Título: Um Conto de Natal Chlollie
Resumo: Chloe recebe a visita dos fantasmas dos Natais passado, presente e futuro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: PG-13
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Chloe suspirou profundamente quando seu telefone tocou de novo, ela pegou, olhou o visor e balançou a cabeça, desta vez era Oliver. Bart já tinha ligado, Lois ligou umas trezentas vezes, e até Clark tinha ligado uma ou duas vezes, embora, se ela tivesse que adivinhar, apostaria que sua prima o tinha obrigado.
Ela sabia que eles queriam saber se ela ia para a fazenda no dia seguinte, ou no caso dos rapazes, para a Torre do Relógio. Ela tinha recebido emails a convidando para as duas celebrações, mas ignorou. Ela não queria celebrar o Natal, não parecia certo, não sentia como se merecesse considerando tudo que tinha feito com Davis e Jimmy e não dando ouvidos às pessoas quando deveria. Ela tinha se trancado na Watchtower. Planejava passar a noite ali, trabalhando e ignorando todo o dia de Natal.
Por volta das onze e meia, as ligações pararam, ou pareciam ter parado, e no calor e silêncio da Watchtower, estava começando a se sentir cansada. Nevava muito lá fora e voltar para Smallvile nem era mais uma opção, então ela pegou os cobertores que mantinha ali, passou um ao redor do corpo e se deitou no sofá. Não planejava realmente dormir, mas enquanto olhava para a grande janela sobre sua cabeça e assistia a neve cair silenciosamente do lado de fora, seus olhos começaram a pesar e pouco antes da meia-noite, ela adormeceu.
"Agora, esse é um jeito produtivo de passar o tempo, Srta. Sullivan?" Uma voz familiar perguntou, arrancando-a de seu sono.
Chloe se mexeu no sofá e piscou algumas vezes, a única luz na Watchtower era a dos monitores, então seus olhos precisaram de um momento para perceber a silhueta de uma pessoa parada perto dela e aparentemente ela ainda estava dormindo porque isso não era possível. "Eu não vejo você em meus sonhos há muito tempo."
"Que pena." Ele inclinou a cabeça para o lado e ergueu uma sobrancelha pra ela. "Você precisa se levantar agora. Temos que ir a alguns lugares."
Ela balançou a cabeça e respirou fundo antes de se sentar. "Não, eu não tenho que ir a lugar nenhum, essa é toda a razão de eu ter ficado aqui."
Lionel Luthor suspirou pesadamente, balançando a cabeça. "Você sempre tem que fazer as coisas do jeito mais difícil. Tão teimosa. Admirável algumas vezes, mas um pouco irritante e desanimadora para os outros. Agora, nós precisamos ir. Eu tenho pouco tempo antes dos outros."
Chloe franziu a testa a isso. "Ir aonde?" Ela perguntou, balançando a cabeça. "Que outros?"
"Você vai descobrir logo. Vamos indo, Srta. Sullivan."
Ela balançou a cabeça e se levantou, o cobertor ainda ao redor do corpo. "Eu devo estar mesmo enlouquecendo."
Ele deu um risinho a isso. "Há lições a serem aprendidas do passado."
"Sim, uma das que eu aprendi é nunca confiar nos Luthors", ela disse, erguendo as sobrancelhas.
"Felizmente esta lição não envolve confiança", ele disse com satisfação, estendendo a mão até o ombro dela. "Podemos ir?"
"Claro", ela suspirou, fazendo uma cara e balançando a cabeça. "Vamos."
Com um flash de uma luz branca, eles desapareceram, deixando a Watchtower no silêncio.
***
Um momento depois, eles estavam parados do lado de fora de uma pequena casa, olhando pelas janelas da frente, havia um homem e uma mulher sentados no sofá, observando uma garotinha loira abrir seus presentes na manhã de Natal.
Lionel olhou pra ela. "Você os reconhece?"
Chloe paralisou diante da visão e respirou fundo, dando alguns passos à frente. "Sou eu", ela disse baixinho. "E meus pais."
"Isso mesmo", ele disse com um leve aceno de cabeça, observando-a por um momento, então se movendo para olhar mais perto também. "Eu acho que você tinha cinco anos."
Ela respirou fundo e assentiu. "Acho que foi um Natal depois da minha tia morrer."
E pra mostrar que ela estava certa, uma garota um pouco mais velha que Chloe entrou na sala, carregando um grande urso de pelúcia. Seu longo cabelo castanho preso num rabo de cavalo e ela se sentou ao lado de Chloe.
