Resumo: Nada como um grande susto para mudar as prioridades de um cara.
Autora: fickery
Classificação: PG-13
Nota da autora: Escrita para picfor1000, um desafio anual onde os participantes têm que escrever uma fic com exatamente 1000 palavras com base em uma imagem; minha imagem aqui.
Embora Oliver tivesse ensinado a ela a arrombar uma fechadura, ele não estava disposto a esperar, sangrando, no frio enquanto ela tentava fazer isso pela primeira vez. Indo até a porta dos fundos, ele tirou o globo da lâmpada da varanda. "Se não estiver aqui, eu vou arrombar a porta", a informou. Ele procurou cegamente dentro do equipamento.
Em outra ocasião, ela teria reclamado por ele ter insistido que ela aprendesse a habilidade se não ia deixá-la usar quando necessário, mas no momento estava mais preocupada com o ferimento dele do que ele estava e só queria que entrassem na casa.
"Ponto", ele disse, pegando uma chave reserva e entregando a ela antes de recolocar a lâmpada. "As pessoas são tão previsíveis."
"Vamos torcer que sejam previsíveis ao ponto de terem um kit de primeiros socorros", ela disse, abrindo a porta cuidadosamente.
Já que o lugar estava claramente desocupado, acendeu as luzes. Aparentemente limpa, não tinha poeira acumulada ou cheiro de lugar fechado por meses; ficava a apenas algumas horas da cidade, provavelmente era um refúgio para o fim de semana dos proprietários ausentes. Alguns desenhos feitos com giz de cera na geladeira implicavam a ocasional presença de filhos ou netos.
Oliver deu uma última olhada antes de fechar e trancar a porta atrás dele. "Aqui", Chloe disse, puxando uma cadeira da cozinha e o empurrando na direção dela. "Senta pra você não sangrar no chão limpo dessa família legal. Vou procurar alguns suprimentos."
"Você não sabe se eles são legais", ele divergiu, jogando-se no providencial assento com pouca graça. Era o resultado de se levar um tiro. "Até onde sabemos, eles são pessoas horríveis."
"Eu estou supondo", ela disse por sobre o ombro enquanto seguia pelo corredor.
Ficar sentado ali fazendo nada tornava difícil ignorar o ombro. Vendo um papel toalha no armário, ele se levantou, pegou algumas folhas e os apertou contra o ferimento, sibilando de dor.
Ele fez uma varredura rápida no lugar enquanto ela procurava no banheiro. Sem sistema de alarme; portas da frente e de trás trancadas. Nas janelas, cortinas fechadas. Não pareciam ter sido seguidos.
"O que eu disse sobre não se mexer?" ela exigiu, saindo do banheiro com as mãos cheias de ataduras e antissépticos. "Vai sentar."
"Eu só precisava checar..." ele começou. Ela olhou feio. "Sim, senhora." Não havia razão em discutir com ela quando estava em total modo-Watchtower.
"Tira o colete", ela disse, colocando os suprimentos sobre a mesa. Ele abriu o zíper, passou por seu ombro direito e se inclinou para deixar cair em sua esquerda. Ela pegou o colete antes que caísse no chão e o colocou em outra cadeira. Olhando o ombro dele, balançou a cabeça. "Vai ter que tirar a camiseta também."
"Mal pode esperar pra me deixar pelado, huh?" Ela lhe deu um olhar de reprimenda antes de ir até a pia umedecer algumas gazes. Fazendo uma careta, ele tirou a regata preta com uma mão.
"Assim que eu limpar, vou poder ver com o que estamos lidando." Inclinando-se sobre ele, ela limpou o sangue para visualizar a ferida. Ele sabia que ela estava tentando não machucá-lo mais do que o necessário, mas mesmo assim ela murmurou. "Desculpe", percebendo-o travar a mandíbula e fechar a mão direita.
"Não se preocupe. Faça o que tem que fazer."
Ela pegou uma lanterna do bolso e apontou para o ferimento. Ele ficou tenso ao cutucar dos dedos cobertos com gaze. "Acho que a bala não ficou aqui, e você?"
