Título: Good Fences
Resumo: Pós-Conspiracy. As coisas vão de mal a pior quando Chloe e Oliver não conseguem fazer as pazes.
Autora: happycabbage75Resumo: Pós-Conspiracy. As coisas vão de mal a pior quando Chloe e Oliver não conseguem fazer as pazes.
Classificação: PG-13
Nota da Autora: Sempre me pareceu muito fácil, ir da raiva de Oliver quando Chloe pegou seu dinheiro sem pedir, para o fim de semana feliz na pousada. Então esta história é uma pequena ponte entre os dois episódios.
Um :: Dois :: Três :: Quatro :: Cinco
Chloe saiu da mini sala secreta de Oliver, se certificou que a porta estivesse bem trancada e então rapidamente saiu de seu escritório. Ela recebeu alguns olhares curiosos e imaginou se algum deles a reconheceu de visitas passadas na época dos Luthors. Isso não importava, na verdade. Ela não era Chloe Sullivan agora. Ela era a Watchtower e um de seus herois estava em uma missão. Sabia que Oliver era rápido. Tinha que chegar a Watchtower o mais rápido possível.
Chloe pegou um táxi e deu o endereço do prédio atrás da Watchtower ao motorista. Enquanto atravessava o tráfego, Chloe puxou algumas plantas do lugar onde a funcionária de Oliver era mantida refém e mandou pra ele. Ela então procurou por cada câmera na vizinhança que pudesse acessar. Ela também colocou a Watchtower pra trabalhar buscando cada informação sobre Anthony Moretti e cada membro conhecido de sua organização.
Quando Chloe passou pelas portas da Wachtower, os monitores já exibiam as informações que ela ia precisar. Alguns rastreando Bart, AC, Victor e Dinah que estavam em missão em outros lugares, mas a maioria conectados na missão de resgate de Oliver.
Diretamente em sua frente, ela tinha as imagens dos óculos de Oliver. A imagem não era muito boa, constantemente saindo do ar, e ela sabia que ele estava em sua moto indo para o local. Ele estava indo muito rápido, e ela imaginou como ele estava se segurando. A motocicleta tinha sido construída para um homem forte e saudável e a posição sentada bem como o movimento não deveriam estar fazendo nenhum bem aos pontos de Oliver. Mesmo agora o único som além do motor da Ducati era sua respiração difícil e entrecortada. Chloe queria muito perguntar como ele estava, mas sabia que ele teria que responder e ele não precisava ser distraído agora.
Depois de apenas alguns minutos, Chloe viu de seu programa de rastreamento que ele estava se aproximando da área onde a mulher estava presa. Oliver guiou a motocicleta para dois quarteirões ayt[as do local e por um momento ficou completamente parado. Chloe não conseguia ver, mas apostava que ele estava encostado num a parede para se equilibrar.
Finalmente, ela não aguentou mais. "Arqueiro?"
"Estou bem", ele disse. "O que você pode me dizer?"
"Não muito", ela o informou. "Têm muitos carros parados na rua. Não dá pra dizer quantas pessoas estão lá dentro. Só tem um carro parado na entrada agora."
Chloe mal podia ver o lugar. A área não tinha câmeras de tráfego perto o suficiente pra ela poder ver, e a única coisa que conseguia hackear era o sistema de segurança de um banco no final da rua que lhe dava uma visão ruim, mas ainda assim, era a melhor que tinha.
Oliver olhou pra baixo e depois de um momento olhando para o vídeo ela percebeu que ele estava olhando para o telefone, estudando as plantas do local. Era uma construção de dois andares feita de tijolos provavelmente nos anos 30. Tinha sido uma casa de família, depois pertenceu a algumas empresas antes de ser comprado pela atual. Desde então, de acordo com os registros, não foi mais habitado por ninguém ou usado comercialmente. Se ela tivesse que adivinhar, ou era um lugar para reuniões, ou para pessoas se esconderem, ou neste caso, pra fazer alguém desaparecer.
Depois de apenas alguns momentos, Oliver pareceu ter gravado a planta na memória e guardou o telefone. Segundos depois ele estava se movendo. Ele passou por trás das casas e prédios do quarteirão Enquanto se aproximava da casa, parou e subiu pela escada de incêndio do prédio ao lado. Dali foi para o telhado, deu um passo pra trás e em seguida correu em direção a casa, mirando na chaminé de pedra para evitar de fazer muito barulho enquanto pousava para não alertar quem estivesse lá dentro. O telhado tinha uma escada e Oliver usou imediatamente algo que Chloe não conseguia ver para evitar de cair lá de cima.
A respiração áspera de Oliver era alta nos ouvidos de Chloe, mas mais uma vez, ela escolheu não distraí-lo. Ele foi para o telhado, finalmente ficando pendurado na lateral da construção preso pela cintura. Ele se inclinou e usou outra ferramenta de seu cinto, se fixou na janela de madeira e a abriu. Isso exigiu que ele se dobrasse como um membro do Cirque de Soleil, mas Oliver conseguiu entrar pela janela e cair no sofá.
"Entrei", ele sussurrou, e Chloe pode ouvir a dor em sua voz.
"Entendido."
"E da próxima vez que eu tentar bancar o machão Cavaleiro Solitário", ele acrescentou. "Me amarre na cama e me drogue até eu deixar de ser tão estúpido."
"Eu poderia jogar outro caminhão em cima de você", ela sugeriu prestativa.
"À essa altura, eu concordaria", ele respondeu. Em seguida Chloe viu que ele estava se movendo na direção da porta da pequena sala onde tinha entrado. Provavelmente era um quarto originalmente, mas agora estava vazio exceto por algumas caixas empilhadas contra a parede.
