de volta.

Ele se inclinou e beijou sua têmpora. Ele se afastou um pouco e olhou dentro dos olhos dela.

"Eu te amo, Chloe. Não importa o que aconteça, sempre vai ser você." Ela sabia que ele estava sendo verdadeiro.

"Eu também te amo. É você e eu, Ollie, superando tudo." Ele sabia que era verdade.

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As trinta e seis horas seguintes eles passaram fingindo que nada tinha acontecido. Eles não tinham traído, mentido, nunca houve uma Dinah ou um Bruce. Era só eles fingindo que não estavam numa relação doentia que trazia à tona o pior deles.

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O fingimento não duraria muito, os dois sabiam disso. Em algum momento eles voltariam à realidade, eles sempre voltavam. Eles eram assim, eles também sabiam disso e ainda assim eles continuavam sufocando um ao outro com fingimentos, se afundando mais a cada vez.

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"Chloe, abre a porta!" Ele grita enquanto bate na porta do quarto e quando isso não adianta nada, ele tenta abrir à força com o ombro.

"Chloe abre essa maldita porta, agora!" Sua paciência estava se esgotando e ele queria arrancar os cabelos. "É isso", ele murmurou enquanto dava um passo pra trás e chutava a porta, abrindo-a.

No mesmo momento ele ouviu outra porta se fechar. "Merda." Ela está na porra do banheiro agora, ótimo. Ele pensou amargamente.

Assim que ele entrou no quarto ele percebeu as roupas rasgadas cobrindo o chão, ele olhou mais perto e seus olhos se arregalaram quando percebeu. "Essas são minhas malditas roupas!" Ele olhou ao redor e viu as penas que antes estavam em seus travesseiros acompanharem as roupas rasgadas no colchão e no chão, o espelho da penteadeira estava quebrado enquanto as fotos que estavam ali, estavam rasgadas também.

Se havia mais uma coisa a ser acrescentada na 'Lista-de-coisas-que-eu-odeio-na-Chloe' era seu maldito temperamento. Deus sabe que era por isso que eles brigavam desse jeito. Os dois eram teimosos, cabeças-dura e nenhum dos dois estava disposto a recuar. Eles se provocavam, levavam o outro ao limite, simplesmente porque podiam. A pior parte, eles sempre precisavam (queriam) acrescentar mais lenha na fogueira se fosse possível para provar que o outro estava à sua disposição. Eles estavam uma bagunça.

Ele soltou um gemido frustrado.

A porta do banheiro se abre e Chloe sai.

"Que diabos há de errado com você?!" Ele pergunta entredentes.

Ela zomba e cruza os braços. "Você sabe o que é!"

"Não, eu não sei. Se eu soubesse não estaria perguntando." Ele tenta se aproximar, mas antes que ele consiga ela o impede.

"Não se atreva a chegar perto de mim." Ela diz em um tom ameaçador.

Ele trava a mandíbula e olha pra ela.

Chloe fecha os olhos e ele vê as lágrimas correndo em seu rosto. Sua expressão se suaviza e ele franze as sobrancelhas. Ele finalmente percebe o jeito que seus braços estão envolvidos ao redor de si mesma como se fossem a única coisa que a mantém de pé, o jeito que seu corpo está tremendo, incerto se era por causa da raiva ou da frustração.

Lentamente ele começa a caminhar e então pára mais uma vez quando está a centímetros dela. Ele cuidadosamente leva a mão até seu rosto e seca suas lágrimas, ternamente. Ela abre os olhos e empurra a mão dele. Ela dá um passo pra trás, longe de seu toque enquanto mantém o contato visual.

"Parece que finalmente você está justificando seu nome, Queen." Ela sorri desdenhando.

Ele pressiona os lábios numa fina linha e segura os braços dela. Ela luta pra se soltar mas ele a segura com mais força e a puxa pra perto dele.

Eles ficam com os narizes colados e ele sussurra sombriamente. "Pára com essa porcaria e diz o que está acontecendo."

Ela tenta empurrá-lo mas é em vão, ele não vai soltar.

"Você continua transando com ela", ela diz amargamente.

Ele move a cabeça e sussurra em seu ouvido novamente. "Sim." Não.

Ela trava a mandíbula e engole em seco. Ele volta a cabeça para a posição anterior e olha dentro dos olhos dela.

Um sorrisinho malvado surge em seu rosto e ela se aproxima dele deixando um minúsculo espaço entre seus lábios. "Você não é o único que está brincando com outra pessoa."

O risinho orgulhoso de Bruce aparece diante de seus olhos e ele fica enfurecido.

"Você está mentindo", ele diz entredentes.

"Estou?" É lógico que estou. Seu sorriso aumenta e as mãos dele se apertam em seus braços.

