Greve de sexo!!

Resumo: Oliver pensa num modo de se vingar de Chloe após descobrir que ela o havia roubado.

Autora: heartbeatsgreen

Categoria: romance, comédia

Oliver patrulhou por longas horas tentando aliviar o ódio de seu peito. Era inútil . Ele se sentia repleto de adrenalina pronto para derrubar gigantes.

A dor era real. Estava bravo, magoado, decepcionado com aquela que ele decidiu confiar plenamente.

Nessa noite ele não usou o ponto em sua orelha, mas a voz doce dela continuava ressoando em sua mente, como uma tortura lenta.

“Sinto muito Oliver” a voz repetia.

“Logo você, Chloe.” Ele resmungou ao vento.

Brigando consigo mesmo ele refez seu caminho a Watchtower,seu coração acelerado e a dor sendo substituída por algo ainda mais intenso. Sede de vingança.

Chegando à Torre de Vigia, Oliver pela primeira vez pode ouvir seus passos enquanto caminhava. Além do silêncio do lugar, ele notou os computadores desligados.

Pensou que Chloe não estivesse ali, mas olhando mais cuidadosamente ele a avistou sentada numa poltrona, segurando uma grande quantidade de papéis em suas mãos. Estava concentrada em algo que parecia ser mais importante do que a segurança dos heróis.

Seu olhar encontrou o dela.

“Eu a odeio.” Mentiu a si mesmo.

Ele continuou se aproximando quando ela se levantou e as luzes iluminaram seu rosto.

O cabelo desarrumado, uma expressão série no rosto.

“Droga e ainda assim ela parece um anjo.”

Havia algo diferente nela dessa vez, os olhos estavam inchados e avermelhados. Ela tinha chorado.

“Eu a fiz chorar” concluiu. Ele se importava, mesmo que metade de si acreditasse que ela merecia.

Chloe rompeu o silêncio entre eles, fugindo do olhar de magoa refletido nos olhos dele. Que doía mais do que tapas ou palavras.

“Eu pensei que não te veria aqui hoje, depois de...” ela fez uma pausa e estendeu a mão para ele, lhe oferecendo apilha de papéis.

“Isso é pra você. Um relatório de tudo o que eu gastei no mínimo detalhes.” Ela explicou enquanto ele os pegava da mão dela.

Oliver revirou os olhos, bufou em seguida e atirou longe tudo o que ela havia acabado de lhe entregar.

“Eu não ligo para o dinheiro Chloe.” a voz alta quase um grito.

“Você não entende não é?” ele balançou a cabeça incrédulo.

Chloe fitou o chão e enrolou os braços em torno de si.Tentando ficar mais confortável.

“E que comece a segunda rodada” ela repetiu a si mesma.

Seus olhos queimavam pela vontade de chorar. Com ele ela nunca precisou se fingir de forte, ele a aceitava como ela era. Mas agora que ela o havia magoado, era melhor se fazer de forte do que imaginar ele sendo indiferentes as suas lágrimas.

E não podia culpá-lo. Sua idéia de um arsenal de armas kryptonianas seria heróica se ela tivesse cogitado a opinião dele.

Ao erguer a cabeça ela o notou se aproximando dela até que estivessem colados.

Um de seus braços envolveu sua cintura a puxando ainda mais para ele, sua outra mão subindo pela suas costas até adentrar em seus cabelos a aproximando e a segurando para um beijo.

Um beijo ávido de urgência, e seu coração ousado repetindo a ele em cada batida. Ele a amava.

Seus lábios tomavam posse dos dela como se reivindicasse direito por algo que o pertencia. Ela era dele.

Ele virou o rosto encontrando a curva de seu pescoço, e no final de cada beijo depositado, ele segurava demoradamente a pele com os dentes. Marcava seu território.

Ela havia entendido o recado e não pode deixar de sorrir em resposta.

“Sua de corpo, alma e coração. ’’ Veio à conclusão em sua mente e ela logo afastou esse pensamento pra longe.

As mãos deles se moveram até seu quadril, e ele a ergueu colocando as pernas dela ao seu redor. Ele a carregou até a mesa que ficava num canto da Watchtower.

