A Fine Line (8/19)

Título: Uma Fina Linha
Resumo: As coisas nem sempre são o que parecem.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17 muito forte

Avisos: Esta fic tem muitos momentos Chlex, é sobre Chlollie, mas tem momentos Chlex. É obscura, madura, violenta, repleta de situações adultas e pode ser bem difícil... este é seu aviso. A história se passa durante a sexta temporada.

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Oliver saiu da reunião com os diretores do Hospital Geral de Metrópolis. Ele tinha sido gentilmente convidado enquanto estava na cidade, parte deles esperando que ele se tornasse o principal doador para o hospital. Eles tinham lhe feito a proposta para a construção de uma nova ala dedicada ao tratamento de pacientes com câncer. Suspirando suavemente enquanto caminhava pelo corredor, ele arrumou a gravata, distraído como estava nas últimas duas semanas.

Ele tinha tentado ligar para Chloe algumas vezes, tinha deixado inúmeras mensagens, tinha até mandado um email e nada. Nenhuma resposta de nenhum tipo.

Apesar da insistência de Clark de que Chloe simplesmente os havia traido, Oliver não encontrou nenhuma evidência disso. E ele não conseguia acreditar nessa história.

Enquanto virava na direção do elevador, a última coisa que ele esperava ver era um cara que ele não conhecia carregando exatamente a pessoa em quem ele estava pensando. "Chloe?"

Lex já tinha saído quando ela acordou de manhã. Ao invés de se sentir melhor, ela se sentia pior. Mal conseguia chegar até o banheiro pra vomitar. E então ela ficou deitada no chão frio por um longo tempo. Não fazia ideia de quanto tempo havia passado quando ouviu Joseph chamando seu nome e então a pegando no colo. Mesmo agora ela não estava completamente certa do que estava acontecendo.

Ela ergueu a cabeça quando ouviu a familiar voz chamando seu nome e estreitou os olhos fracamente. "Oliver?" ela sussurrou, mas tinha certeza que estava ouvindo coisas.

Joseph parou momentaneamente, olhando incerto da loira em seus braços para o loiro se aproximando.

"O que aconteceu?" Sua voz estava repleta de preocupação e ele estendeu a mão sem pensar, tirando o cabelo de seus olhos.

Ela fechou os olhos novamente ao toque carinhoso. "Eu estou passando mal." Ela falou baixinho, ainda se lembrando de mentir.

"Me dê ela", Oliver disse firmemente, não deixando espaço para argumento em sua voz. "Ela é uma amiga."

Joseph hesitou por apenas um momento, então cuidadosamente passou Chloe para os braços de Oliver.

"Você vai ficar bem", ele murmurou e em seguida olhou pra cima. "Ei! Eu preciso de ajuda aqui." Ele a carregou na direção da estação das enfermeiras.

Chloe sussurrou um obrigada a Joseph e então relaxou um pouco. "Eu estou com frio."

Oliver pressionou os lábios em sua testa, encolhendo-se. "Você está queimando, Chloe. Há quanto tempo você está se sentindo mal?" Neste momento ele nem estava pensando em Lex Luthor. Só estava preocupado com a saúde dela.

"Desde manhã", ela mentiu novamente, inconscientemente segurando o casaco dele.

Ele olhou para uma das enfermeiras que o conduzia para a sala de exames. "Vamos resolver", ele prometeu, carregando-a na direção da sala.

Chloe inclinou a cabeça contra seu braço por um momento, em seguida abrindo os olhos, franzindo um pouco a testa. "Você precisa ir embora."

"De jeito nenhum", ele a informou, deitando-a gentilmente sobre a mesa de exame enquanto a enfermeira deixava a sala por um momento.

"Eu quero que você vá embora", ela tentou ser firme, olhando pra ele.

Ele olhou pra ela atentamente, procurando seus olhos. "Não, você não quer", ele sussurrou. O jeito que ela estava agarrando seu casaco, se agarrando a ele no momento em que ele a pegou dos braços do outro homem derrubava qualquer argumento. Ele foi até a pia, molhando uma toalha com água fria e voltando para o lado dela, gentilmente passando sobre seu rosto.

