Mirror Image (4/9)

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Título: Imagem Espelhada
Resumo: Quando Oliver Queen descobre que Lionel e Clark Luthor planejam matá-lo, ele escapa para um universo paralelo por meio de uma caixa espelhada kriptoniana herdada de seus pais, onde encontra um vigilante combatente do crime que é uma versão de si mesmo, junto com a mulher que ele ama. E enquanto a outra versão de si mesmo lhe mostra o que é ser um super heroi, Chloe pode ter a chance de descobrir se dois Olivers são melhores que um.

Autora: fickery

Classificação: NC-17

Personagens/Pares: Oliver/Chloe, Oliver/Chloe/AU Oliver (Universo Luthor/Kent); menções de Lois/Clark, AU Oliver/AU Lois, Tess Luthor, Tess Mercer, Lois, Liga da Justiça

Categoria: AU (Universo Alternativo), drama, angst, romance, smut

Avisos: Spoilers até Collateral, mas eu tomei a liberdade de mudar o resto da história e a cronologia. Também: não estou brincando sobre os pares. Tentei escrever com a maior sensibilidade possível, e de jeito nenhum Chloe e Oliver não se amam ou não vão ficar juntos, mas se a ideia de sexo a três te incomoda, por favor não leia.

Anteriores: Um -Dois - Três

Acabou sendo uma noite tranquila pra todos eles, e Oliver estava claramente chocado e tendo muito o que processar, então Chloe anunciou que eles deveriam dormir e conversar mais de manhã. Ela mostrou a ele um dos quartos de hóspedes e então limpou os remanescentes do jantar enquanto Ollie encontrava um par de pijamas e camisetas além de calças jeans e algumas camisas para emprestar pra ele.

Ela já estava na cama quando Ollie saiu do banheiro, apagando a luz, e se deitando na cama ao lado dela. "Oi, por falar nisso", ele disse, virando-se para beijá-la. "Não tivemos a chance de nos cumprimentar apropriadamente."

"Mmmm", ela murmurou, beijando-o em retorno, correndo as mãos pelas costas dele. "Não, não tivemos a chance."

"A não ser que você já tenha tido sua quota de beijar caras que parecem comigo", ele falou. Ela se afastou e deu um leve tapa em seu braço. "Ai."

"Você nunca vai deixar isso pra lá, vai? Eu estava tentando forçá-lo a admitir que ele não era você."

"Ok, sério? Faz só algumas horas. Já ultrapassamos a história do 'nunca' a essa altura. Além do mais, como você se sentiria se estivéssemos em posições trocadas?"

"Se eu chegasse em casa e encontrasse você dando um amasso em você mesmo?" ele lhe deu um olhar. "Tá bom. Eu entendi. Nada legal, eu admito."

Ele correu a mão pela barriga dela e segurou seu seio. "Ollie! Não podemos. Não com ele aqui."

Ele se apoiou sobre um cotovelo e olhou pra ela incrédulo. "Você está brincando comigo? Eu chego em casa e te encontro com ele e agora não podemos transar porque ele está do outro lado do apartamento? As paredes são à prova de som. Ele não pode nos ouvir."

"Eu sei", ela admitiu. "Mas eu não consigo mesmo assim. Eu sei que ele não pode nos ouvir, mas eu sinto como se ele pudesse. Não é só ele. Você sabe que eu fico assim sempre que Lois ou outra pessoa do time dorme aqui."

Ele se deitou de costas. "É verdade", ele suspirou. "E dormir abraçado? É permitido?"

Ela se aconchegou nele e beijou seu bíceps. "Abraçar é sempre permitido."

*_*_*_*

Na manhã seguinte ela estava sentada na cozinha com seu notebook e um copo de café quando Oliver entrou, completamente vestido, cabelo ainda molhado do banho. Ele estava vestindo uma das camisas de Ollie. "Bom dia." Ele acenou com a cabeça na direção da cafeteira. "Você se importa se eu...?"

"Não! Claro que não." Ela começou a se levantar, mas ele acenou pra ela se sentar.

"Só me diga onde estão os copos."

"Armário perto da pia. Você coloca alguma coisa? Eu não perguntei ontem."

"Café puro está ótimo." Ele levou o copo até o balcão e a observou enquanto tomava um gole cauteloso de sua bebida quente.

"Wow. Está ótimo." Ele estava muito nervoso tentando manter o disfarce para apreciar completamente no dia anterior.

