An Origin Story (6/23)

Resumo: Universo Alternativo onde os pais de Oliver nunca morreram.
Autora: the_bluesuede
Classificação: R

Prompt da JoyBlue: "O que aconteceria se Robert e Laura não morressem, e a razão para Oliver se tornar o Arqueiro Verde fosse porque ele tivesse ciúmes de Clark depois de descobrir sobre o 'Viajante' (sem seus pais saberem), e se ele se tornasse o Arqueiro Verde só pra se provar para os seus pais?"

Nota: 3ª lugar na categoria 'Universo Alternativo' do ChlollieAwards 2010.

Original
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An Origin Story

Capítulo 6: Proclamações e Proposições

Um Mundo que Precisa de Herois

por Chloe A. Sullivan

Nos últimos dois anos, uma estranha onda tem tomado conta do país. Uma série de vigilantes, incluindo mascarados inspirados em homens com super poderes, saíram das sombras num esforço de reduzir a criminalidade na América.

Em Gotham, um sombrio e misterioso homem salvou a cidade inteira inúmeras vezes de maníacos homicidas com nomes como Coringa, Duas-Caras e Charada. Em Metrópolis, um homem que consegue se mover mais rápido que a velocidade das balas - entre outras coisas - tem salvo vidas demais pra serem contadas, e nunca espera para ouvir um obrigado. Do outro lado do país, pessoas têm relatados serem resgatadas por uma série de herois - do Lanterna Verde à Mulher Maravilha. 

Nem Star City ficou pra trás. Também temos nosso próprio heroi, conhecido como Arqueiro Verde, um homem reconhecido por se inspirar nas roupas e atitudes de Robin Hood. 

A nova moda de usar máscaras e impedir o crime tem tido uma variedade de resultados. Infelizmente tem inspirado muitos imitadores, que acabam causando mais problemas do que evitando. Felizmente isso também fez diminuir a criminalidade em 30% só no último ano. Algumas pessoas têm uma visão positiva, outras questionam e até condenam. 

Um membro do Departamento de Polícia de Metrópolis, Mark Finley, comentou, "Eu gosto da ideia. Todo mundo quer ser um heroi, e acho que no geral, esses caras têm um bom coração. Mesmo assim, isso não muda o fato de que desrespeitar a lei é errado." 

Finley também expressou preocupação que tantos herois detenham tantos poderes. "Eles caminham numa linha muito fina e o que me preocupa é que alguns deles, o Borrão por exemplo, claramente tenha poder suficiente pra se colocarem acima da lei", ele concluiu.

Na opinião do Oficial Finley, é só uma questão de tempo antes das coisas saírem fora de controle. Mesmo assim, um membro da Polícia de Gotham, que preferiu permanecer anônimo, disse o contrário. "Algumas vezes acho que precisamos de toda ajuda que pudermos ter. Batman nos salvou mais vezes do que eu posso contar, e embora eu concorde que há um equilíbrio a ser mantido, eu não acho que ele está passando por cima da justiça mais do que qualquer um que faz uma denúncia anônima. Herois como Batman capturam criminosos e os entregam. Ele não os pune." 

Muitos civis parecem tão divididos quanto a polícia. Enquanto sites de ódio surgem pela internet, como o 'Onde Estava O Borrão?' - uma página da web devotada aos que culpam herois por não estarem onde eram necessários - surgem dez vezes mais sites favoráveis.

"Eles são modelos de comportamento", disse Carrie Luellen, uma mulher que foi resgatada pelo Borrão no mês passado, quando seu carro ficou preso numa linha de trem. "Meus filho brinca com máscara e capa e diz que quando crescer vai ser o Borrão. Eu tenho um sobrinho que vive com um arco e flecha como o Arqueiro Verde. Pessoalmente, eu serei eternamente agradecida a eles. O Borrão salvou minha vida, e eu não estaria conversando com você agora, se ele não tivesse salvo. Eu entendo a posição da polícia, mas não pode ser crime resgatar um pessoa do perigo." 

