Naked Math (2)

Título: Matemática Nua
Resumo: Oliver acidentalmente encontra Chloe pelada.
Autora: smallvillefics
Classificação: R
Anterior: Naked Math

"Vinte e três horas", AC resmungou.

"Isso significa que ninguém está a fim de tomar café da manhã?" Bart perguntou esmagado entre AC e Victor no banco traseiro.

AC olhou pra ele. Victor parecia pouco animado.

O vôo mesmo tinha durado dezesseis horas. Acrescentando a isso a aterrissagem de emergência que eles fizeram numa pista de pouso abandonada devido ao mau tempo e o resultado era uma irritação justificável. Victor parecia o menos afetado. O sortudo desgraçado podia simplesmente desligar.

O resto deles já estava prestes a votar que alguém saísse da câmara de vácuo quando o piloto anunciou a descida final. Bart parecia exausto, mas seus pés praticamente tremiam com o excesso de energia. A personalidade surfista de AC parecia diminuir a cada milha que eles voavam sobre o oceano. A mandíbula de Oliver parecia espasmar de cada vez que ele a travou e destravou. Quando ele viu Bart encher de sal a boca de um inconsciente Victor ele simplesmente desistiu.

"A única coisa que eu quero é tomar banho e dormir", AC respondeu.

"Eu também", Chloe disse, olhos ainda fechados contra o vidro do sedan.

"Nem eu estou interessado", Victor informou Bart com indiferença.

Bart bufou. "Cala a boca, Super Vicky. Alguns de nós não consegue dormir de estômago vazio."

Ouvindo o tumulto se formar no banco de trás Chloe lhe deu um obrigada silencioso por ter conseguido sentar no banco da frente - antes de Bart inclusive. Ele devia estar realmente cansado.

Oliver estacionou o carro e o grupo desanimado meio carregou, meio arrastou seus pertences até a mesa da recepção.

Chloe esfregou os olhos e tentou manter o equilíbrio enquanto esperava Ollie fazer o check-in. Nunca em sua vida ela tinha se sentido tão feliz pelos flertes incorrigíveis do homem. Eles pareceram acelerar o serviço. Ela estava tão cansada que de fato nem tirou uma com a cara dele.

"Estamos todos no mesmo corredor. AC, você fica no 308-"

AC pegou a chave-cartão da mão de Oliver e saiu sem dizer nenhuma palavra.

"Victor você fica no 309; Bart no 310. Chloe, 311 e eu estou no 312."

Victor pegou a bolsa e deu um simples aceno de cabeça antes de se retirar.

Bart sorriu, embora estivesse cansado, e esfregou as mãos. "Café, então cama."

Correndo na direção de Oliver ele tinha a intenção de usar sua normal rapidez como um leve truque, pegar seus cartões e desaparecer. O sono deve ter feito alguma coisa com a coordenação, e ao invés, ele trombou com Chloe e Oliver. Se recuperando rapidamente suas mãos pegaram os cartões caídos no chão e os devolveu se desculpando, enquanto Chloe pegava sua mochila do chão.

"Desculpem. Como eu disse, café, e depois dormir."

Enquanto Bart desaparecia, ajustando a velocidade à humana para não levantar suspeitas, o estômago de Oliver roncou sonoramente.

Oliver gemeu frustrado. "Parece que o sono vai ter que esperar um pouco mais."

Chloe acenou com a mão. "Me dá seu cartão", ela o instruiu cansadamente.

"O quê? Não", ele discordou.

"Não discute comigo quando eu estou cansada. A bagagem já está no carrinho. Não tem razão para carregá-las escada acima. Eu deixo sua bagagem no seu quarto, você vai tomar café."

O olhar exausto no rosto dela o forçou a engolir quaisquer comentários. Discordar dela agora só iria irritá-la independente de suas boas intenções ou lógica. Ele não ia começar uma briga. Silenciosamente ele passou a ela uma de suas duas chaves.

"Te vejo de manhã."

Chloe o observou se afastar e começou a empurrar o carrinho na direção do elevador. Cada músculo de seu corpo estava tenso. Seus olhos queriam tanto se fechar que ela poderia até chorar, mas seus membros se recusavam, tão duros para se sentir confortável.

308, 309, 310. Finalmente. 311 e 312. O quarto dela e o de Oliver ficavam no fim do corredor. Ela passou o cartão de Oliver e segurou a porta com o pé enquanto pegava suas duas malas de dentro do carrinho. Se empurrando pra dentro, ela as deixou num canto.

Voltando, ela pegou suas próprias malas e se jogou dentro de seu quarto. Xingando a exaustão ela se jogou de frente na cama. Soltando um gemido ela levantou a cabeça e olhou na direção do banheiro.

Água.

Água quente.

Água quente e limpa.

Ela estava embaixo do chuveiro tão rápido que até imaginou como tinha conseguido chegar até ali. Ela nem lembrava de ter tirado a roupa, então isso não era um bom indicativo de seu estado mental. Que ótimo.

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Ele não fazia ideia do que tinha comido. E nem queria pensar nas possibilidades. Seu estômago estava saciado e uma onda de prazer o invadiu. Se jogando para dentro do elevador ele apertou o botão de seu andar. Ugh. Música de elevador. A viagem durou 45 segundos e ainda assim ele desejava ter a visão de calor de Clark para derreter a caixa de som.

Se empurrando para o corredor ele suspirou aliviado ao ver sua porta. Ele passou o cartão. Luz vermelha. Ele passou de novo. Luz vermelha. Ele tentou a maçaneta e passou o cartão de novo. Luz vermelha.

