Darker Pathways (5/16)

Título: Caminhos Obscuros
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17

Nota das autoras: Essa fic é um universo bem alternativo da terceira temporada em diante, o último evento da série usado é a explosão do esconderijo para onde Chloe e Gabe foram levados após o julgamento de Lionel, embora tenhamos utilizado alguns eventos de outras temporadas.

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Capítulos anteriores: prólogo - um - dois - três - quatro

Lois ficou surpresa quando teve notícias de Oliver apenas algumas semanas depois de seu primeiro encontro. Ele perguntou se ela podia encontrar com ele no Talon mais uma vez. Ela não sabia ao certo porque ele tinha escolhido o mesmo lugar considerando que ela trabalhava bem perto de onde ele trabalhava, mas enfim, como fosse melhor pra ele.

Mais uma vez, o que era chocante, ela chegou cedo, ansiosa para ouvir o que o homem tinha a dizer sobre sua prima. Definitivamente seria mais do que ela sabia sobre a vida dela no momento, e isso era definitivamente um progresso.

Era desnecessário dizer, enquanto ele se sentava na frente dela, que se sentia mais do que um pouco desconfortável. "Ei", ele disse, oferecendo a ela um pequeno sorriso e gesticulando para a garçonete servir a ela mais café.

"Ei", ela respondeu, esperando impaciente que a garçonete lhe servisse mais café e se afastasse, mas sem perder tempo em se inclinar mais pra frente. "Então, o que você descobriu?" Ela perguntou quase imediatamente.

Ele expirou, pegando o copo de água que a garçonete tinha lhe trazido e tomando um longo gole. "Eu acho que ela está me espionando."

Lois arregalou um pouco os olhos à isso enquanto se inclinava mais pra frente. "O que faz você achar isso?"

"Porque quando eu cheguei no meu hotel em Nova Iorque, aconteceu dela estar lá, no mesmo hotel, supostamente a negócios." Ele ergueu as sobrancelhas pra ela. "E eu não acho que tenha sido uma coincidência. Eu não acredito em coincidências."

"Você sabe que tipo de negócios?" Ela perguntou, franzindo a testa. "Você conversou com ela?"

"Ela disse que estava supervisionando algumas caridades relacionadas a LuthorCorp." Ele se recostou em sua cadeira.

"Bem, você checou pra ver se era verdade? Se havia mesmo essas tais caridades?"

"Havia", ele disse com um leve aceno de cabeça. "Mas nada grande o suficiente pra precisar de alguém como a Chloe pra verificar."

"Por que ela estaria espionando você, afinal?" Lois perguntou. "O que mais ela disse?"

Oliver ficou em silêncio por um momento, seus pensamentos imediatamente voltando para sua 'diversão sem laços'. Seus olhos vazios e ele não respondeu.

"Oliver?" Lois disse, estalando os dedos na frente dele. "Eu ainda estou aqui."

Ele piscou algumas vezes, seu olhar tomando foco novamente. "Desculpe", ele murmurou, correndo uma mão pelos olhos. "É só uma sensação. Eu já lidei com espionagem empresarial antes", ele explicou, dando de ombros.

"E isso foi pelo quê?" Lois perguntou desconfiada.

"Isso o quê?" ele perguntou, em guarda.

"Esse olhar no seu rosto", ela disse, observando-o atentamente. "Você se perdeu nos seus pensamentos, se vamos fazer esse trabalho, você tem que me contar tudo o que sabe."

"Eu estou dizendo tudo o que eu sei." Ele se inclinou um pouco, mexendo-se em seu assento. "Mas sim, nós conversamos." Mais do que tinha intenção. "E ela sabe que eu investiguei a vida dela, e que eu sei que o pai dela morreu pelas mãos do mesmo homem que matou meus pais."

Lois piscou, seus olhos arregalando um pouco. "Ok, bem, você vai conversar com ela de novo? Quer dizer, se vocês conversaram sobre o tio Gabe ela deve de algum jeito confiar em você."

