Beauty In The Breakdown IV - Falling In (parte 2)

Resumo da série: Com Oliver ao seu lado, Chloe aprende a se libertar, encontrar a paz e se apaixonar. 

Resumo da história: A ligação entre Oliver e Chloe continua a se aprofundar.

Autora: babydee1

Classificação: NC-17 (Esta parte PG-13)

Banner: Ellashy

Original

Histórias anteriores: Letting Go - Taking Hold - Reaching Out
Capítulos anteriores: parte 1

A tarde acabou sendo reveladora - novamente, não do jeito que ela tinha esperado. Depois de terminar de limpar os vidros, Chloe olhou a grande quantidade de bronze nos puxadores da porta da sala de armas e inclinou a cabeça.

"Ei, Oliver - eu posso polir sua maçaneta pra você?" ela perguntou franzindo a testa, imaginando se o limpa-vidros servia para limpar bronze.

Uma gargalhada explodiu atrás dela assustando-a, e ela se virou para vê-lo dobrado de rir. "Eu não acredito que você acabou...!" ele conseguiu dizer antes de sentar no sofá dando risada.

Ela olhou pra ele confusa. "Foi alguma coisa que eu disse?" ela perguntou secamente.

"Chloe..." ele parou para respirar, ainda com o sorriso aberto. "Nunca pergunte isso fora dessa sala, seja lá o que você esteja fazendo. Polir minha maçaneta, honestamente..."

"Por que não?" ela perguntou, perplexa. "O que isso quer dizer?"

"O que você acha que isso quer dizer?"

Ela fez uma cara feia e coçou a cabeça distraidamente, seus dedos parando e seu queixo caindo ao perceber o único significado possível para o que ela havia acabado de dizer para fazê-lo rir daquele jeito. "Ah..."

"Exatamente", ele riu. "Você definitivamente vai causar uma impressão se disser isso no lugar errado!"

Ela ficou vermelha, envergonhada, rindo quando percebeu o lado engraçado. "Vou refazer a frase então: você gostaria que eu..." o sorriso dele aumentou e ela estreitou os olhos e balançou a cabeça pra ele. "Esquece", ela falou, jogando o pano pra ele enquanto passava. "Posso ajudar em mais alguma coisa?"

Ele se levantou, segurou os ombros dela e a levou até uma prateleira que ela tinha acabado de limpar. "Tudo aquilo precisa voltar para o lugar", ele explicou apontando para uma caixa média que estava numa cadeira atrás deles.

"Alguma ordem de preferência?"

Ele balançou a cabeça e apertou os ombros dela, dando um beijo rápido no alto de sua cabeça. "Não, eu confio no seu julgamento."

Por alguma razão essas palavras e ações fizeram um pequeno arrepio correr por ela. Era como se ele estivesse lhe dando permissão para redecorar todo o apartamento...

Whoa, calma aí, garota, ela se alertou enquanto ele ia para o quarto levando um monte de camisas. Lá vai você de novo, vendo coisa que não existe. Você não aprendeu nada durante o tempo do Clark?

Ela se deu um chacoalhão mental e deliberadamente colocou o Media player de volta ao mesmo lugar que estava. Ela não era namorada do Oliver, e era melhor se lembrar disso antes de cair na mesma armadilha como aconteceu com Clark.

Suspirando resignadamente, ela ligou o player e reiniciou o CD. A voz profunda de Sade encheu o ar, e a primeira música do álbum Lover's Rock começou a tocar. Era a mesma faixa que Oliver estava ouvindo com o fone de ouvido.

Você acha que eu sairia do seu lado, baby?
Você me conhece muito bem
Acha que eu te desapontaria quando você precisasse?
Eu não faria isso...

Era uma música suave, ficando ainda mais suave com a voz de Oliver. A letra música atingiu seu coração, fazendo-o ficar apertado mesmo que as palavras a confortassem.