A posicionou sentada na beirada da mesa. Encaixou-se nomeio de suas pernas e com o peso de seu corpo sobre o dela, ela se deitou.Facilitando o acesso dele ao vale de seus seios no decote que ela exibia.

Suas mãos subindo pela parte interna de sua coxa, e sua língua descendo até seu umbigo lhe arrancando gemidos de prazer, e ela sentiu seu útero quase explodir.

E como se uma lâmpada se acendesse em sua mente, no momento mais improvável, uma idéia surgia em sua cabeça.

“Controle-se Oliver” sua razão lhe avisava.

Ele sabia como tocá-la, onde tocá-la. Sabia como lhe dar prazer e se sentia orgulhoso disso.

Seu corpo reagia às reações dela e agora isso poderia levar seu plano por água abaixo. Era hora de parar.

Oliver se afastou bruscamente, virando- se de costas respirando ofegante.

“Por que você parou?” ela perguntou a ele, levantando-se e ajeitando suas roupas.

“Eu pensei num jeito de te fazer pagar.” Ele riu.

“E como seria Oliver?” ela perguntou confusa.

Ele se aproximou dela novamente, virando a cabeça, mordendo de leve o lóbulo de sua orelha, enviando um arrepio a sua coluna.

“Greve de sexo.” Ele sussurrou voltando-se para ver a reação dela.

Chloe lhe deu um olhar confuso, mas não soube o que responder. Era justo.

E afinal quanto tempo Oliver Queen aguentaria sem sexo?

“Boa noite Chloe” ele disse a ela caminhando até a porta.

“Oliver...?” ela o chamou. E esperou que ele a olhasse nos olhos pra terminar sua frase.“Eu... sinto muito.’’

Ele apenas acenou com a cabeça. Fechando a porta atrás de siem seguida.

“Sem beijo de despedida” ela lamentou.

Em todas as noites ele depositava um beijo sobre sua testa,descendo o rosto para roçar seu nariz no dela e só então beijar seus lábios e sussurrar neles “durma bem e sonhe comigo.” Quase numa espécie de ritual que ele repetia mesmo quando dormiam juntos e que hoje era quebrado.

Depois de noites tão bem dormidas, tão bem aproveitadas ao lado dele. Chloe se viu obrigada a ir para seu apartamento sozinha, onde uma cama grande , vazia e fria lhe esperavam.

O colchão parecia de pregos, não importava o quanto mudasse sua posição, ainda se sentia desconfortável. Faltava algo.

Só adormeceu depois de cheirar a fronha do travesseiro do lado onde ele dormia. O cheiro dele invadindo suas narinas e ela tomando consciência de que não sentia falta do sexo. Sentia falta dele.

Na manhã seguinte Chloe demorou a sair da cama, ainda mal humorada, ainda com saudade dele.

E como isso era possível? Apenas uma noite e parecia que ela não o via a semanas.

Sua mente tentando lhe avisar ‘’ você está apaixonada...” e ela se recusando a aceitar.

Mais tarde naquele domingo ensolarado Oliver a pegou de surpresa ligando pra ela e a convidando para passar em seu apartamento. 

Um sorriso largo surgiu em seu rosto quando ela desligou o telefone e se arrumou para vê-lo.

“Talvez a raiva dele já tenha passado?” se perguntou esperançosa.

Quando Chloe chegou ao apartamento dele Oliver estava treinando usando apenas uma calça de moletom preta.

Assim que sua presença foi notada ele se levantou do aparelho de musculação. Pegando uma garrafa de água e a erguendo sobre sua cabeça. Derramando uma quantidade suficiente para aliviar o calor de seu corpo.

Chloe acompanhou as gotas descerem pelo seu peito musculoso,passando pelo seu abdome até atingirem o elástico de sua calça.

Ele não deixou de notar ela engolindo em seco e sorriu em resposta.

“Você me chamou aqui pra me torturar?” ela o acusou.

“Se eu quisesse te torturar eu faria mais do que deixar você ficar me olhando.” Ele disse a ela se aproximando.

“Deixe-me te mostrar.” Ele disse provocante.