O peito de Chloe apertou um pouco quando viu Lois, que apesar de seu brinquedo novo, tinha um olhar triste no rosto. "Sim, foi mesmo", ela disse baixinho e então balançou a cabeça. "Por que eu estou me lembrando disso?" Ela perguntou, olhando pra Lionel. "Por que eu estou vendo isso agora?"
"Apenas assista", ele respondeu erguendo as sobrancelhas enquanto acenava com a cabeça na direção da janela mais uma vez.
Um momento depois, Lucy e o General entraram, um olhar desconfortável no rosto do homem. "Desculpe trazê-las sem avisar", ele resmungou, olhando para Moira e Gabe.
Lucy instantaneamente foi se sentar ao lado de sua tia no sofá, se recostando contra ela.
"O Papai Noel esqueceu da gente", Lois sussurrou. "O General esqueceu de colocar os biscoitos."
Chloe balançou a cabeça e pegou a mão de Lois. "O Papai Noel nunca esquece de ninguém, nem das crianças que não mandam biscoitos", ela explicou.
"A mamãe sempre colocava os biscoitos", ela disse, seu olhar preocupado.
"Eu vou colocar alguns pra você e pra Lucy, Lois, você acha que pode funcionar?" Moira ofereceu.
Do lado de fora, Chloe respirou fundo e balançou a cabeça e então deu um passo pra trás. "Ok, eu me lembro disso, eu não preciso assistir de novo." Ela disse a Lionel. "Qual é a razão disso?"
"Qual você acha que é a razão?" ele perguntou pra ela, erguendo uma sobrancelha, estudando-a.
Ela respirou fundo e balançou a cabeça. "Eu deveria estar ao lado dela no Natal?" Ela perguntou. "Ela tem Clark e a Sra. Kent, não precisa de mim."
"Acontece que Martha não conseguiu voltar para o Kansas a tempo do feriado", ele a informou, observando-a atentamente.
"Ela ainda tem Clark", Chloe argumentou e balançou a cabeça novamente. "Ela está melhor sem mim."
"Tem certeza disso, Srta. Sullivan? Sua prima, mesmo sendo irritante, pode achar que tem Clark, mas quem disse que ele vai estar ao lado dela quando ela mais precisar?"
"Lois não é irritante", ela disse, sua mandíbula travando. "E por mais que eu não goste dela estar com Clark e nem dos perigos que ela corre estando perto dele, ele a faz feliz agora e ele é melhor companhia do que eu sou no momento."
Lionel deu um risinho. "Eu achei que pudesse persuadi-la a pensar do jeito certo, mas aparentemente você é tão teimosa quanto eu me lembro."
"Eu cansei de ser persuadida pelos Luthors", ela disse secamente, olhando de volta para a casa. "Especialmente os mortos."
"Bem, talvez seu próximo visitante seja mais do seu gosto."
"Se for seu filho, já aviso que não vou a lugar nenhum com ele, então é melhor avisá-lo para não perder tempo." Ela disse, engolindo em seco enquanto observava sua versão de cinco anos abraçar sua prima dentro da casa.
"Acho que meu filho tem outras obrigações esta noite", ele respondeu misteriosamente, descansando a mão no braço dela mais uma vez. Um segundo depois eles estavam de volta a Watchtower.
Chloe piscou e olhou ao redor, pegando o cobertor, apertando-o ao redor do corpo. "O que agora-" ela parou, franzindo a testa e balançando a cabeça quando percebeu que estava sozinha. "E eu nem bebi nada." Ela disse baixinho, então respirou fundo e correu uma mão pelo rosto.
Um momento depois houve um feixe de luz dentro da Watchtower.
Ela piscou e se virou, arregalando os olhos ao ver o brilho e então paralisou quando outro rosto familiar apareceu em sua frente conforme o brilho desaparecia, ela engoliu em seco novamente, seus olhos se enchendo de lágrimas instantaneamente. "Jimmy?" Ela sussurrou, balançando um pouco a cabeça.
Ele encontrou seus olhos e sorriu. "Ei, Chloe." Sua voz suave enquanto olhava pra ela.
Chloe balançou a cabeça um pouco e deu um passo pra trás, arrumando o cobertor ao redor do corpo. "Você não pode estar aqui", ela murmurou.
Parecendo quase como se estivesse se divertindo, ele olhou pra ela. "Sério? Depois de tudo que você já viu, fantasmas são assim um exagero?"
