Friends With Benefits (14/26)

Resumo: História baseada no vídeo Friends With Benefits feito pela DiabeticDude202TVS.
Autoras: sxymami0909 e slytherinpunk
Classificação: NC-17
Pares: Chloe/Oliver - Lois/Clark
Banner: dandiandi22

Nota das autoras: Então... decidimos que essa história precisava de um aviso. Há descrição sexual gráfica... porque podemos ter exagerando um pouco no erotismo. Nada maluco, ou você sabe, malvado, apenas... explícito e muito descritivo LOL... Então este foi seu aviso. Se você não gosta desse tipo de descrição é melhor desistir, ou ler apenas os primeiros capítulos LOL.

Original
Nota: Essa fic foi sugerida pela Sam :D



(Um) (Dois) (Três) (Quatro) (Cinco) (Seis) (Sete) (Oito) (Nove) (Dez) (Onze) (Doze) (Treze)

Chloe gemeu quando o som de 'American Woman' invadiu seu sono enquanto se mexia nos lençóis macios que deslizavam por seu corpo nu que estava apoiado num corpo maior ao seu lado.

Ela enterrou a cabeça contra o peito de Oliver e embaixo de seu pescoço dando um pequeno suspiro enquanto tentava voltar para o abismo profundo do sono.

Oliver apertou o braço ao redor de sua cintura, roçando a cabeça na dela, seus olhos ainda fechados com força. "Ignora", ele murmurou preguiçosamente enquanto acariciava suas costas.

Ela assentiu fechando a mão embaixo do queixo enquanto estremecia levemente e murmurava um mísero 'frio' em seu peito.

Ele correu os dedos em sua pele, afastado-os para puxar o lençol até os ombros dela, massageando suas costas cobertas algumas vezes. "Melhor?"

Ela sorriu. "Um pouco, Lois idiota me acordou... É por isso que vou renegá-la... De verdade dessa vez." Ela deu um pequeno beijo acima de seu mamilo antes de descer a cabeça e ficar confortável.

Sua respiração estava ficando mais lenta e seus olhos em processo de fechar quando o telefone tocou de novo. "Eu deixei o telefone do seu lado... Desliga... Por favor."

Oliver gemeu enquanto se movia levemente e pegava o telefone dela, apertando os olhos e apertando o ignorar antes de desligar o telefone. Ele jogou o telefone de volta no criado-mudo, o braço caindo de volta ao seu lado, sua respiração finalmente começando a ficar mais lenta junto com a dela.

O silêncio tomou conta do quarto enquanto o peito de Chloe subia e descia lentamente contra o dele, sinalizando que ela estava novamente dormindo e antes de Oliver pudesse lhe fazer companhia houve um estranho grito vindo do corredor. "Oliver! É o Clark, você está aqui?"

Oliver gemeu, saindo debaixo de Chloe sem acordá-la. Ele abaixou, pegando a calça do chão, vestindo-a enquanto suprimia um palavrão. Saindo pela porta do quarto, ele viu Clark em sua sala.

"Clark - fala baixo, tá bom?" Seus olhos foram para a porta do quarto. "Eu tenho... Companhia." Seus olhos endureceram. "Companhia dormindo."

Clark conseguiu parecer envergonhado por dois minutos inteiros antes de ficar carrancudo. "Desculpe incomodar você, mas eu não consigo encontrar Chloe. Lois e eu estamos ligando pra ela sem parar desde ontem à noite."

Ele estendeu uma carta para Oliver e gesticulou para que ele a pegasse. Quando ele fez isso Clark continuou falando rapidamente. "Não pensamos nada ontem à noite, mas quando Lois foi pra casa de manhã ela encontrou essa carta na porta da frente."

Ele engoliu em seco. "Estamos realmente preocupados e estávamos imaginando se você tinha alguma notícia dela." Ele olhou pra baixo e balançou a cabeça. "Quem escreveria uma coisa doentia dessas? E diz que esse não é o primeiro aviso, por que ela não me falou nada sobre isso?"

Os movimentos de Clark eram inquietos enquanto ele corria uma mão pelo cabelo e andava de um lado para o outro na frente de Oliver. "E se aconteceu alguma coisa? E se ela está ferida?"

Ele balançou a cabeça, a voz repleta de medo enquanto olhava de volta para Oliver. "Eu não deveria ter deixado ela se envolver nessas coisas. Todos esses anos... ela vem sendo atacada, enterrada viva, sequestrada... é só falar - e já aconteceu com ela por minha causa... e agora---" ele parou. "Você pode me ajudar a encontrá-la? Por favor."

Oliver engoliu em seco quando viu a preocupação pela segurança de Chloe, estampada no rosto de Clark. Ele assentiu. "Eu vou te ajudar a encontrá-la, mas você deveria voltar para Lois e ver se ela tem o telefone ou alguma informação sobre esse tal... Sr. Int-alguma coisa."

Ele sentiu os batimentos acelerarem um pouco e realmente desejava que Clark estivesse muito preocupado para perceber. "É um... cliente de Chloe, outro investidor que ela falou."

Oliver esfregou a nuca e bocejou. "Chloe provavelmente trabalhou até tarde na Ísis e foi vê-lo quando acordou."

Ele levantou a mão para interromper o que Clark ia dizer. "Só verifica com ela e eu vou ligar para o Vic e pedir pra ele rastrear o telefone dela e te ligo."

Clark franziu a testa, mas assentiu. "Você me liga assim que descobrir alguma coisa?"

Oliver assentiu uma vez. "Eu ligo assim que falar com Vic."

"Obrigado, Oliver", ele lhe deu um pequeno sorriso, antes de desaparecer.

Oliver praticamente correu de volta para o quarto, sem saber quando tempo tinha antes de Clark voltar. Ele fechou a porta e correu para a cama, chacoalhando levemente o ombro de Chloe. "Chloe... Chloe, acorda."

Chloe abriu os olhos, confusa enquanto ele a acordava. Ela gemeu. "Oliver, o que foi?"

Ele pegou o telefone dela. "Liga pra Lois rápido e diz que você está com... o Sr. Intenso." Ele passou o telefone pra ela. "Clark acabou de sair daqui... Outra carta foi deixada na sua porta e Lois e Clark estão loucos porque não conseguem encontrar você."

Ela pegou o telefone e o ligou enquanto tentava seguir sua linha de raciocínio. Era cedo e ela estava exausta e faltava uma certa quantidade de cafeína pra acordar. Ela apertou o botão de ligação rápida para Lois e bocejou enquanto esperava que sua prima atendesse e viu Oliver olhando para um pedaço de papel.

