Scent of a Man (1/5)

Série: The Five Senses (Os Cinco Sentidos)
Título: Cheiro de Homem
Resumo: O cheiro de Oliver faz alguma coisa com Chloe.
Autora: fickery
Classificação: PG-13
Linha de tempo: Warrior

Ela amava o cheiro dele.

Ele sempre cheirava bem pra ela, desde que o conhecia, mas de um jeito normal perceptível pelas garotas, do tipo ele-cheira-bem. Certamente ela apreciava isso de um jeito abstrato, mas nunca lhe causou uma impressão muito consciente; se fosse franca, ela estaria longe de perceber. Era só que vinha com o pacote. Você espera que um homem lindo e de sucesso cheire bem do jeito que ele parece e se veste e age: confiante, masculino, caro.

Na verdade, ela nem conseguia descrever o cheiro dele. Era limpo e masculino, com um componente de couro e alguma coisa livre, amadeirada. (Ela não era boa nesse tipo de coisa. Seria uma péssima crítica de comida ou vinho.)

Desde que tinham começado a dormir juntos, no entanto, ela vinha percebendo isso de um jeito muito persistente. Um jeito muito... primitivo, sempre que ele entrava em sua órbita ela era tomada de um impulso de agarrar a frente da camisa dele, abaixar sua cabeça até a dela e enterrar o rosto em seu pescoço, sentir o cheiro dele profundamente.

Não era só depois que ele tomava banho, no entanto. O sabonete dele e o xampú, e provavelmente até o sabão com que a roupa dele era lavada, tinham cheiros distintos que definitivamente acrescentavam à cena geral, mas não eram avassaladores. Logo depois que ele treinava, depois de voltar da patrulha, e certamente depois do sexo, o cheiro de seus produtos de cuidado pessoal eram substituídos pelo cheiro almiscarado da essência dele, seu cheiro real; e isso era, no mínimo, até mais excitante.

A parte dela nerd e científica se perguntava impassível se ela estava na verdade reagindo a algum tipo de feromônio que ele exalava. Algum tipo de hormônio primitivo de acasalamento que estava gravado em seus respectivos DNAs e que a fazia querer pular em cima dele e procriar, garantindo a sobrevivência da espécie.

A parte primitiva de seu cérebro respondia impaciente, E daí? DESEJO, quando ele surgia de seu treino, brilhando e sem camisa, toalha na mão, e ela se imaginava o jogando contra uma parede ou na cama e sem pressa nenhuma lamber cada gota de suor de seu corpo perfeitamente esculpido antes que ele pudesse tomar banho.

A irritava de algum jeito. Ela era muito esperta para gostar da ideia de que pudesse ser uma escrava da biologia.

Parte disso, ela pensava, eram outras coisas associadas ao cheiro dele, os outros sentidos que ele despertava: o calor da pele, os contornos dos músculos, o jeito que ela se sentia tão segura e cuidada quando envelopada pelos enormes braços dele, ser abraçada contra aquele peito sólido.

Ela não conseguia se lembrar de ter esse tipo de reação fisica a qualquer outro homem. Oh, ela sabia que no colégio seu coração tinha palpitado mais de uma vez ao ver Clark sem camisa, trabalhando na fazenda ou nadando no lago, mas agora era totalmente diferente. Desta vez era uma resposta muito mais adulta.

Clark sempre cheirou a feno, grama e a comida de Martha, ou seja, confortante e caseiro. Jimmy sempre teve o agradável cheiro da sala de redação, café e tinta e impressão e químicas para revelar fotos. O cheiro superficial de Davis a lembrava hospital, álcool e desinfetante, mas havia uma essência mais obscura e perigosa por baixo que ela não se importou em sentir de perto.

A aura de Oliver podia fazê-la se lembrar instintivamente de sexo e atração, mas a fazia pensar em muito mais também: amizade e afeição, risada e trabalho em equipe, uma história compartilhada e confiança, uma sensação de segurança, tanto emocional quanto física; saber que a atração dele por ela era recíproca, e a sensação de que quando ele a via, ele realmente a enxergava, e não queria trocá-la ou ignorar as coisas sobre ela como se fossem inconvenientes pra ele.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo suave som do sistema de segurança a notificando que alguém estava no elevador. Seu prazer em ver Oliver foi equilibrado pela vergonha de estar parada ali há só Deus sabe quanto tempo, pensando nele e tendo sonhos indecentes.

"Ei", ele a cumprimentou. "Como vão as coisas?" Ele foi até ela, a aparência de encher a boca d'água como sempre, numa camiseta, uma jaqueta e um jeans velho. Ele estava dando aquele sorriso Deus-eu-estou-feliz-em-ver-você, e seus próprios lábios se curvaram em resposta. Embora ela tivesse declarado uma moratória sobre as demonstrações de carinho na Watchtower para que não estragassem o disfarce para resto da equipe, Ollie ignorava bastante, e ela sabia que já que estavam sozinhos ele ia tentar beijá-la.

Desta vez, ela foi mais rápida. Correndo a mão até o cabelo dele e puxando sua cabeça pra baixo, ela roçou o nariz no pescoço dele, acariciando a pele de sua garganta com a bochecha, e começando suavemente a beijar o caminho até sua boca. Ela sentiu o cheiro dele enquanto o fazia, ficando intoxicada com sua fragrância masculina únca, sentindo todas as suas zonas erógenas alegremente despertarem.

Os braços dele se apertaram em sua cintura enquanto a puxava contra ele. "Wow", ele disse sem fôlego. "Não que eu não esteja gostando disso - e muito - mas qual é a ocasião?"

Ainda o beijando, ela sorriu contra sua garganta. "É só que eu realmente gosto do seu cheiro", explicou.

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