An Origin Story (15/23)

Resumo: Universo Alternativo onde os pais de Oliver nunca morreram.
Autora: the_bluesuede
Classificação: R

Prompt da JoyBlue: "O que aconteceria se Robert e Laura não morressem, e a razão para Oliver se tornar o Arqueiro Verde fosse porque ele tivesse ciúmes de Clark depois de descobrir sobre o 'Viajante' (sem seus pais saberem), e se ele se tornasse o Arqueiro Verde só pra se provar para os seus pais?"

Nota: 3ª lugar na categoria 'Universo Alternativo' do ChlollieAwards 2010.
Original
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An Origin Story

Capítulo 15: Conquistando a Simpatia da Dama

Quando a primavera chegou, o nível de pânico de Chloe tinha diminuído dramaticamente. Tinha se tornado óbvio que Oliver não ia forçá-la a nada que ela não quisesse. Ela tinha se convencido que enquanto continuasse agindo do mesmo jeito, Oliver eventualmente cansaria da ideia e desistiria, não que tenha lhe ocorrido porque ela queria que ele desistisse. Se ela parasse pra pensar nessa pergunta, não conseguiria encontrar uma resposta.

Oliver, por outro lado, estava confiante que se continuasse exatamente como estava, Chloe eventualmente desistiria e cederia. Todo dia ele assistia enquanto ela enfraquecia aos poucos.

Como agora, por exemplo. Eles estavam num jogo do Rockets, e Chloe estava se divertindo. Ela estava falando alguma coisa pra ele. Ele provavelmente deveria estar ouvindo. Ele definitivamente não deveria estar olhando para a mancha de mostarda ao lado do lábio dela. Deveria estar ouvindo o que ela dizia.

"Oliver!"

Ele piscou e deu risada. "Desculpe. Eu estava só - você tem isso aqui -" ele deu risada e limpou a mostarda com o polegar.

Ela suspirou. "Da próxima vez eu vou deixar o Jeremy me trazer ao jogo. Você sabe que ele quase gritou quando descobriu que eu tinha ingressos pra estes assentos? Credenciais de imprensa geralmente não garantem lugares tão bons." Ela olhou para onde Jeremy estava tirando fotos para o jornal.

"É, mas você não pode dar uns amassos com o Jeremy no final."

"Eu não vou dar uns amassos com você no final, também."

Oliver sorriu. "Veremos."

Chloe revirou os olhos, dando risada e o afastando.

"Ok, ok. Desculpe. O que você estava dizendo?"

"Eu disse que consegui uma entrevista com o lançador no final do jogo. E o técnico estava me dizendo que aparentemente eles estão trabalhando em algum evento de caridade com seus pais? Como é que nenhum deles me falou sobre isso?"

Oliver deu de ombros. "Provavelmente vai ser falado eventualmente. Estou surpreso que eles não tem dito ainda."

Chloe olhou pra ele.

"O quê?"

"Você sabia sobre isso?" Ela jogou o guardanapo nele. "Por que você não me contou?"

"Você não perguntou", ele disse, jogando as mãos pra cima defensivamente.

"Deus, qual é a vantagem de ser amiga de vocês, afinal?" ela brincou.

"Eu sabia que você só me queria por causa do dinheiro", ele disse enquanto seus olhos voltavam pra o campo, quando o jogo recomeçava.

"Não seja ridículo", ela disse. "Eu quero você por causa das conexões dos seus pais. Normalmente", ela acrescentou ressentida.

Ele bagunçou o cabelo dela em retaliação.

"Eu não posso mesmo te levar a lugar nenhum, não é?" ela perguntou, arrumando o cabelo novamente.

Ele roubou o último pedaço do cachorro-quente dos dedos dela e jogou na boca. "Não", disse com a boca cheia.

Chloe revirou os olhos e se virou para o jogo. "Você vai me comprar outro, você sabe."

"Agora mesmo", ele sorriu, acenando para o vendedor.

