Good Fences 1/8

Título: Good Fences

Resumo: Pós-Conspiracy. As coisas vão de mal a pior quando Chloe e Oliver não conseguem fazer as pazes.

Autora: happycabbage75
Classificação: PG-13

Nota da Autora: Sempre me pareceu muito fácil, ir da raiva de Oliver quando Chloe pegou seu dinheiro sem pedir, para o fim de semana feliz na pousada. Então esta história é uma pequena ponte entre os dois episódios.




Chloe caminhou pelo corredor na direção do escritório de Oliver na LuthorCorp, tentando não deixar a raiva tirar o melhor dela. Tinha procurado por ele na cidade inteira. Ligou para todos os números. Começou pelo seu apartamento, o escritório, sua secretária, seu motorista, seus celulares, até o telefone de seu piloto para o caso dele estar a caminho de algum lugar. O jatinho estava no hangar, a limusine, os dois carros estavam estacionados e sua secretária não o tinha visto, embora estivesse esperando por ele no escritório essa manhã. Chloe não conseguia nem mesmo localizar o sinal do telefone dele já que estava aparentemente desligado.

Depois disso, ela checou seu apartamento, indo até a sala secreta. O que não serviu para aliviar nenhuma de suas preocupações. Todo seu equipamento estava no devido lugar, e nesse momento começou a ficar realmente preocupada. Ela colocou a Watchtower pra trabalhar repassando horas de gravações de vídeo. Infelizmente, não havia sinal dele em Metrópolis nas últimas horas e Oliver tinha uma frota de carros estacionados em pontos estratégicos da cidade já que ele não tinha super velocidade como Clark ou Bart, então nenhum desses veículos, onde quer que estivessem, dizia muita coisa.

Não ajudava que Chloe não tivesse realmente conversado com Oliver há quase uma semana. Depois que ele descobriu sobre o desvio de dinheiro para comprar armas de kriptonita, as coisas tinham ficado estranhas pra dizer o mínimo. Quando ele moveu as armas sem lhe dizer pra onde, as coisas realmente esfriaram. Oliver, como forma de punição por não ter sido informado sobre o dinheiro, ainda se recusava a dizer a ela onde as armas estavam. Ou isso ou ele ainda não conseguia conversar com ela.

Chloe tentou ser paciente, mas infelizmente, não tinha tempo para mais enrolação. Eles precisavam das armas. Zod estava agindo, determinado a ganhar poderes parecidos com os de Clark, e ela não ia deixá-lo seguir em frente. Se isso significava apontar afiadas armas de meteorito pra ele, então que fosse. Ela tinha decidido essa manhã que queria distribuir estrategicamente as armas antes que fosse tarde. Isso significava que ela precisava saber onde as armas estavam e estava cansada de Oliver a evitando.

Essa decisão a levou a aumentar a busca por Oliver. Não estava mais preocupada com ele, no entanto. Agora ela estava nervosa. Não tinha percebido na primeira vez que escaneou o vídeo do escritório, mas depois de ter ficado tão preocupada, olhou todos os lugares mais uma vez e acabou encontrando Oliver, dormindo feito pedra num sofá de seu escritório, quase invisível no canto da câmera. Ele aparentemente tinha conseguido passar pela secretária sem que ela percebesse.

Os saltos de Chloe faziam barulho enquanto ela andava pelo corredor na direção de seu escritório. Dormindo. O idiota estava dormindo enquanto o mundo estava desabando ao redor e ela morta de preocupação que ele tivesse sido ferido ou sequestrado ou centenas de outras coisas que seu cérebro conseguiu imaginar.

Chloe abriu a porta, que se recusou a bater como ela queria, lógico, havia um mecanismo caríssimo que fazia com que ela abrisse e fechasse quase silenciosamente. Ela então entrou pisando duro no escritório e foi até o lugar onde estava o sofá e algumas cadeiras. Agora ela via o celular de Oliver na mesa de vidro, ainda desligado.

Ela olhou pra ele e assim que fez isso, sua raiva sumiu com a mesma rapidez com que surgiu. O pobre coitado parecia exausto. Seu rosto estava mais pálido que o normal e ele tinha círculos escuros sob os olhos. Estava vestindo jeans ao invés da roupa que normalmente usava no trabalho e estava usando a jaqueta como um cobertor da cintura pra cima. Ele ainda estava de sapato e se Chloe tivesse que adivinhar, ele tinha entrado e se jogado, muito cansado para fazer qualquer outra coisa além disso.

