Título: Esta É Sua Vida
Resumo: Oliver está perdendo o rumo, conseguirá Chloe descobrir o que está errado e consertar antes que ele estrague tudo?
Autora: bella8876Resumo: Oliver está perdendo o rumo, conseguirá Chloe descobrir o que está errado e consertar antes que ele estrague tudo?
Classificação: PG-13 pela linguagem
Spoilers: final da sétima temporada
Nota da autora: Essa história se concentra mais em Oliver e em suas lembranças, sua trajetória e tal. Espero que a história não fique muito confusa. O que está em itálico são lembranças.
Capítulo anterior: Um
Antes que Oliver pudesse entender o que ia acontecer, o apartamento virou um borrão ao seu redor e começou a girar selvagemente. Ele tinha certeza que ia vomitar até que Mark colocou a mão em seu ombro e lhe deu algum equilíbrio. Quando a sala parou de girar Oliver se dobrou e tentou recuperar o fôlego. "Belo aviso."
"Eu esqueci como é para as outras pessoas." Mark sorriu envergonhado. "Oh, onde estamos?"
"Você não sabe?" Oliver olhou feio pra ele.
"Eu não sei tudo. Eu sou apenas um guia." Mark deu de ombros. "Então, onde estamos?"
Oliver se endireitou e deu uma boa olhada ao redor da sala e congelou. "Estamos... na minha antiga casa." Ele deu alguns passos pra frente e tentou correr a mão no sofá mas passou através dele. Ele se virou confuso para Mark.
"Estamos aqui apenas para observar." Mark deu de ombros. "Estamos em uma lembrança, não podemos interferir na cena. Então, me fala desse lugar."
"É a casa dos Queen. Nos arredores de Star City. Eu vivi aqui até meus pais... até eu ir para o internato." Ele caminhou pela sala. "Lírios." Ele sorriu para o buquê na mesa de entrada. "Eram as flores preferidas da minha mãe."
"Você vendeu esse lugar?" Mark olhou ao redor.
"O quê?" Oliver se virou confuso.
"Você vendeu essa casa?" Mark perguntou novamente.
"Não, ela ainda é minha." Oliver disse.
"Mas você não mora mais aqui?" Mark observou as fotos sobre a lareira.
"Eu trabalho na cidade, aqui fica longe." Oliver deu de ombros.
"Huh?" Mark assentiu.
"O que isso significa?" Oliver olhou feio pra ele.
"Nada." Mark ergueu as mãos em rendição.
Oliver estava prestes a dizer alguma coisa quando ouviu um som que não ouvia há muito tempo. Era uma risada vinda do outro lado da casa.
"Ollie..." Uma voz feminina disse antes de entrar na sala. "Vem cá, sai de onde você está." Ela deu risada novamente enquanto entrava na sala.
"Mãe?" Oliver estendeu a mão para tocá-la mas sua mão a atravessou. "Mãe, eu estou bem aqui." Oliver disse com mais urgência.
"Oliver." Mark olhou pra ele com tristeza. "Você não pode falar com ela, é só uma lembrança."
Oliver olhou de Mark para sua mãe e então tossiu para clarear sua garganta.
"Vamos Oliver, nosso avião sai em duas horas e você vai se atrasar pra escola." Ela parou no meio da sala olhando ao redor. "Oliver Jonas Queen apareça agora." Ela gritou e olhou ao redor.
"Perdeu alguém?" Um homem alto entrou na sala, um jovem Oliver jogado em seu ombro. "Eu peguei ele tentando entrar na minha mala." O homem colocou o menino no sofá e sorriu pra ele. "Vamos filho." Robert Queen deu a volta no sofá e se sentou ao lado de Oliver.
"Eu não quero que vocês viajem." Oliver fez bico. "Vocês acabaram de chegar."
"É uma viagem curta Ollie." Laura Queen se sentou do outro lado. "Voltamos em duas semanas, a tempo de te levar para o gostosuras ou travessuras." Ela cutucou suas costelas.
"Gostosuras ou travessuras é pra criança." Oliver cruzou os braços sobre o peito.
Laura olhou por sobre a cabeça de Oliver para Robert. "Ok, então, nada de gostosuras ou travessuras."
"Por que eu não posso ir com vocês?" Oliver disse.
"É uma viagem de negócios filho." Robert sorriu pra ele. "E você tem aula."