Lois atendeu imediatamente. "Você tem explicações sérias pra dar! Começando com onde diabos você esteve e por que não está atendendo minhas ligações?"

Chloe fez uma careta. "Ai Lois... meus ouvidos. Eu estava dormindo, é uma coisa que as pessoas normais fazem depois de ficarem acordadas metade da noite, o que mais eu estaria fazendo? E eu estou com o Sr. Intenso..." Ela revirou os olhos ao apelido para Oliver que parecia combinar.

Oliver foi até a cômoda, pegou o celular e saiu do quarto mais uma vez, ligando para o número de Clark onde ele não poderia ouvir a voz de Chloe perto dele. Clark atendeu imediatamente. "Clark... eu não consigo falar com o Vic, ele está recebendo um upgrade no laboratório da Q.I---"

"Tudo bem. Lois está no telefone com ela neste momento. Alarme falso. Aparentemente ela dormiu na Ísis ontem à noite e tinha alguma reunião agora cedo. Eu realmente sinto muito ter invadido sua casa... Eu estava muito preocupado. Chloe é importante pra mim e por um minuto eu pensei... Bem, você sabe como é..."

"Sim... ei, Clark", Oliver olhou pra trás pra ver se Chloe tinha saído do quarto. "Eu vou começar a dar uma olhada na Chloe depois que escurece... Eu sei que você é rápido, mas não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo."

Ele segurou o telefone com mais força enquanto imaginava as palavras hostis que tinha lido na carta. "Essas ameaças parecem sérias..."

"Isso é ótimo. Se você puder... dar uma olhada nela enquanto ela está em Metrópolis, e eu vou garantir que ela esteja bem quando estiver em Smallville, e com nós dois olhando acho que ela vai ficar bem. Oh, ei, Lois acabou de desligar, eu tenho que ir. Desculpe novamente pela invasão. Falo com você depois Oliver."

"Falo com você depois", Oliver respondeu e desligou o telefone, voltando para o quarto. Ele abriu a porta e viu Chloe sentada na ama, o lençol ao redor do peito. "Então..."

Ele deu a ela um pequeno sorriso. "Acho que temos que atender o telefone da próxima vez."

Ela olhou feio para o objeto ofensivo e o jogou no criado-mudo. "Eles estão se preocupando sem razão. Então encontraram uma carta com uma leve ameaça em casa... O Talon precisa de fechaduras melhores. Sério, eles agem como se ninguém nunca tivesse ameaçado minha vida antes."

Ela envolveu o lençol no corpo e começou a andar de um lado para o outro gesticulando com a mão que não estava segurando o lençol. "E é sábado. Eu nunca durmo, e a gente podia pensar que eles me dariam uma folga, mas Lois fica gritando e não pára de falar, é ridículo."

Ela respirou fundo e se virou pra ele, seus ombros caindo levemente. "Eu estou tão confusa... preciso de café."

Oliver atravessou a distância entre eles, massageando um de seus ombros enquanto dava um beijo no outro. "Eles só estavam preocupados com você, Chloe." A mão dele tirou a franja de sua testa. "E eu também estou... Essa segunda carta, realmente parece mal intencionada."

Ele verbalizou sua opinião, e agora ia deixar o assunto de lado.

A conhecia muito bem para saber que ela diminuiria suas preocupações do mesmo jeito que fez com a prima. Inclinando a cabeça pra frente, na curva do pescoço dela, sua outra mão esfregou seu braço numa tentativa de acalmá-la. "Bem, eles sabem que você está bem agora. Podemos voltar pra cama, ou tomar um banho, ou eu até posso preparar o café-da-manhã se você quiser."

O corpo dela relaxou levemente e a agitação sumiu de sua voz. "Eu não me importo com o café-da-manhã. Só preciso do café. Todo mundo fica gritando e minha cabeça está doendo... Por favor me diz que você tem café. Eu posso ficar realmente emocional se você não tiver..."

"Aww, você é tão fofa", Oliver sorriu, dando um pequeno mas carinhoso beijo nos lábios dela.

"Eu posso fazer café, mas..." Seus lábios traçaram sua mandíbula e abaixo do queixo. "Eu acho que você deveria considerar voltar pra cama." Ele roçou o nariz em seu pescoço entre beijos. "Faz só cinco horas que estamos dormindo, e eu sei que você precisa mais do que isso pra compensar a semana."

Ela saiu de seus braços vendo a aparência despenteada dele e sorriu. "O que você disse ao Clark quando ele veio? Eu nem ouvi a voz dele."

Ele suspirou e passou a mão no rosto à menção do nome do Clark. "Eu disse que eu tinha companhia dormindo e pra ele falar baixo."

Ela o estudou atentamente antes de colocar um dedo no nariz e dar um leve tapinha antes de voltar para os braços dele. Seus olhos eram calorosos quando falou e havia diversão em sua voz enquanto uma de suas mãos viajava pelo estômago dele. "Eu vou fazer um trato com você Romeu... Você me dá café e voltamos pra cama. Mas eu tenho a sensação que se eu não tomar café logo eu vou implodir, e então realmente, o quanto eu seria divertida?"

Oliver deu risada. "Certo, certo." Ele desistiu, deslizando uma mão pela nuca dela. "Me diz como você gosta do seu café porque você ainda não vai sair desse quarto."

Ela sorriu, as mãos indo até a cintura da calça dele enquanto dava um beijo bem abaixo de seu ombro. "Eu gosto forte..." Ela ficou na ponta dos dedos para que pudesse dar um beijo em seu queixo. "E levemente doce."

Seus lábios viajaram até o ouvido dele, as palavras dela sussurradas enquanto sua mão se fechava abaixo da barriga dele. "Com um pouco de creme." Ela sentiu os braços dele indo em direção a ela e se afastou rapidamente voltando para a cama, fazendo um sinal negativo com o dedo. "Café antes do sexo..."

Oliver franziu a testa. "Eu só vou deixar você se sair com essa de 'café antes do sexo' porque um, eu acho que você fica ridiculamente maravilhosa na minha cama."

Ele sorriu antes de ir para a cozinha. "E dois, desse jeito você vai ter mais energia pra depois."

Ela mostrou a língua pra ele, mas ele já tinha saído. Ela se deitou do lado dele na cama e puxou os cobertores, deitando-se no travesseiro dele. O cheiro era de Oliver e isso fez seu corpo relaxar contra os lençóis.