Ela fitou os olhos nele. E ele era tão bonito que ela podia jurar que ele se movia em câmera lenta.

Parando na frente dela ele a agarrou com firmeza e no minuto seguinte ela sentiu suas costas atingirem a parede. Ele ergueu os braços dela sobre sua cabeça, segurando a com uma de suas mãos. Enquanto a outra podia tocar a pele por baixo de sua blusa.

Seus lábios brincando com os delas, provocando-a sem a beijar, enquanto ela arfava o corpo contra o dele.

“Eu te faria implorar.” Ele sussurrou em seus lábios.

Ele enterrou sua cabeça em sua garganta murmurando algo ao final de cada beijo.

“... devo continuar sim ou não.” Foi só o que ela conseguiu entender ele dizer, perdida no prazer. Raciocinar em momentos como esse era uma missão impossível.

“Sim. ” ela respondeu com firmeza.

Ele riu. E beijando sua testa se afastou.

“Muito, muito engraçado.” Ela o imitou estreitando os olhos para ele.

“Hei, eu acabei de te perguntar se devia continuar com a greve e você disse sim.” Ele argumentou.

“Então foi isso que você perguntou?” ela disse fazendo cara de confusão e apontando pra parede onde antes eles estavam.

Ela viu o sorriso orgulhoso dele enquanto ele passava por ela com uma toalha nos ombros.

“Já volto.”

Ele se desfez do restante de suas roupas na frente dela e foi tomar um banho.

“Jogo sujo. Mr. Queen.” Ela murmurou baixinho.

Depois do banho Oliver a levou para almoçar fora. Saíram juntos de mãos dadas, mal conseguiam se desgrudar.

Chloe se perguntou se a briga os havia aproximado. Na verdade sem o sexo, seus olhos finalmente se abriam aos poucos para descobrir o que eles eram realmente e ela preferia ignorar ouvindo a voz de sua consciência que gritava PERIGO.

Mais tarde voltaram para o apartamento dele, ele quis assistir um filme como passatempo.

Chloe mal prestou atenção na Tv olhando para ele pelo canto dos olhos, se aproximando devagarzinho. Pouco a pouco.

Quando o viu totalmente concentrado na tela, ela se moveu ainda mais sentando em seu colo e o beijando sem aviso.

Ele correspondeu ao beijo, colocando-a de volta no seu lugar. “Comporte-se Sidekick.”

Chloe fez bico, mas o obedeceu se contentando em ficar com a cabeça encostada em seu ombro.

Pouco tempo depois ela adormeceu deitando em seu colo. Ele ficou acariciando seus cabelos e seu rosto enquanto ela dormia. E a carregou para sua cama quando o filme acabou.

Chloe acordou com uma grande caixa de presente ao seu lado.Dentro um belo vestido verde e um bilhete carinhoso.

“Espero que eu tenha acertado na cor. Volto logo. Jantar às 20:00 hs.”

Jantaram num dos restaurantes mais chiques da cidade, com música ao vivo e na volta ele a acompanhou até o apartamento dela.

“Que pena que nosso jantar terminou cedo.” Ela falou divertida.

“Teria sido longo se você soubesse se comportar em público.”Ele justificou.

Chloe havia passado o jantar inquieta, seu pé subindo pela calça dele o fazendo dar pulos na cadeira.

“Foi divertido.” ela riu se recordando.

“Oliver, você pode me ajudar com esse zíper?” ela perguntou virando-se de costas pra ele.

Oliver concordou descendo o feixe do zíper, seus dedos deslizando pela pele exposta a fazendo tremer em resposta. Ele engoliu em seco.

“Chloe você não está usando calcinha?”

“Ollie com esse vestido não dá.”

Ela guiou as mãos dele para cima e para baixo no tecido sobre seu quadril.

“Ia ficar marcado.” ela explicou.

Oliver sentiu sua calça apertar, o sangue fugindo de seu cérebro. Ele retirou seu paletó colocando-o sobre a frente de seu corpo tampando a reação que ela havia causado nele.

“Vou tomar um banho.” Ele disse apressadamente.

“Posso me juntar a você?” ela gritou vendo ele se afastar.

“Não.” Ele gritou fechando a porta do banheiro.