Oliver abriu a porta, hesitando quando ela rangeu. Como ninguém apareceu correndo pelas escadas, ele terminou de abri-la. Cuidadosamente ele saiu da sala e ela viu que ele estava parado no alto das escadas. Oliver pegou o arco e rapidamente procurou por outras salas no andar que estava, encontrando apenas mais caixas e alguns móveis antigos.
Oliver foi para as escadas e depois disso ele era um vulto se movimentando. Chloe nunca deixava de se maravilhar em como ele era rápido e algumas vezes tinha que se relembrar que ele era apenas humano. Oliver tinha descido as escadas em um segundo. Ele foi de sala em sala. Em duas delas, encontrou alguns dos bandidos de Moretti e antes que tivessem a chance de reagir, Oliver tinha colocado uma flecha em seus peitos. E não eram teasers. Aparentemente, o Arqueiro Verde estava puto. Não eram mortais, mas ele queria aquelas pessoas derrubadas. Chloe fez uma nota mental de mandar uma ambulância quando alertasse a polícia.
Chloe tentou continuar rastreando o que Oliver ia vendo, mas pra dizer a verdade, havia uma razão pela qual ela não assistia as missões pelos olhos de Oliver. O vídeo era muito rápido e trêmulo, e isso normalmente lhe dava tontura. E agora não era exceção, mas como era tudo o que ela tinha, Chloe continuou, tentando entender o que ele estava fazendo.
Finalmente, ele tinha vistoriado todas as salas com exceção de uma, ainda assim Oliver se recusava a ir mais devagar. Nunca dando aos bandidos chance de avisarem que estavam sob ataque, Oliver chutou a última porta. Os olhos de Chloe arregalaram quando ela viu uma arma apontada para a cabeça de Oliver. O cano da arma parecia grande, mas Oliver não hesitou. Ele golpeou a arma para o lado enquanto ela era descarregada e Chloe só podia rezar que os tiros tivessem acabado.
O bandido imediatamente se aproximou, trazendo os punhos e se movimentando cegamente. Oliver recebeu um golpe nas costelas e Chloe ouviu o ar deixar seus pulmões, mas isso não pareceu segurá-lo. Numa questão de segundos, ele tinha jogado o homem no chão. No canto de seu monitor, Chloe viu movimento, e Oliver obviamente viu mais do que isso. Ele se abaixou, e quando voltou, Chloe percebeu que seu oponente tinha um pedaço de móvel velho na mão e estava atacando com toda força. Oliver conseguiu pegar o pedaço de madeira e atingiu seu agressor com força suficiente que deixou o home caído como uma pedra.
Oliver escaneou a sala pra garantir que não havia mais ninguém para feri-lo, então seu olhar caiu sobre uma mulher encolhida no canto mais distante. Ela estava usando roupa de trabalho, calças pretas e uma agora amassada blusa, encolhida numa bola, tentando se tornar menor do que era.
Oliver correu na direção dela e se ajoelhou. "Debra?"
A mulher encolheu ao som do distorcedor de voz de Oliver, e tentou se enrolar ainda mais. "Por favor", ela implorou. "Não me machuque."
"Está tudo bem Debra", ele disse o mais gentil que conseguiu, o que não era fácil com o modulador de voz ligado. "Oliver Queen me mandou atrás de você."
A isso, a mulher parou, ainda chorando, tentando respirar fundo. "O quê?"
"Oliver Queen me contou o que aconteceu. Estou aqui pra te levar pra casa."
Finalmente, ela pareceu entender. A mulher lentamente abaixou as mãos que estava usando para proteger o rosto e a cabeça. Ela estava com os olhos inchados de chorar. Sua maquiagem estava borrada e ela tinha um machucado no lado esquerdo do rosto. Porém, Chloe logo percebeu que Debbie, a vice presidente sênior de confiança não era uma empresária velha como ela estava esperando. Debra era uma ruiva bonita no começo dos trinta. Oliver não tinha nenhuma mulher em sua vida que não fosse deslumbrante?
"Oliver mandou você?" ela disse, e havia mais do que confiança naquela frase. Mais uma vez Chloe não pode evitar de pensar que ao ignorar o trabalho de Oliver na Queen Industries, ela de algum jeito tinha perdido uma parte vital da vida dele e que o tornava quem ele era.
Chloe não conseguia ver, mas sabia que Oliver estava dando um risinho afetado. "Bilionários", ele disse, seu tom zombeteiro. "Eu ainda não sei como ele conseguiu meu número, mas é difícil negar um pedido dele."
A mulher usou a manga da roupa para limpar a sujeira e as lágrimas do rosto, e então sorriu, até praticamente dar risada. "Ele pode convencer uma ovelha a comprar lã." Oliver deu risada com ela e Chloe sentiu uma estranha sensação se desenrolando em seu peito. Precisou de alguns segundos olhando para a mulher antes de perceber o que era. Primeiro, ela negou que fosse ao menos possível. Depois ela decidiu que era inaceitável. Ainda assim, lá estava, enquanto ela continuava a olhar para o vídeo da surpreendente mulher na frente de Oliver.
Ciúmes, claro e simples.
"Você está bem?" ele perguntou, sua fúria em relação aos sequestradores retornando à sua voz. "Eles machucaram você?" Ele estendeu os dedos enluvados sobre o machucado no rosto dela, quase tocando.
"Não, eu... eu estou bem." Ela respirou tremulamente e Chloe viu que ela estava chorando novamente baixinho, agora de alívio.