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Depois do jogo, Oliver ficou por perto enquanto Chloe falava primeiro com o técnico e depois com o lançador, Seth Daniels.

Quando Chloe voltava para encontrá-lo e ir pra casa, ele percebeu que o rosto dela estava vermelho brilhante.

"O quê?" ele perguntou desconfiado.

"Nada", ela disse rapidamente. Ela olhou por sobre o ombro e Oliver seguiu seu olhar para onde estava Daniels acenando e em seguida piscando pra ela.

Ele olhou para Chloe, que instantaneamente se virou, bochechas ficando ainda mais vermelhas. Oliver estreitou os olhos. "O quê?"

Chloe mordeu o lábio. "Ele... pode ter me chamado para sair."

Oliver ergueu as sobrancelhas. "Como é?"

Chloe olhou por sobre o ombro novamente e então deu uma risadinha. "Eu não sei. Ele só me perguntou se eu queria ir ao baile 'Faça-um-Pedido' com ele - que aparentemente é o baile sobre o qual nenhum de vocês me falou. Eu não posso acreditar que vocês não me contaram que estavam arrecadando dinheiro para algumas crianças virem jogar com os Rockets."

"Bem, tecnicamente, só uma das crianças vai 'jogar'. O resto dos amiguinhos vai só assistir e conhecer os jogadores. Podemos voltar a parte onde ele te chamou pra sair? O que você disse?"

"Eu disse que ia pensar. Ele me deu o telefone, e eu pensei em tentar encontrar com ele pra tomar um café primeiro, sabe?"

Oliver estava olhando pra ela.

"O quê?" ela perguntou, desconfortável sob o olhar dele.

"Desculpe, você acabou de dizer que está realmente pensando em sair com esse cara?"

"Eu disse talvez. Eu não sei. Estou pensando - quer parar de olhar pra mim com se eu estivesse cometendo um crime?" ela exigiu enquanto se aproximavam do carro.

Ele balançou a cabeça. "Desculpe, eu só... quer dizer, você normalmente não dá chance pra esse tipo de cara."

"Que tipo de cara?" ela perguntou, já dentro do carro.

"O tipo masculino", ele deu risada. "Sério, quando foi a última vez que um cara deu em cima de você e você não dispensou cinco segundos depois?"

Chloe deu de ombros evasivamente. "Eu não sei."

"Eu vou responder pra você, então. Você não sai com alguém desde que nos conhecemos, e até onde eu sei, mesmo antes disso já faz um tempo."

Chloe não disse nada, e Oliver começou a sentir aumentar um pouco a ansiedade.

"Você gosta dele então?"

"Acho que sim, eu não sei. Ele é bonito."

"Bonito?"

"É, bonito. Tipo, não é repulsivo. Assim, ele é atraente e divertido."

"Certo." Houve uma longa e desconfortável pausa. "Então, você vai com ele? Ao baile, eu digo. Porque-"

"Eu-não-sei, Oliver. Deus, quantas vezes vou ter que dizer isso?"

"Desculpe. Eu só estava perguntando porque, eu meio que contava que você fosse comigo, mas se você for com ele-"

"Você contava? Ok, então eu digo não pra ele. Sério, eu prefiro ir com você, afinal. Eu nem conheço ele direito."

Deixa assim. Deixa assim. Fica com o que você pode ter. "Não se você quiser ir com esse cara. Quer dizer, eu posso arrumar alguém. É só que sempre vamos juntos, mas se você gostou dele..." ele parou de falar, incerto.

Chloe inquietou-se. "Eu não sei."

"É só o que você diz. O que isso quer dizer?"

"Você está falando sério?" Chloe olhou pra ele como se ele fosse um completo imbecil.

"Desculpe."

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Chloe nunca disse a Oliver se tinha ligado para o estúpido lêmingue - como ele vinha se referindo a Seth Daniels em sua mente - mas percebeu que precisava avançar seu jogo.

