Identity Crises (8/14)

Título: Crise de Identidade
Resumo: Chloe não conseguia imaginar como sua vida tinha tomado esse rumo, mas ela estava tendo um caso com o Arqueiro Verde. Talvez tudo que ela estivesse precisando em sua vida fosse um pouco de emoção. Agora, se pelo menos aquele idiota do Oliver Queen a deixasse em paz...

Autora: the_bluesuede

Classificação: R
Nota: indicada ao prêmio 'Multi-Chapter' do Chlollie Awards 2010.

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"É melhor você ir embora", Chloe resumungou, quase incoerente, em seu sono.

Oliver deu um risinho. "Por quê?"

"Pra eu não ter que explicar pra Lois", ela respondeu num murmúrio.

"Explicar o quê?"

"O couro", ela resmungou.

Oliver quase gargalhou em voz alta. O couro?

Chloe estava franzindo a testa em seu sono. "Maldito risinho", ela murmurou e então, "Pára."

"Pára o quê?"

Mas Chloe só resmungou alguma coisa que ele não entendeu.

Oliver pensou num jeito de virar tudo ao seu favor. "O que você acha do Oliver?" ele perguntou.

Chloe franziu mais a testa. "Você não é ele."

"Quem sou eu?"

"Não é o Oliver."

"Quem não é o Oliver?"

"O Arqueiro Verde."

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Chloe acordou com a distinta impressão que deveria estar... envergonhada por alguma coisa.

Seu sonho voltou à memória, e ela percebeu mais uma vez que tinha sido sobre o Arqueiro Verde. Fantástico. Isso estava saindo completamente de controle.

Falando em controle, ela estava no sofá de Oliver Queen. Ela olhou ao redor sonolenta e a lembrança de onde estava também voltou. Ela gemeu.

"Eu dormi? De novo?" ela perguntou. Oliver estava parado olhando pra ela.

Ele assentiu, com certo divertimento, mas havia uma expressão diferente em seus olhos. Algo estava errado. Ela teve a estranha impressão que estava olhando para outra pessoa e não para Oliver Queen. Ela piscou e a expressão tinha ido embora. Ele estava normal de novo.

Wow. Ela realmente precisava dormir.

"Você sabia que fala enquanto dorme?" Oliver perguntou, erguendo uma sobrancelha.

"O quê?" Chloe parecia envergonhada. "Oh não..."

"O Arqueiro Verde, huh? É alguma daquelas fantasias femininas que eu realmente não vou entender ou--"

"Cala a boca!" ela disse, irritada. Não podia pensar em nada mais embaraçoso que esse momento.

Ele lhe deu um olhar de desculpa, aparentemente percebendo que ela não estava com humor pra brincadeiras.

"Desculpe."

Chloe ainda estava desconfortavelmente vermelha. "Bom, desculpe por eu ter dormido. Acho que sou mesmo uma péssima companhia."

Ele deu de ombros. "Você jamais seria uma péssima companhia. Você só está precisando dormir. Eu te levo pra casa", ele disse, indo pegar as chaves.

Chloe se espreguiçou e esfregou os olhos. Mais uma vez se sentindo culpada por não ter dado a Oliver uma chance apropriada. Por que ele estava insistindo, afinal? Ela olhou pra ele com um senso de fadiga. Esses homens seriam sua morte.

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Oliver dirigiu até a casa de Chloe em silêncio. Ela também não disse nada, aparentemente muito cansada pra falar. Quando ele estacionou em frente ao edifício, se ofereceu para acompanhá-la até o apartamento, mas ela balançou a cabeça. "Não precisa, obrigada."

"Chloe?"

"Sim?" ela olhou pra ele cansada.

"Alguma chance de tentarmos de novo e não ser um desastre?"

O canto de sua boca tremeu. "Eu diria que é justo", ela concedeu, hesitando por um segundo e acrescentando em seguida, "Por que você não me liga daqui a uns dois dias?"