Oliver ajudou a mulher a se levantar. Ela oscilou um pouco e ele a segurou com força, então a mulher inesperadamente jogou os braços ao redor do pescoço dele e o abraçou. Racionalmente, Chloe sabia que ela era uma mulher traumatizada que estava agradecida a essa pessoa, não importa que fosse um estranho, que tenha ido resgatá-la. Menos racionalmente, tudo o que Chloe conseguia pensar era que essa mulher, que era inacreditavelmente deslumbrante e bonita, que Oliver via diariamente no trabalho, tinha os braços ao redor de Ollie, seu Ollie, e graças ao fato de ela aparentemente ter a altura de uma modelo, nem precisou se esticar como Chloe precisava.
Oliver deu um passo pra trás, embora continuasse com as mãos nos ombros da mulher. "Pronta pra ir embora daqui?'
"Sim."
Oliver estendeu a mão pra ela e a conduziu pra fora da casa de uma maneira bem mais convencional do que a que entrou. Ele correu pelo beco de volta a sua moto.
"Estou voltando", Oliver disse, e Chloe percebeu que ele estava falando com ela. "Eu te encontro em trinta minutos."
"Onde?" ela perguntou.
"Minha casa depois que eu deixar Debra numa estação de polícia."
"Entendido", ela respondeu, e fechou o link. Não achava que aguentaria ver mais nenhuma imagem. Neste exato momento, ela sabia que a mulher estava subindo na moto atrás de Oliver. Ela estava passando os braços ao redor dele, as coxas agarrando os quadris dele, os seios pressionados nas costas dele.
Chloe balançou a cabeça, com raiva de si mesma. Oliver não era dela e ela não era dele. Ela pertencia a exatamente ninguém, só a ela, e nenhum homem ou mulher poderia mudar isso. Então ela estava se divertindo com Oliver. Não era grande coisa. Ela não ia ser arrastada para uma coisa que não queria, e ela não estava num relacionamento. Ela era mais forte que isso. Podia pegar o que quisesse e ir embora. Ela nunca, nunca ia ser tão vulnerável novamente.
Se ordenando a parar de pensar nisso, Chloe passou mais alguns minutos revisando a informação que tinha encontrado sobre Anthony Moretti. Ele era um dos maiores chefes do crime de Metrópolis. Tinha a mão em todo tipo de coisa, de drogas e prostituição, esquemas de proteção, a todos os tipos de negócios legítimos, embora como esses negócios eram conduzidos não fosse muito claro.
A única coisa sobre a qual não tinha nenhuma informação era sobre o homem que tinha atacado Oliver no estacionamento. Ela não tinha conseguido dar uma boa olhada no rosto dele. Moretti tinha um bando de executores que estavam na mira da polícia, mas por alguma razão desconfiava que esse cara não era um deles. Ele tinha sido muito bom em evitar as câmeras do estacionamento. Ela tinha a sensação de que ele havia sido contratado especialmente para este trabalho.
Chloe olhou para o relógio e percebeu que tinha conseguido perder a noção do tempo em sua pesquisa. Mesmo que Oliver se atrasasse, ele chegaria primeiro que ela na Torre do Relógio. Chloe juntou suas coisas e correu na direção da porta.
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Chloe saiu do elevador e viu que a porta da sala secreta estava aberta. Ela olhou dentro e viu que o equipamento de Oliver estava numa maleta especial, ela supôs que ele o levaria de volta pra o escritório, mas ele não estava ali. Começando a ficar preocupada, ela correu na direção do quarto e viu Oliver sentado na beira da cama. Ele estava vestindo uma calça limpa, mas lutando com a camisa, embora ela tivesse percebido que ele ainda estava usando o colete suporte que tinha colocado embaixo do couro.
Por um momento ela sentiu sua resolução de manter distância enfraquecendo. Era uma visão tão patética, como ver uma criança de dois anos lutando com suas próprias roupas quando não conseguia vesti-las. Ele parecia tão frustrado. Era tão fofo, e tão... Ollie.
Então ela se lembrou do resto. Ela praticou internamente seu discurso 'eu sou uma mulher, escute o que vou falar'. Ela se certificou que sua expressão estivesse completamente neutra. Oliver era muito divertido, mas ela não ia deixar essa aranha iludi-la e prendê-la ainda mais na teia que ele estava tecendo.
"Então", ela disse, o sorriso afetado firme no lugar. "Como foi o trabalho de lobo solitário pra você?"
Oliver parou, obviamente não tendo percebido que ela estava ali. "Eu daria um sólido 7, mas a juíza russa me deu 8."
Chloe estreitou os olhos. "Bem, a juíza americana ainda acha que toda a performance precisava de ajuda. Ela também acha que sua aterrissagem não foi boa." Ela acenou com a cabeça na direção do braço que Oliver mal tinha conseguido enfaixar. Aparentemente aquele último tiro não tinha sido completamente perdido e ele foi ferido de raspão.
"Minha aterrissagem?" Oliver desistiu de vestir a camisa. Ele se levantou e caminhou na direção dela com todos os seus músculos, a graça leonina de um verdadeiro predador. Seu olhar focado nela e Chloe de repente se sentiu como uma gazela sendo caçada. Seu coração acelerou e cada instinto seu lhe dizia pra correr, mas ela não conseguia. Ela não iria. Este era Oliver e ela se recusava a deixá-lo achar que tinha algum poder no relacionamento deles.
Oliver a alcançou e, apesar de suas melhores intenções, instintivamente ela se recostou contra a parede. Ele deu mais um passo a frente, suas mãos largas envolvendo seus quadris, puxando-a pra perto. Ela olhou dentro dos seus olhos, e embora o tom brincalhão ainda estivesse ali, seus olhos escureceram com luxúria.
"Você precisa saber", sua voz era um mero sussurro. "Que eu nunca recebi nenhuma reclamação sobre minha aterrissagem."
