Warming Trends (Parte 1)

Série: In His Sights

Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.

Título: Fazendo as Pazes

Resumo da história: Sequência de Cold Front. Um filme + um flashback da primeira noite juntos depois do confronto na Watchtower.

Autora: fickery

Classificação: NC-17

Episódio: Conspiracy

Nota da Autora: Inicialmente eu não planejava escrever uma sequência. Mas quando terminei Cold Front, fiquei pensando sobre como seria desconfortável a primeira noite juntos depois do confronto na Watchtower, e como eles ainda precisavam resolver isso.

Nota: tradução sugerida pela Ciça e pela Sam.

Histórias anteriores:

In His Sights
Negotiation (parte 1) (parte 2)

As You Wish

Cold Front

"Você está muito longe."

Chloe olhou para seus torsos juntos. No momento ela estava embaixo do braço dele enquanto se aconchegavam no sofá de Oliver. Uma fina folha de papel não caberia entre eles. "Não é fisicamente possível ficarmos mais perto." Ele inclinou a cabeça pra ela com um olhar Chloe-eu-estou-desapontado. "Com nossas roupas", ela acrescentou, exasperada.

Ele sorriu. "Eu tenho que discordar." Em um movimento suave ele a colocou em seu colo, sentando-a entre suas pernas, e passou os braços ao redor dela. Ela se inclinou contra seu peito. "Viu? Mais perto. Fácil."

"Cuidado com o que você chama de fácil aí hein, Queen."

"Chloe, eu jamais chamaria você de fácil. Em NENHUM sentido da palavra. Aiii", ele acrescentou enquanto ela lhe dava uma cotovelada.

"Você está certo. Isso definitivamente deixa as coisas mais fáceis", ela disse triunfante.

Ele colocou o cabelo dela pra trás e beijou o ponto sensível abaixo de sua orelha. Ela estremeceu. "Trégua? Eu conheço todos os seus pontos fracos", ele avisou.

Ela colocou a tigela de pipoca no colo e ofereceu pra ele. "Shhh. Assiste o filme, Oliver." Eles tinham decidido assistir Agente 86 naquela noite, imaginando que tinha o que agradava aos dois: humor, romance, cenas de ação, diálogos sarcásticos, e colírio para os olhos: Anne Hathaway para ele, Dwayne 'The Rock' Johnson para ela. Ele pegou uma mão cheia de pipoca e sorriu. Ele estava disposto a apostar um quarto das ações da Queen Industries que eles não iam chegar nem à metade do filme antes das coisas esquentarem neste sofá e não na grande tela de plasma.

Ela se aconchegou no peito dele e ele apertou os braços ao redor dela. Nas últimas semanas as coisas estavam mais fáceis entre eles, apesar -- ou, estranhamente, possivelmente por causa da -- recente e nada convencional pequena aventura deles na pousada. Nada como encontrar as pessoas que você quer evitar, estragando o status de amantes secretos, um pequeno surto sobre relacionamentos, uma pequena possessão banshee e ver seu melhor amigo do sexo oposto nu para animar um fim de semana. Mas de algum jeito eles ainda tinham conseguido ter muito sexo maravilhoso, um dia inteiro de passeio e vinho e, no final, uma surpreendentemente conversa honesta e curativa sobre a bagagem de seus respectivos relacionamentos anteriores.

Tinha sido a segunda conversa desse tipo que ele e Chloe tiveram no último mês. Talvez eu finalmente esteja começando a fazer direito essa coisa de relacionamento.

*_*_*_*

A primeira conversa tinha sido naquela noite em que ele a trouxe pra casa depois de confrontá-la na Watchtower sobre o dinheiro das armas de kriptonita, apenas para descobrir que ela tinha mentido pra ele com o objetivo de protegê-lo. Ele não tinha sido capaz de -- ele não queria -- parar de tocá-la, segurá-la, durante todo o caminho pra casa. Na calçada, ele colocou o braço ao redor dela, puxando-a para perto dele; no carro, ele continuou brincando com os dedos dela, acariciando sua mão.

No elevador, ele a pressionou contra a parede, inclinando-se sobre ela. Olhando em seus olhos, seus lábios próximos dos dela, ele arfou. "O que você quer para o jantar?" Ela riu um pouco com a proposital brincadeira, percebendo que era a primeira vez que dava risada nos últimos dias.