Ela estava aquecida e o quarto agradavelmente silencioso. Ela bocejou e deixou os olhos se fecharem enquanto esperava o café. Alguns minutos depois ouviu a porta se abrir mas ignorou. Oliver entrou no quarto, o café na mão na maior caneca que conseguiu encontrar no armário enquanto praticamente andava na ponta dos pés se aproximando de sua forma sonolenta.

Ele colocou a caneca na mesa ao lado da cama, tirando a calça antes de entrar embaixo dos lençóis ao lado dela moldando seu corpo nas curvas dela, seu braço embaixo do travesseiro que ela ocupava sem incomodá-la.

Oliver abaixou a cabeça, deixando seus lábios ternamente traçarem um caminho de seu pescoço até o ombro, convencido que estava viciado na pele dela, constantemente precisando tocá-la ou beijá-la de algum jeito. Ela abriu os olhos no minuto que os lábios dele encontraram sua pele e suspirou satisfeita.

Não importava como ele a tocasse, se era um toque inocente de sua mão ou a esfregando até o clímax, ele tinha um jeito de fazê-la sentir quando estava com ele, que toda sua atenção estava focada completamente nela. Ninguém tinha feito isso com ela antes e isso a deixava confusa.

Ela se virou em seus braços, olhos ainda fechados enquanto franzia o nariz e se movia falando suavemente contra o pescoço dele num tom esperançoso. "Café?"

Oliver deu risada, estendendo o braço, seus dedos segurando a caneca. "Cuidado. A caneca está cheia, e ainda está quente."

Ela se sentou levemente e inalou o aroma do café enquanto pegava a caneca das mãos dele. "Anote que nessa manhã você é meu amigo favorito."

Ela levou a caneca até os lábios e o rico sabor do café atingiu sua língua e ela gemeu, um olhar intenso de prazer no rosto. O líquido quente deixando uma trilha de calor em sua garganta e por seu corpo que fazia o começo da manhã de outubro parecer menos fria.

Um sorriso relaxado cruzou seu rosto, olhos ainda fechados em êxtase. "Esse café está... maravilhoso, não, é melhor que maravilhoso, é orgásmico. Mmmm..."

Ela tomou outro gole e finalmente abriu os olhos para encontrar Oliver a observando atentamente. Ela mordeu o lábio inferior, dando a ele um sorriso tímido. "Desculpe, sou viciada em café, não é culpa minha... Que horas são?"

Ele sorriu genuinamente. "Tudo bem." Ele podia honestamente dizer que achava adorável que um simples café pudesse fazê-la sorrir daquele jeito.

"Vai dar nove horas", ele a observou atentamente, esperando que ela não corresse de seu quarto, como a Cinderela e seu toque de recolher... Embora ainda fosse de manhã.

Ela abriu a boca, pronta pra dizer que deveria ir embora quando parou. Ela realmente não queria ir embora ainda. A cama dele estava quente e era uma longa e fria viagem até em casa, e ela iria pra casa para encontrar Lois e ouvir mais gritos.

Chloe apertou os lábios e olhou para o café. "Eu provavelmente deveria ir pra casa logo então. Eu tenho algumas coisas pra fazer e é sábado, então tenho certeza que você tem coisas pra fazer..."

Oliver se mexeu, afastando-se dela levemente. "Se é o que você quer..." Ele tentou evitar o sentimento de rejeição aumentando em seu peito. "Pessoalmente, eu faria café a cada dez minutos pra manter você aqui." Ele tentou demonstrar que ir embora seria escolha dela. "Afinal, é fim de semana..."

Ela revirou os olhos, mas havia um pequeno sorriso em seu rosto. "Você não pode me prender na cama o dia inteiro. Eu preciso de comida e luz do sol em algum momento. Eu estou muito pálida, e sério, quanto sexo você acha que eu posso ter num dia só?"

Sua voz estava bem humorada e ela deu risada enquanto tomava outro gole de seu café. "Por mais que eu odeie admitir, eventualmente você vai me esgotar, porque você está ridiculamente mais em forma que eu ou você me quebraria... E então não teríamos como passar o tempo."

"Isso não é verdade", Oliver respondeu sério. "Poderíamos sempre assistir um filme enquanto você se cura, enquanto isso eu te provocaria até você ficar frustrada", um sorriso maroto se espalhou por seus lábios.

"Você é malvado... Eu não tenho certeza se quero mais ser sua amiga", ela mordeu o lábio e bateu com as unhas na caneca. Ficar ou não ficar... Ela queria, mas não queria que ele achasse que tinha que pedir pra ela ficar. Vinha passando muito tempo na casa dele ultimamente e não queria abusar.

O rosto dela ficou sério enquanto olhava pra ele e dava de ombros. "Eu não quero atrapalhar seu fim de semana, não é nada demais."

O sorriso dele quase desapareceu. "Você está arruinando meu sábado..." Ele dobrou o cotovelo e segurou a cabeça com a mão. "Eu estava esperando que pudéssemos dormir e então tomar um banho." Seus lábios formaram um bico. "Mas você continua falando em me deixar."

Ela tomou o último gole de café e olhou para a caneca confusa. "Eu nem me lembro de ter bebido tudo." Ela colocou a caneca no criado-mudo antes de olhar na direção dele.

Ela se mexeu e se voltou para seu peito nu. "Eu acho que poderíamos dormir um pouco mais... E eu não posso sair com esse cheiro, então acho que banho não está fora de questão..." Ela correu uma mão hesitante contra ele e respirou fundo.

Ele manteve o olhar, como se estivesse esperando que ela mudasse de ideia, antes ele cobriu a mão dela com a dele e mudou a posição do corpo para que pudesse se deitar. Segurando atrás da cabeça dela, ele a beijou vagarosamente, seus lábios se demorando sobre os dela antes de se afastar e descansar a cabeça no travesseiro. Seus dedos se fecharam nos cabelos loiros, brincando enquanto suprimia um bocejo.

Ela colocou a cabeça no peito dele enquanto traçava formas em sua barriga com o dedo. "Você está quente..." Ela clareou a garganta e antes que ele pudesse dizer alguma coisa, ela estava falando novamente, mas baixinho como se estivesse com medo de arruinar o momento com as palavras. "O que você faz normalmente aos sábados?"

Era uma pergunta boba, ela sabia, mas lhe ocorreu que além de quando estavam juntos, não fazia ideia do que ele fazia em seu tempo livre. Ela realmente não o conhecia... e surpreendentemente, isso a incomodava.

Ele continuou massageando sua cabeça. "Ioga de manhã, almoço com um amigo ou associado, ou um almoço de negócios se estiver agendado." Ele bocejou, eles tinham ficado acordados até quase amanhecer, então tinham dormido pouco antes dos telefonemas excessivos de Lois e Clark dando uma passada por lá.