E com o corpo dele pressionado ao dela, os braços ao seu redor, a respiração dele roçando sua, de repente, super aquecida pele, Chloe não tinha absolutamente nenhuma dúvida sobre nenhuma de suas habilidades.
"Eu sempre", ele correu a mão sobre seu seio, fazendo Chloe arfar. "Garanto que todos tenham prazer com a performance, do início... ao fim."
"Eu..." Chloe arfou novamente quando os lábios dele acariciaram seu pescoço bem abaixo de seu ouvido. "Eu já ouvi isso sobre você." Um arrepio de desejo correu por sua pele e Chloe estendeu as mãos até ele, apoiando-se para conseguir se manter em pé.
Abruptamente, Oliver sibilou, só que essa não era a reação que ela estava esperando. Ele se afastou e muito cuidadosamente removeu os dedos dela de seu braço onde ela o estava agarrando, sem saber que tinha atingido a ferida recente causada pela bala.
"Eu sinto muito", Chloe exclamou, a névoa se dissipando tão rápido quanto tinha surgido. "Você está bem?"
"Estou bem", ele disse por entre os dentes cerrados. Depois de outros poucos segundos ele abriu os olhos e ela viu que eles estavam brilhando com a dor embora ele estivesse fazendo o melhor para esconder. Ela estava tão acostumada a lidar com Clark que, mesmo que fosse ferido, se recuperava quase que imediatamente. Oliver era humano e ele se curava na velocidade humana, mesmo que sempre parecesse capaz de muito mais.
Chloe não conseguia tirar os olhos do ferimento, uma mancha vermelha agora visível contra o branco. Ele poderia ter morrido, ter sido tirado dela tão facilmente. Assim como Jimmy.
Chloe piscou, mandando as imagens embora, imagens de um heroi, pra ela pelo menos, morrendo em seus braços. Por ela. Elas eram um aviso sempre presente do que acontecia quando ela perdia o controle.
"Então", Oliver clareou a garganta. "Eu, uh... acho que vou precisar de uma ajudinha pra vestir meu terno."
"Terno?"
"Eu tenho um encontro com Moretti. Minha assistente confirmou a hora e o local."
Ela queria perguntar se ele era louco, mas o que perguntou ao invés disso foi, "O que você está planejando?"
Oliver deu um risinho afetado. "O que faz você achar que eu estou planejando alguma coisa?"
"Você está respirando, não está?"
Oliver apenas sorriu e se virou para a cama. Ele pegou a camisa e mais uma vez tentou vesti-la sem mexer seu peito machucado. Chloe rapidamente se aproximou e o ajudou a colocá-la e teve um momento para imaginar se ele tinha deixado o suporte por baixo porque tinha se machucado ainda mais e não queria arriscar removê-lo antes que terminasse o que quer que estivesse planejando.
Balançando a cabeça mais uma vez com a idiotice dessa aventura, ela porém pegou a gravata que parecia muito com a que ele estava usando mais cedo. Ela imaginou que ele tinha escolhido o segundo terno e a gravata de propósito. Não teria razão pra ele trocar de roupa tantas vezes no mesmo dia. As pessoas iam começar a perceber e quando as pessoas percebem, elas falam.
Desta vez Oliver nem tentou distraí-la e ela fez um trabalho rápido com a gravata. Ele a deixou ajudá-lo a vestir o terno e então se levantou, parecendo mais pálido do que quando ela tinha começado. Ela não gostava disso e imaginou quanto tempo mais ele conseguiria continuar. A luta com os homens na casa tinham sugado qualquer minúscula quantidade de energia que ele tivesse. Adrenalina não o levaria muito longe.
"Pronta?" ele perguntou.
"O quê?"
Ele olhou para o relógio. "Eu tenho uma reunião e você vai acabar me seguindo se eu não te convidar, então..." Ele deixou a frase no ar.
Chloe sentiu um sorriso puxando seus lábios embora tentasse escondê-lo. Ele realmente a conhecia muito bem algumas vezes, uma coisa verdadeiramente perigosa. A fazia... querer, querer alguém próximo, alguém que apreciasse o que ela realmente era, alguém pra quem ela não tivesse que mentir constantemente. E onde isso a tinha levado antes? A lugar nenhum. Lugar nenhum e solidão, destruída com a culpa.
Oliver pareceu ter visto algo na expressão dela porque ele franziu a testa. "Alguma coisa errada?"
"Não", ela respondeu muito rapidamente. "Estávamos indo." Chloe foi para o elevador e depois de um momento, ela ouviu Oliver a seguindo.
Eles entraram no elevador e, durante toda descida, o ar estava tenso. Oliver ainda estava com a testa franzida e Chloe não tinha como explicar seus sentimentos frustrantemente misturados e tortuosos. Como resultado, os dois permaneceram em silêncio e infelizes.
Finalmente, o elevador chegou ao térreo. A porta abriu e Oliver gesticulou para Chloe sair primeiro. Assim que saiu, no entanto, ela foi bruscamente agarrada por trás. Ela foi forçada a se virar e olhar para Oliver que estava plantado na porta aberta do elevador.
"Um movimento e ela morre", ela ouviu o homem grunhir, e sentiu uma arma pressionada em sua lateral.
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Capítulo 7/8
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Um :: Dois :: Três :: Quatro :: Cinco
Chloe saiu da mini sala secreta de Oliver, se certificou que a porta estivesse bem trancada e então rapidamente saiu de seu escritório. Ela recebeu alguns olhares curiosos e imaginou se algum deles a reconheceu de visitas passadas na época dos Luthors. Isso não importava, na verdade. Ela não era Chloe Sullivan agora. Ela era a Watchtower e um de seus herois estava em uma missão. Sabia que Oliver era rápido. Tinha que chegar a Watchtower o mais rápido possível.
