Resumo: As coisas nem sempre são o que parecem.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17 muito forte
Avisos: Esta fic tem muitos momentos Chlex, é sobre Chlollie, mas tem momentos Chlex. É obscura, madura, violenta, repleta de situações adultas e pode ser bem difícil... este é seu aviso. A história se passa durante a sexta temporada.
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Chloe estava sentada no chão, uma pilha de roupas à sua esquerda, movendo caixas para sua direita e olhando fixamente para a foto que estava segurando. Ela tinha quatro anos. E era manhã de Natal, a última antes de sua tia Ella morrer. Ela estava sentada no colo do seu pai, sua mãe sentada ao lado deles e ajudando Chloe a segurar a grande caixa do jogo que ela tinha acabado de abrir. Lois e Lucy estavam sentadas no chão, a boca de Lois aberta enquanto olhava para o pacote aberto em seu colo e Chloe não sabia o que havia nele, mas sua prima mais velha estava obviamente surpresa e feliz. Lucy estava abraçando um ursinho que ainda tinha o laço enquanto olhava para o presente de Lois com interesse.
Há alguns dias atrás, Chloe tinha encontrado sua mãe depois de doze anos. E então teve que fazer um pacto com o diabo. Sua mãe não sabia disso. Chloe tinha certeza que ela ficaria extremamente desapontada se descobrisse. O que era a razão pela qual Chloe se sentia quase aliviada que sua mãe estivesse em coma, ela sabia que estava fazendo esse sacrifício para proteger sua mãe. E seu pai. E Lois e inclusive Clark. Mesmo se Lex realmente não soubesse realmente machucá-lo, ela não queria arriscar.
Então agora ela estava empacotando as coisas, as roupas, pertences pessoais, ela não ia precisar da louça, da cama e nem mesmo de suas toalhas na mansão. Sua nova casa; onde sua mãe já estava recebendo o melhor cuidado que o dinheiro podia comprar, e um arma providencial em sua cabeça o tempo todo. Se Chloe cometesse algum deslize, se ela estragasse tudo, sua mãe seria morta.
Mas ninguém ia saber de tudo isso, tudo que eles veriam era Chloe lhes dando as costas e indo morar com Lex Luthor. Então se casando com ele e parecendo o mais feliz possível. Ela imaginou se eles acreditariam nela, imaginou se era uma boa atriz, imaginou se eles perceberiam que tinha alguma coisa errada ou se ficariam tão feridos por suas escolhas que nem se importariam. Ela imaginou o que eles iriam pensar, o que eles iriam dizer.
Chloe paralisou quando ouviu um barulho, piscando e se endireitando por um momento enquanto olhava ao redor, percebendo que era seu telefone, ela se levantou antes de atendê-lo sem checar o identificador de chamadas.
As mentiras teriam que começar em algum momento, podia bem ser agora. "Alô?"
"Ei, Sidekick, sou eu. Escuta, eu vou pra Metrópolis depois de amanhã. Achei que podíamos jantar. Tem uma nova instalação que surgiu na Europa. Eu esperava que você pudesse me ajudar a invadir o sistema e conseguir as plantas e talvez planejar a missão." A voz de Oliver era alegre.
"Oliver", ela paralisou, piscando e passando uma mão pelo rosto. Ela tinha esquecido de Oliver. Seu peito apertando por um momento enquanto respirava fundo. "Oliver, eu não posso."
"Oh. Ok, bem se sexta não é bom, que tal no sábado? Eu fico acordado até tarde, então se você tem que trabalhar, eu não me importo em esperar."
"Não", sua voz falhou, então ela parou, respirando fundo. "Eu quis dizer, a missão, eu não posso."
Oliver ouviu o leve tremor na voz dela e franziu a testa. "Oh. Certo. Está tudo bem, Chloe?"
"Sim, está tudo bem", aí estava, a primeira mentira. Claro que era uma que ela estava acostumada a usar, mas não desse jeito. Ela imaginou se sentiria o estômago revirar todas as vezes que mentisse, ou se eventualmente deixaria de se sentir assim. "Mas eu venho pensando, e acho que não vou mais conseguir ajudar nas missões."
Ele parou, franzindo um pouco a testa. "Chloe, aconteceu alguma coisa na última missão que eu não sei?" ele perguntou, incerto, a preocupação clara em sua voz.