Ela olhou pra ele do computador, sorrindo distraidamente. "Café é muito importante pra mim."

Ele assentiu e olhou para o copo, seus lábios se curvando levemente. "Ele não toma café, toma?" Ele tinha passado um tempo pensando sobre as reações dela no dia anterior, imaginando exatamente quando e como tinha sido descoberto.

Ela ergueu um pouco a sobrancelha. "Só de vez em quando."

"Essa foi uma das coisas que te fizeram saber que eu não era ele. Junto com a história do moo-shu e ter falado errado o nome de alguns dos amigos de vocês."

"Uma das coisas", ela disse. "Pra ser honesta, a primeira coisa que te entregou foi que você paralisou um pouco quando eu te abracei. E assim que você me beijou eu tive certeza, e então eu olhei pra cima e vi a luz refletindo os contornos das suas lentes."

Ele balançou a cabeça maravilhado. "DROGA. Eu nunca tive uma chance, não é?"

Satisfeita, ela tomou um gole de seu café. "Na verdade não." Ele deu risada e se inclinou contra o balcão. "É legal ver a verdadeira cor dos seus olhos, por falar nisso." Não mais mascarado pelas lentes de contato, os olhos dele esta manhã eram de um azul profundo. Bonito, mas um pouco estranho vê-los num rosto tão familiar.

"Obrigado. É bom não ter que usar as lentes. Onde está o Ollie?"

"No escritório, fazendo algumas ligações e mandando alguns emails. Tentando salvar as coisas na China."

Ele fez uma careta. "Acho que devo um pedido de desculpas a ele por isso - por aparecer quando apareci, e do jeito que apareci."

"Ei, quando Lionel Luthor está tentando te matar, você nem sempre tem tempo pra planejar com antecedência", ela assegurou. "Ollie entende isso."

Ele olhou pra ela. "Você parece falar por experiência."

"Oh, claro, ele tentou me matar também", ela disse com naturalidade. "Quando eu ainda estava na escola. Acredite ou não, Lex me salvou daquela vez. Uma decisão que eu tenho certeza que ele se arrependeu depois."

Ele inclinou a cabeça incrédulo. "Ok, quem Lionel não tentou matar? Em qualquer universo?"

"Não sei", ela disse alegremente. "Mas eu aposto que a lista é mais curta do que a do outro." Ele deu risada.

"Eu ia fazer ovos mexidos, se estiver tudo bem com você", ela disse. "Ou podemos ter frutas e cereal."

"Ovos está ótimo, se você já ia fazê-los. Ou, bem, eu posso fazê-los, já que você parece ocupada."

"Mesmo? Seria ótimo." Ela mostrou a ele onde estavam as panelas e os outros utensílios. Os ovos mexidos acabaram virando omeletes quando ele encontrou queijo e alguns vegetais frescos na geladeira junto com os ovos, além de leite e pão. Todo o processo de cortar os vegetais e misturá-los acabou sendo calmante, especialmente porque seus pensamentos não tinham lhe permitido dormir na noite anterior.

Não foi só a impossibilidade do que eles estavam sugerindo que o manteve acordado. Depois de passar um tempo com os dois, não era difícil perceber porque ela o fisgou tão rapidamente; era evidente em menos de uma hora na companhia deles. Os dois estavam praticamente na mesma sintonia, capazes de conversar com um erguer de sobrancelhas, um pequeno sorriso. Eles antecipavam e finalizavam as frases um do outro. Ele podia ver o alinhamento corporal e as mudanças de postura sempre que estavam próximos; eles se viravam na direção um do outro como plantas procurando pela luz do sol. Pareciam ter uma consciência espacial muito própria um do outro, e se tocavam sempre que estavam pertos o suficiente pra isso.

Não precisava nem de todos os dedos de uma mão pra contar o número de casais que ele sabia que se relacionavam nesse nível, e ele não tinha conhecido nenhum desde... bem, desde seus pais.

Não era só a intimidade entre eles. O jeito que eles faziam o outro sorrir, dar risada, o jeito que genuinamente gostavam de estar juntos... casais se divertindo juntos não era algo que ele estava acostumado a ver.

E não era só eles. A outra versão de Tess, estando tão confortável perto dele antes, o oculista prestativo e confiável, até a operadora do serviço de ajuda; todo mundo aqui era prestativo e positivo.