Ela estremeceu, virando a cabeça para o outro lado. "Você tem que ir. Eu preciso chamar o Lex."

Oliver se forçou a respirar fundo enquanto passava a toalha pela testa dela. Ele desceu a cabeça até a dela. "Escuta o que eu vou dizer", ele sussurrou. "Seja lá o que esteja acontecendo, eu vou descobrir, Chloe. Porque eu sei que tem alguma coisa errada."

Chloe respirou fundo e se forçou a abrir os olhos, voltando a olhar pra ele. "Fique longe de mim."

Ele manteve o olhar sem responder.

"Eu estou falando sério", ela precisou respirar fundo de novo. "Vai embora, Oliver, eu não quero você perto de mim." Ela lutou para manter os olhos abertos, precisava que ele acreditasse nela.

Oliver travou levemente a mandíbula. "Eu não sou o Clark, Chloe. Eu vou descobrir o que está acontecendo." Ele se virou e saiu, cerrando os punhos.

Chloe suspirou profundamente, fechando os olhos com força enquanto soluçava baixinho, aliviada que tivesse funcionado.

Ele fechou os olhos quando parou do outro lado da sala, seu peito apertado ao som do choro dela. Quando ouviu os passos se aproximando, olhou pra cima e viu o homem que a tinha carregado até o hospital. Travando a mandíbula ele se moveu até o homem, segurando seu braço e o levando pelo corredor até o elevador sem falar nada.

Joseph franziu a testa e puxou o braço, imediatamente empurrando Oliver quando estavam dentro do elevador, mas não disse nada.

"Você sabe quem eu sou?" ele perguntou calmamente.

"Seu nome não me impressiona, Sr. Queen", ele disse com a mesma calma, ajustando o casaco.

O olhar de Oliver era intenso. "Você gosta de trabalhar para um bandido como Lex Luthor?"

"Eu preciso do dinheiro."

Ele assentiu levemente. "E que tal triplicar seu salário?"

"O que você quer?"

"Eu quero que você fique de olho nas coisas que envolvem seu chefe e Chloe", ele disse simplesmente. "Eu quero saber o que está acontecendo." Ele tirou um cartão do bolso e passou pra ele. "Esse é o número do meu celular."

"Você pode oferecer proteção?" Joseph perguntou, guardando o cartão sem nem olhar.

Oliver o estudou. "Pra você ou pra sua família? Ou para os dois?"

"Minha família." Ele disse firmemente.

"Tudo que eu preciso é de um endereço e eu posso garantir que ninguém vai chegar perto deles", Oliver disse com um aceno de cabeça.

Joseph olhou pra ele por um momento. "Eu entro em contato."

"Chloe não pode saber sobre isso", ele disse baixinho.

"Entendido", ele assentiu uma vez e então pressionou o botão do térreo, virando e saindo quando as portas se abriram.

Oliver o observou sair mas não o seguiu. Seu estômago estava apertado com mal-estar. Ele ia até o fundo dessa história, de um jeito ou de outro.

***

Chloe se mexeu levemente contra os travesseiros e olhou fixamente para a janela do quarto. Ela tinha conseguido sair do hospital dizendo que queria um médico particular, não queria que Joseph se metesse em problemas por tê-la levado ao hospital, então ela esperava que Lex não se concentrasse nisso. Sua febre tinha praticamente desaparecido e aparentemente ela estava desidratada. Ela não deixou que nenhum teste fosse feito por medo do que pudessem encontrar em seu sangue, então assim que estava hidratada o suficiente e com um remédio para a náusea e a febre, conseguiu que eles a liberassem e agora estava de volta à mansão, deitada na cama. Ela ainda não tinha visto Lex e era quase oito da noite, não que ela se importasse. Quanto mais tempo ele ficasse longe, melhor.

Lex estava soltando a gravata enquanto ia para o quarto. "Se sentindo melhor?" ele perguntou quando fechou a porta.

Ela não se incomodou em virar o rosto pra ele. "Um pouco."

"Ótimo." Ele tirou o casaco e o dobrou colocando-o sobre as costas da cadeira. "Você sabe o que esperar da próxima vez e outra visita ao hospital não será necessária."