"Não", ela até conseguiu dar um pequeno sorriso à lembrança da missão. "Foi ótimo fazer parte e... vocês têm que continuar lutando, Oliver, mas eu acho que não é pra mim."
Desapontamento crescendo em seu peito, mas ele fez o melhor pra disfarçar. "Tudo bem. Não tem problema, Chloe. Não é pra todo mundo." Ele franziu a testa, relembrando cada momento da missão que tinha passado com ela.
"Obrigada por querer que eu faça parte do seu time", ela disse sinceramente, seus olhos se enchendo de lágrimas, mas ela fez o melhor para se controlar. "De verdade, Oliver, isso significa muito pra mim."
Ele franziu ainda mais a testa com as palavras dela. Alguma coisa definitivamente estava errada. "Se você mudar de ideia, sempre vai ter um espaço pra você", ele disse baixinho, desejando que estivesse no Kansas. "Mas você tem certeza que está tudo bem? Você parece... triste."
"Tenho", ela mentiu, se repreendendo. Ele sabia como ela estava pelo telefone, definitivamente teria que ficar melhor nisso. "Eu sei que estou te desapontando e você precisa de toda ajuda possível, então realmente sinto muito."
"Ei, está tudo bem", ele assegurou. "Você não está me desapontando. Como eu disse, isso... não é pra todo mundo."
Chloe parou por um momento. Tinha funcionado, ou parecia ter funcionado afinal. Bom. Era um começo. "Eu só quero que você saiba que, não importa o que aconteça, seu segredo está seguro comigo."
Agora ele realmente sabia que alguma coisa estava errada. "Eu sei. Eu nunca duvidaria disso."
Ela ficou quieta por um momento. Sabia que isso era um deslize, mas precisava que ele soubesse e talvez se ele se lembrasse disso mais tarde, perceberia o que estava acontecendo. Mas ela não podia contar a ele. Ela tinha muito a perder, essa era a razão de estar fazendo isso, então tinha que tentar assegurar que ele soubesse que ela estava bem e que ele tinha que esperar e planejar antes de agir.
"Então você vai estar em Metrópolis neste fim de semana? Ou você vinha só pra conversar comigo?" Ela usou a voz mais leve que conseguiu e talvez ele acreditasse.
Ele sorriu. "Eu vou estar na cidade. Mas a ideia de ir antes só pra ver você me passou pela cabeça."
Seu peito apertou, especialmente porque há alguns dias, isso seria tudo que ela queria ouvir. Mesmo que fosse apenas por 48 horas, o tempo que ela tinha passado com Oliver tinha sido mais do que suficiente para conhecê-lo bem melhor do que esperava em tão pouco tempo. E quando você conhece Oliver Queen e seus olhos castanhos calorosos e gentis, que aparentemente você vê só de vez em quando, é impossível não desenvolver quase instantaneamente uma paixão por ele. Ele era um cara legal, um cara genuinamente bom, que faria o que fosse possível para acertar as coisas. Ele era um dos homens mais maravilhosos que ela já tinha conhecido e se estivesse livre, aquelas palavras teriam feito seu mês.
Mas agora, elas só doíam ainda mais, especialmente enquanto ela forçava a voz a soar brincalhona. "Verdade? Acho que eu podia tentar cozinhar", ela não podia. Ela não precisava colocá-lo em risco também. Lex já os tinha visto juntos uma vez e já odiava Oliver, ele não precisava de mais razões para ameaçar e possivelmente matá-lo.
O sorriso dele brilhou. "Eu gostaria disso. Gosto da ideia de sermos amigos." Ele ficou em silêncio por um momento. "Talvez um café da manhã? Você pode escolher o dia e o restaurante."
"Eu também gostaria disso", ela disse sinceramente, mas então. "O trabalho está realmente uma loucura", ela mentiu. "Eu posso te ligar quando eu tiver um tempo livre?"
"Claro, eu vou ficar esperando", ele disse honestamente, um suave sorriso tocando seus lábios.
"Eu também", ela disse um pouco mais baixo, o que seria verdade se ela realmente fosse ligar pra ele, mas ela ia tirá-lo da sua vida e provavelmente não o veria mais quando ele soubesse das novidades.
