Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Aviso: Grande quantidade de tristeza
Linha de tempo: Esta história se passa depois da décima temporada, alguns anos no futuro.
Original
Anterior: Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis
Eles chegaram à cabana que Ollie encontrou no Colorado por volta das duas da manhã. O caminho do aeroporto tinha sido longo mas eles estavam completamente isolados e havia alguma paz em saber disso.
Estava incrivelmente frio, e de acordo com a rádio que foram ouvindo durante o caminho, pegariam a primeira neve do ano naquela noite. Vivendo em Star City há cinco anos agora, Chloe não conseguia lembrar da última vez que tinha de fato estado em algum lugar perto da neve.
Eles subiram até a cabana e Chloe ajudou Ollie a carregar as três bagagens pra dentro. A que ela tinha colocado no carro quando estava em Star City e as duas que eles pegaram no hotel onde Ollie tinha se hospedado.
"Como está o local do seu ferimento?" Ela perguntou enquanto fechava a porta.
"Tudo bem", ele assegurou. Havia uma dor persistente ali, mas não era nada fora do normal para um ferimento à faca. E se ele questionasse o fato, dadas as múltiplas experiências que teve com esse tipo de ferimento no passado, teria que questionar sua própria sanidade.
Ela assentiu levemente, olhando pra ele antes de ir até a lareira e acendê-la, que por sorte já estava preparada porque ela definitivamente estava com frio.
"Deixa que eu faço isso", ele disse, indo até o lado dela.
Sua expressão se suavizou enquanto olhava pra ele. "Acho que um de nós definitivamente tem mais experiência com isso do que o outro." Era o mais perto de brincar com ele que ela tinha chegado, mas pareceu natural.
Oliver descansou uma mão nas costas dela. "Se eu tentasse bastante poderia fazer uma fogueira com dois palitinhos." Ele sorriu abertamente.
"E eu aqui achando que o Clark é que era o Escoteiro", ela disse, pegando o acendedor.
"Bem, ele pode acender o fogo com os olhos. Onde está o desafio nisso?"
Chloe sorriu e assentiu um pouco, virando-se para olhar pra ele. "É justo."
Ele manteve o olhar por um momento, então olhou na direção do sofá. "Estou pensando que poderíamos nos aquecer esta noite se dormirmos aqui. A cabana estará mais aquecida depois e podemos então ir para o quarto."
Ela concordou e olhou para o sofá e depois pra ele. "Tem certeza que você vai ficar confortável?"
Oliver quase pontuou que ele vinha dormindo em sofás há quase seis meses, mas lhe deu um sorriso ao invés. "Eu vou ficar bem."
"Ok." Ela concordou baixinho, tirando os sapatos e então olhando de volta pra ele. "Você está cansado?"
"Um pouco. Não muito... e você?" Ele ergueu as sobrancelhas.
"Também", ela admitiu, olhando de volta pra ele e estendendo a mão.
Ele segurou sua mão sem hesitar, entrelaçando seus dedos nos dela.
Ela apertou a mão dele e foi até o sofá, sentando-se e puxando a mão dele pra ele se juntar a ela.
Oliver se sentou ao lado dela, passando o braço ao redor de seus ombros e dando um beijo em sua têmpora. O movimento era tão familiar que quase doeu que fizesse tanto tempo desde que ele o tenha feito.
Chloe suspirou e se enroscou ao lado dele instantaneamente, como sempre fazia. Antes de tudo acontecer, sempre faziam isso quando se sentavam... era simplesmente... confortável. Especialmente considerando suas vidas e as poucas oportunidades que tinham de realmente se sentarem juntos e aproveitar a companhia um do outro.
"Eu senti falta disso", ele sussurrou, passando o outro braço ao redor dela também.
Ela assentiu, passando o braço ao redor dele. "Eu também", ela sussurrou. "Eu não imaginava o quanto."
"Nem eu." Ele beijou o alto de sua cabeça, então inclinou sua cabeça contra a dela.
Fechando os olhos, ela suspirou mais uma vez e relaxou um pouco. "Acho que ainda temos problemas de comunicação." O fato mais óbvio do ano.
Ele assentiu. "Vamos trabalhar nisso." Ele esfregou o braço dela gentilmente.
"Vamos", ela concordou, levantando a cabeça e dando um beijo em sua mandíbula.
Oliver fechou os olhos, emaranhando uma mão em seu cabelo. "Então você vem trabalhando na cobertura de todas as notícias sobre o Lex?" ele murmurou.