Chloe, pessoalmente, estava olhando para o número de telefone, que estava em sua geladeira, quase diariamente, tentando decidir se ligava ou não.

"Qual é o problema?" ela se perguntou no fim da semana. "Oi, Seth. Você quer tomar um café? Quer dizer, isso não seria muito difícil", ela exigiu.

Leanne, sentada em sua mesa, balançou a cabeça. "Você me pegou. Quer dizer, eu ligaria pra ele sem pensar duas vezes. Mas então, eu não tenho pelo menos dois bilionários na fila por mim." Ela suspirou sonhadoramente.

"Ok, Bruce e eu não temos nada a ver", Chloe respondeu irritada. Ela estava esperando do lado de fora do escritório de Robert Queen para uma rápida conversa sobre o evento 'Faça-um-Pedido' e nesse meio tempo estava conversando com Leanne, um ocorrência muito comum.

"Eu percebi como você negligencia completamente sua defesa sobre o outro homem incrivelmente maravilhoso em sua vida", ela disse, sobrancelha erguida enquanto digitava alguma coisa em seu computador.

Chloe suspirou, olhando para o teto. "Esse é o problema. Quer dizer, tecnicamente, não tem nada entre Ollie e eu. Mas ao mesmo tempo-"

"Você se sente culpada em sair com alguém que não seja ele?" Leanne sugeriu.

Chloe olhou feio pra ela.

"O quê? Eu só estou dizendo. Nòs duas sabemos que é verdade, você admita ou não."

"Ok, talvez isso seja levemente verdade. Quer dizer, ele é... nós... eu não sei", ela suspirou finalmente. "É como você disse. Eu me sinto um pouco culpada por cogitar em sair com alguém, o que é ridículo", ela acrescentou. "Porque eu tenho todo o direito de sair com quem eu quiser."

"Ter o direito de ver outros homens não significa que você queira ver outros homens", Leanne ofereceu sabiamente.

Chloe olhou pra ela.

"O quê? Eu fico sentada aqui o dia inteiro e atendo telefonemas. O que você acha que eu faço no meu tempo livre?" Ela se virou para o computador para mostrar que estava logada no site de uma revista feminina.

Chloe deu risada. "Todos esses meses tendo uma guru particular e nem sabia."

"Sim, bem", ela estudou as unhas. "O que eu posso dizer? É culpa minha que você esteja desperdiçando Oliver Queen?"

"Eu preciso te apresentar a minha prima qualquer dia. Vocês duas iam se dar bem."

"Posso tomar isso como um elogio?"

"Vindo de mim, provavelmente."

"Bem, afinal, você vai continuar enrolando o Sr. Eu-Sou-Um-Homem-Atlético-E-Maravilhoso-E-Mesmo-Que-Não-Fosse-Rico-Ainda-Teria-Mulheres-Se-Atirando-Em-Cima-De-Mim.?"

Chloe deu risada. "Eu não estou enrolando ninguém!"

Leanne ergueu uma sobrancelha mas não disse nada, olhando para o computador.

"...intencionalmente."

Leanne assentiu, ainda sem olhar pra cima.

"Eu não sei. Quer dizer, não é como se ele não tivesse milhares de oportunidades pra fazer alguma coisa. Talvez ele não-"

Leanne zombou.

Chloe parou. Quem ela estava enganando? "Certo. Bem, acho que se Oliver decidir agir, na verdade, você sabe, fazer alguma coisa, eu não o impediria."

Ela deu um risinho. "Que passivo-agressivo de você."

"Srta. Hart? A Srta. Sullivan já chegou?" A voz de Robert Queen veio pelo telefone, interrompendo-as.

"Sim, senhor."

"Mande-a entrar."

Leanne olhou para Chloe e sorriu.

Chloe já estava a caminho da porta antes de olhar para Leanne. "Hum, Leanne?"

"Confidencialidade Médico/Paciente. Claro", Leanne deu um risinho. "Eu sempre respeito isso."

