Tempo Perdido - Reencontro (1/4)

Resumo: Chloe volta desmemoriada de um reconhecimento de campo.

Autora: kachica

Classificação: PG-13

Escuridão. De repente aparece uma luz. Chloe Sullivan abre os seus olhos e tudo o que ela conseguia ver era um par de luzes que pareciam vir em sua direção. Aonde ela estava? Que raio aconteceu com ela? Ai, meu Deus, aquilo é um carro? Ela tenta se levantar, mas o carro segue vindo em sua direção e quase a atinge, caso ela não tivesse rolado para fora da estrada. Este passou perto, ela pensou. Por que ela estava ensopada deitada no meio de uma estrada no meio do nada sem ter noção de como ela fora parar lá?

Ela tentou se lembrar onde estava antes de vir parar ali. A primeira coisa que lhe veio a mente foi que ela tinha decidido ir sozinha fazer um reconhecimento de campo. Mas o lugar onde ela estava agora em nada se parecia com aquele lugar.

Verificou se ainda tinha alguma coisa com ela, mas seus bolsos estavam vazios e as roupas que ela vestia não eram dela. Que diabos lhe aconteceu?

Caminhou na mesma direção em que o carro seguiu. Depois de algumas horas caminhando, ela finalmente avistou uma casa com algumas luzes acesas. Mas Chloe logo viu que a casa estava cheia de alarmes espalhados e outros dispositivos de segurança. Alarmes começaram a soar em sua cabeça. Talvez não fosse uma boa ideia tentar essa casa. Ela se virou e decidiu seguir na estrada tentando achar algum outro lugar.

Após mais algumas horas de caminhada, ela chegou no que parecia ser uma vila antiga. Eu devo estar assistindo muito filme antigo, ela pensou.

Vendo um banco na frente de uma casa ela decidiu se sentar lá e esperar pelo nascer do sol, já que não conseguia encontrar nenhum telefone a vista.

Assim que o sol nasceu, um homem – por volta dos 30, altura mediana, cabelos escuros, óculos, vestindo um terno e carregando uma maleta – saiu da casa ao lado de onde ela estava e seguiu em direção ao carro parado na frente da casa. Chloe se levantou rapidamente e foi em direção ao homem, que quase teve um ataque do coração, pois ele não esperava ver ninguém àquela hora do dia por ali.

“Olá.” Ela disse, pensado que ela precisava de alguma desculpa rápida para pedir o telefone dele emprestado. “Bom dia, eu não queria te incomodar, mas seria possível usar o seu telefone?”

“Bom dia, há algum problema, senhorita?”

“Não tenho certeza. Onde é que estamos?”

O homem a olhou engraçado, a observando seriamente pela primeira vez. "Você não sabe aonde você está? Você está bem? Devo chamar a polícia ou talvez uma ambulância?"

“Er, só preciso de um telefone. Preciso telefonar para alguém. Ele deve estar muito preocupado comigo.”

“Claro”. Ele disse retirando o seu celular do bolso. “Aqui está.”

“Provavelmente será interurbano, mas não se preocupe, eu te pagarei de volta.” Ela respondeu pegando o celular da mão dele.

Ela discou para a Torre de Vigilância.

“Alô” respondeu Victor do outro lado da linha.

“Hey, Vic. Sou eu. Eu tô bem, eu acho.”

“Chloe? Onde você está?”

“Eu tô…” ela pausou, olhando para o homem ao seu lado.

“Onde é que estou?” ela disse colocando a mão sobre o telefone. “Estamos nos arredores de Wiscasset, Maine.”

“O quê? Obrigada!” Retirando a mão sobre o telefone. "Estou em algum lugar próximo a Wiscasset, Maine.”

“Onde?” Victor não conseguia acreditar. “Estou mandando Bart te buscar já. Você precisa de alguma coisa?”

“Eu realmente gostaria de uma muda de roupa e pagar por esta ligação..”

“Feito. Bart deve chegar aí a qualquer segundo. Te vejo logo, Torre.”

“Tchau, Vic.” Assim que ela desligou, ela sentiu um vento forte passar por ela. Era Bart com certeza. E ele já estava parado ao seu lado.

“Hey, Chloe. Recebi a mensagem. Aqui estão as suas roupas.”

Finalmente notando o cara ao lado de Chloe. “Oi, cara. Valeu por ajudá-la!" diz estendendo a mão para cumprimentá-lo.

O cara estende a sua e eles se cumprimentam. “Sem problema.” Virando-se em direção a Chloe. “Você gostaria de se trocar? O banheiro fica na segunda porta a direita.”

“Oh, obrigada.” Ela diz, já seguindo em direção ao lugar indicado pelo homem.

*-*-*-*-

Depois de se trocar, Bart a levou de volta a Torre de Vigilância. No caminho de volta ele lhe deu uma atualização sobre o que aconteceu na sua ausência de forma resumida. E que ela esteve sumida por 10 dias. E para acrescentar, ela ficou sabendo como essa situação afetou Oliver, que já estava ficando louco, sem saber mais o que fazer para encontrá-la. A liga toda já sabia da relação dos dois e Chloe não se sentia nada confortável com isso.