Então, a pergunta é se devemos ou não permitir que essa onda continue. Essa transformação é para o melhor? Ou permite a existência de homens acima da lei? A resposta: Certamente será um dia feliz quando a América não mais precisar de herois como o Batman, o Borrão e o Arqueiro Verde; mas hoje, aqui e agora, nós precisamos. Luellen e todos com a mesma história são uma prova disso. Talvez um dia a lei dê conta de tudo e os super herois se tornem obsoletos, um dia que eu suspeito que o Arqueiro Verde e todos iguais a ele gostariam de ver. Até lá, no entanto, devemos fazer nosso melhor como cidadãos para dar um fim ao crime e estar um ao lado do outro, e devemos àqueles que vão além disso, nosso amor e agradecimento.

Oliver abaixou o jornal, sorrindo para a mulher nervosa em sua frente.

Fazia alguns meses desde que tinha dançado com Chloe naquele baile. Pouco depois, ele a encontrou para tomar um café, e embora sua intenção original fosse descobrir o que ela sabia sobre 'O Borrão', esse objetivo foi esquecido e eles rapidamente se tornaram amigos. Café uma vez por semana se tornou hábito, e eles frequentemente almoçavam juntos entre outras coisas.

"Bem", Chloe disse impaciente. "O que você acha?"

"Acho que você deveria começar a escrever seu discurso de agradecimento do Pulitzer", ele disse com admiração na voz.

"Você gostou, então?" ela perguntou ansiosa, olhando para a primeira página. "Eu não sabia direito o que pensar. Esse foi o primeiro artigo que eu escrevi para a Gazeta que o George não disse nada. Eu podia jurar que ele perdeu a língua. E não sabia o que isso significava."

"Ele colocou na primeira página", Oliver pontuou, olhando para o título gigante na primeira página.

Ela deu de ombros. "Isso pode significar que temos poucas notícias hoje."

"Chloe, o artigo é fenomenal. Por que você está pensando isso?"

Ela evitou contato visual e Oliver suprimiu um risinho. Ele achava que sabia. Chloe tinha encontrado com o Arqueiro Verde uma semana antes.

Finalmente, mordendo o lábio inferior - o que ela sempre fazia quando estava cuidadosamente escolhendo as palavras - ela disse, "Na última terça um assaltante me atacou a caminho de casa. Normalmente eu consigo resolver essas situações, e eu teria ficado bem, mas o Arqueiro Verde meio que me salvou. Atirou uma flecha diretamente na mão do homem. Foi inacreditável", ela balançou a cabeça, relembrando o incidente. "E nem esperou por um obrigada", ela acrescentou.

Oliver teve que esconder o sorriso. Ao invés, ele lhe deu um olhar preocupado. "Você quase foi assaltada? Deus, Chloe, você deveria ter me contado. Não gosto da ideia de você voltar pra casa caminhando toda noite. Não é seguro."

Ela acenou com a mão. "Eu estou bem."

"Você deveria deixar eu te dar uma carona."

"Toda noite?" ela deu risada. "Belo desperdício de gasolina."

"Então é bom você saber que eu dirijo um híbrido."

Ela revirou os olhos.

"Bom, eu tenho um pelo menos", ele deu risada. "Enfim", ele continuou. "Esse artigo é impressionante. Você deveria estar realmente orgulhosa."

Ela sorriu. "Obrigada, Ollie."

"Só por curiosidade, essa é sua opinião real ou só uma conclusão lógica do artigo?"

Ele percebeu as bochechas dela ficando vermelhas. "Minha opinião real."

Oliver estava começando a se perguntar quantas mulheres existiam no mundo como Chloe Sullivan. Não deveriam ser muitas, disso ele tinha certeza. Ele tinha sorte em ter sua amizade.