Oliver ficou em silêncio por um momento. "Eu acho melhor deixar você voltar ao que estava fazendo antes de eu interromper."
"Eu deveria mesmo voltar", ela parou por um segundo. "Estou feliz que você tenha ligado."
"Eu também, Sidekick." Ele sorriu suavemente. "Falo com você na sexta?"
"Sim, vamos ver como as coisas vão ficar", ela apertou os lábios, prendendo a respiração por um minuto. "Tchau, Oliver."
"Tenha uma boa noite, Chloe", ele respondeu, franzindo a testa novamente quando a ouviu prender a respiração.
"Você também", ela disse antes de desligar e respirar fundo, ela olhou para o telefone por um momento e então correu sua lista de contatos e mudou o nome de Oliver para Monica Stewart. Ela trabalhava no Planeta e Chloe conversava com ela de vez em quando, o suficiente para Lex não questionar porque ela estava ligando. Ela tinha que fazer algo similar com os outros da equipe, não tinha dúvidas que nomes como Arthur Curry, Bart Allen e Victor Stone chamariam atenção de Lex já que ele já os havia aprisionado em algum momento antes, não queria que isso acontecesse novamente.
***
Lex estava na mesa de seu escritório quando ouviu passos vindo pelo corredor. Um sorriso surgiu em seu rosto e sem olhar pra cima, ele a cumprimentou. "Fico feliz que você tenha conseguido vir."
Ela ajustou a bolsa sobre o ombro e travou a mandíbula, todo o tempo em que tinha dirigido até a mansão continuou pensando que deveria ir para a fazenda, contar a Clark o que estava acontecendo, mas ela conhecia Lex. Seu carro provavelmente estaria grampeado e ele estava com sua mãe a apenas algumas portas de distância, ela não podia arriscar.
"Eu quero meu próprio quarto." Ela disse, cruzando os braços sobre o peito.
"Receio que você não esteja em condições de fazer exigências, Chloe", ele a informou, o sorriso ainda no lugar. "E mais, eu não posso ter meus empregados desconfiados. Nunca se sabe quando um deles vai ser tentado a vazar alguma coisa para a imprensa, e então sua pobre mãe seria a única a sofrer novamente. Você não ia querer isso, ia?"
"Você paga seus empregados para encobrir seus assassinatos, Lex, por que isso seria de algum modo diferente? Eu vou ter que fingir que me importo com você quando estivermos em público, eu não tenho que fazer isso enquanto durmo."
Os olhos de Lex escureceram e ele se levantou, dando a volta na mesa e parando na frente dela. "Eu sou seu dono", ele disse friamente, sua boca perto do ouvido dela. "Aqui e em público. Você deveria se lembrar disso. A não ser que você queira que meus empregados acobertem a morte de alguém tão querida pra você. Está claro?"
Chloe se endireitou e voltou o olhar pra ele, sua mandíbula travada. "Como cristal", ela disse firmemente. "Eu vou fazer o possível para fingir sempre que estiver perto de você, mas não ache que eu vou algum dia acreditar nas minhas próprias mentiras, querido."
Ele deu um risinho e beijou seu rosto. "Agora por que você não vai guardar suas coisas, querida? Acho que poderíamos passar a tarde juntos."
O estômago dela revirou tanto pelo contato quanto pelas palavras, sabia o que ele queria dizer e sabia que a pior parte ainda estava por vir, mas faria o possível para evitar pelo maior tempo possível. Mesmo que fosse forçada a sorrir, se sentia enjoada, ela se odiava por isso. "Eu vou fazer isso depois de ver minha mãe."
"Claro." Ele sorriu. "Um dos empregados vai ter mostrar nosso quarto. Tenho certeza que você vai aprender o caminho logo."
"Tenho certeza", ela concordou, ela aprenderia o caminho e ia descobrir tudo que pudesse sobre os projetos e experimentos dele. E iria reunir todo tipo de informação e eventualmente, vazá-las. Agora isso a fazia se sentir um pouco melhor, então ela sorriu um pouco mais pra ele. "Te vejo depois." Ela disse antes de se virar e sair do escritório.
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Não me diga que terá sexo Chlex... kkk
ResponderExcluirMedo do Lex... só isso...
ResponderExcluirRaquelGreen