Culpe A Música

Resumo: Chloe enfrenta o charme de Oliver bêbado. 

Autora: heartbeatsgreen 

Notas da Autora: A música citada na Fic, aliás que a inspirou é I Would Die For You - Garbage.

Sofia, espero que goste, considere como minha forma de agradecimento pela tradução de Start Again e de outra que sugeri. =)

“Você pode deixá-lo em casa Chloe?” Lois lhe apontou o homem bêbado.

“Por que eu?” ela questionou um tanto irritada.

“Chlo, eu e o Clark já estamos indo. E nós teremos nossa própria festinha quando chegarmos em casa.” Lois disse com uma piscadela.

““Urgh” Chloe revirou os olhos e ergueu as mãos pedindo que ela parasse de falar. ”Sem mais detalhes. Ou as cenas na minha cabeça me impedirão de dormir durante um mês.” Ela olhou para ele pelo canto dos olhos, ele podia parecer mais irresistível? “Ok, eu levo.”

Lois se despediu e ela fez seu caminhou até a pista de dança. Tinha passado semanas fugindo dele, desde o dia que ele decidiu segurar sua mão numa cafeteria e lhe agradecer por salvar o homem e o mito. E agora ela teria que enfrentar o bêbado e sexy Oliver Queen, sozinha e ainda levá-lo pra casa. Ela estava perdida.

Ela se aproximou, respirando profundamente, enquanto sua boca caia ligeiramente pelo homem na pista de dança.

Smoking preto, seu cabelo uma bagunça, a gravata borboleta desatada, e os olhos deles um tanto mais negros sobre ela enquanto dançava.

E ele ainda sabia dançar? A batida da música fazia seus movimentos ainda mais sensuais.

Eu morrerei por você, 

Eu morrerei por você, 

Eu estaria morrendo só pra sentir você ao meu lado, 

Para saber que você é meu.

Por que Deus faria isso? Por que Ele criou um homem tão sexy como Oliver Queen? pensou, enquanto finalmente chegava até ele, lhe oferecendo um sorriso.

“Vem” ele a puxou, envolvendo seus braços em torno de sua cintura, colando seu corpo no dela.

““Oliver” ela respondeu com o choque de seu corpo contra o dele. ”O que você tá fazendo?” Ela olhou ao redor do salão. “Ninguém tá dançado assim!”

“Sidekick? Desde quando você liga pra o que os outros pensam.” Ele acariciou as laterais do corpo dela, descendo suas mãos para firmarem na sua cintura, tocando cada centímetro de pele que encontrou no caminho.

Ela estremeceu com seu toque, desejosa de que o efeito do álcool o impedisse de notar.

Eu chorarei por você,

Eu chorarei por você,

Eu lavarei longe sua dor com todas as minhas lágrimas, estou me afogandoem medo.

Ele a guiou na dança e ela acompanhou seus movimentos de um lado pra outro, mantendo a cabeça baixa.

Ele se inclinou beijando o topo de seus cabelos e suas mãos percorreram seu decote até chegar à base de suas costas, escovando aquela área tão quente e sensível dela, fazendo-a se arrepiar.

Chloe mordeu o próprio lábio, segurando seu gemido. E finalmente ergueu sua cabeça com uma expressão séria no rosto.

“Oliver, para!”

Ele sorriu para ela lambendo os próprios lábios e se inclinou até seu ouvido. “Por quê? Se você está gostando.”

E ela não teve uma resposta. Foi então que ela o sentiu morder o lóbulo de sua orelha e sussurrar “Ainda estou bravo com você.”

E esse era o tratamento que ela estava recebendo? Nunca, nunca me perdoe. Ela fechou os olhos aproveitando a sensação.

Eu rezarei por você,

Eu rezarei por você,

Eu venderei minha alma por algo puro e verdadeiro, alguém como você.

Ele se virou novamente seus rostos a um centímetro de distância, e ela engoliu em seco enquanto ele a olhava com luxúria.

A temperatura de seus corpos subia ainda mais, enquanto seu quadril se movia encaixado no dele.

Eles continuaram dançando, e ele descansou a testa na dela acelerando ainda mais seu ritmo cardíaco.

Chloe manteve as mãos quietas sobre ele e ele as subiu pelo seu peito, deslizando-as pelo seu pescoço prendendo seus dedos em sua nuca. Ela culpou a música enquanto seus dedos começavam a acariciar o cabelo dele, o fazendo tremer em resposta.

“Essa música não termina nunca.” Esbravejou mentindo a si mesma. Ela sentia que poderia ficar assim para sempre, e ela sabia disso.

Vejo seu rosto em todo lugar onde ando, 

Ouço sua voz toda vez que estou falando, 

Você acreditará em mim, 

E eu nunca seria ignorada.