"Tenho certeza que não ficou. Ouvi um barulho na árvore atrás de mim depois do tiro. Só limpa e fecha o suficiente pra voltarmos para Metrópolis. Então Emil pode dar uma olhada."
"Ainda bem que eu estava aqui, não é?" ela perguntou, abrindo um vidro de álcool. "E que eu tenha dirigido. Seria difícil pilotar uma moto com uma mão só por três horas."
"Claro, eu poderia não ter sido pego se estivesse sozinho", ele contrapôs. "Duas pessoas são significativamente mais fáceis de pegar do que uma."
Ela o encarou, álcool em uma mão, gaze na outra. "Você está me culpando por ter levado um tiro? Porque um cara vestido em couro verde, capuz e óculos escuros não é exatamente invisível, mesmo no escuro. E de jeito nenhum eu ia te deixar fazer reconhecimento em uma 33.1 sozinho."
"Não, claro que não", ele suspirou. "Mas o fato de você estar lá me fez ter que cuidar de você também."
"Eu deveria ter trazido minha arma", ela admitiu. "Poderíamos usar mais poder armado. Victor tem me dado umas lições."
Uma onda de possessividade e algo que ele não quis saber exatamente o que era, fez seu estômago apertar. "Vic está te ensinando? Por que Vic?"
Ela olhou confusa. "Ele se ofereceu. Por que não Vic?"
Visões dela e Vic dando risada e fazendo piada juntos, Vic parado atrás dela, deslizando os braços ao redor dela para mostrar o jeito certo, passaram por sua mente.
Eu esperei demais?
"Armas são minha especialidade. Eu meio que sou o cara do time quando o assunto é armas, sabia? Eu deveria estar ensinando você."
Ela deu de ombros. "Você é um cara muito ocupado."
"Pra te ensinar a se proteger, eu arranjo tempo. Vou falar com Victor."
"Ok", ela disse hesitante, olhando dentro de seus olhos. Depois de um momento, voltou para sua tarefa. "Isso vai queimar."
Ele sabia que ela se referia ao álcool -- "Porra", ele disse entredentes, o ombro pegando fogo - mas estava agradecido pela dor o distraindo da proximidade dela, o cheiro, o cabelo suave roçando seu rosto. De fazer uma coisa estupidamente impulsiva como beijá-la.
Os dedos dela roçaram seu rosto. "Você está bem?"
Acalmado pela preocupação dela, ele segurou seu pulso. "Eu vou ficar."
Ei, se levar um tiro é o que foi necessário para acordá-lo, era um preço pequeno a se pagar.
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Embora Oliver tivesse ensinado a ela a arrombar uma fechadura, ele não estava disposto a esperar, sangrando, no frio enquanto ela tentava fazer isso pela primeira vez. Indo até a porta dos fundos, ele tirou o globo da lâmpada da varanda. "Se não estiver aqui, eu vou arrombar a porta", a informou. Ele procurou cegamente dentro do equipamento.
Em outra ocasião, ela teria reclamado por ele ter insistido que ela aprendesse a habilidade se não ia deixá-la usar quando necessário, mas no momento estava mais preocupada com o ferimento dele do que ele estava e só queria que entrassem na casa.
"Ponto", ele disse, pegando uma chave reserva e entregando a ela antes de recolocar a lâmpada. "As pessoas são tão previsíveis."
"Vamos torcer que sejam previsíveis ao ponto de terem um kit de primeiros socorros", ela disse, abrindo a porta cuidadosamente.
Já que o lugar estava claramente desocupado, acendeu as luzes. Aparentemente limpa, não tinha poeira acumulada ou cheiro de lugar fechado por meses; ficava a apenas algumas horas da cidade, provavelmente era um refúgio para o fim de semana dos proprietários ausentes. Alguns desenhos feitos com giz de cera na geladeira implicavam a ocasional presença de filhos ou netos.