"Mas esses negócios serão meus um dia, não é? Você não acha que vou usar melhor o tempo aprendendo a dirigir a companhia com você?" Laura ergueu as sobrancelhas e Robert deu risada.
"Você tem muito tempo pra aprender como administrar a companhia." Robert assegurou. "Agora, você precisa ir para a escola, ser um garoto, e sair para o gostosuras ou travessuras, certo?" Oliver fez bico novamente. "Vamos, eu sei que você acha besteira, mas você pode fazer isso por sua mãe?"
"Tá bom." Oliver finalmente suspirou.
"Pega sua mochila, vamos deixar você na escola a caminho do aeroporto." Laura bagunçou seu cabelo e ele passou por ela pra ir pegar a mochila. "Ele está crescendo muito rápido." Laura disse a Robert. "Lembra quando tudo o que ele mais queria era fazer gostosuras ou travessuras?"
"Sim." Robert se levantou. "E o que foi isso sobre dirigir a empresa?" Ele correu uma mão pelo cabelo.
"Acho que era só uma desculpa pra escapar da escola." Laura deu risada e a cena congelou.
"O que aconteceu?" Oliver se virou para Mark. "Traga eles de volta."
"Eu não posso, isso é tudo que você se lembra." Mark deu de ombros. "O que há de tão importante sobre esse dia?"
"Nada." Oliver resmungou aproximando-se e observando o rosto sorridente de sua mãe.
"Eu odeio discordar de você, filho, se estamos vendo é porque é importante." Mark sorriu pra ele.
"Não me chame de filho." Oliver devolveu. "Só meu pai me chamava assim." Mark assentiu e Oliver se voltou para a cena. "Essa foi a última vez que eu os vi." Ele olhou para a mãe dele. "Eles me deixaram na escola, duas horas depois eles decolaram e então..." A voz de Oliver falhou.
"Então o quê?" Mark olhou ao redor da sala que começava a girar. De repente eles não estavam mais na antiga casa de Oliver, estavam em outro lugar.
"Não." Oliver balançou a cabeça quando viu onde estava. "Não, chega disso, nos tire daqui." Ele gritou para Mark que apenas deu de ombros e olhou ao redor.
Eles estavam em uma escola, o nome no uniforme dizia Excelsior Academy. O professor estava atrás da mesa lendo o jornal enquanto os alunos faziam algum tipo de prova, "História." Oliver disse. "Eu não estudei para a prova." Ele balançou a cabeça olhando ao redor. "Eu me lembro de desejar que alguma coisa acontecesse, o alarme de incêndio disparasse, diabos, que realmente pegasse fogo, alguma coisa que me tirasse da prova." Ele riu sem humor.
O professor virou a página do jornal, o silêncio da sala fazendo o som parecer muito alto. Outro som foi ouvido ao fundo, de passos no corredor, se aproximando. Houve uma pequena batida na porta e o professor se levantou e a abriu. Uma mulher estava do outro lado sussurrando alguma coisa ao professor.
"Oliver, vire sua prova pra baixo, a diretora precisa falar com você." Ele falou baixinho.
"Oh, Ollie está com problemas." Alguns garotos começaram a cantarolar.
"Todo o resto, de volta ao trabalho." O professor falou e Oliver se levantou e foi até a porta. Mark e Oliver o seguiram enquanto a diretora o levava pelo corredor e o fazia se sentar num banco. Ela se ajoelhou na frente dele e colocou uma mão em seu joelho.
"Ela está me dizendo que meus pais estão mortos." Oliver colocou as mãos nos bolsos. "Ela ficou repetindo, e repetindo e por alguma razão eu me lembro de ter pensado que ela estava realmente mal por isso, ter que dar as más notícias. Ela não estava me confortando e nem me informando, só ficava dizendo 'O avião caiu, eles estão mortos'. Quem dá uma notícia dessas desse jeito?" Oliver balançou a cabeça.
"Ela fez o melhor que pode." Mark ofereceu e Oliver bufou.
"E daí? Esse momento definiu minha vida inteira, é isso que você está querendo dizer?" Oliver se virou pra ele.
"Eu tenho certeza que isso teve um grande impacto, mas eu aprendi algumas coisas fazendo isso, e uma delas é que não existe um único momento que define a vida de alguém." Mark deu de ombros. "É o que fazemos sobre todos esses pequenos momentos que nos definem."