E da mesma forma o Viajante. Embora não tivesse conseguido que ela falasse muito sobre o Borrão, ele juntou algumas peças e chegou a conclusão que ela sabia mais do que estava contando. Além disso, ele tinha alguma suspeitas sobre seu melhor amigo Clark Kent. Todos os sinais apontavam para o fato de que ele era o Borrão e que o Borrão era o Viajante. Chloe cuidadosamente o acobertava e um homem comum jamais descobriria, mas Oliver tinha quase certeza que estava certo.

O que fazia surgir novas perguntas. Lionel Luthor sabia quem ele era? Considerando a estranha história de seu filho com Clark Kent, era certo que eles tinham os caminhos cruzados. E os pais de Oliver? Eles também tinham juntado as peças? Desde a morte de Patricia Swann, os pais de Oliver passavam cada vez mais tempo em Metrópolis, e até a visita do amigo de Oliver, Hal Jordan, nunca tinha lhe ocorrido o porquê. Agora tudo começava a fazer sentido.

"No que você está pensando?" Chloe interrompeu seus pensamentos.

"Nada", ele falou.

"Então, você tem conversado com Bruce ultimamente?" Chloe perguntou casualmente. Desde que se tornou amiga de Oliver, Chloe tinha encontrado Bruce algumas vezes, e Bruce dava em cima dela toda vez. Chloe gostava de perguntar a Oliver sobre ele porque ela sabia que mexia com ele. Oliver não aprovava exatamente o casal.

"Não, acho que não", Oliver disse num tom que implicava que mesmo que tivesse, não diria a ela.

Chloe revirou os olhos. "Aw, droga. Eu sinto falta dele. Eu gosto do cara", ela suspirou, propositadamente o provocando.

"Nem imagino o porquê."

"Eu não sei. Ele é cavalheiro, educado, bonito", ela listou os itens nas pontas dos dedos. "E ele sempre me diz o quanto estou deslumbrante."

"Todas essas qualidades podiam ser atribuídas a mim", Oliver pontuou.

Ela deu risada. "Talvez eu prefira morenos", ela brincou.

"Então, o que você vai fazer no fim de semana?" ele perguntou. "Preciso de uma acompanhante."

Chloe ergueu uma sobrancelha, inclinando a cabeça. "De novo?" ela brincou.

Ele deu de ombros. "O que eu posso dizer? Minha mãe só falta pular de alegria quando eu te levo. Acho que ela está começando a planejar nosso casamento."

Chloe deu risada. "Bem, por mais que eu sinta muito em desapontar Laura Queen, eu sinto muito, mas não posso te ajudar."

"Por que não?"

"Eu vou ficar fora todo o fim de semana."

"Oh? Pra onde você vai?"

"Metrópolis. Estou devendo uma visita a minha prima, e estou morrendo de saudades do Clark."

Oliver pareceu absolutamente satisfeito.

"O quê?" ela perguntou, confusa.

"O evento é em Metrópolis."

"Você queria me levar pra fora da cidade?" Chloe perguntou, surpresa.

"O quê?" ele perguntou inocentemente. "Achei que você fosse gostar de um fim de semana de folga, e aparentemente eu estava certo. Acha que dá pra combinar seus planos com os meus?"

Chloe pensou cuidadosamente. Ela e Lois não tinham planos definidos, então era bem possível que sua prima não se importasse se Chloe dividisse o tempo entre ela e Oliver. E é claro, Clark encontraria tempo pra ela de qualquer jeito. Por que não? "Claro, acho que sim."

"Ótimo. Meu jatinho sai na sexta às 18:00hs."

"O quê?"

"Bom, você sai do trabalho às cinco, então-"

"Não, eu estou dizendo, vamos num jatinho particular?" Ela vinha planejando que Clark a pegasse, e mesmo agora não tinha lhe ocorrido que Oliver esperasse que ela viajasse com ele.

Ele deu risada da expressão dela. "Eu sei que isso é um choque pra você, mas eu sou rico", ele a informou.

Chloe fez cara feia à arrogância. "Desculpe, não, eu só... acho que eu estava me preparando para uma viagem cansativa de carro. De avião será muito melhor."

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Sete

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