"Sim", ela sussurrou, suspirando suavemente e roçando o nariz no rosto dele. "Eu disse ao meu editor que costumava conhecê-lo, então ele deu a tarefa pra mim."
Ele assentiu, mal conseguindo resistir ao desejo de se virar e beijar sua boca. "E ele aceitou numa boa você passar uns dias fora?"
"Eu trabalhei bastante nos últimos dois dias", ela sussurrou, abrindo os olhos e afastando a cabeça o suficiente para olhar pra ele. "Eu mandei três artigos então ele tem o suficiente para dar seguimento ao primeiro pelas próximas duas semanas, mais ou menos."
Ele encontrou seus olhos, levando uma mão até seu rosto. "Ótimo", ele sussurrou, procurando seus olhos.
Ela manteve o olhar e prendeu a respiração enquanto se inclinava ao toque. "Como vão as coisas no centro comunitário?"
"Tudo bem", ele disse a ela. "Eu deixei Mia no comando enquanto estamos fora. Vai ficar tudo bem."
"Sim", ela concordou. "Ela vai fazer um bom trabalho."
Ele olhou pra ela atentamente. "Eu estava indo conversar com você ontem à noite."
"Você estava?" Ela franziu um pouco a testa, surpresa.
Ele assentiu. "Mia basicamente me deu um chute no traseiro e me fez perceber que eu não estou pronto pra desistir de nós."
Chloe prendeu a respiração a isso e ergueu um pouco as sobrancelhas. "Oh", ela olhou pra baixo e assentiu levemente. "Ela passou lá em casa, ontem. Ela é a razão pra eu ter decidido ir embora."
Ele parou a isso. "Por quê?" perguntou curioso.
"Porque eu sabia que você teria alguém pra cuidar de você", ela disse a ele baixinho, "e achei que era melhor se eu fosse embora e ela te ajudaria a voltar ao normal sem eu por perto."
"Não teria funcionado." Sua voz era baixa.
Ela suspirou e apertou os lábios. "Eu esperava que funcionasse. Eu só não queria mais ver você daquele jeito."
Ele deu um beijo em sua testa, ficando em silêncio por um momento. "Eu não acho que posso voltar ao normal de novo se você não estiver em minha vida."
"Eu também acho que não posso", ela admitiu, "mas eu ia desaparecer de novo, e achei que você não ia tentar me encontrar."
Ele sentiu o peito apertar a isso. "Oh, Chloe." Sua voz era quase inaudível. "Por favor, nunca faça isso." Ele se mexeu, pressionando o rosto no pescoço dela.
Ela sentiu o próprio peito apertar e mexeu os braços, passando-os ao redor do pescoço dele e fechando os olhos. "Não vou", ela prometeu. "Eu não queria, eu só... achei que seria o melhor pra você."
Ele beijou seu pescoço suavemente e a abraçou com força contra ele. "Como eu pensei que seria melhor pra você se eu fosse embora", ele murmurou.
Ela estremeceu levemente e se mexeu pra ficar mais perto dele, assentindo. "Como pudemos ser tão estúpidos?"
Uma suave risada lhe escapou. "Somos incrivelmente teimosos?"
"Sim", ela suspirou. "O que é uma boa coisa, mas não um com o outro."
"Concordo." Ele correu uma mão pelas costas dela.
Ela respirou fundo e se mexeu, indo se sentar em seu colo, inclinando-se contra a lateral dele. "Bom."
Oliver beijou sua testa, mantendo os braços ao redor dela. "Eu te amo."
"Eu te amo", ela sussurrou, respirando fundo e fechando os olhos. "E... tem uma coisa que eu preciso conversar com você."
"Tudo bem." Ele se recostou contra o sofá, esperando.
Chloe se mexeu levemente e respirou fundo, olhando pra baixo enquanto tentava encontrar o melhor jeito de dizer. "Eu acho que... deveríamos usar proteção. Assim não acontece de novo."
Ele ficou em silêncio por um momento. "Oh", ele disse.
Ela percebeu a expressão dele e se enroscou mais perto. "Eu não quero que nenhum de nós passe por aquilo de novo."
"Não, eu... eu entendo", ele murmurou, apertando os braços ao redor dela.
"Eu não quero arriscar", ela sussurrou, virando o rosto contra o dele. "Não até que seja seguro."
"Ok", ele sussurrou, emaranhando a mão no cabelo dela.
Chloe suspirou e se afastou o suficiente para olhar pra ele, ela imaginou se ele se lembrava que dia era e o quanto estariam perto de serem... mas ela não queria tornar tudo mais difícil pra ele do que já era.