"Wow, que profundo." Oliver revirou os olhos. "Então, pra onde vamos agora?" Oliver perguntou. "Meu primeiro encontro? A noite em que eu perdi a virgindade?"
"Eu não escolho pra onde vamos, você escolhe." Mark disse a ele.
"Eu não escolhi vir pra cá." Oliver disparou.
"Ok, que seja." Mark disse quando a sala começou a girar e eles estavam se movendo novamente. "Então você não está nos trazendo aqui também?" Ele olhou ao redor. "Que lugar é esse?" Havia um oceano e uma música alta vinda de algum lugar.
"Meu barco." Oliver sorriu por um segundo, olhando ao redor do iate com carinho.
"Ollie, Ollie, Ollie!" Pessoas estavam gritando na outra sala e Mark inclinou a cabeça, gesticulando pra eles irem investigar.
Eles simplesmente passaram por todas as pessoas na sala até chegarem na frente. "É você?" Mark deu um risinho na direção de um Oliver de dezenove anos parado na frente do bar, um bar onde estava uma mulher quase nua olhando pra ele esperançosa.
"Sim." Oliver realmente ficou vermelho enquanto observava sua versão mais jovem.
Oliver pegou um limão e o colocou na boca da garota, então se inclinou e lambeu seu umbigo e foi subindo até embaixo de seus seios. A multidão bateu palmas enquanto ele se sentava e jogava sal no estômago dela. Ela sorriu enquanto ele se inclinava e lambia o sal. Ela deu a ele uma bebida e ele engoliu rapidamente antes de se abaixar e pegar o limão que estava em sua boca. Quando os lábios dele tocaram o limão ela agarrou seu pescoço e o puxou para um beijo enquanto a multidão gritava novamente.
"Festa legal." Mark sorriu enquanto o jovem Oliver tentava se afastar da garota.
"Não por muito tempo." Oliver suspirou olhando pela janela. Oliver acenou com a cabeça pra fora da janela. "Piratas." Oliver disse enquanto a janela atrás do bar era quebrada, junto com todas as garrafas.
Todo mundo se desesperou e começou a correr para todos os lados quando os tiros começaram. Oliver estendeu a mão e tirou a mulher de cima do balcão carregando-a enquanto ela gritava horrorizada. Havia cortes por todo o corpo dela por causa das garrafas quebradas e as pessoas continuavam trombando umas com as outras. "Você consegue andar?" Oliver perguntou e ela assentiu. Ele a colocou no chão e pegou sua mão puxando-a pra fora dali. No caminho ele se forçou a não olhar para os corpos no chão. Ele ouviu um grunhido e então sentiu o peso puxar seu braço e viu horrorizado a garota do bar, a garota que ele nem sabia o nome, cair morta com um tiro. Ele parou, mas começou a se mover novamente quando uma bala atingiu sua coxa.
"O que está acontecendo?" Mark perguntou olhando ao redor do caos.
"Eu nunca descobri." Oliver disse. "Eu sei que meu capitão estava envolvido. Não sei se eles queriam o barco, ou se queriam a mim, se queriam dinheiro, eu não sei." Ele acenou com a cabeça em outra direção e Mark se virou para ver Oliver subir num pequeno bote ao lado do iate e cortar as cordas com um canivete que ele tirou do bolso. Os tiros diminuíam e Mark imaginou que fosse porque agora havia menos pessoas para serem atingidas.
"Mas você escapou." Mark pontuou quando o bote atingiu a água e Oliver agarrou um remo.
"Se você quer pensar assim." Oliver deu de ombros enquanto a cena girava ao redor deles e então estavam em outro lugar.
"Lugar legal." Mark sorriu caminhando pela praia. "Tropical."
Oliver bufou enquanto olhava ao redor do lugar onde jurou nunca mais colocar os pés. "É, tropical." Oliver disse.
"Você passou férias aqui ou algo assim?" Mark olhou ao redor confuso.
"Não exatamente." Oliver acenou com a cabeça para trás de Mark e ele se virou para ver o corpo quase sem vida de Oliver deitado na praia. "Vim parar aqui dois dias depois de escapar do barco." Eles observaram o corpo caído lentamente começar a se mover e Oliver se levantar. Ele observou os arredores enquanto cambaleava ao longo da praia. Eles observaram quando Oliver congelou no lugar.
"O que você está olhando?" Mark passou por algumas rochas e foi até onde o jovem Oliver estava transfigurado.