"Não", ela sussurrou, seus olhos ainda nele. "Mas você estar aqui, neste lugar, por quê?"
Ele se levantou, virando-se e olhando ao redor de tudo, vendo todo o trabalho que tinha sido feito desde a última vez em que esteve ali. Desde o dia em que morreu ali. "Alguém lá em cima me devia um favor e... você precisava de ajuda." Ele se virou para olhar pra ela mais uma vez.
"Eu não preciso de nenhuma ajuda", ela disse, sua voz trêmula enquanto falava. "Eu sinto muito por ter deixado aquilo acontecer com você."
Jimmy franziu a testa pra ela. "Você não deixou nada acontecer comigo, Chloe. Você não tem controle sobre as ações das outras pessoas."
"Eu nunca deveria ter deixado você se envolver na minha vida, naquela bagunça." Ela sussurrou.
"Você não ouviu o 'você não tem controle sobre as ações das outras pessoas', não é?" Um pequeno sorriso puxou a boca dele e ele balançou a cabeça pra ela.
"Você não teria estado aqui se não fosse por minha causa", ela falou baixinho e então respirou fundo.
"Na verdade, eu teria estado. Só que por alguma outra razão. É assim que funciona", ele disse honestamente. "Quando chega sua hora, não pode ser evitado. De um jeito ou de outro o destino te encontra."
Os olhos dela se encheram de lágrimas ainda mais e ela respirou fundo. "Eu sinto tanto, Jimmy."
A expressão de Jimmy se suavizou. "Eu sei que você sente", ele disse, estendendo a mão pra ela.
O estômago de Chloe apertou a isso e ela relutantemente pegou a mão dele. "Pra onde vamos?" Ela sussurrou.
"Tem uma coisa que você precisa ver", ele disse baixinho. "É meu trabalho te mostrar."
Respirando fundo, ela assentiu um pouco, observando-o atentamente.
"Eu estou aqui pra te mostrar o presente", Jimmy falou, apertando a mão dela gentilmente. "Pronta?"
"O presente?" Ela repetiu, franzindo um pouco a testa. "Eu já sei o que está acontecendo no presente."
"Você sabe?" A voz dele ficou mais baixa e ele olhou pra ela de lado. "Vamos ver."
Chloe segurou a mão dele com mais força enquanto a Watchtower escurecia e começava a desaparecer.
Um momento depois, eles estavam na Torre do Relógio, de costas para as janelas. Ele olhou pra ela e soltou sua mão.
Ela franziu a testa ao ver o lugar familiar e balançou um pouco a cabeça. "A Torre do Relógio?" Ela sussurrou e então franziu ainda mais a testa quando ouviu a TV e se virou para olhar.
Jimmy assentiu silenciosamente.
Oliver suspirou, olhar inexpressivo para a tela da TV, assistindo algum filme antigo em preto e branco, olhando em seguida para o copo de uísque intocado sobre a mesa.
Chloe deu alguns passos a frente e olhou da televisão para Oliver e suspirou suavemente quando viu o copo sobre a mesa. "Achei que os rapazes iam ficar com ele", ela sussurrou para Jimmy.
Ele olhou pra ela. "Aconteceram alguns imprevistos", ele disse. "Victor está numa missão na Costa Rica, nada perigoso, mas ele não volta antes de depois de amanhã. AC está com o pai, e o tio de Bart decidiu fazer uma grande ceia de Natal em Central City", ele disse a ela.
"Então ele está sozinho?" Chloe perguntou, os olhos de volta em Oliver.
"Como na maioria dos feriados", Jimmy sussurrou.
Ela respirou tremulamente. "É por isso que ele está me ligando?"
"Ele está preocupado com você", ele disse, acenando na direção de Oliver mais uma vez.
Oliver se levantou naquele momento, telefone no ouvido. "Ei, Chloe, sou eu de novo. Eu sei que provavelmente estou te enlouquecendo com todas essas mensagens, mas eu achei que pudéssemos pelo menos jantar mais tarde ou alguma coisa?" Ele correu a mão pela nuca. Houve um longo momento de silêncio. "Ok, uh, me liga quando você tiver vontade." Ele mordeu o lábio inferior, desligando o telefone.
Chloe suspirou profundamente e apertou os lábios, hesitantemente dando um passo a frente. "Eu não posso deixá-lo sozinho", ela falou baixinho.
