28.11.11

Better Late Than... (8/15)

TítuloAntes Tarde Do Que...
Resumo: Sequência de A Fine Line. Chloe e Oliver tentam seguir em frente.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
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Ele tinha conseguido dormir um pouco depois da meia-noite, um sono agitado, por cima dos cobertores. Tinha sido um longo dia. Entre conversar com a polícia, e conversar com os rapazes para gentilmente pedir que eles dessem um pouco de espaço a Chloe (e eles, felizmente, foram bastante compreensivos), ele estava exausto. Tinha dormido na noite anterior sentado enquanto Chloe dormia apoiada nele. Esta noite, ela estava no quarto de hóspedes, e Lois no apartamento do Talon, trabalhando na história sobre o que tinha realmente acontecido.

Mas um grito assustado o arrancou de seu estado de semi-conforto e ele se sentou imediatamente. Reconhecia aquele grito. Era o mesmo som que o assombrava nos últimos dias. Rapidamente ele atravessou o quarto, saiu pela porta e cruzou o corredor até o quarto onde Chloe estava. "Chloe!" Ele acendeu a luz para encontrá-la se debatendo na cama, cobertores pra todo lado enquanto ela lutava contra um agressor invisível.

Ele estava de volta. Lex nunca tinha morrido, de algum jeito, ele estava vivo e ele sabia. Sabia de tudo, sabia o que ela tinha feito, sabia sobre as pílulas e sobre Oliver tentando matá-lo. E ele ia fazê-la pagar. Primeiro, ele trancou todos eles na masmorra. Oliver, Lois, sua mãe, seu pai, Clark, Bart, AC, Vic. Todos presos e ela no meio.

Ela era a primeira, ele tinha removido suas roupas e estava lhe batendo com um chicote. Ela conseguia ouvir os gritos de todos e manteve seus olhos fechados com força enquanto implorava pra ele não machucá-la. Não machucar o bebê. Ele não tinha culpa. Mas sua barriga estava sangrando e ela sabia que ele estava morto agora. Como todo mundo ao seu redor estaria em breve. E ela teria que assistir. Lex estava lhe machucando o suficiente pra deixá-la com dor enquanto torturava cada um e todos e ela assistia enquanto ele esfaqueava Bart. Estrangulava Victor. Atirava em AC. Injetava algo com kriptonita em Clark.

E então ele cortou a garganta de seu pai, sua mãe recebeu o mesmo tratamento e não importa o quanto gritasse, o quanto lutasse pra tentar se libertar, ela não conseguia mover os braços.

Só Lois e Oliver ainda estavam vivos e Chloe estava chorando enquanto via ele cravar a palavra 'mentirosa' no estômago de Lois lentamente e Lois estava gritando tão alto quanto Chloe e Chloe podia sentir tudo que sua prima estava sentindo, cada corte, cada machucado até finalmente, Lex atirar nela seguidas vezes.

Chloe fechou os olhos, mas podia sentir como se estivesse olhando para todos eles, a expressão no rosto de Oliver, a satisfação no de Lex enquanto ele a soltava e ela caía numa poça de sangue. Sangue deles, de cada um que ele tinha tirado dela e era tudo culpa sua. E então Lex estava em cima dela e ela sabia o que ia acontecer, sentiu a faca afiada contra sua barriga, sentiu enquanto penetrava sua pele e conseguia ouvir Oliver gritando seu nome enquanto Lex a matava, arrastando-a pelo chão, cobrindo-a com o sangue deles. O sangue que tinha sido derramado por sua causa.

"Chloe. Chloe, ei." Ele se sentou na beira da cama, desviando de um braço que ia em sua direção. "Chloe! Sou eu. Acorda, Sidekick."

"Não!" Chloe gritou, seus olhos quentes com as lágrimas e ela pulou da cama, levando os lençois junto enquanto se movia até suas costas estarem na parede, cobrindo-se e respirando com dificuldade enquanto mantinha os olhos fechados.