Quando você está perdida e só e não consegue voltar
Eu vou encontrar você, querida, e vou trazer você pra casa

E se você quiser chorar, eu vou estar lá pra enxugar seus olhos
E logo, você ficará bem...

O coração dela pulou uma batida e ela engoliu em seco enquanto lutava contra as lágrimas. Cuidadosamente ela voltou a colocar os objetos de volta aos seus lugares, mas tudo enquanto ela estava concentrada nas palavras vindas da boca de Oliver.

Oh, quando você estiver com frio, eu estarei lá, se agarre em mim
Oh, quando você estiver triste, eu estarei ao seu lado, baby

Então ela sorriu, uma lágrima descendo lentamente por seu rosto.

"Você está bem?" ele perguntou suavemente atrás dela, assustando-a um pouco.

"Hmmm? Ah, eu estou bem; é só... alguma coisa no meu olho", ela mentiu, enxugando a lágrima. "Uh... onde você quer que eu coloque isso?" ela perguntou, empurrando uma estátua abstrata de marfim de uns quinze centímetros de altura contra o peito dele.

Ele deixou passar a óbvia mudança de assunto e sorriu nostalgicamente para a peça em suas mãos. "Isso foi dado à minha mãe no Quênia há muitos e muitos anos atrás."

Ela inclinou a cabeça e examinou a peça. "O que é isso?"

"É uma estátua artesanal de fertilidade feita em pedra-sabão", ele explicou. "Os moradores locais disseram à minha mãe para colocar ao lado da cama se ela estivesse tentando engravidar."

Chloe sorriu. "Funcionou? Pergunta boba, você não tem irmãos-"

"Ela ganhou em outubro de 1976", ele disse suavemente. "Eu nasci nove meses depois."

Um olhar de surpresa e compreensão cruzou o rosto dela e ela observou a escultura novamente, percebendo pela primeira vez que a escultura parecia claramente uma mãe e um bebê só que um pouco abstratos.

"Por que seus pais não tiveram outros filhos?" ela perguntou suavemente, então se repreendeu por sua incurável curiosidade. "Desculpe, isso não é da minha conta-"

"Está tudo bem", ele assegurou, apertando a mão dela. "Eles tentaram, só que não aconteceu novamente depois de mim. Minha mãe brincava dizendo que eu era um bebê tão lindo que usei todo o poder da escultura, e que ela ia ter que voltar pra África para pegar outra." Ele suspirou. "Pena que ela não voltou lá; quem sabe? As coisas poderiam ter sido diferentes."

Ela sentiu novamente uma dor no coração pela solidão que ele teve ter sentido quando de repente ficou sem família. Ela estendeu a mão e segurou o rosto dele, fazendo-o olhar pra ela.

"Sua mãe estava certa sobre uma coisa, no entanto", ela sussurrou, acariciando o furo no queixo dele. "Você deve ter sido um bebê muito lindo."

O rosto dele se abriu num grande sorriso, e ele colocou a mão dele sobre a dela, virando-a para dar um beijo suave em sua palma. "Se você tiver sorte, e prometer não dar risada, talvez eu mostre as fotos de quando eu era bebê pra você."

Os olhos dela brilharam ao imaginar Ollie como um bebezinho loirinho e angelical, com furinho no queixo e tudo. "Ok, eu vou cobrar, Sr. Queen."

***

A arrumação demorou um pouco mais do que o esperado, porque eles ficavam se distraindo com cada coisa que tinham que guardar. Quase todos os objetos tinham uma história, e Chloe estava um pouco envergonhada ao perceber que as peças que ela considerava pretensiosas, eram na verdade partes sentimentais da história de Oliver.

"Onde você conseguiu essa?" ela perguntou enquanto segurava uma pesada flecha de prata.

Ele olhou para a peça e sorriu, pegando das mãos delas. "Meu pai e eu encontramos isso na Grécia há muitos anos atrás; acho que eu tinha uns dez anos", ele disse. "Depois que eu prometi à Nonna que ia mudar, eu trouxe isso comigo, assim em sempre ia lembrar que eu precisava ser a melhor pessoa que pudesse." Ele virou a peça nas mãos e assentiu. "Eu olho pra ela quase todos os dias desde que eu tinha catorze anos."