Jimmy a observou por um momento. "Você está mais ligada a ele do que imagina", ele sussurrou, quase inaudível.
Ela paralisou a isso e olhou pra baixo, se estava se sentindo culpada antes, agora estava muito pior. "O que você quer dizer?"
"Você salvou a vida dele. Isso o transformou, Chloe. Seus caminhos estão ligados. Por enquanto pelo menos."
"Por enquanto?" Ela perguntou, um pouco preocupada. "Por que por enquanto? O que vai mudar?"
Jimmy olhou pra ela. "Você pode fazer escolhas que vão separar esses caminhos. Mas nada é concreto até o final."
"O que é o final?" Chloe perguntou, desta vez olhando para Jimmy.
"Destino. Quando você morre." Ele deu de ombros. "E só a data que não muda... Como e porque... é uma das coisas que muda a cada decisão que você toma ou escolha que faz."
"Oliver está em perigo?" Ela perguntou, franzindo a testa. "É por isso que você me trouxe aqui?"
"Todo dia, todo mundo está em perigo, Chloe", ele disse cautelosamente.
Ela balançou a cabeça e olhou pra ele, seus olhos arregalando. "Vai acontecer alguma coisa com ele, Jimmy? Você tem que me contar."
Jimmy acenou com a cabeça na direção de Oliver, que tinha voltado para o sofá, olhando para o telefone. Então ele o colocou sobre a mesa e pegou o copo de uísque, tomando um longo gole. "Ele não lida muito bem com a solidão, não é?"
O peito de Chloe apertou e ela balançou um pouco a cabeça. "Isso é culpa minha, eu deveria ter atendido quando ele ligou."
"Ainda dá tempo", ele disse, pegando a mão dela.
Ela fungou um pouco e manteve os olhos em Oliver por um longo momento antes de pegar a mão de Jimmy.
Um segundo depois, a Torre do Relógio tinha desaparecido, e ela estava de volta a Watchtower.
"Jimmy?" Ela chamou, seus olhos arregalados enquanto procurava ao redor da vazia Watchtower novamente, seu coração batendo rápido enquanto ia até sua mesa pegar o telefone.
Antes que ela pudesse pegar, um figura alta apareceu em sua frente, silencioso e imponente.
Chloe paralisou e arfou quando quase trombou com ele. Ela olhou para o seu rosto e seu estômago girou. Piscando, ela engoliu em seco e deu um passo pra trás, seus olhos arregalados. "Não", ela arfou. "Você não."
Um risinho tocou sua boca, mas ele não disse nada enquanto se aproximava dela, estendendo-lhe a mão.
Ela tentou se afastar, mas Davis foi mais rápido e a próxima coisa que ela sabia era que estavam saindo de novo da Watchtower.
***
Um momento depois eles estavam parados num cemitério, névoa ao redor deles. Ele estava olhando pra ela friamente, mas não disse nada. Então, lentamente, apontou para um grupo de pessoas a alguns metros.
Chloe piscou algumas vezes e olhou na direção que ele estava apontando. Seu peito apertou quando percebeu que estavam num cemitério e então ela olhou para o grupo, todo vestido de preto, primeiro reconheceu sua prima. Ela arregalou os olhos ao perceber de quem deveria ser o túmulo, respirando fundo e sem olhar para Davis, ela passou os braços ao redor de si mesma e se aproximou do grupo. Reconheceu Clark, Bart, Arthur e Victor e seu estômago apertou ainda mais quando viu quem estava faltando. "Não", ela arfou. "Não, Jimmy disse que não era tarde demais!" Ela exigiu, olhando para Davis. "Ele disse que eu ainda poderia ajudá-lo!"
Davis simplesmente ergueu uma sobrancelha pra ela, acenando na direção do grupo mais uma vez.
"Eu ainda não entendo", Clark murmurou. "Eu poderia ter salvo a vida dele."
Ela estremeceu ao vento frio e se aproximou mais para ouvi-los.
"Não foi culpa sua", Lois assegurou, antes de se inclinar e colocar uma única rosa branca sobre o túmulo.
"Estava na hora", Victor acrescentou, abaixando a cabeça.
Bart, no entanto, cruzou os braços sobre o peito e apenas balançou a cabeça, Chloe podia ver as lágrimas correndo por seu rosto, sua expressão tensa.
Ela deu um passo à frente e olhou para a lápide, seu estômago revirando com a confirmação. "Oliver Jonas Queen." Ela sussurrou, seus olhos cheios de lágrimas. "Eu não vou deixar isso acontecer", ela disse a Davis, mantendo os olhos no grupo enquanto cerrava as mãos em punhos.