Chloe balançou a cabeça. "Você é uma boa mulher, Leanne."

"É o que você sempre diz."

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"Srta. Sullivan, que surpresa agradável."

Chloe fechou os olhos e sentiu as bochechas queimarem levemente enquanto se virava pra ver Seth Daniels, extremamente bonito num terno. "Oh, Seth! Oi!" ela sorriu pra ele. "E por favor, me chame de Chloe."

"Chloe, então", ele sorriu. "Estou surpreso em te ver aqui", ele disse redundantemente, tentando ser sutil ao perguntar porque ela estava ali.

Chloe ficou ainda mais vermelha. Ollie, onde está você? "Eu tive -" ela engoliu em seco, "-alguém já tinha me convidado, e eu decidi que seria falta de educação desmarcar e aceitar outro convite." Embora não seja tão mal educado quanto deixar a pessoa esperando mais de uma hora. "Desculpe não ter ligado", ela acrescentou.

Ele assentiu. "Tudo bem. Então, onde está seu encontro?" ele perguntou, percebendo a óbvia falta de companhia. Chloe tinha ficado parada perto da porta a maior parte da noite, tentando não atrair muita atenção.

Ela deu de ombros. "Atrasado, infelizmente. Você sabe como são os homens de negócios. Nunca param de trabalhar. E você?"

Ele sorriu envergonhado. "Você guarda um segredo?"

"Eu sou uma repórter", ela brincou. "Mas vou me esforçar."

"Eu trouxe minha irmã. Sabia que ela estava morrendo de vontade de vir, e como eu não tive notícias suas..." ele parou de falar já que o complemento era óbvio, e Chloe sorriu. Era doce, embora ela se sentisse um pouco culpada sabendo que se tivesse tido a decência de ligar ele teria tido tempo de encontrar outra pessoa. "Você gostaria de dançar?"

Chloe mordeu o lábio, olhando para a porta. Ainda nenhuma palavra de Oliver. Com um rápido suspiro, ela assentiu e o deixou conduzi-la até a pista de dança.

"Eu gostei do artigo", ele disse depois de um momento, tentando conversar.

"Hmm? Qual?" Chloe perguntou distraída, a mente obviamente em outro lugar.

Ele deu risada. "Aquele sobre o evento que você me entrevistou."

Chloe suspirou envergonhada. "Desculpe. Claro. Que bom. Você gostou?"

Ele deu de ombros levemente. "Metade está acima da minha capacidade. Eu venho morrendo pra te perguntar: O que 'perspicácia' significa?"

Chloe deu risada. "Entendimento."

Ele deu risada. "Eu nunca vou me lembrar disso."

Chloe quase pulou quando seu telefone tocou, dando um pequeno grito surpreso e trombando levemente com Seth. "Oh, Deus", ela murmurou, segurando-se nele para recuperar o equilíbrio enquanto seu telefone continuava tocando. "Desculpe."

Ele estava rindo. "De onde vem esse barulho?" ele perguntou, percebendo que não havia espaço para haver um telefone com ela. Ela estava num vestido de seda verde colado às suas curvas e definitivamente não parecia ter bolsos.

Ela ergueu uma sobrancelha conspiratoriamente. "Você pode guardar um segredo?"

Ele assentiu, olhos brilhando com diversão.

Chloe discretamente deslizou os dedos por dentro do decote do vestido, retirando um telefone e sorrindo timidamente. Seth deu risada. "Eu nunca vou a lugar nenhum sem ele", ela disse e então suspirou enquanto olhava para a tela. "É meu encontro..." ela olhou pra ele se desculpando.

"Vai, vai", ele disse. "Mas espero que você me recompense depois", ele acrescentou, piscando.

Chloe assentiu, feliz com a chance de escapar dele. Ela sutilmente saiu do salão e foi para um corredor antes de abrir o telefone para ligar de volta pra ele.