Oliver o seguiu e os três ficaram parados olhando para os escombros em sua frente. "Isso seria o avião dos meus pais." Oliver disse estreitando os olhos por causa do sol. "O engraçado foi, eu fiz aquela viagem como uma espécie de símbolo. Seria pra dizer adeus aos meus pais, eu nunca esperei que pudesse ser tão literal." Eles observaram o jovem Oliver cambalear pra frente e bater as mãos na lateral do avião, usando a manga da camisa pra limpar a sujeira e a areia. Quando ele terminou, deu um passo pra atrás e viu o logo da Queen Industries revelado.
"Você realmente encontrou os destroços do avião dos seus pais?" Mark olhou pra ele impressionado.
"Eu sei." Oliver deu risada. Ele nunca achou que seria capaz de rir dessa situação, mas quando Mark falou daquele jeito, Oliver viu o lado cômico da situação. Mark deu risada também. Eles pararam quando o jovem Oliver subiu no avião arrastando alguma coisa atrás dele. Oliver tossiu e se virou para o outro lado.
"O que está acontecendo?" Mark perguntou olhando do jovem Oliver para o atual.
"São os corpos dos meus pais." Oliver disse, a voz embargada. "Eu os enterrei."
"Isso foi muito legal." Mark disse baixinho.
"É". Oliver tossiu. "É, já vimos tudo, não deveríamos estar girando agora?" Oliver olhou ao redor.
"Como eu vou saber?" Mark deu de ombros. "Essa viagem não é minha."
"Eu não quero assistir o final disso." Oliver disse enquanto observava a si mesmo pegar um pedaço do avião e começar a cavar.
"É, talvez você precise." Mark disse a ele. Então eles sentaram e assistiram enquanto Oliver cavava durante a noite e no começo da manhã ele finalmente deitou os restos de seus pais no buraco e então o cobriu novamente. Ele fez uma cruz com alguns galhos e a colocou no chão enquanto fechava os olhos por um segundo. A cena começou a girar e Mark sorriu. "Agora podemos ir."
"Ótimo." Oliver suspirou aliviado, mas eles não foram muito longe. Quando tudo parou de girar ainda estavam na ilha. "Que ótimo." Ele revirou os olhos. "Eu não gostei do tempo que passei nessa ilha da primeira vez, agora tenho que reviver tudo."
"Não, provavelmente só os pontos altos." Mark sorriu pra ele.
Oliver observou a si mesmo enquanto as lembranças tomavam forma e iam mudando mostrando alguns de seus momentos na ilha. Construindo seu primeiro arco, aprendendo a usá-lo propriamente, então finalmente se tornando um mestre na arte. "Já estamos quase terminando?" Oliver perguntou enquanto observavam ele caçando um porco do mato pela floresta. "Toda essa movimentação está me deixando tonto."
"Isso é importante." Mark pontuou. "É onde você começou a ser o que se tornou."
Oliver olhou para Mark e revirou os olhos. "Que seja." Ele disse quando uma flecha atravessou a floresta, passando por todas as árvores e acertando o porco do mato, matando-o de primeira. "Você não faz ideia do homem que eu me tornei." Oliver balançou a cabeça e de repente o lugar começou a girar novamente e quando pararam era óbvio que não estavam mais na ilha. Estavam num beco.
Mark parecia um pouco confuso. "Isso não está certo. Não deveríamos já estar aqui."
"Achei que você tivesse dito que não sabia o que estava acontecendo?" Oliver se virou pra ele. "Achei que você não tivesse controle sobre isso."
"Não tenho." Mark disse. "Não controlo pra onde vamos, mas eu sei qual é o progresso básico da viagem. Não deveríamos já estar aqui, mas se estamos, deve ter uma razão." Mark disse acenando com a cabeça na direção do beco onde uma mulher se aproximava.
A mulher parecia assustada e perdida. Ela continuava olhando ao redor, esperando alguém surgir das sombras. Ela agarrou o casaco enquanto se apressava. "O casaco é bem bonito. O que é isso? Boris e Natasha? Spy versus Spy?"
"Cala a boca." Oliver respondeu. "Ela estava nervosa."
"Desculpe." Mark jogou as mãos para o alto e deu um passo pra trás.
"Eu não quero ver isso." Oliver disse. "Me tira daqui."
"Eu não posso, cara." Mark disse.
"Você sabe mais do que disse que sabia, você sabe mais sobre esse lugar do que eu, esse é seu estúpido poder, me tira daqui." Oliver gritou.