Chloe pegou um táxi e deu o endereço do prédio atrás da Watchtower ao motorista. Enquanto atravessava o tráfego, Chloe puxou algumas plantas do lugar onde a funcionária de Oliver era mantida refém e mandou pra ele. Ela então procurou por cada câmera na vizinhança que pudesse acessar. Ela também colocou a Watchtower pra trabalhar buscando cada informação sobre Anthony Moretti e cada membro conhecido de sua organização.
Quando Chloe passou pelas portas da Wachtower, os monitores já exibiam as informações que ela ia precisar. Alguns rastreando Bart, AC, Victor e Dinah que estavam em missão em outros lugares, mas a maioria conectados na missão de resgate de Oliver.
Diretamente em sua frente, ela tinha as imagens dos óculos de Oliver. A imagem não era muito boa, constantemente saindo do ar, e ela sabia que ele estava em sua moto indo para o local. Ele estava indo muito rápido, e ela imaginou como ele estava se segurando. A motocicleta tinha sido construída para um homem forte e saudável e a posição sentada bem como o movimento não deveriam estar fazendo nenhum bem aos pontos de Oliver. Mesmo agora o único som além do motor da Ducati era sua respiração difícil e entrecortada. Chloe queria muito perguntar como ele estava, mas sabia que ele teria que responder e ele não precisava ser distraído agora.
Depois de apenas alguns minutos, Chloe viu de seu programa de rastreamento que ele estava se aproximando da área onde a mulher estava presa. Oliver guiou a motocicleta para dois quarteirões ayt[as do local e por um momento ficou completamente parado. Chloe não conseguia ver, mas apostava que ele estava encostado num a parede para se equilibrar.
Finalmente, ela não aguentou mais. "Arqueiro?"
"Estou bem", ele disse. "O que você pode me dizer?"
"Não muito", ela o informou. "Têm muitos carros parados na rua. Não dá pra dizer quantas pessoas estão lá dentro. Só tem um carro parado na entrada agora."
Chloe mal podia ver o lugar. A área não tinha câmeras de tráfego perto o suficiente pra ela poder ver, e a única coisa que conseguia hackear era o sistema de segurança de um banco no final da rua que lhe dava uma visão ruim, mas ainda assim, era a melhor que tinha.
Oliver olhou pra baixo e depois de um momento olhando para o vídeo ela percebeu que ele estava olhando para o telefone, estudando as plantas do local. Era uma construção de dois andares feita de tijolos provavelmente nos anos 30. Tinha sido uma casa de família, depois pertenceu a algumas empresas antes de ser comprado pela atual. Desde então, de acordo com os registros, não foi mais habitado por ninguém ou usado comercialmente. Se ela tivesse que adivinhar, ou era um lugar para reuniões, ou para pessoas se esconderem, ou neste caso, pra fazer alguém desaparecer.
Depois de apenas alguns momentos, Oliver pareceu ter gravado a planta na memória e guardou o telefone. Segundos depois ele estava se movendo. Ele passou por trás das casas e prédios do quarteirão Enquanto se aproximava da casa, parou e subiu pela escada de incêndio do prédio ao lado. Dali foi para o telhado, deu um passo pra trás e em seguida correu em direção a casa, mirando na chaminé de pedra para evitar de fazer muito barulho enquanto pousava para não alertar quem estivesse lá dentro. O telhado tinha uma escada e Oliver usou imediatamente algo que Chloe não conseguia ver para evitar de cair lá de cima.
A respiração áspera de Oliver era alta nos ouvidos de Chloe, mas mais uma vez, ela escolheu não distraí-lo. Ele foi para o telhado, finalmente ficando pendurado na lateral da construção preso pela cintura. Ele se inclinou e usou outra ferramenta de seu cinto, se fixou na janela de madeira e a abriu. Isso exigiu que ele se dobrasse como um membro do Cirque de Soleil, mas Oliver conseguiu entrar pela janela e cair no sofá.
"Entrei", ele sussurrou, e Chloe pode ouvir a dor em sua voz.
"Entendido."
"E da próxima vez que eu tentar bancar o machão Cavaleiro Solitário", ele acrescentou. "Me amarre na cama e me drogue até eu deixar de ser tão estúpido."
"Eu poderia jogar outro caminhão em cima de você", ela sugeriu prestativa.
"À essa altura, eu concordaria", ele respondeu. Em seguida Chloe viu que ele estava se movendo na direção da porta da pequena sala onde tinha entrado. Provavelmente era um quarto originalmente, mas agora estava vazio exceto por algumas caixas empilhadas contra a parede.
Oliver abriu a porta, hesitando quando ela rangeu. Como ninguém apareceu correndo pelas escadas, ele terminou de abri-la. Cuidadosamente ele saiu da sala e ela viu que ele estava parado no alto das escadas. Oliver pegou o arco e rapidamente procurou por outras salas no andar que estava, encontrando apenas mais caixas e alguns móveis antigos.
Oliver foi para as escadas e depois disso ele era um vulto se movimentando. Chloe nunca deixava de se maravilhar em como ele era rápido e algumas vezes tinha que se relembrar que ele era apenas humano. Oliver tinha descido as escadas em um segundo. Ele foi de sala em sala. Em duas delas, encontrou alguns dos bandidos de Moretti e antes que tivessem a chance de reagir, Oliver tinha colocado uma flecha em seus peitos. E não eram teasers. Aparentemente, o Arqueiro Verde estava puto. Não eram mortais, mas ele queria aquelas pessoas derrubadas. Chloe fez uma nota mental de mandar uma ambulância quando alertasse a polícia.