"Tanto faz. Mesmo. Você escolhe."

"Você tem se alimentado direito?" ele disse, quando entraram em seu apartamento e foram para a cozinha.

"É claro que eu tenho me alimentado", ela disse. Encontrando seu olhar duvidoso, ela acrescentou. "O suficiente. Eu tenho comido o suficiente. Bastante."

Mentalmente ele disse que era mentira enquanto a ajudava a tirar o casaco e depois tirar o seu próprio. A seus olhos, admissivelmente acostumado a apreciar seu corpo, ela parecia mais magra. A culpa o atingiu, sabendo que ela provavelmente tinha estado muito chateada para pensar em outra coisa que não fosse café durante a semana. Bem, esta noite, ela seria alimentada.

"Não está com desejo de nada em especial?" ele perguntou, um sorriso brincando em seus lábios.

Ela ignorou o duplo sentido da pergunta. "Na verdade não. Nada. Bem -- na verdade, eu quero sobremesa. Tiramisu, ou algum sorvete. Se não for isso, não me importa."

"Então vamos pedir comida italiana. Lasanha do Luigi?" Ela assentiu. Ele fez o pedido observando-a pelo canto dos olhos. Ultimamente ela tinha ficado quase confortável em seu apartamento quando estava sozinha, mas não esta noite. Esta noite ela parecia incomodada, como se estivesse pensando em pedir permissão para pegar um copo d'água ou usar o banheiro. Aparentemente ele tinha muito que se redimir.

"Vai chegar em trinta minutos. Que tal um pouco de vinho enquanto esperamos?" Ela assentiu novamente, e ele abriu um Barber d'Asti, imaginando que seria bom com a comida. Ele serviu uma taça generosa pra ela e esperou que isso a ajudasse a relaxar.

Eles conversaram sobre o trabalho. Ele contou sobre as coisas que estava fazendo na Queen Industries, e ela o atualizou sobre o que os vários membros da equipe tinham feito na última semana. Ela estava mais brincando com o vinho do que bebendo, girando a taça em seus dedos macios. Ela parecia bastante empenhada, conversando e sorrindo de suas piadas, mas definitivamente ela estava com algumas reservas. Ela estava se controlando, sendo cuidadosa, não se abrindo completamente. Eu tenho que consertar isso, ele pensou. O mais rápido possível.

Quando a comida chegou, todo o processo de desembrulhar, servir, pegar talheres e guardanapos pareceu relaxá-la um pouco. Ele ficou feliz ao vê-la comendo uma porção normal. Nesse momento ele brincou apontando uma gota de marinara em seu lábio, limpando pra ela. Reflexivamente ela lambeu o molho do dedo dele -- o que lhe deu quase imediatamente uma ereção parcial -- antes de ficar vermelha e olhar pra longe. Ele decidiu tomar isso como um sinal de encorajamento.

Ela ficou contente e um pouco tocada quando descobriu que ele tinha pedido tanto o sorvete quanto o tiramisu para a sobremesa, dizendo que o que ela não quisesse hoje eles comeriam no café da manhã. Então aparentemente ele está esperando que eu passe a noite, ela pensou. Isso é bom, eu acho.

Ela escolheu o tiramisu. Depois do incidente com o molho, o que ele realmente queria era alimentá-la com a mão, deixando-a lamber seus dedos, mas esta noite provavelmente não era a melhor noite para sugerir isso. Ela comeu a sobremesa com óbvia satisfação, virando a colher na boca e a lambendo lentamente. Ele se mexeu desconfortavelmente na cadeira. Ele tinha certeza que ela não estava fazendo de propósito, mas isso realmente não estava ajudando sua presente circunstância.

Depois que terminaram e limparam tudo, ele fechou o vinho enquanto ela ia para o banheiro. "O que você quer assistir?" ele perguntou.

Ela parou. "Um filme que seja equivalente ao conforto da comida", ela disse. "Um que eu já tenha visto antes, e que eu não tenha que pensar muito."

Ele pensou nas opções, decidindo por nada muito sexy ou romântico que só iria aumentar a súbita tensão entre eles. Quando ela voltou, ele segurava Heróis Fora de Órbita e Homens de Preto. Ela escolheu o último.