Oliver deu uma última olhada antes de fechar e trancar a porta atrás dele. "Aqui", Chloe disse, puxando uma cadeira da cozinha e o empurrando na direção dela. "Senta pra você não sangrar no chão limpo dessa família legal. Vou procurar alguns suprimentos."
"Você não sabe se eles são legais", ele divergiu, jogando-se no providencial assento com pouca graça. Era o resultado de se levar um tiro. "Até onde sabemos, eles são pessoas horríveis."
"Eu estou supondo", ela disse por sobre o ombro enquanto seguia pelo corredor.
Ficar sentado ali fazendo nada tornava difícil ignorar o ombro. Vendo um papel toalha no armário, ele se levantou, pegou algumas folhas e os apertou contra o ferimento, sibilando de dor.
Ele fez uma varredura rápida no lugar enquanto ela procurava no banheiro. Sem sistema de alarme; portas da frente e de trás trancadas. Nas janelas, cortinas fechadas. Não pareciam ter sido seguidos.
"O que eu disse sobre não se mexer?" ela exigiu, saindo do banheiro com as mãos cheias de ataduras e antissépticos. "Vai sentar."
"Eu só precisava checar..." ele começou. Ela olhou feio. "Sim, senhora." Não havia razão em discutir com ela quando estava em total modo-Watchtower.
"Tira o colete", ela disse, colocando os suprimentos sobre a mesa. Ele abriu o zíper, passou por seu ombro direito e se inclinou para deixar cair em sua esquerda. Ela pegou o colete antes que caísse no chão e o colocou em outra cadeira. Olhando o ombro dele, balançou a cabeça. "Vai ter que tirar a camiseta também."
"Mal pode esperar pra me deixar pelado, huh?" Ela lhe deu um olhar de reprimenda antes de ir até a pia umedecer algumas gazes. Fazendo uma careta, ele tirou a regata preta com uma mão.
"Assim que eu limpar, vou poder ver com o que estamos lidando." Inclinando-se sobre ele, ela limpou o sangue para visualizar a ferida. Ele sabia que ela estava tentando não machucá-lo mais do que o necessário, mas mesmo assim ela murmurou. "Desculpe", percebendo-o travar a mandíbula e fechar a mão direita.
"Não se preocupe. Faça o que tem que fazer."
Ela pegou uma lanterna do bolso e apontou para o ferimento. Ele ficou tenso ao cutucar dos dedos cobertos com gaze. "Acho que a bala não ficou aqui, e você?"
"Tenho certeza que não ficou. Ouvi um barulho na árvore atrás de mim depois do tiro. Só limpa e fecha o suficiente pra voltarmos para Metrópolis. Então Emil pode dar uma olhada."
"Ainda bem que eu estava aqui, não é?" ela perguntou, abrindo um vidro de álcool. "E que eu tenha dirigido. Seria difícil pilotar uma moto com uma mão só por três horas."
"Claro, eu poderia não ter sido pego se estivesse sozinho", ele contrapôs. "Duas pessoas são significativamente mais fáceis de pegar do que uma."
Ela o encarou, álcool em uma mão, gaze na outra. "Você está me culpando por ter levado um tiro? Porque um cara vestido em couro verde, capuz e óculos escuros não é exatamente invisível, mesmo no escuro. E de jeito nenhum eu ia te deixar fazer reconhecimento em uma 33.1 sozinho."
"Não, claro que não", ele suspirou. "Mas o fato de você estar lá me fez ter que cuidar de você também."
"Eu deveria ter trazido minha arma", ela admitiu. "Poderíamos usar mais poder armado. Victor tem me dado umas lições."
Uma onda de possessividade e algo que ele não quis saber exatamente o que era, fez seu estômago apertar. "Vic está te ensinando? Por que Vic?"
Ela olhou confusa. "Ele se ofereceu. Por que não Vic?"
Visões dela e Vic dando risada e fazendo piada juntos, Vic parado atrás dela, deslizando os braços ao redor dela para mostrar o jeito certo, passaram por sua mente.
Eu esperei demais?