Ela travou a mandíbula. "Eu vou precisar de remédio para a febre e a náusea", não havia sentido dizer a ele que não haveria próxima vez.

"Será providenciado", ele disse com um aceno de cabeça. "E eu vou contratar um médico particular para evitar qualquer drama desnecessário se o remédio não for eficaz." Ele desabotoou a camisa.

Chloe suspirou, quase sinceramente aliviada pela informação. "Com que frequência você vai fazer isso?"

"Fazer o quê?" ele perguntou, de costas pra ela e com um risinho no rosto.

Ela se virou para olhar pra ele e sua mandíbula travou, ela suspirou e empurrou os cobertores, levantando-se lentamente.

Lex se virou pra ela, erguendo uma sobrancelha.

"Eu não vi minha mãe hoje, eu vou dar uma olhada nela", ela disse, começando a ir para a porta.

"Eu acho que considerando tudo que você passou hoje, você deveria descansar na cama", ele respondeu.

"Eu estou bem", ela sabia que não era uma sugestão, mas continuou na direção da porta mesmo assim.

Ele travou a mandíbula e foi na direção dela, segurando seu braço, sabendo muito bem que era o mesmo braço e o mesmo ponto em que tinham tirado sangue na noite anterior. "Receio que eu tenha que insistir."

Ela fez uma careta, fechando os olhos por um segundo e então se virando para olhar pra ele. Tinha planejado se deitar com sua mãe e não voltar, mas isso não ia acontecer. "Se você insiste."

"Eu insisto", ele respondeu, apertando o braço dela por um momento e então soltando mais uma vez. Ele estendeu a mão e trancou a porta.

Chloe respirou fundo, ainda estava se sentindo fraca, e se virou, voltando para a cama, parando e se equilibrando enquanto seus joelhos fraquejavam.

Ele a observou por um momento, então terminou de tirar a roupa, ficando apenas com a boxer enquanto ia para o outro lado da cama, se deitar ao lado dela.

Ela se arrumou na cama, suspirando suavemente e fechando os olhos, sem se incomodar em abri-los para olhar para Lex.

"Viu? Assim não está melhor?" ele perguntou enquanto se deitava de lado para olhar pra ela.

Embora o sentisse se movendo e falando, ela ainda manteve os olhos fechados, não tinha mais energia.

Ele sorriu com a falta de resposta e se inclinou sobre ela, beijando sua boca. "Bons sonhos."

Chloe abriu os olhos e olhou feio pra ele. "Como você consegue dormir à noite?"

"Os lençois são muito confortáveis", ele disse, aproximando a boca de seu ouvido. "Você deveria ficar agradecida, Chloe. Eu estou exigindo muito pouco de você por enquanto."

"Eu não me importo com o que você exige de mim", ela disse, afastando-se de sua boca.

"Para o seu próprio bem, eu espero que você aprenda logo a controlar essa sua boca." Ele parou. "Embora eu tenha outras ideias de como fazê-la mais útil."

"Eu não vou fazer nada além de te respeitar em público, mas aqui, você vai ter que ouvir o que eu realmente penso e se você pensa que pode me assustar ao insinuar o que vai fazer comigo, pode pensar de novo." Ela disse e sabia que era um erro, mas estava muito cansada de tudo, tinha que desabafar.

Lex deu risada. "Não há insinuação aqui, Chloe. Eu vou ter você quando eu quiser, em qualquer lugar em que for a hora. Não se engane sobre isso. Eu sou seu dono. Não se esqueça."

"Isso não vai durar pra sempre, Lex", ela pontuou.

Ele sorriu friamente. "Você está certa. Eventualmente um de nós vai morrer." Ele traçou sua orelha com a língua, então se afastou dela abruptamente, estendendo a mão e apagando a luz. "Boa noite, Chloe."

Ela passou a mão sobre a orelha em desgosto e ficou de costas pra ele, olhando para a janela e desejando que tivesse coragem para matá-lo enquanto ele dormia. Porque ele estava certo, pra isso terminar, um dos dois teria que morrer.

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9/19

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