Ele deixou a cabeça cair para a frente e soltou um gemido. Ele ia ter que voltar para a recepção? Ele não podia apenas derrubar a porta? Ou dormir no corredor? As duas opções pareciam perfeitamente aceitáveis. Ele levantou a cabeça e viu a porta em frente.

Espera. Ele ficou com o 311 ou o 312? A confusão invadiu seus olhos. Ele lutou para se lembrar. Ele disse a ela 311 ou 312? Ele falou o número do quarto errado ou deu a ela o cartão errado?

Ele deu de ombros. Valia a tentativa. Ele passou o cartão no 311. Luz verde. Aleluias pulsaram em suas veias. Ela deve ter ficado no outro quarto. Ele virou a maçaneta.

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"Bem melhor", ela pensou. Enrolando uma toalha fofa ao redor da pele, ela estava só um pouco molhada. Ela correu os dedos pelo cabelo, curto e naturalmente enrolado nas pontas.

O dia tinha acabado. O fim estava próximo.

"Aqui vou eu", ela pensou sonolenta enquanto pensava na cama que a aguardava.

Ela pendurou a toalha no suporte e entrou no quarto, indo até sua mala no pé da cama. Ela puxou o zíper. Não. Não. Droga!

Estava preso; não abria. Ela lutou. Rezou. Xingou. Nada.

Rosnando ela soltou o zíper, dando um passo pra trás e colocando a mão sobre os quadris olhando para a mala.

A porta se abriu, de repente.

A cabeça dela se virou com o movimento. Ela arfou.

Ele parou no mesmo lugar, a boca levemente aberta. Seus olhos estavam meio que vidrados; ela não sabia se por causa do sono ou pela reação dela.

"Wow..." ele gemeu.

Sua forma nua e por um segundo ela sentiu o olhar dele antes de jogar as mãos para tentar cobrir seus atributos menos vistos.

"OLIVER!" ela gritou.

Ele fechou os olhos, se virando. "Desculpa, desculpa!"

"Que diabos?!"

"Eu achei que esse era meu quarto!" ele tentou explicar.

"Você distribuiu os quartos", ela resmungou numa voz baixa, puxando o edredom da cama. "É melhor isso não ser uma das suas ideias de 'igualar o placar'."

"Foi um acidente. Eu juro. Minha chave não funcionou, eu achei que estivesse tentando abrir o quarto errado."

"Mas eu estou com minhas chaves, então como foi..." sua voz falhou. "Bart", ela disse.

Ele ergueu as sobrancelhas, ainda olhando para a parede. "Então... estamos de acordo? A culpa é do Bart?"

Ela olhou nervosa e envergonhada para as costas dele. "Bart não te obrigou a olhar e falar 'wow'."

Ele fez uma cara. Ok, então ele tinha uma desculpa. "Isso não é culpa minha", ele disse, teimosamente se defendendo.

"Como é?" Veneno correndo em sua voz.

"Posso virar agora?"

"O que você faria se eu dissesse que não?" ela respondeu de mal-humor.

Ele se virou. O edredom ao redor do corpo dela, sendo seguro o mais forte possível com seus braços cruzados na frente do peito.

"Não é culpa sua?" ela repetiu de volta pra ele.

"Tudo o que eu fiz foi entrar em um quarto e bam! Meus olhos foram atingidos."

"E o comentário?"

Ele olhou pra ela de lado. "O que você queria que eu dissesse? Eca, Que nojo, Repulsivo?"

Ela revirou os olhos e olhou pra longe.

"Exatamente. E por que você está vestindo um cobertor?"

Ela bufou. "Vem cá."

Ele não se moveu, mas estreitou os olhos. "Isso é alguma pegadinha?"

"Vem cá", ela disse impaciente.

Ele levantou as mãos em sinal de rendição e se aproximou da loira num estado comprometido de vestimenta.

"Você consegue abrir minha mala?" Ela perguntou fazendo cara de irritada e desviando os olhos. "Está emperrada."

"Você me perdoa se eu abrir?" ele perguntou.

Ela olhou pra ele e deu um pequeno e relutante sorriso. "Certo."

"Só certo?"

"Certo. Eu absolvo você de toda culpa neste incidente", ela completou.

Ele deu dois puxões na mala e a abriu. Ele sorriu. Ela ficou irritada. Como ele conseguia fazer isso? Ele era absolutamente irritante algumas vezes.

"Você pode ir agora", ela o informou.

"Como eu vou entrar no meu quarto?" ele pontuou.

Ela olhou como se ele fosse o idiota da cidade. "Faça a matemática. Use sua outra chave."

Ela observou enquanto ele calculava o cenário e um olhar tímido surgiu em seu rosto. "Ok. Cer-to." Ele já estava quase na porta quando se virou pra ela novamente. "Já que você falou em matemática", ele começou, "eu lembro de uma outra conversa que tivemos."

"Por favor não me lembre daquilo."

Ele continuou. "Naquela vez você deixou bem claro que só alguns homens tinham visto você pelada, e por razões íntimas. Já que agora eu te vi nua e faço parte desse grupo-"

Um sapato passou voando por sua cabeça e acertou a parede.

Ele se inclinou para fora do quarto, um sorriso enorme no rosto. "Boa noite, Chloe!" ele falou por sobre o ombro.

Ela podia jogar quantos sapatos quisesse. Ele tinha visto ela evitando sorrir antes disso.

Ele estava se sentindo bem confiante. Qualquer dia desses eles estariam pelados. Juntos. De propósito.

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Naked Math 3

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