"Armas são minha especialidade. Eu meio que sou o cara do time quando o assunto é armas, sabia? Eu deveria estar ensinando você."
Ela deu de ombros. "Você é um cara muito ocupado."
"Pra te ensinar a se proteger, eu arranjo tempo. Vou falar com Victor."
"Ok", ela disse hesitante, olhando dentro de seus olhos. Depois de um momento, voltou para sua tarefa. "Isso vai queimar."
Ele sabia que ela se referia ao álcool -- "Porra", ele disse entredentes, o ombro pegando fogo - mas estava agradecido pela dor o distraindo da proximidade dela, o cheiro, o cabelo suave roçando seu rosto. De fazer uma coisa estupidamente impulsiva como beijá-la.
Os dedos dela roçaram seu rosto. "Você está bem?"
Acalmado pela preocupação dela, ele segurou seu pulso. "Eu vou ficar."
Ei, se levar um tiro é o que foi necessário para acordá-lo, era um preço pequeno a se pagar.
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Eu simplesmente amo essas fics em que eles percebem que existe algo mais entre eles... perfeita...
ResponderExcluirTambém adoro, Lu... obrigada pelo coment... :D
ExcluirAwww... perfeitíssima... adorei a ideia da foto e ficou demais, também adoro esses momentos pré-warrior...
ResponderExcluirFê
São os mais legais, né, Fê? Obrigada pelo coment... :D
ExcluirEsse blog é maravilhoso, e só podia escolher uma fic perfeita dessas né? AMEI... super fofa, perfeitinha e super chlollie!!!!! AMEI AMEI AMEI!!!!!
ResponderExcluirHelô, bem vinda ao blog, obrigada pelo elogio. Que bom, ela é super fofa mesmo!!!! Obrigada pelo coment... :D
ExcluirIsso aí merecia muito uma continuação... rs
ResponderExcluirMerecia mesmo, Vinicius... Obrigada pelo coment... :D
ExcluirMerecia,MESMO, uma continuação... hehe
ResponderExcluir;D
GIL
Pois é, bem que a fickery poderia escrever, né? Obrigada pelo coment, GIL... :D
ExcluirAwwww... super, super, super cute!!!!! Tão pequena, tão singela, tão perfeita!!!!! Amei!!!!! Também queria um continuação... snif...
ResponderExcluirPois é, deveria ter mesmo... :D
ExcluirNossa, que fic mais deliciosa de ler... adorei!!!
ResponderExcluirQue bom, Maria Eduarda... :D
ExcluirBoa
ResponderExcluir:D
ExcluirFantástica.:D
ResponderExcluirAdoro essas fics quando eles percebem que sentem algo mais um pelo outro.:D
Dani, é verdade... essas fics são as melhores!!!!! Obrigada pelo comentário... :D
ExcluirQue fic super hiper maga fofa pra salvar a chatice que é o carnaval, rs... adorei!!!!!
ResponderExcluirrs.... que bom que gostou, Ana... :D
ExcluirOpa, que legal, acabei de chegar de uma mini-viagem pra relaxar no carnaval e que beleza encontrar duas fics fofíssimas postadas aqui, essa e a que a Angelique postou... Adri essa fic é mesmo uma fofura, ainda nem tinha lido ela em inglês, e agora nem preciso, rs...
ResponderExcluirExcelente escolha e fic mais do que fofa, realmente esses momentos entre os dois são os melhores, quando estão percebendo seus sentimentos... e é bem assim mesmo né, quando sentimos essa 'coisa' no estômago igual o Ollie e na hora você não quer dar atenção...
Demais, amei, Dri!!!!
Sofia, que bom que gostou, achei essa fic uma verdadeira fofura, rs...
ResponderExcluirAh linda, viajei lendo lembrando da cena tão curtinha deles em LJ... mais qto mais eu leio mais a saudade aumenta.
ResponderExcluirVilm@
Verdade, né Vilm@... tomara que as comics supram um pouco dessa nossa vontade de ver nosso casal em cenas inéditas... bom ver você por aqui, obrigada pelo comentário... :D
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