Havia uma leveza e um otimismo aqui que Chloe e Ollie pareciam personificar, uma certeza alegre e inabalável de que nada era impossível, que sempre poderiam consertar o que estava errado. Isso era ao mesmo tempo amável e completamente estranho pra ele.

Não ajudou comparar as interações de Chloe e Ollie com seu próprio relacionamento com Lois, e imaginar, talvez pela primeira vez desde que ela tinha partido, que diabos o fez pensar que amizade, uma - não morna, exatamente, mas também não muito forte - atração física mútua e uma opinião compartilhada sobre os Luthors eram suficientes como uma base para se construir uma vida juntos. Graças a Deus ela tinha acordado e terminado o noivado. Ele definitivamente não teria sido esperto o suficiente pra fazê-lo, e embora estivesse certo que eles teriam dado certo, ele tinha a sensação de que os dois acabariam descobrindo mais cedo ou mais tarde que tinha sido só uma comodidade.

Ele não sabia se jamais teria a sorte de encontrar a homóloga de Chloe, ou mesmo alguém que o fizesse sentir o mesmo que Ollie obviamente sentia por Chloe, mas depois de vê-los juntos, ele sabia que nunca mais se contentaria com menos que isso.

*_*_*_*

Depois do café, os três se sentaram à mesa, voltando à discussão da noite anterior. "Você tem essa impressão de que o que estamos planejando não é possível, quando tudo que Chloe e eu sabemos diz que é. Apenas não vai ser possível amanhã, ou semana que vem, ou no próximo mês. Você vai ter que ir pra casa e treinar duro durante alguns meses, talvez até um ano, e encontrar sua equipe. Então você precisa de um plano pra isso, e podemos te ajudar nesse ponto."

"E você precisa de uma tática interina para manter os Luthors longe até que você esteja pronto para enfrentá-los", disse Chloe. "Seu plano de desmascarar o Ultraman publicamente como Clark e distribuir pedras de meteoro parece ser o jeito perfeito pra fazer isso. Podemos te ajudar a planejar isso também."

"Vamos te apresentar à equipe, então você vai saber como são seus homólogos mesmo que eles tenham nomes diferentes no seu mundo."

"Podemos até te dar dicas de como recrutá-los, com base no que sabemos sobre eles e como nós os recrutamos", Chloe acrescentou.

Oliver olhou pra eles desanimado. "Parece que vocês vão me transformar num heroi, eu querendo ou não."

Ollie se inclinou para a frente. "Seu mundo precisa de um heroi. De vários herois. Pessoas que vão encarar os Luthors e mostrar aos cidadãos comuns que alguém realmente está combatendo o mal."

"E os herois precisam de um líder", Chloe disse calmamente. "E dado o que você já arriscou, e já fez, adivinha? Você se escolheu. É você; você é o cara."

*_*_*_*

"Quanto tempo você pode nos dar?" Ollie perguntou a ele. "Eu não consigo te transformar no Arqueiro Verde em uma semana, mas posso melhorar suas habilidades, criar um roteiro de treinamento e alguns objetivos pra você atingir e te aconselhar sobre que tipo de ajuda você vai precisar lá."

Oliver parecia duvidoso. Toda essa situação estava ficando rapidamente fora de seu controle. "Eu posso ficar mais ou menos uma semana. Por causa dos negócios e também por não confiar nos Luthors, eu não gosto da ideia de ficar longe muito mais que isso."

"Ok." Ollie sorriu pra ele. "Eu vou procurar umas calças pra você e tênis de corrida, e vamos começar o treinamento."

*_*_*_*

Estar na presença de Ollie sem camisa era ao mesmo tempo humilhante e inspirador. Oliver malhava regularmente - corria e levantava peso - e sempre tinha achado até agora que tinha uma forma decente. Mas perto de Ollie, de repente, ele se sentia como um fracote sedentário. O outro homem era cinzelado como uma escultura, não tinha um grama de gordura extra nele. Eu nem sabia que meu corpo podia ficar desse jeito, ele pensou.

Eles começaram com uma corrida leve nas esteiras pra aquecer. Oliver tinha certeza que ia conseguir correr mais se fosse necessário, mas um corrida de 5 quilômetros era o que ele normalmente fazia quatro ou cinco dias por semana. Ollie parecia nem ter começado a se cansar.