"Quando não tem nada planejado eu tento relaxar", ele continuou, quase no piloto automático. "E à noite eu normalmente---" A mão dele parou momentaneamente quando percebeu o que ia dizer. "...Só pratico meu hobby." Os dedos dele começaram a acariciar o cabelo dela novamente. "E você? Eu aposto a Ísis, como você trabalha."

Seus carinhos estavam deixando os olhos dela pesados novamente e o bocejo dele arrancou um dela. Ela sorriu com suas palavras, a mão parando na cintura dele. "Eu tenho tendência de levar trabalho pra casa. Ou fico com a Lois... ou faço alguma coisa para o Clark... ou sou sequestrada", ela deu uma leve risada enquanto levantava o olhar para encontrar o dele. "Minha vida é bem tranquila."

Quando ele não sorriu, ela suspirou profundamente. "A carta é muito ruim? Eu deveria estar preocupada?"

Oliver respirou lentamente. "Eu fiquei preocupado..." Ele olhou pra ela, mordendo a parte interna na bochecha, mais cuidadoso com as palavras seguintes. "Você e eu sabemos por experiência própria que não deveríamos ignorar uma coisa assim."

A mão dele foi para suas costas, os dedos traçando sua espinha distraidamente. "Eu sei que algumas vezes você provavelmente sente como se tivesse seu super herói particular..." Ele umedeceu seus lábios repentinamente secos. "Mas eu estou preocupado que algum dia sua sorte acabe."

Chloe podia ouvir a preocupação em sua voz e se pressionou mais perto dele de modo que seu peito estivesse parcialmente contra o dele. "Te faria se sentir melhor se eu dissesse que tenho certeza que sei a razão das ameaças?"

Ele franziu a testa e ela fez uma cara. "Acho que não... Então, o que você acha que eu tenho que fazer? Eu não o tipo que corre e se esconde. Eu não vou deixar ameaças interromperem minhas ações."

O tom dela era completamente neutro; ela realmente queria ouvir a opinião de Oliver. Chloe normalmente não se deixava parecer tão vulnerável e pedia conselhos, mas confiava em Oliver ou pelo menos sentia que deveria. Essa era uma das razões pra ela não ter escondido a primeira carta dele.

Ele suspirou. "Promete que você vai me ouvir, e seriamente considerar meu conselho?"

Chloe franziu levemente a testa. "Claro, por que não?"

"Eu sei que você disse que não quer se esconder... mas ficando no Talon, você não apenas se coloca em risco, mas Lois também." Antes que ela pudesse dizer alguma coisa ele lhe deu um olhar cético. "Nem tente me dizer que depois de encontrar aquela carta ela vai te deixar dormir lá sozinha."

Ele virou a cabeça e olhou pra ela. "Eu sei que você sabe que minha casa está aqui sempre que você precisar, se você quiser usar o quarto de hóspedes ou não."

Oliver não lhe deu chance de recusar educadamente sua oferta. "E eu acho que eu te conheço bem o suficiente pra saber que você vai recusar. Mas a coisa mais esperta a ser feita é avisar a polícia, e ficar com amigos, tanto se você e Lois estiverem na fazenda Kent, ou aqui."

Ela estudou Oliver atentamente e respirou fundo. Seu primeiro desejo era recusar a oferta e correr imediatamente na outra direção, mas sabia que ele estava certo em relação a Lois. Ela nunca sairia do seu lado se Chloe decidisse ficar no Talon.

Então ela fechou os olhos, e correu uma mão sobre o braço dele enquanto falava suavemente. "Obrigada - Por ser honesto... e eu vou pensar no que você disse."

Ele descansou o braço em suas costas, colocando a outra mão em seu quadril. "Só tenta descansar, e não se preocupar neste momento."

Ela deu risada. "Surpreendentemente eu não pareço ser a pessoa que está preocupada. Todo mundo está fazendo isso muito bem por mim, então vou deixar isso com eles." Ela franziu o nariz, humor em sua voz. "Agora chega de falar, estou tentando dormir."

Oliver beliscou seu quadril, mas não disse nada enquanto começava a dormir. Estava mais fácil dormir ultimamente, e se ele pudesse apostar, tinha certeza que isso se dava ao aumento no uso de toda sua energia.

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Chloe se sentou na mesa, copo de café na mão enquanto observava um novo sendo feito. Ela não tinha certeza se era a cafeteira ou o tipo, mas era delicioso. Era quase tão saboroso quanto ele... Não que ela jamais fosse dizer isso a ele.

Ela cruzou as pernas enquanto franzia a sobrancelha. Tinha sido uma longa semana. Havia passado algum tempo na casa de Oliver. Segunda e sexta a noite. E a parte mais estranha era que não estava surtando com isso.

Ela estava quebrando suas próprias regras e ainda assim estava ali. Era mais porque ela e Oliver tinham estabelecido que essa coisa entre eles era estritamente amizade com benefícios realmente bons. Tinha ficado um pouco preocupada que isso estivesse se tornando algo mais, mas ele lhe assegurou que não estava. Então... quebrar as regras estava tudo bem algumas vezes, porque eles eram amigos.

A cafeteira fez um barulho e a arrancou de seus pensamentos. Ela se inclinou levemente para a frente e olhou se não estava borbulhando ou algo assim. Quando estava satisfeita com o progresso, olhou na direção do corredor e imaginou porque Oliver estava demorando tanto.

Ela ficou um pouco vermelha ao lembrar do banho. Ele estava numa forma rara essa manhã... Ela tinha gozado três vezes e pensar sobre isso a fazia imaginar se eles chegariam a um quarto.

Chloe estendeu as mãos atrás da cabeça, inclinando-se levemente pra trás. A palma entrando em contato com o envelope e ela se virou para olhá-lo com um suspiro.

Era óbvio que seus três amigos estava preocupados com sua segurança, e não é que ela não estivesse; é só que ela não queria correr do problema. Não queria pessoas achando que podiam ameaçá-la e simplesmente saírem numa boa.

A oferta de Oliver pra ficar com ele tinha sido uma leve surpresa. Ela imaginou que a essa altura ele já estivesse se cansando dela, mas no mínimo era como se ele gostasse de passar mais tempo com ela e ela simplesmente não entendia.

Oliver pegou uma camisa listrada preta e cinza do armário, passando os braços pelas mangas, e passando a roupa pelo seu ombro. Ele estava prestes a abotoar a camisa quando o aroma de café preencheu seus sentidos. Rindo, ele balançou a cabeça, saindo do quarto e indo pelo corredor até a cozinha. Ele a viu no balcão, uma expressão concentrada no rosto.