Chloe tentou continuar rastreando o que Oliver ia vendo, mas pra dizer a verdade, havia uma razão pela qual ela não assistia as missões pelos olhos de Oliver. O vídeo era muito rápido e trêmulo, e isso normalmente lhe dava tontura. E agora não era exceção, mas como era tudo o que ela tinha, Chloe continuou, tentando entender o que ele estava fazendo.
Finalmente, ele tinha vistoriado todas as salas com exceção de uma, ainda assim Oliver se recusava a ir mais devagar. Nunca dando aos bandidos chance de avisarem que estavam sob ataque, Oliver chutou a última porta. Os olhos de Chloe arregalaram quando ela viu uma arma apontada para a cabeça de Oliver. O cano da arma parecia grande, mas Oliver não hesitou. Ele golpeou a arma para o lado enquanto ela era descarregada e Chloe só podia rezar que os tiros tivessem acabado.
O bandido imediatamente se aproximou, trazendo os punhos e se movimentando cegamente. Oliver recebeu um golpe nas costelas e Chloe ouviu o ar deixar seus pulmões, mas isso não pareceu segurá-lo. Numa questão de segundos, ele tinha jogado o homem no chão. No canto de seu monitor, Chloe viu movimento, e Oliver obviamente viu mais do que isso. Ele se abaixou, e quando voltou, Chloe percebeu que seu oponente tinha um pedaço de móvel velho na mão e estava atacando com toda força. Oliver conseguiu pegar o pedaço de madeira e atingiu seu agressor com força suficiente que deixou o home caído como uma pedra.
Oliver escaneou a sala pra garantir que não havia mais ninguém para feri-lo, então seu olhar caiu sobre uma mulher encolhida no canto mais distante. Ela estava usando roupa de trabalho, calças pretas e uma agora amassada blusa, encolhida numa bola, tentando se tornar menor do que era.
Oliver correu na direção dela e se ajoelhou. "Debra?"
A mulher encolheu ao som do distorcedor de voz de Oliver, e tentou se enrolar ainda mais. "Por favor", ela implorou. "Não me machuque."
"Está tudo bem Debra", ele disse o mais gentil que conseguiu, o que não era fácil com o modulador de voz ligado. "Oliver Queen me mandou atrás de você."
A isso, a mulher parou, ainda chorando, tentando respirar fundo. "O quê?"
"Oliver Queen me contou o que aconteceu. Estou aqui pra te levar pra casa."
Finalmente, ela pareceu entender. A mulher lentamente abaixou as mãos que estava usando para proteger o rosto e a cabeça. Ela estava com os olhos inchados de chorar. Sua maquiagem estava borrada e ela tinha um machucado no lado esquerdo do rosto. Porém, Chloe logo percebeu que Debbie, a vice presidente sênior de confiança não era uma empresária velha como ela estava esperando. Debra era uma ruiva bonita no começo dos trinta. Oliver não tinha nenhuma mulher em sua vida que não fosse deslumbrante?
"Oliver mandou você?" ela disse, e havia mais do que confiança naquela frase. Mais uma vez Chloe não pode evitar de pensar que ao ignorar o trabalho de Oliver na Queen Industries, ela de algum jeito tinha perdido uma parte vital da vida dele e que o tornava quem ele era.
Chloe não conseguia ver, mas sabia que Oliver estava dando um risinho afetado. "Bilionários", ele disse, seu tom zombeteiro. "Eu ainda não sei como ele conseguiu meu número, mas é difícil negar um pedido dele."
A mulher usou a manga da roupa para limpar a sujeira e as lágrimas do rosto, e então sorriu, até praticamente dar risada. "Ele pode convencer uma ovelha a comprar lã." Oliver deu risada com ela e Chloe sentiu uma estranha sensação se desenrolando em seu peito. Precisou de alguns segundos olhando para a mulher antes de perceber o que era. Primeiro, ela negou que fosse ao menos possível. Depois ela decidiu que era inaceitável. Ainda assim, lá estava, enquanto ela continuava a olhar para o vídeo da surpreendente mulher na frente de Oliver.
Ciúmes, claro e simples.
"Você está bem?" ele perguntou, sua fúria em relação aos sequestradores retornando à sua voz. "Eles machucaram você?" Ele estendeu os dedos enluvados sobre o machucado no rosto dela, quase tocando.
"Não, eu... eu estou bem." Ela respirou tremulamente e Chloe viu que ela estava chorando novamente baixinho, agora de alívio.
Oliver ajudou a mulher a se levantar. Ela oscilou um pouco e ele a segurou com força, então a mulher inesperadamente jogou os braços ao redor do pescoço dele e o abraçou. Racionalmente, Chloe sabia que ela era uma mulher traumatizada que estava agradecida a essa pessoa, não importa que fosse um estranho, que tenha ido resgatá-la. Menos racionalmente, tudo o que Chloe conseguia pensar era que essa mulher, que era inacreditavelmente deslumbrante e bonita, que Oliver via diariamente no trabalho, tinha os braços ao redor de Ollie, seu Ollie, e graças ao fato de ela aparentemente ter a altura de uma modelo, nem precisou se esticar como Chloe precisava.
Oliver deu um passo pra trás, embora continuasse com as mãos nos ombros da mulher. "Pronta pra ir embora daqui?'
"Sim."
Oliver estendeu a mão pra ela e a conduziu pra fora da casa de uma maneira bem mais convencional do que a que entrou. Ele correu pelo beco de volta a sua moto.
"Estou voltando", Oliver disse, e Chloe percebeu que ele estava falando com ela. "Eu te encontro em trinta minutos."
