Darkness (6/6)

Título: Escuridão
Resumo: Começa logo após Dominion.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Capítulo 1 - Capítulo 2 - Capítulo 3 - Capítulo 4 - Capítulo 5

Estava tudo perfeito. As luzes douradas brilhavam sobre eles enquanto dançavam, a música suave tocada pela banda que estava no canto. Os olhos dela eram vibrantes, cheios de vida, seus braços ao redor dela enquanto se moviam, feliz por estarem juntos novamente.

Ele percebeu a movimentação pelo canto dos olhos e se viu parado ali com o olhar vidrado. Suas sobrancelhas franziram um pouco e antes que pudesse dizer alguma coisa, o outro ele tinha as mãos apertadas com força ao redor da garganta dela.

"Pára!" ele gritou, puxando a cópia de si mesmo, tentando afastá-lo dela, sabendo por alguma razão que isso era inútil. A infecção o deixou forte fisicamente. Não tão forte quanto Clark, mas forte o suficiente para prevenir que ele fizesse algo para impedir o que estava acontecendo. Ele olhou ao redor freneticamente, viu Clark do outro lado do salão, dançando com Lois. "CLARK!"

O outro homem nem olhou. Ele pegou a faca que havia sido usada para cortar o bolo e enfiou no coração de sua cópia sem hesitar, sangue espirrando para todos os lados. Sobre todo o vestido azul de Chloe enquanto ela caía no chão, seus olhos arregalados e sem vida.

"Não", ele sussurrou, ajoelhando-se ao lado dela, ficando coberto de sangue. "Chloe, acorda!" Ele pressionou seu ouvido no peito dela. Não havia nenhum batimento. Nenhum som de respiração.

Não não não--

Ele se sentou, resfolegando, seus olhos arregalados e assustados enquanto procurava por ela na cama vazia. "Chloe!"

Chloe estava lavando o rosto no banheiro do quarto de hóspedes quando pensou ter ouvido alguma coisa, franzindo a testa, ela olhou pra cima e esperou pra ver se era ou não sua imaginação.

Ele estava fora da cama rapidamente, acendendo as luzes, ignorando a dor latejante em sua lateral enquanto se movia. "Chloe?"

Ela tinha definitivamente ouvido alguma coisa dessa vez. Inclinando a cabeça, ela saiu do banheiro e do quarto. "Ollie?" Ela franziu a testa.

O alívio o invadiu quando ouviu a voz dela, mesmo enquanto saía do quarto e ia para o corredor, seus olhos mais arregalados, e seu rosto mais pálido que o normal.

O rosto dela estava quase tão pálido quanto o dele, mas ela ergueu as sobrancelhas quando o viu. "O que aconteceu?" Ela perguntou, indo até ele.

"Você está aqui", ele murmurou, deslizando os braços ao redor dela num abraço apertado, enterrando o rosto em seu cabelo.

"Eu estou aqui", ela repetiu, passando os braços ao redor dele, mas sem muita força para não machucá-lo.

Ele estremeceu involuntariamente, pressionando um beijo em seu ombro e fechando os olhos.

"O que aconteceu?" Ela perguntou baixinho, esfregando suas costas para acalmá-lo.

"Você tinha sumido", ele sussurrou. "Estávamos na recepção e..." Sua voz estava embargada e ele balançou a cabeça um pouco.

"Shh", ela falou baixinho. "Eu só estava no outro quarto, não queria acordar você", ela falou baixinho, beijando seu rosto. "Está tudo bem, Ollie."

"Eu não conseguia impedir." Ele se afastou para olhar pra ela.

"Mas você conseguiu", ela disse, olhando pra ele. "Você não machucou ninguém."

Oliver engoliu em seco, forçando-se a respirar fundo. "Certo", ele sussurrou.

Chloe manteve o olhar e sorriu levemente. "Foi só um pesadelo, e considerando tudo o que você passou, é compreensível que você tenha tido um."

Assentindo um pouco, ele expirou lentamente. "Não conseguiu dormir?" ele perguntou.

"Só acordei", ela disse, sorrindo suavemente.

Ele se inclinou, dando um beijo suave em sua testa. "Oh."

"Você está bem?" Ela perguntou, olhando para o ferimento dele. "Você quer voltar pra cama?"

"Você ainda está cansada?" ele perguntou baixinho, levando uma mão até o rosto dela.

Chloe se inclinou ao seu toque e respirou fundo. "Na verdade..." ela olhou pra baixo, "tem uma coisa que eu queria falar com você."