Davis permaneceu em silêncio, mesmo enquanto colocava a mão em seu ombro e começava a se afastar do grupo.
Chloe piscou e olhou do grupo para Davis, relutantemente o seguindo.
Ele a conduziu até outro túmulo a alguns metros, e então parou ao lado silenciosamente, olhando pra ela.
Ela olhou de Davis para o túmulo, piscando algumas vezes quando leu seu próprio nome nele, seus olhos arregalando um pouco mais enquanto abaixava a cabeça. "Oh..."
Uma risada sombria escapou da boca dele e sem aviso, ele estendeu a mão e a jogou contra o túmulo, os olhos dele ficando vermelhos.
Chloe gritou enquanto caía e embora esperasse sentir o chão, nunca aconteceu, ela continuava caindo, tudo ficou escuro por um momento e ela fechou os olhos com força, e então sentiu alguma coisa suave sob seu corpo. Lentamente ela abriu os olhos e percebeu que estava de volta à Watchtower, o cobertor ainda ao redor do corpo, os olhos arregalados enquanto olhava ao redor, estava mais claro que antes. "É manhã", ela sussurrou e sem piscar se levantou e correu até o telefone, seu coração acelerado enquanto ligava para Oliver e esperava.
Ele atendeu no segundo toque. "Chloe?" Havia um tom de incerteza em sua voz.
"Oliver", ela arfou, soltando o ar que nem percebeu que estava segurando. "Você está bem."
Houve um momento de silêncio. "Tem... alguma razão pra eu não estar?
"Eu--não", ela respirou fundo. "Eu sinto muito não ter atendido ontem, eu só, acho que queria ficar sozinha por um tempo."
"Oh." Sua voz era suave. "Tudo bem. Você não precisa se desculpar. Não era nenhuma emergência nem nada."
"Você está na Torre do Relógio?" Ela perguntou, prendendo a respiração de novo enquanto uma ideia surgia em sua cabeça.
Houve outra breve pausa. "Sim, por quê?"
"Fique aí", ela disse, apertando os lábios e sorrindo enquanto calçava os sapatos correndo e pegava o casaco a caminho da porta. "Te vejo daqui a pouco."
"Está tudo bem com você?" Havia preocupação na voz dele.
"Sim", ela respirou fundo. "E estou bem, só fique aí."
"Ok." Ele pareceu um pouco confuso.
"Te vejo daqui a pouco", ela disse de novo antes de desligar.
***
Mais ou menos quarenta minutos depois, ela entrou no elevador carregando mais sacolas do que era possível, mas conseguiu colocar tudo dentro do elevador e esperou chegar ao último andar.
Oliver franziu a testa enquanto ia olhar o monitor. Esfregando a mão na nuca com certa confusão, ele foi até o elevador quando ele chegou e abriu a grade. "Chloe? O que é isso tudo?"
"Me ajuda?" ela perguntou, erguendo uma das sacolas e sorrindo pra ele.
Ele começou a pegar as sacolas e abriu espaço para ela passar.
"Cuidado com essa", ela disse. "Acho que é a comida", ela explicou.
Ele olhou para a sacola e prendeu a respiração antes de expirar devagar. "Os rapazes não vão conseguir vir, Chloe", ele disse a ela.
"Eu sei", ela disse. "A Sra. Kent também não então Clark está indo para Washington, espero que não se importe que eu tenha convidado Lois pra vir pra cá, ela vai chegar em algumas horas."
"Oh." Oliver ergueu as sobrancelhas. "Sim, tudo bem." Ele a observou por um momento, então começou a carregar as sacolas para a cozinha e colocá-las sobre a mesa.
Chloe apertou os lábios e olhou ao redor, então sorriu um pouco e pegou uma caixa de dentro de uma das sacolas, tirando uma pequena árvore à bateria de dentro, ela imaginou que Oliver não tivesse uma árvore, então comprou uma. Ela ligou o interruptor e sorriu quando as luzes começaram a piscar.
Ele voltou da sala e inclinou a cabeça quando viu a árvore ali. Um tom de divertimento surgiu em seu rosto, então ele ergueu uma sobrancelha pra ela. "Esqueci de alguma coisa?"
"De uma árvore, obviamente", ela disse, apontando para a pequena árvore. "Mas eu já cuidei disso, onde vamos colocá-la? Precisamos de espaço para colocar os presentes embaixo."