Assustado e com medo que ela se machucasse, ele rapidamente a seguiu, mas não a tocou. Ele abaixou a voz. "Chloe, é o Oliver", ele sussurrou. "Está tudo bem. Tudo está bem. Você está em segurança. Todo mundo está bem." Ele engoliu em seco, o peito apertado.

Chloe paralisou e não se moveu por um longo tempo, seu corpo tremendo enquanto chorava. Lentamente, ela ergueu a cabeça e abriu os olhos, lágrimas descendo por seu rosto e embaçando sua visão enquanto olhava pra ele.

O olhar desolado que ela lhe deu quase partiu seu coração. "Chloe", ele sussurrou. "Está tudo bem."

Ela não conseguia pensar, mas conseguia se mover, e Oliver significava segurança e era o que ela queria sentir, então depois de um segundo de hesitação, ela foi até ele e passou os braços trêmulos ao seu redor. Ela estava tão assustada. Ele tinha sido o único que havia sobrado e Lex estava deixando o melhor para o final.

Ele prendeu a respiração, passando os braços ao redor dela com força e puxando-a para seu colo enquanto a abraçava. "Está tudo bem", ele murmurou. "Você está em segurança. Todo mundo está em segurança." Ele esfregou suas costas, encostando a cabeça na dela.

Chloe se aconchegou em seu colo e chorou baixinho, virando o rosto para o ombro dele. Ela sabia que sentiria vergonha por isso depois e se sentiria humilhada, mas precisava dele. Seu heroi.

Oliver se recostou contra a parede, alisando seu cabelo, e imaginando quando tinha se tornado tão carinhoso. Tinha alguma coisa sobre Chloe que despertava isso e apertava seu coração, e era ainda pior quando ela estava tão triste. Ele só queria mantê-la em seus braços, salva e em segurança.

Ela ficou agarrada a ele por um longo tempo, seus músculos doendo um pouco por causa disso, mas não o soltou. E então, não sabia quanto tempo depois, respirou fundo e relaxou um pouco, erguendo a cabeça e dando um beijo na mandíbula dele cegamente em agradecimento.

O beijo o pegou de surpresa mas ele se recompôs e esboçou um sorriso, olhando pra ela e colocando um pouco de seu cabelo atrás da orelha.

Chloe levou a mão até o rosto dele, para garantir que ele estava bem e olhou pra ele em silêncio.

Oliver procurou seus olhos. "Quer falar sobre o pesadelo?" ele perguntou.

Ela balançou um pouco a cabeça e fechou os olhos. Não achava que conseguiria falar mesmo que tentasse, todas as imagens aparecendo em sua frente ao mesmo tempo e ela arregalou os olhos.

"Está tudo bem", ele assegurou. "Você não tem que falar, Chloe." Ele tocou seu rosto. "O que você acha de irmos até a cozinha e fazer um pouco de chocolate quente?"

Embora tenha se inclinado ao toque, ela balançou a cabeça. "Eu quero ficar aqui." O quarto estava escuro e os braços de Oliver ao seu redor eram seguros. Não queria se mover e não queria que ele a soltasse.

Ele parou a isso, um pouco surpreso, mas não discutiu. "Tudo bem. O que você quiser", ele disse, inclinando-se e beijando sua testa.

"Obrigada", ela sussurrou, sentindo que não podia parar de dizer isso a ele, porque ele continuava lhe ajudando.

"De nada", ele sussurrou de volta. Ele olhou na direção da cama. "Quer voltar pra cama? Ou está mais confortável aqui?"

Chloe hesitou por um segundo, então olhou pra ele. "Você vai embora?"

"Não, se você não quiser que eu vá", ele prometeu.

Suspirando profundamente, ela assentiu. "Ok, podemos... nos deitar."

"Tudo bem." Ele a puxou um pouco mais perto, pegando-a no colo enquanto se levantava.

Ela continuou abraçada a ele até ele colocá-la na cama, suspirando profundamente e olhando pra ele. "Tem certeza que você não se importa?"

"Em ficar?" ele perguntou, subindo na cama ao lado dela. "Não, de jeito nenhum."