Ele procurou seus olhos, seu estômago dando nós. "O que foi?"

"Não tem mesmo um jeito mais fácil de dizer isso", ela falou baixinho, engolindo em seco e então olhando pra ele novamente enquanto tentava encontrar as palavras, ou as melhores palavras possíveis, mas quando não conseguiu, simplesmente respirou fundo e olhou pra ele. "Eu estou grávida."

Era a primeira vez que ela dizia as palavras em voz alta e enquanto o fazia, seu estômago deu nós e seu coração pulou uma batida.

Oliver olhou pra ela, seus olhos um pouco mais arregalados que antes. "Grávida?" ele repetiu.

Ela apertou os lábios e assentiu, ela havia tido duas semanas para se acostumar com a ideia, mas ainda estava nervosa. "Eu descobri uma semana depois que você partiu. E eu sei que nunca falamos sobre ter filhos nem nada, mas..."

Ele piscou algumas vezes, ainda um pouco chocado. "Wow", ele murmurou.

"Sim..." ela arfou, olhando pra baixo e se sentindo ainda mais nervosa com a falta de resposta dele.

Ele roçou o polegar no rosto dela antes de se aproximar, hesitantemente levando a outra mão e descansando na barriga dela silenciosamente.

Chloe prendeu a respiração e olhou para a mão dele e de volta pra ele, seu coração acelerado.

Um sorriso suave tocou sua boca e ele olhou pra cima, encontrando os olhos dela. "Wow", ele sussurrou.

Ela inclinou um pouco a cabeça e o observou atentamente, respirando fundo. "É?"

"Definitivamente", ele disse, assentindo e prendendo a respiração enquanto olhava pra ela. "Pra você também, certo?"

"Sim", Chloe arfou, finalmente cobrindo a mão dele com a sua. "Eu não consigo pensar em nenhuma outra opção." Especialmente quando descobriu que ele tinha ido embora e não sabia se ele voltaria. Essa criança poderia ser a única coisa que ele lhe deixaria. Felizmente, esse não era mais o caso, mas ela já estava muito apegada a ele ou ela.

Ele abriu ainda mais o sorriso e sem falar nada abaixou a cabeça e beijou sua boca suavemente. "É por isso que você está acordada? Enjôo matinal? Quer que eu ligue para o Emil?"

"É, é por isso", ela disse, sorrindo suavemente ao seu repentino entusiasmo. "Eu não queria te acordar e eu... não procurei nenhum médico porque queria esperar que você voltasse, mas acho que posso esperar até voltarmos pra casa?"

"Tem certeza?" ele perguntou preocupado, procurando seus olhos. "Está se sentindo melhor agora?"

"Sim", Chloe resfolegou, passando os braços ao redor do pescoço dele. 'Sim, eu estou me sentindo bem melhor agora."

Ele relaxou. Um pouco. Assentindo, ele beijou sua testa gentilmente. "Você quer alguma coisa? Quer voltar a dormir?"

Ela respirou fundo e o observou por um momento. "Você ainda está cansado?"

"Um pouco. Mas você precisa descansar, eu vou ficar com você."

"Eu estou bem, Ollie." Ela assegurou, então se afastou e segurou suas mãos. "Mas você passou por muita coisa, então por que não nos deitamos um pouco mais?"

Oliver entrelaçou seus dedos nos dela, deixando-a puxá-lo gentilmente para o quarto mais uma vez, mantendo os olhos nos dela.

Chloe apertou levemente a mão dele e então soltou enquanto dava a volta na cama, para o seu lado e voltava pra debaixo dos cobertores.

Ele fez o mesmo, estremecendo um pouco enquanto se aproximava dela assim que se deitou. Ele passou o braço ao redor da cintura dela protetoramente, beijando seu rosto enquanto fechava os olhos.

Ela passou o braço ao redor dele e também se aproximou, colocando sua perna entre as dele e mantendo o olhar nele. Era um grande alívio ele saber a verdade, ela estava morrendo de vontade de contar quando estavam na igreja, mas tinha que garantir que ele estava bem primeiro e ela não queria que ele associasse a notícia a um acontecimento ruim já que sabia que era um momento que os dois lembrariam por muito tempo.