Ele ignorou suas palavras, Chloe era uma péssima mentirosa, ainda mais agora que ele podia ver o rosto dela afogueado. E ele estava consciente de que em nenhum momento ela havia tentado se afastar. 

O tecido fino de seu vestido de seda revelava seus mamilos intumescidos. Ela o queria tanto quanto ele.

Ele sorriu, suas mãos pairando sobre seu bumbum e o apertando fortemente. Chloe se assustou por um momento quando seus pés mal tocavam o chão enquanto ele a puxou ainda mais contra seu corpo.

“Ollie...” Ela o chamou e antes que pudesse terminar sua frase ele a rodopiou, deixando a de costas, abraçando-a por trás.

E ela podia senti-lo pronto e excitado por ela. A respiração dele sobre seu pescoço a dava cócegas, mas ela não ousaria reclamar. 

Ela esfregou os quadris sobre ele, seu corpo se incendiando, respondendo ao seu toque. As mãos dele chegaram a barra de seu vestido, e ele ergueu o tecido até sua coxa e o baixou lentamente até o corpo dela vacilar em resposta. 

Eu queimarei por você,

Sentirei dor por você,

Eu torceria uma faca e sangraria meu coração dolorido, e o desfaria.

Ele depositou um beijo em sua nuca antes de virá-la novamente. Sua perna posicionada no meio das dela, enquanto ela arfava o copo contra o dele. Até que ele a ergueu contra seu corpo, retirando seus pés do chão. 

“O que eu tenho que fazer pra ter uma chance com você?” ele sussurrou olhando nos olhos dela que agora estavam na altura dos seus. 

Eu mentirei por você,

Eu implorarei e roubarei por você,

Eu rastejaria de mãos e joelhos até você ver, você é como eu... 

Talvez em outra ocasião ela tivesse uma resposta pronta, mas naquele momento seus olhos só sabiam enxergar os lábios dele se movendo, sua língua aparecendo entre os dentes. E ela não ouviu uma só palavra do que ele disse. 

Os lábios dele se contorceram num sorriso e se aproximaram devagar dos dela. 

Chloe fechou os olhos e sentiu os lábios doces e quentes dele sobre os seus. Seu beijo foi casto a princípio, até que ele decidiu dar uma mordiscada de leve sobre cada lábio e sua língua adentrou sua boca, sem pedir licença, encontrando a dela e a escovando maliciosamente. 

E ele tinha gosto de malte. 

As pernas dela se prenderam ao redor dele. As mãos dele descansaram na nuca dela, puxando sua cabeça para trás enquanto ele aprofundou o beijo. E ela se sentiu umedecer, esparramando as mãos sobre as costas dele. 

Violar todo o amor que eu estou sentindo falta,

Jogar longe toda dor que eu estou vivendo,

Você acreditará em mim, e eu nunca poderei ser ignorada.

Sua cabeça tombou ligeiramente pra trás, enquanto ela respirava ofegante, ela podia ouvir a respiração ofegante dele e o coração dele batia tão forte quanto o dela.

No minuto que o oxigênio voltou ao seu cérebro ela se lembrou de raciocinar “É melhor a gente ir embora” ela disse a ele colocando a mão sobre seus lábios o impedindo de beijá-la novamente.

Ele beijou delicadamente a ponta de seus dedos, os olhos dela observaram a cena com prazer, enquanto ela tentava balbuciar algo.

“Eu concordo” ele respondeu olhando propositalmente para seu decote desejando tocar e beijar aquela aérea branca e lisa. Seu sangue correu mais rápido e ferveu, ao pensar em como seria o sabor dela ali. 

O olhar de Oliver foi tão intenso que a fez corar. E uma descarga elétrica cruzou seu corpo. Ele a colocou de volta no chão e ela o puxou até a saída.

****

Chloe parou o primeiro táxi que viu passar. E deu ao taxista o endereço de Oliver. Ela não iria com ele. Quando ele percebeu que ela não entraria no carro, já era tarde, o motorista já havia saído em disparada. E ela se arrependeu olhando a expressão de raiva que ele lhe dava. Pegou o próximo táxi e foi até seu apartamento. Tinha que agir como uma adulta e tinha prometido tomar conta dele.

Vendo a porta aberta, ela entrou sem avisar e o encontrou sentado com uma garrafa na mão.

“Sim, eu estou vivo. Você já pode ir embora” ele disse sério, sem se virar para encará-la, tomando mais uma dose da bebida que estava em suas mãos.

Ele estava magoado com ela. Mas ela não se moveu, ficou esperando que ele falasse com ela, e ele continuou terminando sua bebida indiferente a sua presença.

Oliver acabou cochilando no sofá. Ela não sabia ao certo quanto tempo ficou ali, apenas olhando pra ele. Vigiando seu sono. E quando ele se mexeu agitado, ela começou a acariciar seu rosto. 

Decidiu acordá-lo, ele ficaria mais confortável em sua cama.