Oliver assentiu um pouco. "Eu não tenho dúvidas que vou vê-la de novo, especialmente se eu estou certo e ela está me espionando."

"O quanto ela ficou ferrada quando descobriu que você tinha investigado a vida dela?" Ela perguntou.

"Ferrada", ele admitiu. "No entanto, eu pontuei que ela invadiu meu escritório e me informou que ela e Lex estavam tomando minha empresa e eu tinha o direito de saber com quem eu estava lidando."

"E o que ela fez?" Lois perguntou, dando um leve risinho.

"Gritou. Muito." Ele tomou outro gole. E então pulou em cima de mim.

"Isso é a cara dela", ela disse com carinho. "E então, o quê?"

"Então nada." Ele deu de ombros, muito feliz com a cara de pau que tinha. Ele e Lois podiam estar trabalhando juntos nisso, mas ela não precisava saber de todos os detalhes.

"Bem, ela foi embora irritada?" Lois insistiu, não satisfeita com a falta de detalhes.

Oliver refletiu por um momento. "Não. Só fria e distante."

Ela desanimou. "Isso não se parece com ela, mas acho que é o que ela é agora."

Ele hesitou, então estendeu a mão sobre a dela. "Eu não vou desistir."

"Que bom", Lois disse instantaneamente e então assentiu. "O que você está pensando em fazer agora?"

"Dar a ela uma dose de seu próprio veneno", ele disse baixinho.

Ela franziu a testa. "E isso quer dizer o quê?"

"Que está na hora de um dos outros fazer um trabalho no computador pra mim", ele disse, um pequeno sorriso puxando seus lábios. "E virar a mesa quando ela menos espera."

"E depois?" Lois perguntou, inclinando-se pra frente mais uma vez.

"Vai depender dela", ele falou baixinho.

"Você tem que ter algum tipo de plano", ela disse, franzindo a testa.

"Se tem uma coisa em que eu sou bom além de esconder minha outra identidade, é improvisar. E no caso da sua prima, acho que essa é a única opção que eu tenho."

"Chloe é realmente muito esperta", ela o relembrou. "Se você não tomar cuidado, ela vai perceber e acabar com suas chances."

"E é por isso que eu tenho que improvisar com ela. Porque ela é esperta", ele concordou, assentindo.

Lois assentiu levemente. "Apenas se certifique de não perdê-la."Este é o plano, ele pensou.

"Quanto tempo você ficou conversando com ela?" Lois perguntou, sua atenção de repente voltando para sua xícara.

"Meia hora mais ou menos?" O resto do tempo tinha transcorrido... sem conversa.

"Tanto tempo?" Ela disse, claramente surpresa enquanto inclinava a cabeça para o lado para olhar pra ele novamente.

"Nenhum de nós tinha planos", ele disse, tomando outro gole de sua água.

"Bem, sobre o que mais vocês conversaram?" Ela perguntou curiosa, sentando-se na beira da cadeira. Tudo que pudesse saber sobre sua prima ajudava já que ela não conseguia ter uma conversa de meia hora com ela.

Oliver se mexeu em seu assento. "Só um bate papo na verdade. Tomamos um drinque juntos."

"Drinque?" Lois repetiu e então assentiu um pouco. "Quando você está planejando em rastreá-la?"

"Vic já está trabalhando enquanto conversamos."

"Você acha que vai conseguir conquistar a confiança dela?" Ela perguntou de repente um momento depois.

Ele olhou pra cima e encontrou seus olhos. "Se eu não achasse, não estaria perdendo meu tempo", ele respondeu.

Lois respirou fundo e assentiu um pouco antes de olhar para seu café.

Oliver apertou sua mão gentilmente, então pegou seu copo de água e tomou um gole. "Vamos dar um jeito."

"Lois?" Clark chamou um momento depois enquanto ia até onde eles estavam sentados.

Lois olhou pra cima, surpresa. "Clark?" Ela franziu um pouco as sobrancelhas. "O que você está fazendo aqui?"