"Você realmente deveria se acalmar." Mark o avisou enquanto Oliver continuava enfurecido.
"Certo, eu vou dar um jeito de sair sozinho." Oliver fechou os olhos e pensou com força em alguma coisa que não fosse esse lugar.
"Isso não vai funcionar." Mark sussurrou basicamente pra si mesmo.
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Chloe franziu a testa e pulou. "O que está acontecendo com ele?" Ela correu para o sofá e Bart olhou pra ele.
"Porcaria, isso deveria estar acontecendo?" Ele olhou para Oliver, que estava suando litros, o corpo inteiro tremendo.
"Eu não sei." Chloe balançou a cabeça. "Eu só vi isso uma vez. E não aconteceu nada parecido."
"Talvez seja por causa do álcool." AC disse. "Ele estava meio bêbado, o outro cara estava bêbado?"
"Não, acho que não." Chloe balançou a cabeça. "Oh Deus." Ela apontou para a camisa dele onde uma pequena mancha de sangue começava a aparecer.
"Você tem que ajudá-lo." Victor disse a Chloe. "Acabe com isso, use seu poder."
"Eu tenho que tocá-lo pra fazer isso, Mark disse pra não tocá-lo." Chloe olhou pra cima.
"Você quer quebrar as regras de Mark ou quer que Oliver morra?" Victor olhou pra ela.
"Ok." Chloe assentiu. "Ok." Ela segurou a camisa de Oliver e a levantou. "Oh Deus." Ela viu a regata cobrindo a ferida em seu abdome. "Droga, por que ele não disse nada?" Ela tirou a camisa dele e o sangue aumentou.
"Chloe." AC disse assustado.
"Já sei, não se preocupe." Chloe colocou as mãos sobre o peito de Oliver devagar e os rapazes observaram uma luz branca surgir entre eles. Chloe sentiu o familiar puxão que acontecia quando curava alguém, então ela sentiu um puxão nada familiar. Ela estava desaparecendo lentamente e não do jeito normal. Seu único pensamento foi que definitivamente não tinha terminado de curar Oliver.
"O que aconteceu?" Bart perguntou enquanto a luz sumia e Chloe caía no chão. "Que diabos acabou de acontecer?"
"Eu não sei." Victor disse estupefato. AC se inclinou e ergueu a mão de Chloe que voltou a cair no chão.
Ele se virou e deu de ombros. "Ela está respirando", ele disse. "Ela só está apagada, como o Oliver."
"Ok, mas que diabos aconteceu?" Bart perguntou e Victor e AC olharam pra ele exasperados.
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Chloe abriu os olhos e olhou ao redor, tentando descobrir onde ela estava. "Que diabos acabou de acontecer?" Ela observou Oliver vestido de Arqueiro Verde falando com uma mulher num beco.
"Eu ia te fazer a mesma pergunta." Mark disse atrás dela.
"Chloe?" Oliver olhou pra ela confuso.
"O que está acontecendo?" Chloe perguntou pra eles.
"Você me diz." Mark falou. "O que você fez?"
"Eu estava curando o ferimento de Oliver, aliás, era muito difícil dizer 'Espera um pouco, eu fui esfaqueado' ou coisa assim?" Chloe olhou feio para Oliver.
"Até na minha mente ela reclama." Oliver murmurou.
"Você usou seus poderes nele?" Mark perguntou.
"Sim." Ela assentiu.
"Huh, interessante." Mark assentiu e se recostou pensando por um minuto.
"Então, o que está acontecendo?" Chloe perguntou finalmente.
"Você realmente não sabe muito sobre como seus poderes funcionam, certo?" Mark perguntou a ela e Chloe balançou a cabeça. "Quando você cura alguém, você se mistura a ela, você se torna a pessoa por um tempo. Quando você foi curar Oliver, isso te trouxe aqui." Mark pareceu refletir por um segundo e então sorriu. "Na verdade isso é bom, vai ser útil."
"Útil?" Oliver perguntou confuso.
"Seus destinos estão entrelaçados." Ele disse. "Você não sabia disso?"
"Não." Chloe balançou a cabeça.
"Mesmo?" Mark disse confuso. "Eu soube quando conheci vocês." Ele deu de ombros. "Então tá, vamos continuar."
"Não." Oliver balançou a cabeça. "Eu não quero ela aqui, eu não quero ela andando dentro da minha cabeça. Essas lembranças são pessoais." Oliver pontuou.
