No Good Deed

Título: Nenhuma Boa Ação
Resumo: Esta história acontece no presente, um dia depois que Clark se torna o Super Homem.

Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: PG-13
Série: Happily Ever After

Nota das autoras: Esta fic faz parte da série Happily Ever After, onde mostraremos o que achamos que aconteceu entre Finale e sete anos no futuro, por meio de oneshots e multi-chapters curtas.
História Anterior:

Just The Beginning (13 de maio de 2010)



14 de maio de 2011

Chloe respirou fundo enquanto esperava o elevador chegar ao último andar da Torre do Relógio. Não esperava estar de volta a Metrópolis tão cedo depois dos eventos do dia anterior, a última imagem que se lembrava do capacete do Sr. Destino era Ollie com seu arco, encarando Desaad e os outros e Clark voando na direção do planeta que vinha se movendo em direção à Terra. Claro que ela não se lembrava de nenhum dos detalhes até ter visto a kriptonita dourada no anel.

Mas havia coisas que ela não tinha visto. Não tinha visto a ressurreição de Lex ou a morte de Lionel. Certamente não tinha visto o assassinato de Tess pelas mãos de seu próprio irmão e ela desejou que tivesse sido capaz de impedir.

Quando o elevador chegou ao último andar, ela abriu o portão e olhou ao redor, colocando a pequena mala no chão. "Ollie?"

Ele estava espalhado no sofá, um braço jogado sobre os olhos e o outro pendendo para o lado das almofadas. Ele acordou assustado ao som da voz dela, e piscou algumas vezes antes de se sentar. "Chloe?"

"Ei", ela falou, virando-se para olhar pra ele. "Eu não te vi aí."

Ele correu uma mão pelo rosto e se levantou, fazendo uma pequena careta ao sentir as dores de sua breve batalha com Clark no dia anterior. "Você voltou rápido", ele murmurou, indo na direção dela.

"Seu piloto é eficiente", ela falou baixinho, sorrindo enquanto caminhava na direção dele.

Ele sorriu de volta, mas fracamente, e passou os braços ao redor dela com força enquanto fechava os olhos.

Ela passou os braços ao redor dele e o abraçou com a mesma força, também fechando os olhos. "Como você está?"

Ele ficou em silêncio por um momento. "Eu ainda nem parei pra pensar nela", ele admitiu.

"Você passou por muita coisa, Ollie", ela sussurrou, correndo a mão nas costas dele.

Oliver engoliu em seco, assentindo um pouco e levando uma mão até a nuca dela. "Como você está?"

"Eu estou bem", ela sussurrou, erguendo a cabeça e beijando o rosto dele suavemente. "Eu queria ter sabido antes para que pudéssemos ter impedido, mas..."

Ele se afastou para olhar pra ela, procurando seus olhos. "Eu estou feliz que você esteja bem", ele murmurou, apoiando a testa na dela.

"Eu estou feliz que nós dois estejamos bem", ela falou, olhando pra ele e roçando o nariz contra o dele suavemente.

Exceto Tess. Ele suspirou muito suavemente, seu peito ficando apertado mais uma vez. "Os últimos dias têm sido horríveis", ele admitiu.

"Eu sei", ela respirou fundo e tirou a mão do braço dele e se afastou, procurando a mão dele. "O pior já passou." Ela disse, apenas segurando a mão dele por um momento. Entre descobrir que ele estava infectado, tudo o que tinha acontecido e encarar Darkseid... e tudo mais sozinho, ela sabia que tinha sido terrível.

Oliver entrelaçou os dedos nos dela, olhando para suas mãos por um momento. "Precisamos de aneis", ele falou baixinho.

Chloe piscou algumas vezes e olhou pra ele e então para suas mãos. "Eu não sei... o último anel foi meio que um mau presságio."

Ele encolheu ao ouvir isso, esfregando o polegar levemente sobre o dedo dela. "O anterior não era tão ruim, no entanto. Exceto que não era de verdade."

Respirando fundo, ela apertou um pouco a mão dele e assentiu. "Acho que deveríamos escolher um se é tão importante pra você."

"Eu não quero mais esconder", ele admitiu. Embora nunca tivesse querido esconder desde o começo.

Ela apertou os lábios e assentiu levemente, olhando de volta pra ele. "Eu sei e talvez seja melhor se nós não..."

Ele encontrou o olhar dela. "Eu não estava sob o controle dele o tempo todo."

Chloe prendeu a respiração e manteve o olhar, seu coração acelerando de repente, ela vinha pensando nisso. "Você se lembra de tudo o que aconteceu?"