"Ok", ela disse, hesitando antes de pegar a mão dele.

Oliver se aproximou dela, cuidadosamente deslizando um braço embaixo do travesseiro dela e entrelaçando seus dedos nos dela.

Ela se aproximou e olhou pra ele. Ela achava que não ia querer ninguém dormindo perto dela ou a tocando quando tudo tivesse acabado, mas Oliver era diferente. Ela não estava nem um pouco desconfortável com ele por perto, na verdade, se sentia muito melhor quando ele estava.

Ele sorriu pra ela, tentando ler sua expressão. "Melhor?" ele perguntou.

"Sim", ela respondeu baixinho, respirando fundo e ainda olhando pra ele.

Oliver assentiu e apertou sua mão gentilmente.

"Eu estava gritando?" Ela perguntou, sua garganta doía um pouco e devia ser por isso que ele tinha vindo até seu quarto.

Ele tinha um olhar triste enquanto estendia a mão e tirava o cabelo de seu rosto. "Sim", ele admitiu.

"Oh", ela desviou o olhar e apertou os lábios. "Desculpe."

"Ei." Ele balançou a cabeça. "Você não tem que se desculpar, Chloe."

"Eu não queria te acordar", disse, embora estivesse feliz que ele tivesse vindo ver o que estava acontecendo.

"Eu não estava dormindo bem mesmo", ele disse honestamente.

"Oh", ela franziu um pouco a testa, olhando pra ele preocupada. "Por que não?"

Ele sorriu. "Eu sou meio que uma pessoa noturna."

"Com certeza é", ela sorriu, apertando a mão dele.

Oliver a observou por um momento, então se aproximou e beijou sua testa, descansando a cabeça no travesseiro dela. "Acha que consegue voltar a dormir?" Sua voz era tranquila.

"Provavelmente", ela disse, observando-o, ele estava tão perto, mas não lhe incomodava, ela levou uma mão até seu rosto. "Você consegue?"

"Com certeza", ele disse com um leve aceno de cabeça.

Chloe sorriu. "Pelo menos não estou fazendo você dormir no chão desta vez", ela falou baixinho, seus dedos tocando o rosto dele suavemente.

Oliver deu risada. "O chão não é tão ruim, na verdade. O carpete é confortável pelo menos." Era raro pra ele estar tão perto fisicamente de uma mulher sem estar dormindo com a tal mulher. Lógico, eles estavam juntos na cama, mas essa era a última coisa em sua mente no momento.

Ela sorriu um pouco, assentindo e tocando o cabelo dele, sem realmente pensar. "Bem, eu não esperaria outra coisa de você."

"Bom saber que você acha que eu tenho um bom gosto." Sua voz era suave, brincalhona. Ele só queria ajudá-la a esquecer as coisas ruins e talvez ela pudesse voltar a dormir em paz.

"Na maior parte das vezes", ela sorriu, olhando pra baixo e pra ele novamente. "Toda a coisa do couro verde, no entanto, não tenho tanta certeza", ela brincou.

"Ouch. E eu achando que você gostava de verde." Ele sorriu.

"Bem... não é tão bom quanto o laranja", ela ergueu uma sobrancelha e sorriu.

"Então, laranja é sua cor favorita?" Ele sorriu de volta pra ela.

Chloe assentiu um pouco e respirou fundo. "Acho que é um detalhe que não te contei naquele voo." Parecia ter acontecido há muito tempo, mas nos últimos meses, ela continuava pensando na viagem, no quanto ficou animada e no quanto foi bom fazer algo contra Lex e realmente trabalhar em algo que faria a diferença. Se ao menos soubesse o que estava pra acontecer.

Ele a observou por um momento, percebendo a súbita diferença em sua atitude. "Eu tenho a sensação que têm muitos detalhes que não fiquei sabendo naquela viagem."

"Bem", ela manteve o olhar e deu de ombros. "Você pode saber agora."

Ele sorriu. "Ótimo. Eu gostaria", ele disse honestamente.