Ele olhou pra ela, seus olhos tristes. "Quando estivermos prontos pra conversar sobre isso, existem outra opções."
Ela respirou fundo e assentiu, olhando pra baixo, sentindo como se tivesse falhado com ele mais uma vvez, mesmo sabendo que ele não a culpava. "É possível que... que funcione. Eu li sobre isso também, mas... tem sempre a possibilidade de não dar certo."
"Na verdade, eu estava falando de... adoção", ele disse.
"Oh", Chloe inclinou um pouco a cabeça, prendendo a respiração. "Você acha... que seria melhor?"
"Bem, não é a mesma coisa, mas... existem muitas crianças por aí que realmente precisam de uma boa família." Ele sorriu um pouco.
Ela respirou fundo e assentiu. "Eu sei", disse baixinho. "E já temos Mia."
Ele também assentiu. "Nós temos. Mas eu estava pensando num bebê", ele admitiu. "Mas não até estarmos prontos."
Chloe assentiu e levou uma mão até o cabelo dele, correndo os dedos. "E podemos conversar com especialistas e ver se... é muito arriscado eu engravidar novamente."
Oliver manteve o olhar, correndo a mão nas costas dela. "Vamos ficar bem contanto que tenhamos um ao outro."
"Sim..." ela sussurrou, "é um bom começo", ela disse a ele, "mas eu quero que sejamos uma família, Ollie."
"Eu sei. Eu também quero isso", ele sussurrou.
Ela se aproximou mais dele e passou novamente os braços ao seu redor. "Então vamos dar um jeito, certo?"
"Vamos", ele prometeu, beijando sua bochecha.
Chloe suspirou e se recostou contra seus lábios, fechando os olhos. "Eu amo você."
"Também amo você", ele sussurrou.
Ela relaxou levemente e deitou a cabeça em seu ombro. "E eu acho que precisamos trabalhar algumas coisas entre nós antes de planejarmos qualquer outra coisa."
"E vamos conseguir. Só vai levar algum tempo", ele murmurou, descansando a cabeça contra a dela.
"Nós temos tempo", Chloe disse baixinho, roçando o nariz contra a mandíbula dele.
"Temos", ele concordou, se mexendo levemente e deitando no sofá, mantendo os braços ao redor dela para que ela não caísse.
Ela suspirou suavemente e se ajustou ao lado dele, se esticando até o braço do sofá e pegando um cobertor, desdobrando-o e jogando em cima deles. "Quanto tempo vamos ficar aqui?"
"O tempo que precisarmos", ele disse. "Ou até que você queira ir para outro lugar."
Chloe fechou os olhos e se aconchegou contra ele. "Se pudesse escolher, eu não queria ir pra nenhum outro lugar."
Oliver sorriu a isso e descansou a cabeça contra a dela. "Pode ser também."
"Você tem conversado com a equipe ultimamente?" Ela perguntou baixinho, abrindo os olhos e olhando pra ele.
Ele prendeu a respiração por um momento. "Dinah esteve na cidade."
"Ela esteve?" Chloe franziu a testa, olhando pra ele.
Ele não encontrou seu olhar. "Sim. Ela foi me ver na QI."
Ela se mexeu um pouco no sofá, afastando-se para olhar pra ele. "O que aconteceu?" Ela perguntou, sabendo instantaneamente pelo olhar no rosto dele que as coisas não tinham ido bem.
Oliver parou, então expirou. "Eu estava bebendo", ele admitiu. "Digamos que a conversa não foi boa."
Seu peito apertou um pouco e ela assentiu. "Sinto muito."
"Não é culpa sua", ele disse sinceramente.
"Eu ainda sinto muito por você ter que lidar com ela", ela disse baixinho, inclinando-se e roçando seu nariz contra o dele. "Além de tudo com o que você já estava lidando, Dinah não é uma pessoa sempre fácil pra conversar."
"Não, ela não é", Oliver concordou, beijando-a suavemente. "Mas ela não é importante."
"Ela não é", Chloe concordou, ela sabia que Dinah vinha trabalhando com outro grupo em Gotham já há um ano. "Eu estava me perguntando se alguém percebeu alguma coisa."
Ele expirou lentamente. "Ela chegou a conclusão que estávamos tendo problemas, mas eu não tenho dúvidas que ela pensa que é porque eu voltei a ser como antes." Era o que ela basicamente tinha dito.
"Bem", ela disse baixinho. "Quando conversarmos com os outros novamente vamos assegurar que isso não é verdade, caso eles venham a saber."