"Eu queria comer torta", ele disse a ela, franzindo a testa e olhando para Oliver.

"Ei, Clark", Oliver o cumprimentou com um leve aceno de cabeça. Embaraçoso.

Clark assentiu para o homem e então olhou de volta para Lois. "O que está acontecendo aqui?"

Lois apertou os lábios, olhando de Clark para Oliver e de volta para Clark. "Estamos apenas conversando", ela disse, indo para o lado para que ele pudesse se sentar.

Ele hesitou antes de se sentar ao lado de sua namorada e instantaneamente passou os braços possessivamente ao redor dos ombros dela. "Sobre o quê?"

Oliver mal resistiu ao desejo de revirar os olhos ao olhar suspeito e possessivo que Clark lhe mandou.

"Sobre Chloe", ela falou baixinho, sua voz calma.

"O que tem ela?" Ele perguntou, sua expressão tensa de repente.

"Oliver está me ajudando", ela disse calmamente.

Clark se virou de novo para Oliver, estreitando os olhos instantaneamente. "Por quê?"

"Porque é o que eu faço", ele disse a Clark, nem um pouco intimidado.

"Chloe não é da sua conta."

"Ela é agora", Lois o informou, lhe dando um olhar de alerta.

Clark se mexeu e desviou o olhar de Oliver, olhando para Lois por um momento. "Por que você está fazendo isso?"

"Porque ela é minha prima, Clark."

"Ela só vai te machucar ainda mais, Lois", ele pediu. "Ela não quer nada com a gente."

"Se fosse sua prima, você não estaria desistindo assim tão fácil." Ela o empurrou levemente para fazê-lo se levantar.

Clark suspirou e se mexeu, levantando-se.

Oliver observou enquanto Lois se levantava e ia na direção das escadas sem mais nenhuma palavra. Coçando a nuca ele também se levantou.

Com outro suspiro, Clark olhou para Oliver por um momento e então, sem falar mais nada seguiu Lois pelas escadas.

***

Fazia uma semana desde que Chloe havia deixado Nova Iorque. Ela tinha feito as malas naquela mesma noite e saiu; antes de sol nascer, ela estava num carro da LuthorCorp, a caminho do aeroporto. Não tinha intenção de arriscar ver Oliver novamente, não até que conseguisse decidir exatamente seu próximo passo. O que ela ainda não tinha feito.

Ela estava ignorando completamente o assunto desde aquela noite no hotel e também estava evitando Lex porque não queria responder suas perguntas e nem mesmo pensar sobre isso. Ao invés, ela estava se mantendo desnecessariamente ocupada com pequenos projetos da LuthorCorp. Ela tinha começado a organizar dois eventos de caridade e até começado a trabalhar na futura campanha de Lex para o senado, algo que poderia esperar mais seis meses antes dela ter que começar a se preocupar.

E os ditos pequenos projetos eram a razão dela ter que ir ao centro de Metrópolis num manhã muito fria de Janeiro, pouco antes das dez horas. Ela levava documentos com ela enquanto descia o quarteirão até o campus de Negócios e Finanças da MetU, que tinha recomeçado as aulas após as férias. Todo ano durante o verão a LuthorCorp escolhia dois estudantes da universidade para trabalhar na empresa em Metrópolis e ela tinha que ir lá deixar os formulários de inscrição.

Claro que o processo de seleção só começaria em março, mas Chloe estava considerando aceitar a oferta de Lex para lhe contratar um assistente e ela planejava ela mesma escolher alguém, e se era ela quem iria escolher, ela planejava dar a oportunidade a alguém da MetU, para honrar sua faculdade e ajudar alguém que não teria as mesmas oportunidades de alguém que frequentava Harvard ou Yale.