"Eu também", ela assentiu, apertando a mão dele e então parando por um segundo. "E... eu quero voltar a ser Watchtower, se estiver tudo bem pra você."

Oliver a observou por um momento, então assentiu levemente. "Está ótimo pra mim. Vai ser bom ter você de volta ao time."

Chloe respirou fundo e sorriu um pouco aliviada, então assentiu. "Obrigada."

Ele assentiu de volta pra ela. "Ninguém faria esse trabalho tão bem quanto você."

Ela apertou a mão dele e o observou por um longo momento. "Fico feliz em poder fazer parte de novo."

"Eu também", ele sussurrou. Apesar do fato dela ter sido parte do time por apenas alguns dias antes de tudo com Lex acontecer, a missão seguinte tinha sido diferente. Menos amigável. Mais solitária.

Chloe se aproximou dele e sorriu, assentindo e então fechando os olhos.

Oliver passou o braço ao redor dela, descansando a cabeça na dela. "Boa noite", ele sussurrou.

"Boa noite", ela disse baixinho, passando um braço ao redor dele e descansando a cabeça em seu peito.

***

Oliver tinha acabado de se sentar em sua mesa no dia seguinte, puxando cada arquivo que conseguia encontrar sobre Lionel Luthor e suas ações nos últimos meses. Tinha Victor dando uma olhada nisso e aparentemente o Luthor mais velho tinha viajado bastante. Chloe estava visitando sua mãe, e ele deu uma olhada para o corredor, na direção da porta fechada, atento para o caso de acontecer alguma coisa.

Ele imaginou se algum dia sairia desse estado de alerta.

Se saísse, tinha a sensação que ia demorar um pouco.

Uma rajada de vento o fez suspirar enquanto seus papeis saiam voando. "Bart..." Mas quando ele olhou pra cima, não era Bart. Sua expressão rapidamente mudou para uma de neutralidade quando viu Clark parado em sua frente. "Clark."

Clark colocou as mãos nos bolsos e olhou pra ele por um momento. "Ela está aqui?"

"Está com a mãe dela, mas sim."

"Eu preciso falar com ela", ele disse baixinho, olhando pra baixo com a expressão de culpa.

Oliver prendeu a respiração e expirou lentamente, estudando-o por um momento e reconhecendo a culpa que via ali. Porque ele também sentia. "Vou ver se ela está disposta pra receber visita", ele disse a Clark, levantando-se.

Clark acenou com a cabeça em agradecimento e respirou fundo.

Ele foi para o corredor, batendo suavemente na porta e esperando.

"Entra", ela respondeu, olhando para a porta.

Oliver abriu a porta e entrou, fechando-a atrás dele. "Ei", ele disse baixinho.

"Ei", ela se endireitou, preocupada. "Está tudo bem."

Ele olhou pra ela por um momento, então se sentou ao seu lado na cama. "Clark está aqui", ele disse. "Está pedindo pra ver você. Mas é você quem sabe. Se não quiser falar com ele agora, não precisa."

"Oh", Chloe respirou fundo e assentiu um pouco. "Eu falo com ele."

Ele a observou por um momento. "Ok. Quer que eu mande ele entrar ou prefere conversar lá fora?"

Ela refletiu por um segundo então se levantou. "Eu falo com ele lá fora, não quero incomodá-la", ela disse a Oliver baixinho e então olhou para sua mãe.

Oliver se levantou também. "Eu vou estar no meu quarto se você precisar de alguma coisa." Como ajudar a colocar um colar de kriptonita em Clark, ele acrescentou silenciosamente.

"Obrigada", ela sorriu e então foi em direção à porta.

Ele olhou para Moira Sullivan enquanto Chloe saía, então suspirou e foi para seu quarto.

Chloe respirou fundo antes de chegar a sala da Torre do Relógio, observando Clark em silêncio por um momento. "Você queria me ver?"

Clark olhou pra cima quando ela entrou. "Oi." Sua voz era baixa.

Ela ergueu um pouco a sobrancelha. "Oi..."

"Eu conversei com Lois." Ele hesitou. "Ela me mostrou o artigo que estava escrevendo."