Ele assentiu. "Dinah sempre foi uma péssima amiga."
"E de novo, não importa", ela disse. "Acho que Lois e Clark não perceberam nada quando estive em Metrópolis semana passada."
"Tudo bem pra você mantermos desse jeito?" Ele procurou seus olhos. "Porque se você quiser contar para Lois ou Clark... tudo bem pra mim. Você não tem que guardar esse grande segredo por minha causa."
"Se você quiser contar pra alguém, eu não me importo", ela disse. "Mas... eu não quero eu mesma contar."
"Tudo bem", ele concordou sem hesitar. "Eu só não queria que você se sentisse obrigada a isso."
"Eu não me sinto", ela sussurrou. "Eu só acho que é algo que precisamos trabalhar entre nós e eventualmente, se esse momento chegar, tudo bem, mas não tem nada que eles possam fazer e Lois vai ter uma reação exagerada e... acho que isso vai nos sobrecarregar ainda mais."
Oliver beijou sua testa. "Tem uma coisa que eu venho pensando."
"O que é?" Ela sussurrou, fechando os olhos por um momento antes de olhar pra ele de novo.
"O que você acha que terapia pra casal?" ele perguntou baixinho.
Ela parou e ergueu as sobrancelhas. "Você acha que precisamos?" Ela perguntou, refletindo.
"Eu não sei", ele admitiu, observando-a. "Eu estou aberto a ideia, se você achar que precisamos."
"Podemos fazer", ela disse, "mas acho que podemos esperar e ver como nos sentimos quando voltarmos pra casa."
"Parece um ótimo plano pra mim, Linda."
Chloe sorriu um pouco a isso e respirou fundo. "Obrigada."
"Você não tem que me agradecer. É pra isso que eu estou aqui", ele murmurou beijando a ponta de seu nariz.
"Deveríamos sempre nos lembrar que tudo é mais fácil de lidar quando estamos juntos", ela disse, roçando os lábios nos dele.
"Acho que sempre soubemos. Só estávamos assustados." Sua voz era suave.
"Você tem razão", ela sussurrou, olhando pra ele. "E eu acho que nós dois aprendemos."
"Eu também acho." Ele colocou o cabelo dela atrás da orelha.
"E nós vamos ficar bem", ela sussurrou, um pouco mais esperançosa do que antes. Estar com ele há vinte e quatro horas a tinha feito sentir como se pudesse ter esperança novamente.
"Eu acredito nisso com tudo que há em mim", Oliver garantiu, seu polegar roçando o rosto dela.
Ela apertou o braço ao redor dele e assentiu, mantendo o olhar. "Então eu também acredito."
Oliver a beijou suavemente.
Chloe o beijou de volta e se aproximou mais, aprofundando o beijo e relaxando.
"Vamos descansar", ele murmurou depois que o beijo terminou.
"Sim", ela concordou, roçando o nariz no dele antes de se mexer e se virar de volta pra ele, aconchegando-se. Mesmo depois de todo esse tempo, sempre lhe maravilhava o quão perfeitamente seu corpo se moldava ao dele.
Oliver apertou o braço ao redor dela, dando um beijo suave em sua nuca. "Boa noite", ele sussurrou.
Ela estremeceu levemente e entrelaçou os dedos nos dele, abraçando seu braço contra o peito. "Boa noite."
Ele apertou a mão dela gentilmente e deitou a cabeça no sofá, fechando os olhos. Dentro de momentos ele tinha adormecido.
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Ai meu Deus, que momento mais cute, mais lindo, mais fofo... Amando cada vez mais essa história... Valeu, favorite blog EVER!!!!!!!
ResponderExcluirEsse momento na cabana, com eles juntinhos, foi pra derreter qualquer um, né? rs...
ExcluirAbsolutamente LINDO!
ResponderExcluirComo é bom ver os dois conversando, sendo honestos um com o outro, se apoiando um no outro... <3
Acho que a partir de agora é só alegria, né? :D
Bom mesmo, né, Ciça? Sim, só alegria e algo me diz que você vai gostar do capítulo oito, mas que você vai AMAR o capítulo nove!!!! :D
ExcluirEssa história é tão linda... louca pra ler mais...
ResponderExcluirPatrícia
Já tem mais por aí, Patrícia... :D
ExcluirGente do céu! Que lindo... e que que já tem os capítulos 8 e 9... vou correndo ler...
ResponderExcluirTô feliz, agora =DDD
GIL
Que bom, GIL, que pudemos alegrar seu dia... Boa leitura! :D
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