Ela está só provocando, mentindo. Ele sabe disso e ainda assim acredita, idiota. Uma de suas mãos começa a subir por seu braço, passa por seu pescoço, para a bagunça de cachos dourados e de repente a cabeça dela é puxada pra trás. Ela geme e olha pra ele desafiadoramente.

Ele desce a cabeça até seu pescoço e começa a roçar seu nariz. Ela pode sentir o hálito quente em sua pele, ela odeia o jeito que seu corpo reage a ele quando ela deveria estar nervosa. A boca dele alcança sua orelha e ele a morde levemente antes de sussurrar. "Você é uma grande mentirosa, Chloe, porque eu não acredito em você." Ele então continua a roçar o nariz em sua mandíbula enquanto sua outra mão, a que continua segurando seu braço, se move cautelosamente por suas costas e pára em sua cintura, segurando-a com força, prendendo os dois braços dela entre seus corpos.

Ela se balança, tentando se soltar mas ele puxa o cabelo dela com força suficiente para forçá-la a parar.

"Pense o que quiser, Oliver. Isso não vai mudar o fato de que Bruce," ela move a cabeça o suficiente para sussurrar em seu ouvido, "é um homem muito melhor." Ele enrijece e ela de repente está cambaleando para trás. Suas costas atingem a parede, ela se equilibra o suficiente para dar a ele um olhar ameaçador. Ele a tinha provocado.

Ela vê o jeito que ele está parado com os olhos fechados e os punhos cerrados. Ele está respirando fundo, tentando acalmar o monstro dentro dele, ela sabe disso e lá no fundo, ela ama o fato de conseguir despertá-lo.

"Que foi, atingi um nervo?" Ela diz presunçosamente.

Ele abre os olhos e antes que ela tenha a chance de piscar, seu corpo já está pressionado contra o dela, uma de suas mãos está fechada ao redor de seu pescoço e seu rosto está enterrado ao lado de sua cabeça, ela pode sentir sua mão apertando, a pressão em sua traqueia é evidente. Ela tenta afastá-lo, mas ele é tão mais forte que ela. Ela começa a lutar mais, então seus empurrões viram tapas. Ele solta seu pescoço e tenta capturar seus braços e assim que consegue, ele os vira e começa a caminhar com ela de costas. Ele a joga na cama sem se preocupar com a bagunça que está sobre ela, uma vez que ela consegue se equilibrar ela se levanta no colchão e dá um tapa nele.

Ele lentamente vira a cabeça na direção dela, encontrando seu olhar. Os dois estão respirando pesadamente, a tensão ao redor é sufocante.

De repente eles estão se beijando, com força, mãos em todo lugar segurando o outro com força. Ele segura a parte posterior de suas coxas e ela prende as pernas ao redor dele. Com uma mão a segurando, ele estende a outra mão e pega uma mão cheia de cabelo loiro e puxa sua cabeça para trás, ela solta um gemido e ele começa a atacar seu pescoço chupado e mordendo, deixando marcas vermelhas e nervosas. Ele a joga na cama e ela olha pra ele, os lábios inchados, o rosto vermelho e o cabelo bagunçado.

Há um brilho provocante nos olhos dele e ela se ajoelha na cama na frente dele, ela estende as mãos e o ajuda a tirar a camiseta. Uma de suas mãos então se move para pegar um punhado de seu cabelo próximo à nuca e puxa a cabeça dele pra baixo, esmagando seus lábios nos dela.

Ele a empurra e ela olha pra ele, ele desabotoa a calça e a tira antes de inclinar sobre seu corpo com o dele. Ela instantaneamente envolve as pernas ao redor de sua cintura, cravando um dos saltos em sua coxa e o outro em sua panturrilha. Ela morde o lábio inferior dele quando ele a beija com força novamente. Ele geme com a dor prazerosa e afasta os lábios. Ele lhe dá um sorriso aberto e pressiona a testa em sua clavícula, fazendo com que ela lhe dê um sorriso malicioso.

Esse era o jogo deles, por mais insano que pareça.

Mentir pra ela, provocá-lo. Um jogo doentio que os leva à superfície, aproveitando o choque que um causa no outro.

Contanto que estejam juntos, realmente não importa quem sufocou primeiro; porque o outro estará lá para trazê-lo de volta, para que então, possam se afogar novamente.

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3 comentários:

  1. O que foi iiiissssoo? Eles estão tentando se matar? Que fic alucinante!

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  2. Essa fic é muito NÃO-Chlollie, mas é uma fic...e é sempre bom explorar os personagens de todas as formas possíveis!

    Como disse o comentário acima, isso é alucinante!
    E sempre que leio, penso "ainda bem que é uma fic" XDDDDDD

    Mônica/Shann

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  3. É, essa fic é muito não-chlollie mesmo, mas não sei explicar, me fisgou completamente!!!! Fê...

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