"Eu te disse pra não se chatear, isso provavelmente vai piorar seu ferimento." Mark sorriu pra ele. "O que está feito, está feito, você só tem que lidar com isso."
"Eu nunca quis que isso acontecesse." Chloe se desculpou com Oliver. "Eu realmente sinto muito."
"Você que pensou nisso?" Oliver perguntou. "Você trouxe ele aqui, trouxe ele pra fazer isso comigo."
"Sim." Chloe assentiu. "Pra te levar de volta para o caminho certo."
Oliver deu risada. "E desde quando essa decisão é sua? Em que caminho eu estou?"
"Já que você não estava conseguindo." Chloe olhou feio pra ele. "Eu imaginei que alguém deveria." Ela olhou ao redor confusa. "Que lugar é esse?" Ela perguntou enquanto Oliver saía do beco subindo por um cabo e a mulher olhava pra frente e pra trás antes de ir embora.
"Não é nada." Oliver disse. "Vamos continuar. Quanto mais cedo começar, mas rápido acaba. E agora? Vamos voltar para a ilha?"
"Não, já terminamos com a ilha." Mark balançou a cabeça.
"Então pra onde?" Oliver perguntou.
"Outro lugar." Mark sorriu e a cena começou a girar enquanto se moviam para outra lembrança.
Chloe agarrou o braço de Oliver enquanto a lembrança se organizava. "Um pequeno aviso sobre o giro teria sido excelente."
Oliver a ajudou a se equilibrar e ela se virou para a cena diante dela e congelou. "Santo Deus, você está pelado." Ela se virou rapidamente ficando vermelha.
Oliver bufou. "Isso não te impediu de interromper meu banho ontem." Ele pontuou.
"Eu estava nervosa e eu nem percebi..." Chloe parou. "Deus do céu, você estava pelado ontem, não estava?"
"Sim." Oliver assentiu, um pequeno sorriso no canto da boca.
"Ele já vestiu a calça." Mark falou e eles se viraram para ver Oliver parado na frente de uma cômoda e respirando fundo antes de abri-la.
"Oh Deus." Oliver deu um pequeno sorriso. "Essa foi a primeira vez que eu vesti o uniforme." Ele se virou para Chloe. "Minha primeira viagem como Arqueiro Verde. Deus, eu estava com tanto medo."
"Você parece bem calmo." Chloe observou.
"É, bem, se tivéssemos chegado cinco minutos antes, veríamos eu vomitando o jantar." Ele sorriu. "Eu impedi três furtos e um roubo de carro."
"Noite boa." Chloe disse distraidamente enquanto Oliver terminava de vestir o uniforme.
"Foi sim." Ele tossiu. "Mas isso é passado." Ele pontuou.
"É por isso que estamos aqui." Mark disse. "Qual foi a sensação?"
"O que, você é meu analista agora?" Oliver respondeu.
"Mais ou menos." Mark sorriu pra ele. "Como foi? Vestir o uniforme? Acabar com os bandidos?"
"Foi bom." Oliver admitiu. "Até eu ler o jornal no dia seguinte. Enquanto eu estava impedindo o furto de uma bolsa e o roubo do carro, um cara matou três pessoas no parque."
"Você não pode salvar todo mundo, Oliver." Chloe disse baixinho.
"Eu não posso salvar ninguém." Ele murmurou e Chloe olhou feio pra ele. "Eu estava fazendo o bem, mas não o suficiente."
"E é por isso que você decidiu que precisava fazer mais?" Mark falou. "Você precisava de um time. Você não pode salvar o mundo sozinho."
"Eu não decidi que precisava de um time." Oliver disse. "Simplesmente aconteceu." Oliver deu de ombros quando a lembrança girava novamente e eles estavam do lado de fora dessa vez, de uma pequena cafeteria.
"Onde é isso?" Chloe olhou ao redor confusa.
"No centro de Star City." Oliver se aproximou. "Aqui é... aqui é onde vi Bart pela primeira vez." Ele sorriu e Chloe olhou ao redor. "Eu estou ali." Ele apontou para o final da rua e Chloe o viu.
Oliver pagou o novo agente e se virou para voltar para o apartamento quando um borrão vermelho chamou sua atenção. Quando ele seguiu o borrão até ele parar, se surpreendeu ao ver um jovem se escondendo atrás de um carro olhando para o balcão de um restaurante mexicano com muito interesse.