Oliver apertou os lábios, olhando pra baixo por um momento. "Acho que sim. Pelo menos a maior parte."

Assentindo levemente, ela manteve os olhos nele, observando-o atentamente. "Você se lembra de quando estávamos na igreja? Preparando as coisas para o casamento?"

Ele sorriu e encontrou o olhar dela mais uma vez. "Eu lembro", ele murmurou, levando a mão até o rosto dela.

Chloe prendeu a respiração e sorriu já que ela queria ter certeza disso e não tinha dúvidas de que ele sabia o que ela estava fazendo. "Você se lembra de como voltou para Metrópolis?"

Ele franziu as sobrancelhas um pouco e prendeu a respiração antes de balançar a cabeça. "Não."

Ela respirou. "E eu acho que você não se lembra de ter desligado a Wachtower também?"

Ele piscou. "Fui eu quem desligou a Watchtower?"

"E você fez um bom trabalho", ela disse, sorrindo um pouco. "Levou dez minutos inteiros pra eu fazê-la funcionar novamente."

Um risinho apareceu na boca dele. "Aparentemente mesmo possuído por um antigo alienígena do mal eu sou péssimo quando o assunto é tecnologia."

"Aparentemente eu ainda tenho muito o que te ensinar", ela ergueu as sobrancelhas. "Dez minutos é muito tempo no tempo dos hackers."

Ele ficou em silêncio e a observou por um momento. "Chloe, eu... eu machuquei alguém? Você sabe?"

"Ninguém enquanto estávamos no casamento", ela garantiu, levando a mão livre até o rosto dele e acariciando-o com os dedos. "E eu não quero que você fique pensando nisso. Você lutou contra, Oliver. Você venceu e você ajudou a impedir também."

Oliver virou a cabeça e beijou os dedos dela. "Tudo bem", ele murmurou, deslizando o braço ao redor da cintura dela e puxando-a mais perto novamente.

Chloe respirou fundo e passou o braço ao redor dele. "Você conseguiu descansar?"

"Um pouco." Ele deu um beijo em sua têmpora. "E você? Dormiu um pouco?"

"Um pouco", ela assentiu. "Eu dormi no avião."

"É um voo curto", ele comentou.

"Talvez nós dois devêssemos descansar um pouco antes de encontrar com Clark e Lois." Ela sugeriu mantendo o olhar. O enterro seria dentro de umas três horas e ela conhecia Oliver bem o suficiente pra saber que ele não tinha descansado de jeito nenhum, apesar do que estava lhe dizendo.

Ele suspirou e assentiu um pouco, relaxando um pouco o aperto em sua mão. "Tudo bem."

Ela se afastou e o levou pelo corredor, na direção do quarto onde tinham passado tantas noites e manhãs juntos antes. Tudo estava diferente agora e ele realmente não sabia o quanto ainda, mas ela contaria a ele na hora certa. Por enquanto, eles tinham que passar pelo enterro de Tess e lidar com o fato de que Lex Luthor estava de volta.

***

Oliver olhava vidrado para o túmulo a alguns metros dele, coberto por flores amarelas. Seu peito estava dolorosamente apertado enquanto piscava contra a forte garoa que caía em Metrópolis há menos de uma hora. Era o clima apropriado para um enterro, ele imaginou. Ele respirou fundo enquanto observava a Senadora Kent se afastar, o braço sobre os ombros de Conner, seguidos por Lois e Clark. O único que ainda estava lá era Emil, que colocou uma rosa vermelha sobre o túmulo, encontrando seu olhar por um momento. Ele assentiu levemente, seu braço se apertando um pouco ao redor da cintura de Chloe.

Chloe acenou com a cabeça para o médico e apertou o braço ao redor de Ollie por um momento antes de olhar pra ele. "Você precisa de um minuto?" Ela sussurrou, sabia que Tess era uma grande parte do passado dele e sabia o que tinha acontecido entre eles naquela ilha distante e depois disso era uma grande parte de quem ele era, então ela queria dar a ele a chance de se despedir com privacidade se ele quisesse. Ela imaginou que isso o ajudaria a seguir adiante e talvez parar de se culpar por tudo o que Tess tinha passado.

Ele beijou sua têmpora, então balançou a cabeça, soltando-a e se aproximando do túmulo. Ele descansou a mão ali por um momento, olhando pra todas aquelas flores. "Você não era igual a ele", ele murmurou. "Eu espero que você saiba disso, onde quer que você esteja agora. Eu sinto muito."