Ele assentiu, tentando não demonstrar o quanto estava animado que ela não tivesse desistido dele. "Parece ótimo." Então, cautelosamente ele se inclinou e deu um beijo no rosto dela. Ela ficou vermelha e saiu do carro. "Boa noite, Oliver."

Ele tinha quase certeza que era a primeira vez que ela o chamava de Oliver em voz alta. E tinha que ser um sinal de progresso se ela parasse de chamá-lo de 'Sr. Queen'.

"Boa noite, Srta. Sullivan", ele disse.

"Oliver?" ela perguntou, apoiando-se na janela.

"Sim?"

"Me liga mais uma vez, e eu vou deixar você me chamar de Chloe." Ela sorriu.

Ele sorriu enquanto ela se afastava.

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Ele foi pra casa se sentindo mais leve que nunca, mas quando terminou de vestir a roupa do Arqueiro Verde com a intenção de patrulhar, descobriu que o Arqueiro tinha outros planos.

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Chloe virou para o lado dormindo. Ela era linda enquanto dormia. A brisa que entrava pela janela atingiu seu rosto e ela franziu a testa, mesmo dormindo. Lentamente ela começou a acordar.

"Sentiu minha falta, linda?" o Arqueiro Verde disse, recostado na parede ao lado da janela.

Chloe abriu os olhos. "Ai meu Deus!" ela quase gritou, sentando-se na cama e se afastando dele.

Ele deu um risinho. "Relaxa. Eu só passei pra fazer uma visita."

Ela assentiu mas seu corpo continuou visivelmente tenso.

"Aqui", ele disse. "Como prova disso, eu vou colocar o arco no chão, e você pode soltar a arma embaixo do seu travesseiro." Ele acenou com a cabeça para onde o cabo da arma aparecia pra fora do travesseiro e colocou o arco no chão.

Chloe mordeu o lábio. Isso parecia ser um péssimo hábito dela. Sua mão instintivamente procurava pela arma, mas então ela afastou a mão e olhou pra ele nervosamente.

"Posso tomar isso como um sinal de confiança?" ele perguntou.

Ela o estudou e em seguida deu de ombros. "Você não fez nada para gerar desconfiança, ainda, eu devo dizer", acrescentou. "Invasão de propriedade definitivamente não é um ponto a seu favor."

O arrogante risinho retornou ao rosto dele. "Você deveria dormir com as janelas trancadas. Nunca se sabe quem pode entrar."

Ela franziu a testa. "Nunca foi um problema até agora."

Ele deu risada.

"Então..." Ela disse desconfortável quando ele não disse mais nada.

Ele permaneceu em silêncio, estudando-a. Era como se ele estivesse com ciúmes de si mesmo. Oliver estava frustrado que Chloe estivesse mais interessada no Arqueiro Verde do que nele, e o Arqueiro Verde estava irritado que Oliver fosse quem conhecesse Chloe e passasse mais tempo com ela. Estava ficando ridículo. Por que ele não conseguia se ver como a mesma pessoa?

De repente ele percebeu que o problema não era que ele se visse como duas pessoas, mas que Chloe o visse como duas pessoas. Até que isso acabasse, a sensação não ia melhorar tão cedo. Até lá, seria se como fossem dois relacionamentos diferentes.

Ele franziu a testa. Bem, isso era... um saco.

Chloe se mexeu levemente em seu pijama, cobrindo-se um pouco melhor do que quando acordou.

"Você realmente não deveria estar aqui", ela disse com um suspiro.

"Por que não?"

Ela franziu a testa. "Eu meio que estou saindo com alguém. Isso não é exatamente apropriado."

"Queen, huh?"

Ela pareceu surpresa. "Deus do Céu, você está me seguindo?" ela exigiu. "Você tem ideia do quão ilegal-"

"Você é uma mulher paranoica  não é? Ninguém disse nada sobre perseguição. Só aconteceu de eu ver vocês dois juntos. De novo."