"Oh", Chloe parou ao ouvir a informação, observando-o. "O que você achou?" Ela perguntou, impedindo-se de perguntar se afinal ele acreditava.

Ele olhou para o chão por um momento, em silêncio. "Eu sinto muito, Chloe."

Era um começo. Mas ela não disse nada, apenas passou os braços ao redor do corpo e olhou pra ele.

Clark olhou pra ela, um pouco incerto do que dizer quando ela não respondeu. "Como... como está sua mãe?"

"Ela está... na mesma", Chloe disse, pelo menos agora ela estava em segurança.

Ele assentiu um pouco, aproximando-se dela. "E você?"

"Eu estou bem", ela disse, olhando enquanto ele se aproximava mas sem perguntar como ele estava.

Ele se aproximou, sem falar nada e a abraçou.

Chloe paralisou por um momento e então retornou o abraço. Doía saber que ele tinha desistido dela tão facilmente, mesmo que fosse o certo a ser feito, mas doía ainda mais que ele não tivesse hesitado em acusá-la de ter machucado a própria prima.

O abraço forçado não passou despercebido. "Chloe, eu disse que sinto muito." Sua voz estava ferida.

"Eu acredito em você", ela disse, olhando pra ele. "Mas só porque você disse isso, não melhora as coisas instantaneamente, Clark."

Ele a soltou, fazendo uma pequena careta enquanto dava um passo pra trás. "O que vai ser necessário?"

"Tempo." Ela disse, sua expressão neutra. Tinha ficado muito boa em esconder o que estava sentindo especialmente quando estava ferida.

Sentindo-se rejeitado, ele franziu a testa. "Sabe, você pode ficar na fazenda comigo e Lana, Chloe. Você não tem que ficar aqui em Metrópolis."

"Eu quero ficar com Oliver", ela disse, impedindo-se de dizer que odiaria incomodar a vida perfeita dele e Lana, ela tinha ouvido o que Lois tinha a dizer e não estava surpresa.

A isso, ele franziu ainda mais a testa. "Por quê?" Ele balançou a cabeça.

"Porque ele acreditou em mim." Ela disse simplesmente.

"Chloe, foi você quem me mandou ficar longe, que queria a ajuda de Lex." Ele balançou a cabeça.

"Acho que não posso culpar você por ter me ouvido", ela ergueu uma sobrancelha. "Mas eu me sinto segura com Oliver e é aqui que eu quero ficar agora."

"Oliver faz você se sentir segura?" Havia um tom de ceticismo em sua voz que ele não conseguia esconder.

"Sim." Ela disse a ele, cruzando os braços sobre o peito. "E desta vez, eu estou realmente dizendo a verdade."

Clark olhou pra ela por um momento, então franziu a testa. "Certo." Ele travou a mandíbula um pouco e olhou na direção do corredor e de volta pra ela. "Se você mudar de ideia, sabe como me encontrar." Ele parou. "Tome cuidado, Chloe."

"Um pouco tarde", ela murmurou, olhando pra ele.

"Eu estou falando... sobre Oliver."

"Oliver jamais me machucaria, Clark", ela disse firmemente. Disso ela tinha certeza.

"Não intencionalmente. Mas e se algum dia descobrirem que ele matou Lex?" Ele travou um pouco a mandíbula. "Eu não quero você no meio disso."

"Eu não estaria no meio, Clark, porque eu sou a razão dele ter matado Lex. E se Oliver não tivesse feito, eu mesma teria." Ela travou a mandíbula e estreitou os olhos pra ele determinada.

"Eu não acredito nisso", ele disse, balançando a cabeça.

"Deveria, é a verdade."

Clark balançou a cabeça de novo. "Você não é uma assassina, Chloe." Não querendo ouvir mais nada, ele foi para o elevador. "Eu venho te visitar de novo, logo."

"Você não faz mais ideia do que eu sou", ela disse a ele, olhando enquanto ele saía. A verdade era mais do que ele podia aguentar, aparentemente.