E ela sabia que ela lembraria do jeito que ele ficou animado quase instantaneamente, do jeito que os olhos dele brilharam e do jeito que ele sorriu. Eles nunca tinham conversado sobre filhos antes, na verdade estavam casados há pouco mais de três meses e ele esteve fora por quase um mês e mesmo antes disso, seu relacionamento nunca foi convencional. Mas ela sabia que ele ficaria feliz com a notícia. Oliver tinha perdido os pais quando era muito jovem e essa era sua chance de ter uma família novamente, apesar do quanto ela estava assustada, sabia que não tinha nada que não pudessem fazer se estivessem juntos.

"Eu amo você", ele sussurrou, encostando a testa na dela, esfregando suas costas gentilmente. "E qualquer coisa que você precisar, quando precisar... é só falar e vai ser seu." Ele beijou a ponta do nariz dela.

Chloe sorriu suavemente, fungando e só então percebendo que estava com lágrimas nos olhos, apertando o braço ao redor dele. "Idem", ela disse baixinho, seu peito ficando um pouco apertado. "E eu realmente sinto muito não ter estado aqui com você", ela falou, vinha se sentindo culpada desde que a escuridão o fez dizer aquelas coisas pra ela embora soubesse que ele não estava no controle, poderia o estar incomodando inconscientemente.

"Tudo bem", ele falou baixinho, dando outro beijo em seu rosto. "Você não precisa se desculpar, Chloe."

"Eu só quero explicar", ela disse a ele, roçando o nariz no dele. "Eu não quero que você pense que eu não queria estar aqui."

"Você estava resolvendo as coisas de lá." Ele olhou pra ela, sua mão indo até o rosto dela. "Não tinha muito o que pudesse ser feito daqui afinal."

"Eu estava", ela assegurou, inclinando-se contra a mão dele e pressionando os lábios em sua palma mas mantendo os olhos nele. "E primeiro eu achei que estava doente e não queria preocupar Lois mais do que ela já estava, mas quando eu descobri o que estava acontecendo eu não..." ela respirou fundo. "Eu não queria estar perto de ninguém que pudesse perceber porque eu queria que você fosse o primeiro a saber."

Sua expressão se suavizou ao ouvir isso. "Oh", ele sussurrou. Ele parou por um momento. "Chloe, se eu disse alguma coisa pra você quando eu não era... eu... eu realmente sinto muito."

"Eu não estou preocupada com isso", ela disse sinceramente. "Eu só queria que você soubesse, porque eu queria estar aqui e garantir que você estivesse bem."

"Eu sei", ele murmurou. "E eu nunca duvidei disso, ou de você." Ele prendeu a respiração. "A escuridão bagunçou minha cabeça."

"Eu sei", ela falou baixinho, roçando o nariz no dele. "E acho que vai demorar um tempo até você conseguir esquecer tudo."

Ele fechou os olhos, assentindo um pouco.

"E eu vou fazer o possível pra te ajudar a superar isso, eu sinto muito não estar na cama quando você acordou", ela falou sinceramente.

"Não é como se você pudesse evitar", ele falou.

"Você parecia estar dormindo tão tranquilamente", ela murmurou, sorrindo e levando a mão até seu rosto, roçando os dedos levemente sobre a pele dele.

"Eu estava no começo", ele admitiu, relaxando um pouco mais sob o toque dela.

"Você acha que consegue voltar a dormir?" Ela murmurou, beijando seu rosto e então o canto de sua boca.

"Talvez." Ele se aconchegou mais nela, beijando-a de volta suavemente.

Chloe o beijou de volta com a mesma suavidade, roçando os dedos em seu cabelo e sorrindo enquanto também relaxava.

"Você é minha força. Você sabe disso, certo?" ele sussurrou.

Seu peito apertou e ela respirou fundo antes de assentir. "E você é a minha também, Ollie. Mesmo que eu não seja boa em demonstrar o quanto preciso de você."

Oliver beijou sua testa, então descansou a cabeça ao lado da dela. "Dorme."

"Você também", ela murmurou, respirando fundo e fechando os olhos, se mexendo até sua cabeça estar entre o ombro e o pescoço dele e ela estava o mais perto dele possível.

Ele passou o braço ao redor dela mais uma vez. "Amo vocês", ele sussurrou enquanto fechava os olhos.

Ela sentiu o peito incrivelmente aquecido e respirou fundo. "Também amo vocês", ela sussurrou, sorrindo e roçando os dedos levemente nas costas dele até adormecer.

Ele sorriu também, ficando sonolento e sentindo-se bem mais leve do que se sentia há dias.

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