"Muito ocupada dançando com Daniels pra atender o telefone?" Oliver brincou do outro lado da linha.

"Você está aqui?" ela perguntou, achando que ele deveria tê-la visto.

"Por quê? Era isso que você estava fazendo?" ele perguntou surpreso, seu tom revelando um pouco de ciúmes, mas com bom humor.

Chloe suspirou. "Onde você está?"

"Desculpe o atraso. Houve um roubo a banco. Estou entrando pela minha janela."

"Por quê?" ela perguntou.

"Acho que o Arqueiro Verde não está na lista de convidados", ele brincou.

Chloe balançou a cabeça exasperada. "Eu quis dizer porque o Arqueiro Verde vai entrar pela janela ao invés de Oliver Queen entrar pela porta."

"Eu posso ter esquecido o terno."

"Oliver!"

"Relaxa. Tem um aqui. Quer subir?"

Chloe suspirou. "Onde você está?"

"Nós dois sabemos que você está secretamente cheia dessas festas. Vem pra cá falar mal dessa gente rica."

"A única pessoa rica de quem eu vou falar mal é você. Você sabe que seus pais estão me perguntando de você a noite toda?" ela acrescentou irritada, já a caminho das escadas sem perceber.

Ela podia praticamente ouvi-lo sorrindo. "Tá, tá."

"Um roubo a banco levou mais de uma hora?" ela perguntou de má vontade, caminhando pelo longo corredor.

"Calma. Havia reféns."

"Sério?" ela perguntou. Ela teria ficado preocupada se não fosse pelo bom humor evidente de Oliver. Se alguma coisa tivesse dado errado, ele não estaria tão animado.

"Sim. E sim, eu te dou o relato completo pra você colocar no jornal amanhã."

Ela apertou os lábios, lutando contra um sorriso. "Pode ser que eu te perdoe."

"Que garota mais doce e altruísta."

Ela revirou os olhos, batendo na porta do quarto dele.

A porta se abriu. "Você bateu? Sério?" ele deu risada, desligando o telefone.

"Bem, você disse que estava se trocando e-e-" Chloe parou de falar.

Oliver não tinha vestido o terno. Ele ainda estava com o uniforme, e com um hematoma no rosto. Ele olhou pra ela envergonhado, vendo a carranca se formando no rosto dela.

"Oliver", ela o repreendeu.

"Eu sei, eu sei", ele disse, deixando-a entrar. "Você está muito bonita, só pra constar", ele acrescentou, tentando distraí-la.

Ela apertou os lábios.

"Certo. Bem, como você pode ver-"

"Você não pode ser visto na festa dos seus próprios pais."

Ele deu de ombros. "Bem, temos algumas opções."

"Me esclareça quais", ela disse cansadamente, sentando-se na cama dele.

"Eu posso fingir que briguei com alguém."

"Por quê?"

Ele deu de ombros. "Briga de bar. Garotas. O de sempre. Podemos dizer que alguém deu em cima de você", ele acrescentou pensativamente, percebendo pelo olhar dela que ela não gostava da ideia.

"Opção B."

"Eu posso engolir meu orgulho e você pode tentar cobrir com maquiagem."

"Não vai diminuir o inchaço e quando o gelo funcionar, a maquiagem que eu tenho não é pesada o suficiente pra esconder uma coisa assim, não quando as pessoas vão te ver tão de perto."

"Certo", ele disse, sorrindo. "Bem, a opção final é que você me faça companhia e não volte pra lá. Embora seja uma vergonha desperdiçar esse vestido", ele acrescentou, assentindo pra ela.

Chloe gemeu.

"Relaxa. Tem gente suficiente lá embaixo, ninguém vai notar minha ausência."

"Exceto seus pais."

"Bem, vamos dizer que eu estava te pedindo em casamento do lado de fora."

Ela deu risada, balançando a cabeça.

"Eu sabia que ia fazer você dar risada."

"Você não está perdoado, no entanto", ela resmungou, tentando não sorrir e ao invés disso, olhar feio pra ele. O resultado foi patético.