Havia um certo embaraço e falta de jeito quando ele se sentou ao lado dela no sofá. Ele se arrumou e passou o braço em volta dela, surpreso pelo quanto estava nervoso. Me sinto um adolescente no meu primeiro encontro com uma garota que eu gosto.

O filme começou na frente deles, mas ele estava alheio, concentrado apenas no cheiro dela, no calor pressionado contra ele. Ele acariciou suavemente o ombro e o braço dela. Ela não reagiu, mas também não se afastou.

Ele começou a brincar gentilmente com o cabelo dela, correndo o dedo com suavidade, acariciando sua nuca. Ela suspirou e se inclinou contra ele, descansando a cabeça em seu peito e a mão em sua coxa. Deus, ele a queria tanto. Ele beijou seu cabelo e deitou sua cabeça no alto da dela. Ficaram sentados desse jeito, sem prestar atenção às imagens que apareciam na tela diante deles, por algum tempo.

Eventualmente ele levantou o queixo dela e a beijou. Ela hesitou por um momento e então respondeu, se pressionando contra ele e passando os braços em volta de seu pescoço. Ele fez um pequeno barulho de aprovação, colocando-a em seu colo e aprofundando o beijo. Ela envolveu os dedos em seu cabelo e abriu a boca pra ele, acariciando sua língua com a dela. Ela tinha um sabor doce, combinando o vinho tinto e o tiramisu.

Ele se recostou contra o sofá e a mexeu de forma que ela estivesse escanchada em seu colo, beijando sua garganta. Ela estava claramente excitada, seu rosto estava vermelho, o cabelo bagunçado. Eles estavam respirando com dificuldade e ele estava duro novamente. Ele sabia que chegariam àquele ponto sem retorno em um minuto ou dois e acabariam transando ali, mas a fala dela ainda o perseguia: "Sua cama não tem sido o lugar mais amigável ultimamente." Essa era a fonte da tensão entre eles, era o que ele tinha que consertar, e isso não ia acontecer naquele sofá.

Gemendo por ter que parar, ele segurou seu rosto. "Chloe, eu preciso... cuidar de uma coisa. Eu volto em alguns minutos, ok?" Ele gentilmente a recolocou no sofá e se levantou enquanto ela olhava pra ele surpresa. Ele se inclinou e a beijou. "Eu volto logo. Prometo."

Eu acho que ele... realmente precisa fazer xixi? ela pensou. Mas ela não estava ouvindo nenhum barulho do banheiro. Que diabos? Ela pegou o controle remoto e abaixou o volume, tentando ouvir alguma coisa. Quase dez minutos depois quando ele voltou, ele estendeu a mão pra ela.

"Eu quero te mostrar uma coisa." Ela segurou a mão dele e levantou do sofá deixando-o conduzi-la pelo apartamento. Ele abriu a porta do quarto dele e ela viu o que ele estava fazendo.

O quarto estava escurecido; a maior parte da iluminação vinha das chamas das velas. O ar tinha essência leve de sândalo e baunilha. A lua brilhava no céu. De alto-falantes invisíveis tocava um suave blues. "Eu não quero que minha cama -- ou meu apartamento, ou meus braços -- não pareçam amigáveis pra você, nunca mais."

Ela mordeu o lábio, tanto emocionada quanto confusa. "Ollie..."

Notando sua reação, ele deu um aceno se auto-depreciando. "Exagerei, né?"

"É incrivelmente... doce. Mas eu não acho -- sabe, que sexo por penitência, ou sexo de desculpas, ou seja lá como você queira chamar, vai resolver o que precisamos."

Ele olhou pra ela sem compreender. "O que você quer dizer?"

"Eu estou dizendo que eu acredito que nós vamos consertar isso -- nós dois queremos, e estamos tentando. Eu só não acho que vai acontecer em uma noite."

Ele balançou a cabeça, frustrado. "Isso não é de longe suficiente. Eu criei esse problema..."

"Nós dois criamos", ela interrompeu.

"... e eu preciso fazer alguma coisa pra consertar." Ele disse se sentando na beira da cama, colocando a cabeça nas mãos. "Eu faço o que você quiser, Chloe. Me diz o que eu tenho que fazer pra consertar isso."

Ela olhou pra ele, sem saber o que dizer até as palavras saírem de sua boca. "Tira a roupa."

_________________________________
SEQUÊNCIA: Warming Trends (parte 2)

_______________________________________________________________________________