"Então, você normalmente corre e levanta peso, certo? E ioga?" Oliver balançou a cabeça. "Você precisa começar. É boa pra tudo: força, flexibilidade, controle, concentração... todas as habilidades que você vai precisar." Ele mostrou as poses básicas.

"Vamos passar muito tempo treinando enquanto você estiver aqui, e vamos começar com isso todos os dias assim você pode aprender o fundamental, mas você vai precisar de mais aulas quando voltar", ele disse, passando a ele uma toalha e uma garrafa d'água. "E sobre suas habilidades de combate?"

"Eu fiz um pouco de boxe", Oliver disse, abrindo sua água e tomando um longo gole.

"É um bom começo. Alguma arte marcial?" Oliver balançou a cabeça. "Você vai precisar de treinamento em artes marciais, mas as disciplinas tradicionais não vão te dar o que você precisa rápido o suficiente. Alguma coisa como Krav Magá seria melhor; o resultado é bem mais rápido." Ele pegou dois pares de luvas de boxe de um armário de equipamentos e jogou um par para sua cópia. "Vamos ver onde você está no boxe."

*_*_*_*

Mais tarde, Chloe concluiria que não tinha sido seu beijo em Oliver que primeiro colocou a ideia em sua cabeça; ao invés, tinha sido este momento, quando ouviu os gemidos masculinos e o barulho surdo do impacto das luvas na pele, e caminhou curiosa até a sala de ginástica pra ver o que eles estavam fazendo.

Oh. Oh, CÉUS, ela pensou fracamente, recostando-se na porta, olhos arregalados, para assistir os dois homens mais lindos que ela já tinha visto, torsos brilhando com suor, circularem o tapete tentando acabar um com o outro. Era como estar na primeira fila de um evento pay-per-view. Ela observou os músculos sendo flexionados, calças baixas sobre os quadris de seus respectivos donos, e lambeu os lábios inconscientemente.

Claro, o corpo de Oliver era um pouco mais suave e menos definido que o de Ollie, mas vamos encarar, o Davi de Michelangelo ficaria um pouco sem graça perto de Ollie. Se Oliver estivesse parado ao lado de qualquer outra pessoa, ele parecia perfeitamente em forma.

Ela percebeu duas coisas simultaneamente: ela estava suavemente mordendo o polegar enquanto os assistia, e ela estava se sentindo... muito quente, em todo lugar. Todo lugar.

Ela tinha assistido Ollie fazer isso antes com parceiros profissionais; com alguns dos caras da equipe, como AC e Victor, nenhum deles tinha problema com os músculos, mas ela não se lembrava de ter se sentido assim tão... passada. Certo, tá bom, excitada.

Bem, por que ela não estaria? Ninguém antes de Ollie a tinha excitado, a satisfeito do jeito que ele fazia, e Oliver era praticamente seu clone. Agora ela estava relembrando aqueles poucos minutos em que esteve sentada no colo de Oliver, sentindo os braços dele se apertarem involuntariamente ao redor de sua cintura, a boca na dela, sua própria excitação involuntária; e tentou espantar as imagens que estavam vindo em sua cabeça de ser o recheio de um sanduíche de Oliver Queen.

Ela discretamente se retirou e foi para a cozinha tomar um copo de água gelada - não sabia se precisava bebê-la ou jogar em sua calça - e se perguntou se pessoas que namoravam ou se casavam com alguém que tinha um irmão gêmeo idêntico tinha que lutar contra esse tipo de atração reflexiva e inconveniente.

*_*_*_*

Eles estavam fazendo um intervalo, sentados no colchonete com suas águas e toalhas, descansando. "Então, como você acabou ficando com a caixa espelhada?" Ollie perguntou curioso.

Oliver tomou um gole da água. "Meus pais a deixaram pra mim. Eles estavam envolvidos num grupo chamado Veritas...?" - ele percebeu que Ollie sabia do que ele estava falando - "...e eles eram os responsáveis pela custódia dos objetos."

"Os meus também", Ollie disse. "Quando eles morreram, se não se importa que eu pergunte."

Oliver lhe deu um sorriso torto. "Somos as últimas pessoas no mundo que deveriam guardar segredo um do outro ou ficar ofendido com perguntas pessoais, você não acha? Eles morreram quando eu tinha catorze anos. Acidente de carro, cortesia de Lionel Luthor." Ele viu um flashe de reconhecimento e raiva no rosto do outro homem. "Você?"

"Eu tinha nove. Acidente aéreo. Lionel Luthor", Oliver disse sem rodeios.