Oliver tinha acabado de receber uma mensagem de Victor sobre um evento de caridade da LuthorCorp que Vic achava que provavelmente estava sendo organizado por Chloe. Ele imaginou que a suspeita do outro homem estava correta e lhe mandou uma mensagem agradecendo pela informação, sem olhar para onde estava andando enquanto caminhava pela calçada, seu casaco bem fechado ao redor do corpo. Mas quando ele sentiu alguém batendo nele, rapidamente ele estendeu a mão para equilibrar a pessoa com quem tinha trombado. Quando a mão dele tocou seu quadril, ele sabia antes de olhar pra cima que era ela. Um tiro de eletricidade o atravessou com o leve toque e ele encontrou seus olhos.

Chloe parou instantaneamente e também soube que era ele antes de olhar pra cima, quando seu rosto quase se conectou com o peito dele. Ela sentiu uma coisa, mas ignorou enquanto virava a cabeça para olhar pra ele, seus olhos arregalando um pouco com a confirmação.

"Ei", ele disse suavemente, garantindo que ela estivesse estável antes de afastar a mão. "Desculpe."

Ela piscou e se afastou dele, endireitando-se. "O que você está fazendo aqui?"

Oliver ergueu um pouco as sobrancelhas. "Caminhando", ele disse a ela, então apontou com a cabeça na direção do prédio no fim da rua. "Até a Queen Industries."

Ela estreitou os olhos pra ele. "É claro que está."

Ele parou, incerto sobre o significado da expressão dela. "E onde você está indo essa hora da manhã?"

"MetU", ela disse a ele, apontando na direção do prédio atrás dele, sua expressão vazia.

"Certo. Bem, então vou te deixar passar." Oliver deu um passo para o lado e começou a se afastar, seu coração batendo um pouco mais rápido que o normal, provavelmente por ter sido pego de surpresa.

O coração dela também estava batendo forte contra o peito e ela respirou fundo enquanto ele começava a se afastar. "Tenha um bom dia, Sr. Queen", ela disse, ela precisa ter algum controle afinal.

Oliver se virou a isso, surpreso. "Você também, Senhorita Sullivan."

Chloe deu um risinho afetado e assentiu pra ele antes de se virar e continuar seu caminho, sua boca repentinamente seca.

Ele a observou se afastar, seu peito apertando um pouco e sem saber exatamente o porquê. "Chloe. Espera."

Ela parou, sua mandíbula travando quando ele a chamou pelo seu primeiro nome, mas quando se virou, sua expressão estava completamente neutra enquanto erguia uma sobrancelha curiosa.

Ele ficou em silêncio enquanto se aproximava dela mais uma vez. "Olha, deveríamos conversar. Você gostaria de almoçar comigo mais tarde?"

Chloe olhou pra ele por um momento. "Sobre o que você gostaria de conversar?"

Oliver encontrou seus olhos. "Eu acho que você já sabe a resposta pra essa pergunta."

"Eu sei?" Ela perguntou, inclinando a cabeça antes de se aproximar. "Por alguma razão, eu duvido que todas as suas transas de uma noite recebem o mesmo tratamento, Sr. Queen."

Ele prendeu a respiração por um momento, olhando pra ela atentamente. "Nós dois sabemos que foi um pouco mais que isso, não é, Srta. Sullivan?" ele murmurou, procurando seus olhos.

"Se eu me lembro corretamente, foi você quem quis deixar bem claro que não havia laços", ela disse a ele. "Eu não consigo ver o que mais poderia haver naquela noite."

Sem aviso, ele estendeu a mão e colocou o cabelo dela atrás da orelha, observando-a.

Ela sentiu o estômago e o peito apertar instantaneamente e deu um passo pra trás como se o toque a tivesse queimado. "Que diabos você acha que está fazendo?"

"Provando um ponto", ele murmurou. "Eu vou estar no Pastabilities às 12:30hs se você mudar de ideia." Sem esperar por resposta, ele se virou e continuou pela calçada.

Ela piscou algumas vezes e então expirou lentamente, seu rosto se abatendo mais uma vez enquanto voltava a caminhar rapidamente na direção oposta.

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Capítulo 6

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