Ela franziu a testa pra ele. "Eu não acho que você tenha o direito de perguntar sobre minha vida pessoal."

"E por que não?" ele olhou feio pra ela, embora ela provavelmente não pudesse perceber isso nas sombras.

"Você e eu-" ela começou, franzindo ainda mais a testa enquanto lutava para ordenar as palavras. "Não é como se houvesse um relacionamento claramente definido aqui", disse finalmente. "Eu não gosto de ambiguidades. E neste caso só nos encontramos duas vezes."

"Isso pode mudar."

Ela engoliu em seco nervosamente. "Ah, o que", ela disse sarcasticamente. "Você vai me dizer que o Arqueiro Verde quer ser um namorado estável? Porque eu tenho certeza que seria muito fácil explicar isso para os meus amigos e minha família. 'Ei, Lois. Sabe, você não pode arranjar um encontro pra mim com aquele cara do seu trabalho porque eu estou namorando o Arqueiro Verde. Oh, e Oliver, eu vou parar de sair com você por causa de alguém que nem pode me levar a algum lugar', " ela se imitou absurdamente.

"Você é muito atraente quando está sendo sarcástica, sabia?"

Ela olhou feio.

"Eu não estou dizendo pra você fazer nada. Eu só não vou fingir que não estou com um pouco de ciúmes", ele disse. Infelizmente, a declaração era verdadeira.

Ela engoliu em seco novamente. "Huh", foi sua única resposta enquanto ele se aproximava da cama.

"E eu passei aqui porque estava pensando em você."

"Estava?"

Ele assentiu. "Muito."

Chloe se recostou na cabeceira da cama ansiosamente, mas ele se inclinou sobre ela e a puxou para fora da cama. Colocando as mãos em sua cintura, sabia que deveria estar preocupado que ela estendesse a mão e tirasse seus óculos ou seu capuz e ele estaria exposto (e de jeito nenhum ela ia entender se fizesse isso), mas ele realmente não conseguia se importar. Por alguma razão, ele tinha a sensação que ela tinha um certo respeito por identidades secretas. Talvez porque tivesse visto uma foto dela com Clark Kent na mesa dela no trabalho. Ele tinha a impressão que ela sabia um pouco mais do que as pessoas comuns sobre o fazendeiro-com-jeito-meigo-que-virou-repórter. Claro, Oliver tinha reconhecido Kent imediatamente. Tinha se encontrado com o Super Homem uma ou duas vezes e aqueles óculos não enganavam ninguém.

Não, ele confiava que Chloe não cruzaria essa linha. A pergunta que continuava era como ela se sentia em relação a ele. Era só uma atração que ela não conseguia resistir? Ou mais do que isso? Ele sinceramente desejava que não fosse duas pessoas pra ela. Ele queria ser um homem só, o único homem que ela escolheria.

"Fecha os olhos", ele disse, apertando as mãos nos quadris dela enquanto seus polegares massageavam a junção com as coxas. A respiração dela estava ficando mais rasa em reação ao toque, mas ela obedeceu.

Ele correu as costas de sua mão enluvada pelo rosto dela, desceu pelo pescoço, o ombro, traçando o contorno de seu corpo tão gentilmente que fez a pele dela se arrepiar. Ela estremeceu e jogou a cabeça pra trás involuntariamente, os olhos permanecendo fechados.

Ele subiu o mesmo caminho com as pontas dos dedos antes de segurar seu rosto, traçando seus lábios com o polegar. Devagar ele se inclinou e a beijou suavemente. Ele sentiu a tomada brusca de ar que ela deu antes de responder, subindo as mãos até o pescoço dele, e seus corpos colarem instintivamente.

Ele subiu as mãos pela lateral de seu corpo, roçando seus seios, fazendo ela se pressionar contra ele descontroladamente, choramingando em sua boca.

Oh Deus, ele pensou, correndo as mãos de volta para as coxas dela, libidinosamente. Isso não vai acabar bem.

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9/14

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