Eles foram para os pesos. "Por que você não me mostra seu treino normal, e vemos o quanto você precisa ajustar?"

"Então.. como você acabou sendo... tão bom... em arco-e-flecha?" Oliver conseguiu dizer. Ele estava tentando levantar mais do era seu máximo normal, sabendo que não importa o quanto se esforçasse Ollie ia ganhar.

"Escuta, você precisa me dizer o que você realmente aguenta, não o que você gostaria, ou eu não vou conseguir montar um programa eficaz pra você. Se começa errado, termina errado. Somos as únicas pessoas aqui, e você não precisa tentar me impressionar."

Parado perto dele, Ollie o ajudou a colocar o peso de volta. Arfando, Oliver admitiu. "Eu acho que preciso tirar uns dez quilos." Ou quinze.

Ollie lhe deu um risinho. "Foi o que eu pensei." Ele ajustou os pesos.

Enquanto continuavam o treino, Ollie tomava notas e oferecia orientações, e contou a Oliver sobre como desenvolveu suas habilidades com o arco-e-flecha na ilha, e mais tarde, com Vordigan.

Depois de levantar o último conjunto de halteres, Oliver pegou sua agora úmida toalha. "O que você acha? Algum dia eu vou igualar suas habilidades sem ter que ficar numa ilha por dois anos ou tomar parte em uma seita?"

"Engraçadinho. Acho que se você treinar, vai conseguir numa boa, senhor eu-quase-entrei-no-time-olímpico", Oliver disse secamente. "Seus conhecimentos básicos devem ser bons; eu vou te ensinar alguns truques pra você praticar e te mostrar o que algumas das minhas flechas podem fazer mais tarde."

*_*_*_*

"Eu marquei uma reunião com a equipe para amanhã, assim Oliver pode conhecer todo mundo", Chloe disse para Ollie na mesa enquanto jantavam naquela noite. "Sua patrulha já está sendo coberta porque você estava na China afinal, então quando você o levar para as manobras noturnas pode se concentrar apenas no treinamento." Ela olhou para Oliver. "E eu posso te levar para um pequeno passeio na Watchtower, assim você pode ter uma ideia melhor de nossas capacidades."

"Parece ótimo", Oliver concordou. Ele se levantou um pouco rápido para lavar os pratos deles e parou no meio do caminho, involuntariamente prendendo o fôlego.

"Você está bem?" Chloe perguntou, preocupada.

"Sim, não é nada de mais", ele tentou. "Só alguns músculos doloridos do treino." Ele foi até a pia.

Ela se virou para Ollie. "Você exagerou no treino dele hoje, não foi?" ela o acusou.

"O que, no boxe? Não, foi um treino leve."

"Não só no boxe", ela disse, exasperada. "Em tudo."

"Considerando tudo, foi um treino bem leve."

Ela suspirou. "Pra você, talvez. Não para os meros mortais."

"Chloe, está tudo bem", Oliver disse, divertindo-se um pouco ao ver a pequena loira tentando protegê-lo do próprio namorado. "Nós só temos uma semana, e eu preciso aprender tudo que eu puder nesse tempo. O treino não foi tão duro, eu só usei um monte de músculos de um jeito que eu não uso normalmente. Acho que vou ter que me resignar a me sentir assim pelos próximos dias."

Ela balançou a cabeça enquanto se levantava e saía. Os dois homens olharam pra ela e então um para o outro curiosos. Dentro de poucos momentos ela voltou com um enorme vidro de ibuprofeno.

"Aqui", ela disse, entregando-o a Oliver. "Você vai precisar disso mais do que qualquer outra pessoa neste apartamento durante esta semana, é melhor deixá-lo por perto. Se eu fosse você, tomaria um pouco agora e então mergulharia naquela grande banheira que tem no banheiro de hóspedes. Leve outra taça de vinho com você."

"Bom conselho", Ollie disse, suprimindo um sorriso. "E acho que você vai querer dormir cedo, porque amanhã começamos às seis, com corrida e ioga antes do café, então reunião com a equipe; arco-e-flecha depois, um pouco de arte marcial e um pouco de parede de escalada."

"Desse jeito, ele vai voltar e implorar que Lionel o salve de você", Chloe disse. Os dois homens deram risada e ela se maravilhou com o quanto suas vozes, seus trejeitos e reações, inclusive o senso de humor, eram similares.

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5/9

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