"Você precisa de mais cafeína porque eu acabei com você de novo?"

A voz dele a arrancou de seus pensamentos e ela revirou os olhos. "Não, Sr. Eu-Sou-Maravilhoso, você não acabou comigo... é só---"

Ela deu de ombros e olhou pra ele timidamente. "É que é tão bom. É bem melhor do que o meu café e eu passei os últimos quinze minutos tentando descobrir se é o tipo que você compra ou se é sua cafeteira, mas ainda não descobri."

O rosto dela estava animado enquanto falava e apontava para a jarra. "Que tipo é, porque não tem caixa nem nada, eu chequei. O que estou dizendo é... o gosto é tããão.... tãããão... eu nem consigo encontrar uma palavra." Ela fez bico enquanto ele se movia pela cozinha e balançava a cabeça pra ela.

"Esse café é da Toscana", Oliver sorriu pra ela por sobre o ombro. "Eu sei que o café da Indonésia é considerado o melhor, mas considerando como ele é feito..."

Ele estendeu a mão até o fundo do armário e pegou um pequeno pacote aberto e sem marca, passando pra ela. "Pega, eu ainda tenho mais, e vou pedir de novo pra ser entregue na terça."

Ele se inclinou contra o balcão, mais perto dela. "Desse jeito você pode tomar esse café maravilhoso a qualquer hora."

Chloe olhou pra cima, estendendo a mão com os olhos arregalados. "Eu posso ficar com esse? Sério?"

Ele sorriu ainda mais com a reação dela. "Bem, eu disse que garotas boazinhas são recompensadas", ele piscou pra ela.

Ela colocou o café perto dela, sorrindo abertamente enquanto zombava. "Por favor, garotas boazinhas são chatas e você sabe disso." A cafeteira apitou e ela desceu do balcão.

As mãos dele encontraram seus quadris imediatamente, a pele nua do peito dele aquecendo suas costas enquanto ele se pressionava contra ela. "Garotas boazinhas são chatas..." Ele beijou a orelha dela enquanto sussurrava. "Mas você não é má, Chloe..." Os lábios dele atingiram sua marca, bem abaixo de seu ouvido, onde começava sua mandíbula. "Você é forte, você gosta e é um desafio."

Ela sorriu enquanto gemia, jogando a cabeça levemente para o lado para lhe dar melhor acesso enquanto enchia novamente seu copo com café. "Bem, que graça teria se eu fosse fácil, Sr. Queen?" Ela ergueu uma sobrancelha embora ele não pudesse ver.

"Eu duvido que você pudesse ser fácil algum dia, Chloe", ele levantou o cabelo dela de sua nuca e a beijou ali. "E não tem razão pra pensarmos isso de você", os dentes dele mordiscaram sua nuca. "Nunca."

Ela colocou o copo cuidadosamente no balcão e girou nos braços dele antes das mãos dela alcançarem seu torso, e ela gemeu. "Eu tenho que ir... Você sabe que eu tenho que ir."

Ele abaixou a cabeça até a dela enquanto ele assentia, e lambeu os lábios. "Se você quer..." Ele apertou as mãos nos quadris dela. "Você só tem que ir se você quiser..."

Ela suspirou. "Lois já ligou três vezes e Clark ligou uma. Estou ficando sem desculpas pra usar quando eles perguntam onde eu estou."

Ele tirou as mãos do corpo dela, deixando-as cair ao lado. Sabia que ela estava certa, e ele não ia fazer bico quando ela tinha acabado de passar a noite, resultando em muito mais sexo, ele honestamente perdeu a conta.

Ele apertou os lábios num sorriso forçado que ele usava normalmente para a imprensa ou durante negociações empresariais. "Ligue ou mande uma mensagem se alguma coisa mudar no fim de semana."

Chloe franziu a testa e o cutucou com força no peito. "Não me dê seu sorriso de entrevistas. E não pense que eu não sei quando você está dando esse sorriso. É falso, o que tecnicamente é uma mentira e por isso é uma violação da regra número seis."

Ela deu a volta ao redor dele, levando o café com ela enquanto tomava um gole e guardava algumas coisas na bolsa antes de se virar pra ele novamente. "Você está sempre me dando lições sobre honestidade. Se você tem alguma coisa pra dizer, então diga." Ela ergueu uma sobrancelha, e falou como se ele fosse uma criança. "Você tem alguma coisa pra dizer, Oliver?"

Os olhos de Oliver expressavam divertimento. "Eu só acho que o fim de semana é o único tempo em que não precisamos nos esconder por causa do trabalho ou outras complicações..." Ele correu uma mão pelo cabelo, e então sorriu honestamente. "Tudo bem. Por favor tome cuidado", ele segurou a mão dela e apertou gentilmente.

O rosto de Chloe se suavizou e ela olhou ao redor da cozinha antes de dar a ele um sorriso malicioso. "Sabe... Acho que não transamos na cozinha faz tempo..."

Os olhos castanhos de Oliver escureceram com luxúria enquanto ele abaixava a cabeça para beijá-la, antes ele ouviu o elevador chegando em seu andar. Seus olhos arregalaram imediatamente, seu corpo alerta enquanto instintivamente ia pra frente, se colocando entre o elevador e Chloe.

Chloe ficou assustada com o som e o rápido movimento de Oliver em sua defesa. Ela olhou ao lado de sua larga forma na direção do elevador imaginando quem no mundo tinha o código pessoal dele. A porta do elevador se abriu revelando uma morena alta.

Ela tirou o casaco azul pendurando-o, entrando na sala como se tivesse feito isso mil vezes. O corpo dela estava envolto numa blusa preta colada e na calça mais 

apertada que Chloe já tinha visto. Quem no mundo era ela?

Oliver a reconheceu imediatamente, mas seus ombros não relaxaram, ele instantaneamente esqueceu o que estava pensando, imaginando se Dinah estava no meio de alguma crise.

"Ei." Ela olhou imediatamente ao lado dele, vendo a estranha atrás de Oliver com interesse. "Oh, eu não sabia que você tinha... companhia."

Oliver fechou a camisa, abotoando-a quase freneticamente. "Dinah esta é minha amiga Chloe, e Chloe esta é..." Ele tossiu, "Minha colega de trabalho Dinah."

Chloe não deixou de perceber a hesitação de Oliver quando apresentou Dinah e saiu de trás dele com um sorriso no rosto, estendendo a mão para a mulher que não parecia muito mais velha que ela.

Para alguém que declarava que modelos não eram seu tipo, ele com certeza estava ligado a muitas morenas altas. "Oi, é um prazer conhecê-la."