Ele ergueu a outra sobrancelha a isso. "Acho que na mesinha de café então", sugeriu, acenando com a cabeça na direção da sala.
"Serve", ela disse, então começou a pegar os presentes embrulhados do resto das sacolas e os empilhou embaixo e em cima da mesinha.
Ele a observou por um momento, então desapareceu para o corredor, voltando logo depois com alguns presentes também. Ele deu a ela um pequeno e envergonhado sorriso e os colocou embaixo da árvore junto com os dela.
Chloe manteve o olhar e sorriu suavemente, assentindo. "Está melhor agora."
"Sim, está", ele disse, mantendo o olhar e sorrindo de volta.
Ela hesitou por um segundo, então se inclinou para a frente e passou os braços ao redor dele. "Feliz Natal."
Um pouco pego de surpresa, ele hesitou por um segundo antes de abraçá-la de volta. "Feliz Natal, Chloe."
Ela relaxou um pouco e fechou os olhos, Jimmy tinha lhe dito que ela não podia mudar o dia em que as coisas aconteciam, mas isso não significava que não pudesse deixar as coisas mais fáceis pra ele nesse meio tempo. "Sinto muito ter preocupado você ontem à noite", ela disse baixinho. "Não era a minha intenção."
"Está tudo bem", ele murmurou, esfregando as costas dela. "Eu só estava entediado. Não era nada importante."
"Sim, era", ela disse baixinho. "Você é sempre importante", ela disse, afastando-se para olhar pra ele.
Ele olhou pra ela, sua testa um pouco franzida. "Você está bem, Chloe?" Ele procurou seus olhos.
"Eu estou bem", ela disse, sua voz mal um sussurro enquanto procurava os olhos dele. "Só não esqueça disso, ok?"
"Sim, se você fizer o mesmo", Oliver ofereceu a ela um pequeno sorriso.
"Tudo bem", ela disse, sorrindo antes de se inclinar e beijar o rosto dele suavemente. "Obrigada."
Ele sorriu um pouco mais e beijou a testa dela. "Idem."
Chloe fechou os olhos por um segundo, então sorriu e levantou a cabeça para olhar pra ele de novo. "Falta alguma coisa pra termos o Natal perfeito?"
Oliver olhou pra ela por um momento. "Talvez uma coisa", ele murmurou.
"O que é?" ela sussurrou, mantendo o olhar.
Ele hesitou um momento, então abaixou a cabeça e a beijou muito suavemente.
Ela sentiu o peito apertar e sorriu um pouco, não hesitando antes de retornar o beijo e apertar os braços ao redor dele.
"Obrigado", ele disse um momento depois, encostando a testa na dela.
"Não me agradeça", ela disse antes de levar uma mão até o rosto dele. "Era isso que estava faltando no meu Natal também."
Oliver se inclinou ao toque, assentindo levemente. "Não falta mais."
"Não", ela sorriu, roçando o polegar sobre o rosto dele. "Graças a você."
"Graças a nós", ele a corrigiu.
"Pode ser", ela concordou, roçando os lábios contra os dele mais uma vez, ela não sabia se tinha sonhado ou não, mas não importava, ia garantir que os dois aproveitassem o tempo que tinham o máximo que pudessem. Juntos.
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Triste e inspirador ao mesmo tempo
ResponderExcluirVerdade Vinicius... mas mesmo com esse certo tom de tristeza eu amo essa fic, amo todas as que são escritas inspiradas em Um Conto de Natal, às vezes a gente precisa de um pequeno choque pra perceber quanta coisa boa tem ao nosso redor e muitas vezes estamos desprezando...
ResponderExcluirIsso mesmo Adriana, tem muito a ver com essa época de fim de ano, pesar o que fizemos, o que deixamos passar pela correria do dia a dia e que poderíamos ter dado mais importância...
ResponderExcluirAi que linda essa história, amei!!!!!!
ResponderExcluirMuito linda, triste realmente, mas linda!!
ResponderExcluirGIL
É legal o fato de, sabe, dizer meio que subentendidamente que a gente não se importa com algumas coisas. Esse climinha de natal devia ser pra juntar quem amamos, quem nos ama e etc. Mas como sempre, natal se tornou mais uma data comercial, que impulsiona compras e incentiva coisas supérfluas.
ResponderExcluirA fanfiction não poderia ser mais linda. Mesmo com o tom triste.