Quando saiu Oliver deu de cara com Chloe envolta apenas em uma tolha.

“Minha vez.”

Ele se deitou mirando o teto, o som do chuveiro era perturbador e ele tentou arrancar de sua cabeça a imagem de Chloe nua a poucos metros de distância dele.

Chloe saiu do banheiro numa pequena camisola vermelha, com uma loção em suas mãos.

Ela posicionou uma perna sobre a cama, derramou um pouco de creme em sua mão e a levou até sua panturrilha, com movimentos circulares subiu pelo seu joelho e coxa, levantando um pouco o tecido de sua veste para espalhar o creme melhor.

Os olhos dele vidrados nela, mal conseguindo piscar.

Quando é que seu plano havia se virado contra ele?

Ele se levantou, ela sabia como provocá-lo.

“Ok, eu vou embora.”

“Não. Ollie, por favor.” Ela pediu o puxando de volta acama.

“Eu parei, eu me comporto e não te agarro, eu prometo.”

E ele não soube dizer não aqueles olhos verdes brilhantes,deitou-se novamente dessa vez de costas pra ela. Era mais fácil assim.

Ela o cutucou o obrigando a se virar.

“Você sabe que não é assim que eu durmo.”

Ele lhe ofereceu um sorriso e ela deitou a cabeça sobre seu peito.

No dia seguinte Oliver foi o primeiro a se levantar, se sentando na cama pensando em tudo que tinha pra fazer naquele dia.

Ela se sentou atrás dele, acariciando seu peito e lhe dando um beijo em sua nuca.“Bom dia.”

Ele segurou uma de suas mãos a erguendo até seus lábios e depositou um beijo sobre seu dorso.“Bom dia.’’

Depois se virou para encará-la.“Vou tomar um banho, você pode separar uma roupa pra eu ir pro trabalho?”

“Claro.”

E quando ela abriu seu guarda roupa, seu coração acelerou. O guarda roupa parecia perfeitamente dividido, de um lado só roupas dele e do outro as delas.

A verdade lhe atingindo de surpresa, incapaz de ser negada.Eles estavam num relacionamento.

E de repente ela se deu conta do porque ele estava bravo, no fundo ele achava que ela não confiava nele.

A greve de sexo era só uma maneira de fazê-la perceber o que eles tinham. Eram mais do que amigos com benefícios, estavam apaixonados.

Queria lhe contar que finalmente havia entendido. Pensou em invadir-lhe o banho mas olhando a roupa dele teve uma ideia melhor.

Vestiu sua camisa e sua gravata, calçou uma sandália de salto alto passou um batom vermelho e se deitou de pernas cruzadas na cama.Esperando por ele.

Oliver entrou no quarto secando seu cabelo com a toalha, ele enxergou uma calça e um cinto sobre uma cadeira.

“Chloe...? “Seus olhos bebendo a visão dela e sua voz vacilando. “Vo... você pode me devolver minha camisa?”

“Claro.” Ela respondeu passando primeiro a gravata sobre sua cabeça e a atirando pra ele.

Depois começou a desabotoar lentamente os botões um a um.

“Cancele meus compromissos hoje e nos próximos três dias.” Ele disse no celular.

Ela o viu atirando o celular longe antes dele se deitar sobre ela na cama.

“Botão por botão?” Você tá querendo me matar professora?”ele brincou.

“Ollie.” Ela buscou seus olhos “Eu entendi nós somos maisque sexo.”

“Eu sempre soube disso. Aliás pra alguém tão inteligente como você, você foi um pouco lenta.” 

Ela riu, seu coração se acalmou na certeza refletida nos olhos dele, estavam juntos nisso. Ele sentia o mesmo.

“E eu confio em você, mais do que você pensa. Eu te confiei meu coração.” Ela lhe disse acariciando seu rosto carinhosamente.

“E eu te confiei o meu, cuide bem dele.” Ele lhe advertiu amoroso e sorridente.

“E a greve?”

“Cancelada por motivo de força maior. E nos temos uma única e nova regra eu posso fazer amor com minha namorada quando quiser.” Ele declarou capturando os lábios dela mais uma vez.

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