"Vamos, você sabe quantos eventos mais iguais a este eu vou ter que ir pelo resto da minha vida?" ele implorou. "Um não vai me matar."

Ela suspirou. "Certo. Mas pessoalmente, eu não vejo porque eu deveria perder alguma coisa", ela disse. "Não sou eu que estou com um hematoma do tamanho do Texas."

"Aw, vamos", ele disse, abraçando-a. "Me faz companhia enquanto eu estou confinado ao meu quarto. Por favor, por favor", ele implorou enquanto ela lutava para se soltar.

"Tá bom, tá bom. Eu fico", ela cedeu, dando risada.

"Legal", ele disse.

"Você vai se trocar agora?" ela perguntou resignada.

Ele assentiu, dando um risinho. "Você pode - Onde você está indo?"

Ela deu risada, a mão na maçaneta. "Eu vou procurar meu pijama no quarto de hóspedes."

Ele fez bico. "Eu gosto do vestido."

"É, eu também", ela riu sarcasticamente, revirando os olhos enquanto saía.

Quando ela retornou, encontrou Oliver numa camiseta e moletom, uma bolsa de gelo no rosto.

Ela balançou a cabeça.

"Como seus pais ainda não te descobriram ainda?" ela perguntou, sentando-se com ele no sofá.

"Boa pergunta. Porque eu sou esperto demais?" ele sugeriu.

"Isso ou eles são completamente cegos quando se trata de você", ela devolveu.

"Então, como estava a festa?" ele perguntou.

Ela deu de ombros. "Como sempre. Os eventos dos seus pais são sempre fantásticos. Agradáveis, elegantes, divertidos..." ela suspirou, pensativamente, tentando fazê-lo se sentir culpado.

"Nós dois sabemos que você está super feliz por tirar aqueles sapatos."

"Talvez", ela admitiu, um sorriso puxando seus lábios.

"Vem cá", ele disse, colocando o gelo de lado e os pés dela em seu colo para massageá-los. "Viu? Muito melhor do que aquela festa lotada."

"As festas dos seus pais não são lotadas", ela fungou, tentando não derreter completamente com a sensação das mãos dele massageando seus calcanhares.

"Então, você dançou?" ele perguntou casualmente.

"Mmhmm", ela suspirou.

"Com quem?"

"Seu pai."

Ele deu risada. "Claro. Quem mais?"

Ela sabia o que ele queria saber, mas não cedeu, ao invés, se recostou no sofá e fechou os olhos.

"Bruce estava lá?" ele instigou.

"Mmm não."

"E o jogador de beisebol?"

"Mmhmm."

"Então?"

Ela abriu um olho pra ele. "Sim, ele estava lá", ela suspirou, um leve tom de irritação na voz dela. "Sim, nós dançamos. E então você ligou."

Ele assentiu. "Huh. Ele não está esperando você voltar, está?" ele perguntou, tentando deixar a impaciência fora de sua voz.

Ela balançou a cabeça negativamente, então parou e assentiu. "Mais ou menos. Não de verdade. Deixa prá lá."

Oliver parou as mãos. "Você queria voltar pra lá?"

Ela olhou pra ele, divertida. "Eu já me troquei. Acho que estou bem."

"Certo", ele disse, mais calmo enquanto suas mãos voltavam a trabalhar. Então, você acabou ligando pra ele?"

"Não. Eu decidi não ligar." Ela abriu o olho de novo para observar a reação dele.

Alívio passou rapidamente pelo rosto dele antes de ser substituído cuidadosamente pela indiferença. "É?"

"É. Nunca fui muito fã de atletas."

"Você não era apaixonada pelo Clark na escola? Achei que ele fosse um jogador de futebol."

Ela fechou os olhos novamente e murmurou algo incompreensível.

"O quê?"