“Ollie,” ela o chamou suavemente.

“Hmm...” ele murmurou ainda de olhos fechados. ”hmmm...”

“Oliver” ele a ouviu de novo. E abriu seus olhos, sua visão parecia envolta em uma névoa, e ele piscou tentando clareá-la. Seus pés se moveram e ele se deu conta de que seu corpo estava deitado num sofá. E ele se sentou bruscamente.

“Oh. Não” ele resmungou alto, olhando a garrafa vazia no chão.

“Não o que?” ela perguntou olhando pra ele. Sentando-se ao seu lado.

Ele disfarçou a expressão de decepção, esfregando as mãos sobre o rosto. Com uma de suas mãos ela apertou seu braço de leve, enquanto a outra subia e descia pelas suas costas.

“Ei, seja lá o que você estava sonhando, não pode ser tão ruim assim, certo?” ela disse inclinando a cabeça pra ele. Na verdade ele parecia estar se divertindo muito.

“Certo” mentiu descaradamente. Mas o que ele poderia dizer? Eu estava tendo um sonho quente com você.

A mão dela pairou sobre sua perna sem pensar muito sobre isso, o fazendo enrijecer novamente e ele se virou para ela, olhando-a com seriedade.

“O que foi agora?” ela tentou ler sua expressão de braveza, e seguiu os olhos dele até sua mão, retirando-a imediatamente de lá.

“Por que você está aqui, Chloe?” a voz dele num tom elevado enquanto a fitava. “É sábado à noite, você devia estar naquela festa. E você decide vir bancar a minha babá?”

Sem perceber enquanto falava ele se aproximava mais dela, fazendo-a curvar o corpo pelo peso do dele. Ela se encolheu no sofá. 

“Eu acho que você precisa se acalmar” disse a ele, o sentindo sobre ela e de um banho gelado, pensou.

Ela deslizou pra fora do sofá se levantando e indo em direção a sua bolsa. “Talvez seja melhor eu voltar amanhã." Sorriu timidamente pra ele.

“Geez, Chloe. Tá vendo, você tá me enlouquecendo.” Ele levou suas mãos até sua cabeça, bufando antes de continuar a falar.

“Você é tão...” perfeita, incrível, eu nunca conheci ninguém assim. “Você.”

“E o que isso significa exatamente?” ela perguntou. Não sairia dali até ter obter respostas.

“Você sabe sim. Uma medrosa e teimosa, que a qualquer sinal de que alguém possa estar se apaixonando por você, foge como uma louca.” Pronto, ele tinha falado e ela provavelmente iria sair do seu apartamento no minuto seguinte.

Ele lhe deu as costas, esperando o som da porta bater pra poder se virar. Mas o som não veio, ao invés disso ele a ouviu suspirar baixinho como se juntasse forças para falar.

“Você está certo.” Ela disse quase inaudível e sem obter reação dele aumentou o tom de sua voz sua voz. “Você tem toda a razão.”

Ele permaneceu de costas cruzando os braços sobre o peito e travando sua mandíbula. E era mais fácil para ela desabafar sem encarar os olhos magoados dele sobre os dela.

“Mas o que você acha que eu to fazendo aqui? Em pleno sábado à noite, toda arrumada, quando eu podia ter ficado naquela festa badalada? E por que eu acabo de passar todo esse tempo acariciando seu rosto enquanto você babava e ressonava nesse sofá?”

E nessas palavras ele se virou, para encara-lá. “Então que tal dar uma chance a essa mulher louca” ela apontou pra si mesma “de fazer as coisas certas?” sua cabeça tombou um pouco para o lado, pressionando os lábios juntos enquanto esperava sua resposta.

“Talvez...” ele sacudiu a cabeça e soltou seus braços ao longo de seu corpo “talvez eu possa fazer isso por você” ele sorriu para ela.

“Bom” ela riu aliviada, sentindo a tensão abandonar seu corpo.

“Mas isso começa agora, certo?” Ele se aproximou dela a ponto dedeixá-la nervosa pela proximidade.

“É” ela assentiu.

“Então, banho.” Não era uma sugestão, era uma ordem.

“Tá, eu espero você tomar banho.” Ela fingiu não entender.

Ele ergueu as sobrancelhas “Por que você faria isso? Se você pode se juntar a mim.” Ele explicou a erguendo em seu colo e caminhando com ela.

Chloe se permitiu gargalhar “Só porque você está insistindo.’’

“Você vai me ajudar a reviver o sonho que eu estava tendo.” Ele disse a ela com entusiasmo.

“O que eu tenho haver com o que você sonhou?” perguntou enquanto se relembrava dos gemidos dele baixinho no sofá. Sem dúvida era algo bom.

“Você é a pessoa que vai torná-lo melhor que um sonho.”

E pra sua surpresa foi ela que capturou seus lábios. “Eu gosto de como isso soa.”

*Fim

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