Ela prendeu a respiração e passou os braços em volta de si mesma, estremecendo um pouco por causa da chuva enquanto abaixava a cabeça para dar a ele alguma privacidade.

Ele fungou, fechando os olhos enquanto uma lágrima descia por seu rosto. "Adeus, Mercy", ele sussurrou.

Chloe engoliu em seco enquanto o escutava, seus próprios olhos se enchendo de lágrimas. Ela não tinha dúvida de que Tess sabia exatamente o que ia acontecer quando foi atrás de Lex e Chloe sabia que ela tinha ido atrás de Lex para proteger Clark e seu segredo. Ela não tinha dúvida que Tess estava orgulhosa de si mesma agora, por ter feito o que queria, por ter apagado as lembranças de Lex e protegido os segredos de Clark dele, por ter impedido o único membro restante de sua família de machucar alguém, pelo menos por enquanto. Não dava pra saber o que Lex iria fazer ou se ele voltaria a ser o monstro de antes, mas graças a Tess, eles poderiam se preparar para o caso disso acontecer.

Ela vinha tentando provar a si mesma e a todos que conhecia que ela estava do lado do bem, queria compensar por tudo o que havia acontecido com Zod e seu sacrifício tinha sido o maior que qualquer um deles tinha feito.

Ele se levantou devagar, expirando e se virando para Chloe. Sua mulher. Sua respiração acelerou um pouco quando viu as lágrimas nos olhos dela. Ele não tentou sorrir, simplemente foi para o seu lado e passou os braços ao redor dela, puxando-a perto dele, protetoramente.

Respirando fundo, ela passou os braços ao redor dele instantaneamente e o abraçou com força, sentindo-se egoistamente agradecida que ele estivesse bem. Ela levantou a cabeça e beijou seu rosto. "Vamos pra casa." Ela murmurou, estremecendo mais uma vez enquanto se pressionava contra ele procurando calor.

"Você está congelando", ele disse, tirando o casaco e passando sobre os ombros dela. Então ele beijou sua testa. "Vamos embora daqui", ele concordou.

"Obrigada", ela disse baixinho, não discutindo com o acréscimo de calor dessa vez e então assentiu um pouco enquanto se pressionava ao lado dele e ia na direção dos carros, onde Lois e Clark estavam confortando Emil um momento antes de médico entrar em sua SUV. Emil era um homem muito discreto, mas Chloe sabia que ele tinha perdido a esposa meses antes de se juntar a Oliver e os rapazes e agora, perder Tess também, com quem ele estava se envolvendo... ela ia garantir de entrar em contato com ele mais vezes dentro de um dia ou dois.

"Eu te amo." A voz dele era baixinha enquanto caminhavam na direção do carro. "Você sabe disso, certo?"

"Eu te amo", ela sussurrou, apertando o braço ao redor dele enquanto olhava pra ele. "E sim, eu sei." De algum jeito, parecia importante deixá-lo saber que ela acreditava nele.

Ele assentiu um pouco e olhou pra ela. "Ótimo", murmurou, levando-a para o carro preto e abrindo a porta do passageiro pra ela.

Chloe olhou para Clark e Lois e acenou, mantendo o olhar de Clark por um segundo antes de entrar no carro.

Oliver acenou com a cabeça para o outro casal, então olhou de volta para sua mulher, segurando sua mão e dando um beijo antes de se afastar e fechar a porta.

Ela respirou fundo e tirou o casaco molhado das costas, colocando-o no chão, esfregando as mãos nos braços e olhando para o lado do motorista quando Oliver abriu a porta.

Ele entrou e ligou o carro, ligando o aquecedor e dando a ela um pequeno e triste sorriso enquanto colocava o cinto.

"Obrigada", ela disse, colocando seu próprio cinto e aumentando a potência do ar quente enquanto ele começava a dirigir e então estendeu a mão para entrelaçar os dedos nos dele.

"De nada." Ele olhou pra ela de lado, apertando sua mão levemente enquanto se concentrava na estrada em sua frente.

Chloe suspirou suavemente e se recostou contra o assento enquanto começava a se aquecer, concentrando-se na estrada também.

Não importa quantas pessoas perdessem, e ela sabia que com a vida que tinham, eles provavelmente perderiam mais do que as pessoas normais, nunca ficaria mais fácil.

Não havia heroísmo, nenhum ato altruísta que qualquer um deles pudesse fazer pra tornar a perda de um membro da equipe ou de um amigo próximo mais fácil.

Mas para os que ainda continuavam, ela sabia que o melhor que podiam fazer era se inspirarem por eles e lutar com mais força.

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Próxima história: Rocky Start

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