"E ali está Bart." Oliver apontou.
Oliver ficou parado observando o jovem atentamente enquanto ele parecia planejar alguma coisa, como se estivesse contando, então o borrão vermelho aconteceu novamente, e a comida sendo levada pelo garçom desapareceu, e também o garoto. Oliver sorriu.
"Ele roubou a comida." Chloe disse chocada.
"Sim, ele fez isso todas as noites durante uma semana, eu continuei observando." Oliver sorriu com a lembrança.
"O que você fez?" Chloe perguntou.
Oliver sorriu quando a cena girou até se tornar uma lembrança diferente.
Oliver estava no mesmo lugar das outras duas noites e o garoto também estava lá. Capuz vermelho, fones de ouvido, olhar faminto. Ele vinha na mesma hora todas as noites, esperava por alguma coisa que gostasse, pegava, então desaparecia. Quando Oliver teve certeza da hora, ele vestiu a roupa de Arqueiro Verde, foi para o lugar e esperou.
Ele viu o olhar familiar no rosto do garoto e então ele era um borrão. Oliver seguiu a rajada de vento, apontou e atirou a flecha. A flecha atingiu o asfalto quando o garoto estava passando e o efeito foi instantâneo.
A flecha explodiu, enchendo a rua com algo pegajoso, prendendo o garoto e o fazendo parar. "Que diabos?" O garoto olhou ao redor e tentou em vão se soltar.
"Flecha super grudenta, eu nunca inventei um nome melhor pra ela." Oliver explicou a Chloe.
"Ninguém te disse que roubar é errado?" Oliver se abaixou e sorriu.
"Sim, bem, eu tenho certeza que prender alguém assim também é errado." Bart pontuou.
"Eu queria falar com você." Oliver disse caminhando cuidadosamente ao lado da gosma. "Eu tenho observado você nos últimos dias."
"Olha cara, eu fico lisonjeado e tudo mas eu não jogo nesse time, sabe?" Bart deu um risinho afetado e Oliver olhou feio, embora fosse relativamente inútil já que Bart não conseguia ver seus olhos.
"Que garoto engraçadinho." O Arqueiro Verde disse, com a sensação, e estando certo, que ele não gostava de ser chamado de garoto.
"Quem você está chamando de garoto, Caco?" Bart cruzou os braços sobre o peito e então franziu a testa. "Espera aí, você é aquele Bandido Arqueiro Verde."
"Eu não sou um bandido." Oliver suspirou exasperado. "Me fala sobre sua velocidade." O Arqueiro Verde disse. "O quão rápido você é?"
"Deixa eu me livrar disso e você vai descobrir." Bart deu um risinho afetado. "Vamos cara, eu vou pagar pelos tacos."
"Sério?" Oliver perguntou incerto.
"Não, provavelmente não." Bart sorriu.
"Que tal isso." Oliver disse pegando outra flecha. "Você me dá duas horas e eu deixo você sair. Eu até te pago um jantar de verdade." Bart olhou para os tacos. "Correndo desse jeito deve aumentar bastante o apetite."
"Você não faz ideia." Bart deu risada. "Qualquer coisa que eu queira comer? Porque eu como bastante."
"Eu posso pagar." Oliver assegurou.
"Claro." Bart disse finalmente.
"Você não vai correr?" Oliver pegou a flecha de volta e mirou no chão.
"Não." Bart balançou a cabeça. "Você me deixou intrigado. Além do mais, eu posso sumir se as coisas ficarem estranhas." Ele olhou Oliver de cima a baixo.
"Eu não estava dando em cima de você." Oliver suspirou soltando a flecha.
A cena mudou de novo e agora estavam parados na cobertura de Oliver em Star City.
Bart saiu quando o elevador abriu e entrou na cobertura. "Lugar legal. Um pouco pequeno." Bart deu de ombros, sem querer parecer impressionado.
"É um lugar pra dormir." Oliver deu de ombros.
"Confortavelmente." Bart acrescentou enquanto Oliver ia até uma estante e empurrava um pequeno dispositivo fazendo uma porta se abrir.
"Ok, isso foi demais." Bart deu um passo a frente enquanto Oliver entrava na sala e começava a tirar seu equipamento. Ele se virou para o garoto e sorriu antes de tirar os óculos escuros, ele tinha a sensação que podia confiar no garoto. "Puta merda." Bart disse quando Oliver tirou o capuz. "Você é Oliver Queen."