"Eu disse que não tinha nada a ver com ele jogar futebol. Eu gostava dele muito tempo antes disso acontecer", ela disse, sua mente vagando até a versão muito mais jovem dela e Clark. Ela sorriu.

"E tinha a ver com o quê?" ele perguntou curiosamente.

Ela ergueu as sobrancelhas, mas seus olhos permaneceram fechados. "Oh, um monte de coisas, eu acho. Era fácil se apaixonar por Clark. Ele era bonito e éramos amigos e ele era tão educado o tempo todo. Era doce. Mas éramos crianças", ela acrescentou. "Ele e Lois são... um belo clichê."

"O que isso quer dizer?" ele deu risada.

"Eles foram feitos um para o outro."

Ele assentiu pensativamente.

As mãos dele pararam de novo e Chloe se sentou, bocejando. "Sua vez", ela disse, aproximando-se dele. Ele pareceu surpreso, mas ela o empurrou pra frente no sofá e se sentou atrás dele para que pudesse massagear o ombro dele. Oliver imediatamente gemeu. "Doeu?" ela perguntou nervosamente, parando ao mesmo tempo.

Ele balançou a cabeça. "Deus do Ceu, não."

Ela deu risada, voltando ao trabalho. "Deus, você está realmente tenso aqui, não está?"

"Vai tentar resgatar reféns de um roubo qualquer dia", ele disse sarcasticamente, rindo com sua voz exausta.

Ela deu risada. "Bom argumento."

Eles ficaram em silêncio por um longo tempo, salvo pelos gemidos de Oliver enquanto Chloe lentamente desfazia os nós em suas costas.

"Você é um anjo", ele disse finalmente, quando ela terminou. Ele puxou a mão dela e deu um beijo em seus dedos.

Chloe não estava exatamente pensando. Pelo menos, se ela tentasse pensar nisso depois, não ia se lembrar se estava pensando em algum coisa. Ela deslizou as mãos pelo peito dele, abraçando-o e pressionando o rosto no dele. "Na verdade não", ela disse e deu um beijo na bochecha dele.

Ele correu as mãos pelos braços dela, evitando que ela se afastasse, e virou a cabeça levemente, descansando a testa na dela.

Chloe se encontrou muito ciente do esforço que repente exigia respirar calmamente, borboletas surgindo em seu estômago.

"Quer saber um segredo?" Oliver perguntou.

Um sorriso puxou o canto de sua boca. "Claro."

"Eu estou realmente feliz que você nunca tenha ligado para aquele maldito jogador", ele disse, antes de diminuir o pequeno espaço entre eles e beijá-la.

Chloe achou que podia sentir um pequeno arrepio viajar pelo corpo dela, como se cada nervo tivesse sido acordado. Oliver estava virando, puxando-a de detrás dele enquanto moldava seus lábios nos dela, suavemente saboreando seus lábios. Ele desceu as mãos até as costas dela e ela lentamente começou a retornar o beijo, emaranhando as mãos no cabelo dele enquanto ela se ajoelhava para ficar no mesmo nível dele, puxando a cabeça dele pra ela.

Os lábios de Oliver se afastaram dos dela e começaram a traçar a linha de sua mandíbula antes de alcançar sua orelha e morder, fazendo Chloe dar risada, seu corpo arqueando em surpresa. Ela podia sentir os lábios dele sorrindo contra seu pescoço e se afastou dando risada, embora os braços dele ao seu redor não a deixasse se afastar muito.

Ela olhou em seus olhos, e teve a sensação que tudo que vinha pensando estava certo, e isso era certo. Ela tentou dar outro beijo em seus lábios mas encontrou dificuldade.

"Você sabe como é difícil fazer isso com você sorrindo desse jeito?" ela deu risada.

"Desculpe", ele brincou, sorrindo de volta pra ela mesmo assim, pressionando o nariz no dela.

Ela tentou ficar séria mas teve sucesso mínimo. "Então..."

"Sim", ele disse, silenciando-a com outro beijo.

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Dezesseis

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