Dinah olhou para a mão e ergueu uma sobrancelha antes de falar. "Igualmente." Seus olhos foram para Oliver que terminava de abotoar a camisa.

E aparentemente era hora do momento embaraçoso começar.

Chloe soltou a mão da outra mulher com um sorriso ainda firme no rosto. "Bem, eu já estava de saída."

Ela se virou e pegou a bolsa do balcão, esquecendo completamente do café enquanto pegava as chaves e procurava os sapatos.

Ela os viu perto do fogão, Deus sabe como eles acabaram ali, e os calçou antes de dar um sorriso distraído a Oliver. "Te vejo depois, Ollie."

Ela passou por ele com os pensamentos na misteriosa mulher no apartamento de Oliver, quem ela era e que tipo de relacionamento eles tinham que a dava o privilégio de entrar e sair quando quisesse.

Oliver percebeu como Chloe se apressou em pegar os sapatos. "Chloe---" Ele a viu ir em direção ao elevador, dando uma olhada em Dinah quando ele viu o café que tinha separado para Chloe no balcão.

Ele pegou o pacote, indo atrás dela, segurando seu pulso com uma mão, e a puxando para se virar pra ele. "Ei."

Ela se virou, a voz de Oliver a chamando enquanto segurava seu pulso. Havia um olhar estranho em seu rosto e ela ergueu a cabeça levemente para olhar pra ele. "Alguma coisa errada?"

"Você esqueceu isso", ele deu o café pra ela, mantendo o olhar intenso dentro dos olhos dela.

O rosto dela se iluminou. "Graças a Deus você não me deixou ir embora sem isso. Eu ia chegar em casa e ficar incrivelmente chateada. Obrigada de novo." Ela olhou para a morena observando-os e lhe deu um aceno antes de se virar novamente na direção do elevador.

Oliver segurou seu outro pulso. "Chloe espera, você esqueceu outra coisa..."

Ela suspirou, porque ele tinha sempre que deixar as coisas mais difíceis? Ela se virou de volta pra ele lentamente. "Tenho certeza que eu peguei tudo, Ollie."

A mão dele segurou seu rosto enquanto a outra se emaranhou em seu cabelo. "Você esqueceu isso..." Oliver esmagou os lábios nos dela, acariciando-a enquanto tentava fazê-la abrir a boca e responder.

Os lábios dela começaram a puxar os dele, partindo-se instintivamente e ele aproveitou a oportunidade para aprofundar o beijo. A mão dele se apertou em seu cabelo enquanto sua língua massageava a dela com longas carícias e movimentos suaves.

Quando ele se afastou, ela engoliu em seco, suas mãos acariciando os braços dele suavemente, a voz calma enquanto tentava lhe dar um olhar de repreensão. "Desnecessário."

"Necessário", ele a corrigiu com um sorriso antes de se inclinar e a beijar suavemente, afastando-se enquanto chupava o lábio inferior dela. "10-14-19-89", Oliver sussurrou, sua respiração tocando seus lábios inchados.

Ela ficou confusa enquanto colocava a mão no peito dele para evitar que os lábios dele a distraíssem. "Ahn?"

O nariz dele roçou o dela cuidadosamente, seus lábios próximos dos dele. "O código pra entrar."

Ela levou uma mão até o rosto dele antes de se afastar levemente. "Você não precisa me dar o código. Eu não apareço sem avisar."

"Você vai precisar quando ficar", ele sorriu confiante pra ela.

Ela lhe deu um sorriso divertido enquanto passava os braços ao redor do pescoço dele roçando sua mandíbula levemente com o nariz antes de falar. "Você sabe, Oliver, você fica dizendo isso e só me dá vontade de provar que você está errado. Você está provocando a mulher errada."

Houve uma tosse atrás deles e os olhos de Chloe foram para a expressão irritada da morena antes de se afastar de Oliver.

"Talvez vocês pudessem ficar se pegando dentro do elevador enquanto ele desce?" Dinah tinha a intenção da voz parecer mais leve do que realmente saiu, mas seu tom parecia amargo.

Chloe se afastou dele, testa franzida enquanto mordia o lábio inferior e murmurava um 'desculpe' para Oliver, não para a morena. "Eu realmente tenho que ir agora."

Oliver colocou o cabelo dela atrás da orelha. "Não é você quem deveria estar se desculpando." Ele olhou para Dinah rapidamente antes de retornar para Chloe. "Por favor, seja cuidadosa", ele deu um beijo carinhoso em sua têmpora.

Ela lhe deu um sorriso aberto, arrumando a bolsa sobre o ombro e foi para o elevador enquanto falava. "Eu sempre sou." Chloe acenou enquanto desaparecia atrás das portas fechadas deixando Oliver sozinho com Dinah.

Oliver se virou para Dinah assim que o elevador desceu para o andar abaixo deles. "Que diabos aconteceu com o telefonema antes de vir?"

Dinah cruzou os braços defensivamente. "Eu liguei, talvez você estivesse muito ocupado para ouvir o telefone."

Ele travou a mandíbula. "Talvez, mas não havia razão pra você ser grosseira com a Chloe."

Dinah revirou os olhos. "Isso realmente importa? Você vai largá-la mais cedo ou mais tarde, como sempre. Por que eu iria fingir que seremos melhores amigas?"

Oliver encolheu com a honestidade de Dinah. "Podemos ir direto à razão que te trouxe aqui?" Ele estreitou os olhos pra ela. "Ou você realmente prefere discutir minha vida amorosa?"

Dinah deu a ele um olhar ambíguo. "De onde eu vejo, eu não chamaria de amor." Descruzando os braços, ela colocou as mãos nos quadris. "Agora, a razão para eu estar aqui é porque AC e eu encontramos alguma coisa depois de ficarmos de guarda naquela instalação da LuthorCorp na última semana."

Por alguma razão, o comentário de Dinah sobre ele e Chloe doeu. Oliver engoliu o nó em sua garganta enquanto tentava ignorar os outros nós em seu estômago. "O que vocês descobriram?"

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Chloe olhou para o monitor em sua frente enquanto tentava passar pelas barreiras de segurança do drive que Lois lhe dera.

Minutos depois dela finalmente ter chegado ao Talon, Lois praticamente a atacou dizendo que ela tinha feito uma enorme descoberta sobre Lex e precisava que Chloe invadisse o drive que estava lhe dando.

Então lá estavam elas na Ísis em pleno sábado, às sete da noite. A pior parte era a que Chloe estava fazendo agora, que estava demorando mais tempo porque sua mente ainda estava preocupada com Oliver. Ele tinha dito que Dinah era uma colega de trabalho... Mas ele é o administrador da Queen Industries... O que exatamente Dinah fazia?