Assim que ela entrou na Torre de Vigilância, ela viu que Emil já a esperava para fazer alguns exames. Duas horas e muitos testes depois, estava claro que Chloe estava bem e que não havia nada de diferente na sua corrente sanguínea. Assim que ela saiu da sala de exames, ela se deparou com o par de olhos castanhos bastante preocupados do Oliver. Ele apenas foi até ela e a abraçou, tentando envolver cada centímetro dela em seus braços, como se ele precisasse dela como o ar para respirar. Depois de alguns minutos, ele deu um passo para trás para poder olhar o seu rosto melhor, como se procurasse algum arranhão ou algo assim, tentado se assegurar que ela estava realmente bem. Ela estava se sentido vulnerável e estranha diante da tamanha intensidade do olhar dele e preocupada pelo fato da liga saber deles. Mas Oliver parecia não dar a mínima para isso, pois toda esta cena se passou diante dos olhos de metade da liga, Victor, AC e Bart. Esses três faziam de tudo para evitar a cena que ocorria diante deles.

Isto tudo a estava sufocando, mas ela tentou deixar isso de lado, pois sua principal preocupação atual era descobrir o que acontecera com ela. Oliver a contou que ele e os rapazes tentaram recriar todos os seus passos até o seu sumiço, mas nada encontraram e então perguntaram a ela se ela teria algo a acrescentar.

A única coisa que lhe chamara a atenção foi que a caminho do local de reconhecimento, ela quase foi atropelada por um motorista louco na Avenida Lexton. Imediatamente após ouvir isso, Victor começou a buscar imagens de video do local. Ele acabou encontrando a foto de um carro, mas a única coisa visível que o diferenciava dos demais era um círculo borrado que era usado como logo. Chloe teria que trabalhar a imagem para torná-la clara. Assim que ela se aproximou do computador, Oliver pegou o seu braço e disse a olhando de maneira preocupada: “Deixe isso pro Vic. Você precisa descansar.”

“Acho que eu poderia fazer isso.” Ela respondeu hesitando um pouco.

“Deixe-me te levar pra minha casa, assim você pode descansar. Amanhã você pode vir com toda a força tentar descobrir o que aconteceu com sua energia renovada.” Ele disse oferecendo-lhe a mão.

Chloe pegou a sua mão e eles seguiram em direção às portas da Torre de Vigilância.

A viagem da Torre de Vigilância para a casa do Oliver foi curta, mas bastante quieta.

Ele a ajudou a sair do carro e caminhou colocando o braço sobre os seus ombros até o elevador.

Assim que eles chegaram ao apartamento dele, ele a levou direto para o banheiro do seu quarto. Ele a deixou lá e depois voltou carregando uma nova muda de roupa e uma toalha. “Você deveria provavelmente tomar um banho e ir dormir. Você está com fome? Eu posso preparar alguma coisa pra você enquanto você toma banho.”

“Isto seria bom, obrigada.”

Ele a beija na testa e sai do banheiro. Chloe se despe e entra debaixo do chuveiro. Assim que ela abre a torneira, foi como se finalmente a ficha sobre tudo o que lhe acontecera tivesse caído. Ela começou a chorar. Depois de chorar por alguns minutos e terminar de tomar banho, ela se vestiu e se dirigiu a cozinha. Lá, ela encontrou Oliver em frente ao fogão cozinhando algo.

“Hey, tá se sentindo melhor? Por que você não vem até aqui e se senta? Tô quase terminando.” Ele disse indicando a cadeira em frente do balcão com a cabeça.

“Claro” ela disse se sentando no local indicado. “Isso está com um cheirinho ótimo, Ollie!”

“Oh, obrigado. Não é muito, são apenas panquecas.” Ele disse enquanto finalizava o prato. “Aqui está. Bon appétit”. Ele disse colocando o prato na sua frente.

“Obrigada, Ollie.” Ela disse já dando uma mordida na comida. “Hm, isto está realmente bom. Você precisa me ensinar a fazer isso um dia desses.”

“Sem problema algum, Torre. Quando você quiser, é só falar.”

Depois de comerem, eles se sentaram no sofá da sala. Na verdade ele se sentou no sofá, ela meio que se encostou nele. Ele ficou passando a mão esquerda dele para cima e para baixo nas costas dela enquanto a sua outra mão brincava com a mão direita dela.

“Senti muito a sua falta, Chlo.” Ele disse abaixando a cabeça, beijando-lhe a testa.

“Eu também senti a sua.” Ela disse apertando a mão direita dele.

Após alguns minutos, ela caiu no sono. Oliver a pegou no colo e a levou para o quarto. Ele a colocou com cuidado sobre a sua cama, deitando-se ao seu lado, virando o seu corpo todo em direção a ela, pois assim ele poderia vê-la dormir. Após alguns minutos ela se aconchegou nele. Oliver não conseguia esconder um sorriso. Ele não conseguia acreditar como ele podia sentir tanta falta dela. Ele ficou acordado por um tempo apenas a olhando, como ela parecia tão serena. Ele continuava pensando como ele quase a perdeu e como ele se sentiu perdido sem tê-la a seu lado, sem poder tocá-la ou vê-la de novo. Sentir o seu cheiro. Ver aqueles olhos verdes brilharem quando ela estava feliz. Ouvir a sua risada. Eram das coisas simples que ele mais sentia falta. Ele nunca mais queria se sentir assim de novo, ele não podia perdê-la. A vida era muita curta. Ela pertencia àquele lugar, a seu lado. Ele nunca deixaria isso acontecer de novo, mas antes ele também tinha que recarregar a sua bateria e com esse pensamento ele adormeceu a segurando o máximo que ele podia junto a ele, como se estivesse com medo que ela sumisse de novo.

*-*-*-*-

[CONTINUA]

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