"Onde?" ela perguntou.
"Minha casa depois que eu deixar Debra numa estação de polícia."
"Entendido", ela respondeu, e fechou o link. Não achava que aguentaria ver mais nenhuma imagem. Neste exato momento, ela sabia que a mulher estava subindo na moto atrás de Oliver. Ela estava passando os braços ao redor dele, as coxas agarrando os quadris dele, os seios pressionados nas costas dele.
Chloe balançou a cabeça, com raiva de si mesma. Oliver não era dela e ela não era dele. Ela pertencia a exatamente ninguém, só a ela, e nenhum homem ou mulher poderia mudar isso. Então ela estava se divertindo com Oliver. Não era grande coisa. Ela não ia ser arrastada para uma coisa que não queria, e ela não estava num relacionamento. Ela era mais forte que isso. Podia pegar o que quisesse e ir embora. Ela nunca, nunca ia ser tão vulnerável novamente.
Se ordenando a parar de pensar nisso, Chloe passou mais alguns minutos revisando a informação que tinha encontrado sobre Anthony Moretti. Ele era um dos maiores chefes do crime de Metrópolis. Tinha a mão em todo tipo de coisa, de drogas e prostituição, esquemas de proteção, a todos os tipos de negócios legítimos, embora como esses negócios eram conduzidos não fosse muito claro.
A única coisa sobre a qual não tinha nenhuma informação era sobre o homem que tinha atacado Oliver no estacionamento. Ela não tinha conseguido dar uma boa olhada no rosto dele. Moretti tinha um bando de executores que estavam na mira da polícia, mas por alguma razão desconfiava que esse cara não era um deles. Ele tinha sido muito bom em evitar as câmeras do estacionamento. Ela tinha a sensação de que ele havia sido contratado especialmente para este trabalho.
Chloe olhou para o relógio e percebeu que tinha conseguido perder a noção do tempo em sua pesquisa. Mesmo que Oliver se atrasasse, ele chegaria primeiro que ela na Torre do Relógio. Chloe juntou suas coisas e correu na direção da porta.
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Chloe saiu do elevador e viu que a porta da sala secreta estava aberta. Ela olhou dentro e viu que o equipamento de Oliver estava numa maleta especial, ela supôs que ele o levaria de volta pra o escritório, mas ele não estava ali. Começando a ficar preocupada, ela correu na direção do quarto e viu Oliver sentado na beira da cama. Ele estava vestindo uma calça limpa, mas lutando com a camisa, embora ela tivesse percebido que ele ainda estava usando o colete suporte que tinha colocado embaixo do couro.
Por um momento ela sentiu sua resolução de manter distância enfraquecendo. Era uma visão tão patética, como ver uma criança de dois anos lutando com suas próprias roupas quando não conseguia vesti-las. Ele parecia tão frustrado. Era tão fofo, e tão... Ollie.
Então ela se lembrou do resto. Ela praticou internamente seu discurso 'eu sou uma mulher, escute o que vou falar'. Ela se certificou que sua expressão estivesse completamente neutra. Oliver era muito divertido, mas ela não ia deixar essa aranha iludi-la e prendê-la ainda mais na teia que ele estava tecendo.
"Então", ela disse, o sorriso afetado firme no lugar. "Como foi o trabalho de lobo solitário pra você?"
Oliver parou, obviamente não tendo percebido que ela estava ali. "Eu daria um sólido 7, mas a juíza russa me deu 8."
Chloe estreitou os olhos. "Bem, a juíza americana ainda acha que toda a performance precisava de ajuda. Ela também acha que sua aterrissagem não foi boa." Ela acenou com a cabeça na direção do braço que Oliver mal tinha conseguido enfaixar. Aparentemente aquele último tiro não tinha sido completamente perdido e ele foi ferido de raspão.
"Minha aterrissagem?" Oliver desistiu de vestir a camisa. Ele se levantou e caminhou na direção dela com todos os seus músculos, a graça leonina de um verdadeiro predador. Seu olhar focado nela e Chloe de repente se sentiu como uma gazela sendo caçada. Seu coração acelerou e cada instinto seu lhe dizia pra correr, mas ela não conseguia. Ela não iria. Este era Oliver e ela se recusava a deixá-lo achar que tinha algum poder no relacionamento deles.
Oliver a alcançou e, apesar de suas melhores intenções, instintivamente ela se recostou contra a parede. Ele deu mais um passo a frente, suas mãos largas envolvendo seus quadris, puxando-a pra perto. Ela olhou dentro dos seus olhos, e embora o tom brincalhão ainda estivesse ali, seus olhos escureceram com luxúria.
"Você precisa saber", sua voz era um mero sussurro. "Que eu nunca recebi nenhuma reclamação sobre minha aterrissagem."
E com o corpo dele pressionado ao dela, os braços ao seu redor, a respiração dele roçando sua, de repente, super aquecida pele, Chloe não tinha absolutamente nenhuma dúvida sobre nenhuma de suas habilidades.
"Eu sempre", ele correu a mão sobre seu seio, fazendo Chloe arfar. "Garanto que todos tenham prazer com a performance, do início... ao fim."
"Eu..." Chloe arfou novamente quando os lábios dele acariciaram seu pescoço bem abaixo de seu ouvido. "Eu já ouvi isso sobre você." Um arrepio de desejo correu por sua pele e Chloe estendeu as mãos até ele, apoiando-se para conseguir se manter em pé.
Abruptamente, Oliver sibilou, só que essa não era a reação que ela estava esperando. Ele se afastou e muito cuidadosamente removeu os dedos dela de seu braço onde ela o estava agarrando, sem saber que tinha atingido a ferida recente causada pela bala.