Ele não respondeu, simplesmente se virou e fechou o portão do elevador.

Chloe respirou fundo e correu as mãos pelo rosto, deixando o ar sair lentamente enquanto se virava e voltava para o corredor. Embora Clark tenha lido o artigo de Lois, ele ainda não parecia entender que não se pode passar pelo inferno e voltar do mesmo jeito. Não era assim que funcionava.

Ela parou do lado de fora do quarto de Oliver e bateu baixinho.

Um momento depois, ele abriu a porta, procurando seu olhar e dando um passo para o lado pra ela entrar.

Ela manteve o olhar por um segundo e então entrou, nunca tinha entrado no quarto dele e embora fosse similar aos quartos de hóspedes, era maior e mais... Oliver. Ela não conseguia explicar porque, talvez fosse porque tinha o cheiro dele, seja lá o que fosse, parecia aconchegante.

Ele a observou por um momento. "Não foi muito bem?" ele chutou, a voz suave.

"Ele se desculpou", ela disse, indo até a janela e olhando pra fora.

Oliver lentamente foi para o lado dela. "Às vezes, pra algumas pessoas... é preciso mais que isso."

"Concordo", ela disse, olhando pra ele pelo canto dos olhos.

Ele hesitantemente pegou a mão dela, apertando-a gentilmente. "Talvez ele te surpreenda", ele disse baixinho.

Ela olhou para suas mãos unidas e entrelaçou os dedos nos dele. "Não me importa."

"Não?" Ele ergueu as sobrancelhas, não acreditando realmente.

"Eu tenho coisas mais importantes com que me preocupar do que Clark, claramente ele se sente do mesmo jeito." Sua voz completamente neutra enquanto olhava pra fora, bloqueando qualquer emoção o máximo possível.

Ele ficou preocupado. "Ele te decepcionou, Chloe. Está tudo bem ficar brava ou chateada ou seja lá o que você esteja sentindo."

"Eu estou bem", ela disse automaticamente, expressão ainda neutra.

Oliver prendeu a respiração e virou a cabeça para olhar para as janelas também. Ela não estava bem.

Ela não estava nem perto de estar bem.

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5 comentários:

  1. Meu Deus, que história mais linda, quer dizer, triste, mas o carinho do Ollie é TUDO!!!!! Simplesmente AMEI esse capítulo...

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  2. Nossa, esse capítulo foi o melhor da sequência... rs

    ""Eu quero ficar com Oliver"
    "Por quê?"
    "Porque ele acreditou em mim."
    "...eu me sinto segura com Oliver e é aqui que eu quero ficar agora." TOMA CLARK, SEU FILH@#$%$%@# demorou, mas teve o que é dele kkkkk

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  3. É lindo a forma do Ollie Tratar a Chloe, com tanto carinho e sem segundas intenções, ele realmente se importa muito com ela, isso é tão emocionante mais triste ao mesmo tempo saber que um amigo de uma vida inteira que você ajudou não tenha tido confiança o bastante, pra ver o quanto ela estava sofrendo,essa fic trata muito das emoções das pessoas...ansiosa pelo próximo capitulo.Obrigada!

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  4. Fê, concordo, triste mas linda...

    Vinicius, também amo muito esse capítulo, é tão angustiante e tão doce ao mesmo tempo, e também AMO tudo que ela falou para o grande imbecil do Clark...

    Sara, de nada... :D É bom saber que tem um pessoal gostando e acompanhando, e o comentário é sempre um grande incentivo... o próximo capítulo sai já, já... Sim, essa fic é muito emocionante e fala fundo à alma, por isso ela é tão especial, e mesmo sendo enorme, vale muito a pena ser traduzida, ela é linda!!!

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  5. Ahhhhhh que capítulo mais perfeito!!!! Gente, a Sara tem razão em tudo que disse e especialmente no obrigada... meu, muito obrigada por toda a dedicação que vocês tem a esse blog, e pelo menos pra mim, sem ele eu jamais teria acesso a essas histórias lindas... muito, muito, muito obrigada...

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