E mais, definitivamente havia uma tensão quando Dinah falou com ela. Chloe suspirou frustrada. O que isso importava afinal? Oliver não tinha que se explicar, mesmo que na maioria das vezes ele se explicasse.

Ela pressionou mais alguns botões e então de repente o computador bipou e um vídeo começou a ser exibido.

Lois pegou uma mão cheia de batatas, mastigando-as enquanto observava uma distraída Chloe trabalhar. "Como você está indo garota?"

Chloe deu a Lois um olhar de lado e abriu a janela que tinha aparecido. "Entrei. Agora o que exatamente sua fonte disse?"

Lois franziu o nariz. "Que Lex não estava queimando os armazéns para resgatar o dinheiro do seguro." Ela bufou incrédula, não deixando nenhum ato criminoso passar longe de Lex. "E que essa era a prova."

Chloe abriu a boca para falar quando algo na tela a fez parar. Ela observou enquanto o Arqueiro Verde apareceu seguido por três homens. Seus olhos arregalaram quando viu que conhecia aqueles homens.

Houve um início de atividade na tela enquanto as pessoas corriam acertando os guardas e colocando coisas nas paredes. Chloe não conseguia ver o que era, mas percebeu como os quatro se moviam como um time e a fazia imaginar há quanto tempo estavam fazendo isso.

As coisas começavam a tomar forma em sua mente e ela olhou para Lois pelo canto dos olhos e percebeu que sua prima estava olhando para o pacote de batatas. Chloe engoliu em seco e avançou a gravação até a única pessoa visível ser o Arqueiro Verde.

Lois olhou pra cima enquanto assistiam o herói vestindo couro dizer alguma coisa para a câmera antes de dar ao vídeo um close do dispositivo que tinha na mão. Uma luz piscou quando ele o colocou na parede e correu. Nem dois minutos depois toda a instalação era engolida pelas chamas...

"Ok", Lois estreitou os olhos para o monitor. "O bandido verde com calça apertada é um terrorista?"

Chloe franziu a testa enquanto tentava colocar os pensamentos em ordem. "Eu acho que não... Eu acho que tem mais coisa aí do que parece. Lois, talvez devêssemos mostrar isso ao Clark. Eu sei que estamos fazendo tudo sozinhas, mas tenho a sensação que talvez isso tenha a ver com o novo centro de Lex está abrindo. As coisas nem sempre são o que parecem..."

Lois ignorou o conselho da prima. "Você pode dar um zoom nas outras pessoas que estavam com ele?"

Chloe apertou os lábios e se voltou para a tela. Claro que ela podia fazer isso. Mas ela faria? Sem chance.

"Vou ver o que posso fazer." Ela mexeu em algumas teclas aqui e ali tentando parecer como se estivesse realmente fazendo alguma coisa, não que fosse muito difícil já que Lois não sabia muita coisa sobre computadores.

De repente houve um alto bipe e o monitor começou a piscar antes de diferentes códigos começarem a preencher a tela.

Chloe arregalou os olhos enquanto começava a digitar mais rápido. "Ai meu Deus..."

Lois franziu a testa, sem entender o que estava acontecendo, ou porque os monitores começaram a piscar do nada. "O que está acontecendo?"

Chloe estava se perguntando a mesma coisa. Ela estava digitando diferentes comandos, mas nada acontecia e bem quando estava tentando colocar um novo código, o computador travou e mais alguns bipes soaram antes de se ouvir um barulho alto e a tela ficar azul. Chloe ficou boquiaberta.

Alguém tinha apagado todo seu banco de dados. De jeito nenhum alguém poderia hackear seu sistema, eles teriam que literalmente colocar o vírus diretamente -- Ela parou e então olhou para o drive.

Ela o retirou do computador, se virando para Lois. "Quem deu isso pra você?"

Lois franziu a testa. "Eu recebi de um dos empregados da lista que você me deu." Ela se levantou da cadeira, dando a volta em Chloe. "Levou horas pra eu conseguir que alguém falasse... O que está acontecendo?"

Ela afastou a cadeira, a irritação diante da situação crescendo dentro dela. "O que está acontecendo é que esse estúpido drive apagou meu banco de dados inteiro. Eu fiz backup de tudo então ainda tenho a informação, mas essa não é a questão. Alguém deu isso a você especificamente para sumir com toda a informação que conseguimos..." Ela se virou para Lois e encontrou os olhos de sua prima. "Você sabe o que isso significa?"

"Caímos numa armadilha", Lois gemeu, chutando a pequena lixeira perto da mesa de Chloe. "Lex me usou como um peão, droga!"

Chloe suspirou e deu um tapinha no braço de Lois com um olhar simpático no rosto. "Não é sua culpa, Lo'... olha, está tarde e acho que nós duas estamos cansadas. Vamos pra casa. Mas você sabe que isso significa que tudo está conectado. Eu sei que fui eu quem disse pra mantermos isso só entre nós por um tempo, mas acho que está na hora de deixar Clark saber de toda a pesquisa que estamos fazendo. Ele vai ficar nervoso o suficiente sabendo que estávamos fazendo isso sem falar pra ele."

Lois suspirou. "Sim... Você está certa." Ela foi pegar o casaco e a bolsa. "Desculpe por ter arruinado seu computador."

Chloe pegou o casaco e deu um sorriso cansado a Lois enquanto passava o braço ao redor do braço de sua prima. "Ei, não se desculpe comigo... desculpe-se com Oliver. Ele comprou aquele computador há apenas duas semanas", ela deu risada enquanto saíam do escritório.

Lois ergueu uma sobrancelha. "Sério? Ele está mesmo colocando as mãos... na Ísis."

Chloe clareou a garganta e assentiu. "É, foi depois de todo o acontecido com o Justin quando ele atualizou o sistema de segurança. Ele tem um pessoal na Queen Industries que trouxe novos computadores para substituir os danificados."

"E ele instalou novos alarmes..." Lois estalou a língua. "Ele certamente gosta de proteger seus... investimentos."

Chloe se afastou de Lois, pegando as chaves enquanto entravam no elevador. Ela deu de ombros. "Ele está bem ligado à causa e preocupado com a proteção dos garotos com habilidades por causa do meteoro. E mais, ele é amigo do Clark e sabe como ele ficou preocupado quando tudo aquilo aconteceu. E somos amigos... Então, você sabe, ele está sendo amigável."

Ela apertou o botão quando entraram no elevador e esperou que Lois parasse com os comentários.