"Eu sinto muito", Chloe exclamou, a névoa se dissipando tão rápido quanto tinha surgido. "Você está bem?"
"Estou bem", ele disse por entre os dentes cerrados. Depois de outros poucos segundos ele abriu os olhos e ela viu que eles estavam brilhando com a dor embora ele estivesse fazendo o melhor para esconder. Ela estava tão acostumada a lidar com Clark que, mesmo que fosse ferido, se recuperava quase que imediatamente. Oliver era humano e ele se curava na velocidade humana, mesmo que sempre parecesse capaz de muito mais.
Chloe não conseguia tirar os olhos do ferimento, uma mancha vermelha agora visível contra o branco. Ele poderia ter morrido, ter sido tirado dela tão facilmente. Assim como Jimmy.
Chloe piscou, mandando as imagens embora, imagens de um heroi, pra ela pelo menos, morrendo em seus braços. Por ela. Elas eram um aviso sempre presente do que acontecia quando ela perdia o controle.
"Então", Oliver clareou a garganta. "Eu, uh... acho que vou precisar de uma ajudinha pra vestir meu terno."
"Terno?"
"Eu tenho um encontro com Moretti. Minha assistente confirmou a hora e o local."
Ela queria perguntar se ele era louco, mas o que perguntou ao invés disso foi, "O que você está planejando?"
Oliver deu um risinho afetado. "O que faz você achar que eu estou planejando alguma coisa?"
"Você está respirando, não está?"
Oliver apenas sorriu e se virou para a cama. Ele pegou a camisa e mais uma vez tentou vesti-la sem mexer seu peito machucado. Chloe rapidamente se aproximou e o ajudou a colocá-la e teve um momento para imaginar se ele tinha deixado o suporte por baixo porque tinha se machucado ainda mais e não queria arriscar removê-lo antes que terminasse o que quer que estivesse planejando.
Balançando a cabeça mais uma vez com a idiotice dessa aventura, ela porém pegou a gravata que parecia muito com a que ele estava usando mais cedo. Ela imaginou que ele tinha escolhido o segundo terno e a gravata de propósito. Não teria razão pra ele trocar de roupa tantas vezes no mesmo dia. As pessoas iam começar a perceber e quando as pessoas percebem, elas falam.
Desta vez Oliver nem tentou distraí-la e ela fez um trabalho rápido com a gravata. Ele a deixou ajudá-lo a vestir o terno e então se levantou, parecendo mais pálido do que quando ela tinha começado. Ela não gostava disso e imaginou quanto tempo mais ele conseguiria continuar. A luta com os homens na casa tinham sugado qualquer minúscula quantidade de energia que ele tivesse. Adrenalina não o levaria muito longe.
"Pronta?" ele perguntou.
"O quê?"
Ele olhou para o relógio. "Eu tenho uma reunião e você vai acabar me seguindo se eu não te convidar, então..." Ele deixou a frase no ar.
Chloe sentiu um sorriso puxando seus lábios embora tentasse escondê-lo. Ele realmente a conhecia muito bem algumas vezes, uma coisa verdadeiramente perigosa. A fazia... querer, querer alguém próximo, alguém que apreciasse o que ela realmente era, alguém pra quem ela não tivesse que mentir constantemente. E onde isso a tinha levado antes? A lugar nenhum. Lugar nenhum e solidão, destruída com a culpa.
Oliver pareceu ter visto algo na expressão dela porque ele franziu a testa. "Alguma coisa errada?"
"Não", ela respondeu muito rapidamente. "Estávamos indo." Chloe foi para o elevador e depois de um momento, ela ouviu Oliver a seguindo.
Eles entraram no elevador e, durante toda descida, o ar estava tenso. Oliver ainda estava com a testa franzida e Chloe não tinha como explicar seus sentimentos frustrantemente misturados e tortuosos. Como resultado, os dois permaneceram em silêncio e infelizes.
Finalmente, o elevador chegou ao térreo. A porta abriu e Oliver gesticulou para Chloe sair primeiro. Assim que saiu, no entanto, ela foi bruscamente agarrada por trás. Ela foi forçada a se virar e olhar para Oliver que estava plantado na porta aberta do elevador.
"Um movimento e ela morre", ela ouviu o homem grunhir, e sentiu uma arma pressionada em sua lateral.
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Capítulo 7/8
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"Você precisa saber", sua voz era um mero sussurro. "Que eu nunca recebi nenhuma reclamação sobre minha aterrissagem."
ResponderExcluirAi, ai....
Já disse que AMO essa história?
Fê
"Ele pode convencer uma ovelha a comprar lã."
ResponderExcluirOliver desistiu de vestir a camisa. Ele se levantou e caminhou na direção dela com todos os seus músculos, a graça leonina de um verdadeiro predador.
E com o corpo dele pressionado ao dela, os braços ao seu redor, a respiração dele roçando sua, de repente, super aquecida pele, Chloe não tinha absolutamente nenhuma dúvida sobre nenhuma de suas habilidades.
"Eu sempre", ele correu a mão sobre seu seio, fazendo Chloe arfar. "Garanto que todos tenham prazer com a performance, do início... ao fim."
MORRI*
Vilm@
Céus!!!
ResponderExcluirViciante... simplesmente essa fic é VICIANTE... ai, ai, Ollie, Ollie, Ollie, de onde vem tanta perfeição??
GIL
Até eu fiquei com ciúmes da Debra. O Ollie é muito perfeito, ain... *sonha*
ResponderExcluirE só faltam dois capítulos pra acabar, quero logo!!!! kkkkkkkkkkk
"Era tão fofo, e tão... Ollie."
ResponderExcluirtinha que registrar isso...
leh