Chloe não pode deixar de se sentir um pouco culpada. Mais do que qualquer outra pessoa, ela sabia o quanto Oliver tinha que fazer. Ele administrava uma companhia multi-bilionária, duas na verdade. Tomar a LuthorCorp tinha sido um enorme passo. Junto a isso, ele tinha suas obrigações como Arqueiro Verde, que ele cumpria com a mesma seriedade. Se não estivesse viajando a negócios, ela sabia que ele estava lá fora quase todas as noites lutando, protegendo, sempre se mexendo, sempre em guarda. Logo que tinham começado sua... associação, ela sabia que ele dedicava um tempo precioso a ela, tempo que ele poderia passar em outro lugar.

Agora que tinha pensado nisso, ela não tinha certeza se o homem dormia alguma vez. Pra dizer a verdade, tinha quase certeza que deveria ser ilegal um homem ser tão lindo mesmo num estado de exaustão eterna. O resto do mundo, que não fazia nem metade, andava por aí como zumbis a base de café acabados de cair da cama. Idiotas.

O que a lembrava a razão de estar ali. Precisava saber onde aquelas armas estavam.

"Oliver?" ela disse, sua voz alta no escritório silencioso. "Oliver, acorda." Quando ele nem se mexeu, Chloe se aproximou e chacoalhou um de seus ombros. "Oliver, eu preciso falar com você."

Oliver piscou os olhos e os abriu e começou a respirar fundo, mas abruptamente parou, fazendo uma careta e fechando os olhos por causa da luz. "Chloe?" ele disse, sua voz baixa e sonolenta. Ele abriu um olho, fazendo careta novamente como se sua cabeça estivesse a ponto de explodir, e lentamente ele conseguiu focar a visão nela. "O que você está fazendo aqui?"

"Eu preciso falar com você. Temos um problema." Ela manteve o tom neutro já que não tinha certeza de como as coisas entre eles ficariam depois do desentendimento sobre o dinheiro. Com Oliver era sempre difícil saber. Ele gostava de guardar algumas coisas na manga, e ela sabia bem disso.

"Que horas são?" ele disse, ainda parecendo mais adormecido que acordado.

"Já passou do meio-dia, Oliver", ela disse, a voz com um leve tom de desaprovação. Não era comum Ollie estar assim. Pelo menos não desde seu último round de tendências suicidas por causa da bebida. "Noite longa?"

"Pode-se dizer que sim." Ele suspirou novamente, ainda se recusando a se mover de sua posição no sofá.

"Você escutou o que eu disse?" Chloe disparou, mais uma vez, ficando irritada. "Eu disse que temos um problema."

"Senta", ele ordenou, murmurando. "Muito alta."

Chloe piscou, e se sentou em uma das cadeiras de frente pra ele. Ela certamente não tinha sido chamada de muito alta antes. Supôs que deveria parecer durona para um cara que estava ou ainda bêbado ou tão de ressaca que não queria nem levantar a cabeça pra olhar pra ela. A preocupação começou a surgir novamente. Não fazia muito tempo desde que ele esteve com a cara na lama. Ele tinha percorrido um longo caminho desde então, no entanto ela não achava que ele voltaria a isso só por causa da pequena desavença que tiveram. Um pouco de bebedeira por causa da raiva, porém, não estava fora de questão.

"Oliver, você vai se sentar e conversar comigo ou não?"

"Hmm... provavelmente não", ele disse desanimado, soando mais próximo de algo como 'provmentenão'.

"Você pode pelo menos abrir os olhos?" ela retrucou. "Isso é sério, Oliver."

"Hmm..." ele disse novamente.

"Droga, Ollie, eu preciso saber onde as armas estão!" ela quase gritou, todo o controle indo embora.

O problema é que não houve resposta nenhuma. Oliver simplesmente continuou deitado no sofá como se nem a tivesse escutado.

"Oliver?" Chloe se levantou e foi para o lado dele. "Olha, eu sei que você não gostou do que eu fiz, mas..." Ela parou ao lado do sofá, olhando pra ele, franzindo a testa quando continuou sem receber nenhuma resposta. "Ollie?"

Chloe se abaixou e o chacoalhou pelo ombro novamente, furiosa que ele aparentemente tivesse voltado a dormir. Enquanto se afastava, a mão de Oliver caiu de onde estava, sob o estômago e acabou puxando a jaqueta que cobria seu peito. A ação fez a jaqueta sair um pouco do lugar e os olhos de Chloe se arregalaram.

"Oliver, isso é sangue?"

Chloe pegou a jaqueta e a tirou de cima dele, jogando-a para o lado. Ela arfou.

Em todo lugar. Havia sangue em todo lugar.

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Capítulo 2/8

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