"Foi o que me disseram." Oliver disse tirando a jaqueta antes de guardá-la.
"De jeito nenhum, de jeito nenhum que Oliver Queen é o Bandido Arqueiro Verde. De jeito nenhum." Bart balançou a cabeça.
"Você pode parar de me chamar de bandido por favor?" Oliver suspirou irritado.
"Claro cara, claro." Bart ergueu as mãos e deu uma olhada na sala. "Você tem uns equipamentos bons aqui." Ele estendeu a mão para tocar uma flecha quando Oliver segurou seu pulso.
"Você não quer fazer isso. Acredite em mim." Bart afastou a mão lentamente e assentiu.
"Claro, sem problema." Ele se virou para Oliver. "Então, você disse que ia ter comida?" Oliver sorriu e pegou o telefone.
"O que você quer comer?" Ele perguntou.
Bart deu outra olhada na cobertura e pesou as opções. "Eles entregam lagosta?"
Oliver resistiu ao desejo de gemer enquanto fazia a ligação.
A cena girou ao redor deles e Chloe observou com interesse a mudança acontecer.
Duas horas e cinco pedidos depois Bart estava parado na varanda com Oliver, usando um de seus arcos antigos para praticar. "Então deixa eu ver se eu entendi." Bart disse e puxou o arco soltando a flecha. Oliver fez uma careta. Era duas da manhã, então as ruas estavam bem desertas e Oliver lhe deu flechas com ponta de plástico, mas ainda assim não deixava de estar preocupado. "Você quer que eu trabalhe pra você?" Bart perguntou se virando para pegar outra flecha. "Usando minhas, como foi que você disse, ah sim, 'habilidades especiais' ou alguma coisa assim."
"Isso." Oliver assentiu.
"Pra derrubar Lex Luthor?" Bart perguntou abaixando a flecha e pensando por um segundo.
"Sim, basicamente você vai invadir lugares que pertencem a ele, e fazer o download de alguns arquivos."
"E eu vou ser pago pra isso?" Bart perguntou reposicionando o arco e soltando outra flecha.
"Muito bem pago." Oliver disse.
"E vai ser caso a caso certo? Eu digo, eu não vou ficar a sua disposição o tempo todo certo? Porque eu vou onde eu quero e faço o que eu quero." Bart disse a ele.
"Caso a caso, um período de experiência se você quiser chamar assim." Oliver concordou.
"Onde eu assino, Chefe?" Bart sorriu jogando o arco pra ele.
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ADOREEEIII!!!!
ResponderExcluirDeus do céu!!! Continuação pra quando????
O Bart é o máximo... a interação Ollie x Bart é sensacional!!!
E o Ollie lembrando dos pais... ai... doeu em mim... ai, ai!
"Eu tenho certeza que isso teve um grande impacto, mas eu aprendi algumas coisas fazendo isso, e uma delas é que não existe um único momento que define a vida de alguém." Mark deu de ombros. "É o que fazemos sobre todos esses pequenos momentos que nos definem." _ UAU!! Já amei esse Mark. =)
GIL
Tava na cara que a Chloe seria arrastada pra essa 'viagem'... Sem ela, não teria graça! kkkkkkkkk
ResponderExcluirSó quero saber quais serão as lembranças que vem no próximo capítulo!!!
AMANDO ESSA FIC!
ResponderExcluirOliver pegou um limão e o colocou na boca da garota, então se inclinou e lambeu seu umbigo e foi subindo até embaixo de seus seios. A multidão bateu palmas enquanto ele se sentava e jogava sal no estômago dela. Ela sorriu enquanto ele se inclinava e lambia o sal. Ela deu a ele uma bebida e ele engoliu rapidamente antes de se abaixar e pegar o limão que estava em sua boca. Quando os lábios dele tocaram o limão ela agarrou seu pescoço e o puxou para um beijo enquanto a multidão gritava novamente.
TEQUILA E OLIVER?? EU QUERO EU QUERO!!
Chloe parou. "Deus do céu, você estava pelado ontem, não estava?"
AHHHHHHH TÁ, ela não percebeu. Eu finjo que acredito.
Vilm@
Chloe parou. "Deus do céu, você estava pelado ontem, não estava?"
ResponderExcluirAHHHHHHH TÁ, ela não percebeu. Eu finjo que acredito. [2]