"Catorze", ela meditou, lembrando as palavras dele na semana anterior. "Isso foi quando você..." ela parou, e ele foi gentil o suficiente de dar um simples aceno de cabeça.

"É, foi."

"Desculpa minha curiosidade, mas... o que você me contou; essa foi sua primeira vez, aos catorze anos?"

Ele fez uma cara e balançou a cabeça. "Minha primeira vez, eu tinha treze."

Os olhos dela quase saltaram do rosto. "Cara, você era muito novo."

"Eu era. Eu era alto pra minha idade e rebelde e conseguia enganar muita gente, dizendo que eu era mais velho do que realmente era. Eu fiquei mais consciente quando a Nonna me fez passar por todos os testes de DST."

Bem, isso explica as sempre presentes camisinhas no bolso dele, ela pensou. Era só uma medida de precaução que ele tinha desde a juventude.

"E você?" ele perguntou, curioso. "Quantos anos você tinha na sua primeira vez?"

Ela ficou vermelha. "Dezesseis."

"Clark?"

"Oh, não. Clark e eu nunca... nunca aconteceu. Foi com o Jimmy; no banco de trás do carro dele."

Ele se encolheu. "Ouch. E foi bom pra você?"

Ela fez uma careta. "Não, mas nunca é pra nós garotas, certo?"

Ele deu de ombros. "Não precisava ter sido de perder a cabeça, mas ele podia ao menos ter tentado te deixar mais confortável."

"Ele era tão jovem quanto eu, e eu não disse pra ele que era virgem", ela se sentiu compelida a admitir.

"Por que não?" ele perguntou gentilmente.

Ela suspirou, e decidiu ser honesta. "Eu estava tentando esquecer o Clark, e só queria me livrar disso, pra ser sincera." Ela lembrou a primeira relação com Jimmy e o quanto foi embaraçosa. "Não foi... boa. Nós dois estávamos nervosos e claramente desconfortáveis e ele deixou escapar alguns comentários pouco elogiosos sobre as sardas do meu corpo, pra começar."

Que diabos é tudo isso? ele tinha dito com um olhar fulminante. Você teve catapora quando era criança, ou alguma coisa assim?

Oliver estreitou os olhos. "É por isso que você tentou se esconder de mim?" ele murmurou baixinho.

Ela piscou. "Como?"

"A primeira vez que eu tirei sua roupa", ele esclareceu. "Você tentou se cobrir."

Ela olhou para o chão e conseguiu evitar de instintivamente cruzar os braços sobre o peito.

"Eu não achei que você ia gostar do que ia ver", ela sussurrou. Depois da desastrosa primeira vez com Jimmy, eles nunca fizeram sexo com a luz acesa, ou durante o dia. Suas palavras nada carinhosas fizeram com que sua baixa auto-estima aumentasse, dado que ela já se sentia menos desejável do que Lana ou Lois.

"Ninguém nunca te disse que você não pode se casar com a primeira pessoa com quem você dorme?" ele disse secamente.

Ela deu risada. "Acho que não recebi esse memorando."

Ele lhe deu um olhar atento, respirando fundo antes de falar. "Diferentes pessoas gostam de coisas diferentes, Chloe", ele disse. "A opinião de uma pessoa é exatamente isso - só uma opinião. Não deixe isso mudar ou ditar o que você pensa de si mesma. Ok?"

Ela assentiu. "Ok."

Ele sorriu. "Ótimo." Ele olhou para o relógio na parede e arregalou os olhos. "Olha isso; já passou da hora do almoço, e eu te prometi comida, não prometi?"

Ela retornou um sorriso genuíno. "É, você prometeu."

Ele sorriu abertamente e pegou a mão dela. "Certo. Vamos comer, e depois terminamos isso aqui."

***

Continua...

__________________________________________________________________