Lois suprimiu um sorriso. "Eu acho que você e Oliver... trabalham bem juntos... Mal posso esperar para escrever aquele artigo sobre o projeto de vocês."

Chloe fez uma leve careta. "Certo, eu esqueci de falar para Oliver que você queria escrever sobre isso. Na próxima vez que eu conversar com ele vou avisá-lo." E enquanto isso ela ia pensar num projeto em que realmente pudessem trabalhar.

Ela esperava que Lois fosse esquecer isso, mas parece que estava enganada. As portas do elevador se abriram e elas saíram do prédio.

"Bom, é o seguinte, eu estou agradecida que ele tenha instalado segurança extra e alarmes já que tem um maluco ameaçando sua vida", Lois sorriu sinceramente.

Quaisquer razões que Oliver tivesse para cuidar de Chloe não importavam, ele estava fazendo mais do que o necessário para manter sua prima em segurança, e por isso, ele tinha uma estrela de ouro no livro de Lois.

"Sério, temos sorte que ele esteja cuidando de você quando Clark não pode."

Chloe sorriu enquanto se afastavam do prédio. Ela estava pensando na sorte que tinha desde que Oliver expressou sua preocupação mais cedo. As palavras dele sobre ela ter um super herói particular não tinham sido esquecidas por ela.

Ela parou brevemente no caminho e olhou ao redor enquanto Lois falava, completamente alheia ao fato de que tinha parado. Chloe não podia deixar de sentir como se estivesse sendo observada. Quando não viu ninguém, simplesmente balançou a cabeça e alcançou Lois. Não havia ninguém lá fora, era só sua imaginação tomando conta.

Ele a observava através das sombras da noite, o corpo dela e os arredores em sombras de verde, enquanto ela e sua prima saíam da Ísis, indo para o carro estacionado. Seus músculos gelaram quando viu Chloe parar e olhar ao redor, olhando só um pouco mais para o lado de onde ele estava.

A princípio ele temeu que ela tivesse ouvido alguém ou alguma coisa que ele tivesse deixado passar, e então se preparou para lutar se alguém saísse das sombras para atacá-la. Quando ela se virou para a prima, ele relaxou, parando a mão no caminho da aljava para pegar uma de suas flechas de titânio.

Chloe deu risada quando Lois disse alguma coisa engraçada, seu carro há uns bons nove metros de onde ela estava. Ela levantou a mão, apertando o botão do alarme e o caos surgiu.

Houve uma grande explosão, chamas voaram do carro enquanto a força da explosão jogava Lois e Chloe alguns metros pra trás. A cabeça dela bateu no concreto e por um minuto tudo ao seu redor escureceu.

Ele tinha acabado de se levantar no telhado quando a bomba explodiu, seu braço instintivamente protegendo os olhos antes dele ir para a beirada, tentando ver Chloe e Lois. Seu coração disparou quando viu as chamas engolirem o carro dela.

Usando os óculos, ele aproximou a imagem, sem encontrar nenhum corpo ou forma em nenhum dos assentos do carro. Seus olhos imediatamente escanearam o espaço ao redor, esperando que não tivessem entrado no carro.

Chloe gemeu levando a mão até a cabeça. Ela fez uma careta, a mão voltando molhada de sangue. Ela se levantou devagar e tossiu enquanto olhava a rua vazia. Há poucos metros, viu o corpo de Lois espalhado no chão.

Seu coração disparou e ela ignorou a dor enquanto corria até Lois, sua voz levemente em pânico enquanto se ajoelhava ao lado da prima, arranhando os joelhos no concreto.

"Lois! Lois acorda!" Lágrimas pularam de seus olhos enquanto olhava freneticamente pela rua em busca de ajuda.

Ela se levantou tremendo e correu até a bolsa. Suas mãos tremiam enquanto procurava o celular. Quando se levantou, roupas rasgadas e coberta de fuligem ela ouviu sirenes ao longe.

Ela pressionou o botão de ligação rápida para Clark e esperou. Depois de quatro toques foi para a caixa-postal e ela falou trêmula ao telefone explicando o que tinha acontecido em pequenas frases antes de implorar que ele viesse até a Ísis assim que recebesse a mensagem. Jogando o telefone na bolsa, ela voltou para perto do corpo inconsciente de Lois.

Ela se ajoelhou rasgando uma parte de sua saia e colocando o tecido na cabeça de Lois onde parecia haver um corte. O peito de Chloe apertou e ela não conseguiu mais segurar as lágrimas enquanto se sentava no asfalto, seu carro em chamas iluminando a rua.

Ela estava cansada de ser forte... Pela primeira vez desejava que não fosse tão teimosa, querendo tomar conta de tudo sozinha. Os sons dos bombeiros, da polícia e provavelmente da ambulância se aproximando enquanto ela esperava, o coração doendo dentro do peito.

Lois gemeu se mexendo nos braços de Chloe. "C-Chloe...?"

Chloe deu um sorriso misturado com um soluço. "Jesus, Lois... Você praticamente me deu um ataque cardíaco", ela enxugou rapidamente as lágrimas do rosto, tomando controle da situação enquanto colocava as emoções de lado.

Ela deu um sorriso forçado a Lois. "Alguém deve ter colocado uma bomba no carro... Acho que alguém chamou a polícia também." Ela acenou com a cabeça na direção dos carros que se aproximavam.

Chloe olhou de volta para Lois, parando quando ela tentou se mexer. "Não se mexa. Tenho certeza que tem uma ambulância vindo também, como você está se sentindo, o que está doendo?"

Lois assentiu... ou pelo menos tentou, sua cabeça doía muito pra ela ter certeza. "Eu acho que bati minha cabeça..." Ela fez uma careta. "E talvez minhas costelas."

Chloe abriu a boca para dizer alguma coisa quando foi interrompida pelas sirenes. De repente a rua estava repleta de gente, bombeiros jogando água em seu carro, a polícia gritando ordens para bloquear a rua e os médicos a afastando de Lois.

Ela disse a Lois que logo estariam juntas e quando se levantou observando a cena, engoliu em seco e seu corpo vacilou levemente, finalmente sentindo a força de seus machucados agora que a adrenalina estava indo embora. Ela piscou e então viu Clark correndo na direção delas.

A cabeça dela estava girando enquanto dava um passo pra frente, mas antes que pudesse seguir adiante, o mundo ficou de cabeça pra baixo e ela sentiu o corpo bater no chão. A última coisa que ouviu antes de tudo escurecer foi alguém chamando seu nome.

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Capítulo 15 (parte 1)/26

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