The Right Track

Título: O Caminho Certo
Resumo: Ollie tem um plano... mas nunca é tão fácil assim.

Autora: sarcastic_fina

Classificação: R

Gênero: Romance

Banner: ellashy

Spoiler: Escape

Ele estava ansioso. Quando propôs que fizessem uma viagem de três dias no fim de semana para uma privada pousada, ele tinha tudo planejado. Já tinha se passado algumas semanas desde a primeira briga deles, que não tinha sido algo exatamente sem importância ou fácil de esquecer, mas eles conseguiram passar por isso. Então estar roubando dele não foi o termo que ela usou, ela achou que empréstimo se adequava melhor, e embora tenha ficado magoado inicialmente, ele também entendeu o raciocínio dela. E foi enquanto ele racionalizava com ela ali tentando se explicar que todas as peças se juntaram. Quando ficaram juntos pela primeira vez era para ser uma coisa amigos-com-benefícios e deixar as emoções de fora. E ele estava bem com isso desde que ela estivesse. Mas quando percebeu que ela poderia estar desviando dinheiro dele, usando-o apenas pelo dinheiro, ele ficou verdadeiramente magoado. Não foi apenas pela amizade que seu coração doeu, mas pela confiança que ele pensava que houvesse entre eles. O fato de que ela poderia tão facilmente dormir com ele e depois roubá-lo o tinha feito tremer fisicamente, uma pontada em seu coração marcando-o com uma cicatriz.

Ele não teria se sentido dessa maneira se não houvesse nada emocional entre eles.

Levou semanas; dele analisando, dela se explicando, deles tentando manter o que quer que tivessem em terra firme.

"Sem mais mentiras, sem mais segredos”, ele disse a ela. Não era tanto um desejo ou uma esperança, mas uma exigência e embora a teimosa e impetuosa Chloe Sullivan geralmente não se deixasse dobrar, ela o fez neste caso. E assim, uma faísca de esperança foi plantada, talvez houvesse algo mais da parte dela também.

Fazer planos de ficarem em uma pousada foi o primeiro movimento dele em direção a algo mais real. Amigos-com-benefícios não tiram folga juntos em lugares onde realmente teriam que se envolver com alguma coisa além do corpo nu e pronto do outro. Oliver queria dar a ela uma experiência, no entanto. Ele queria ficar em um lugar aconchegante onde ficassem simplesmente vestidos e confortáveis um com o outro. Onde não houvesse TV ou trabalho na Liga para distraí-los e assim eles teriam que verdadeiramente conversar. Ele queria que tivessem um café da manhã juntos e fizessem uma caminhada nas matas promissoras retratadas no site da pousada. Ele queria que ela olhasse para ele, realmente olhasse para ele, e enxergasse um homem com quem valesse a pena ter algo mais.

Encontrar Lois e Clark não estava nos planos.

Saber que teria que fazer bonito, até mesmo comer com eles, não estava exatamente deixando-o ansioso pelo resto da viagem.

Na verdade, a certa altura, estava mesmo considerando fazer as malas e levá-los para outro lugar. Até que percebeu a verdade sobre o assunto. Não era sobre onde estavam ou para onde iriam, era simplesmente que nunca haveria um momento em que eles poderiam ficar juntos e não ter alguém ou algo para intervir. Isso não significava que eles não iriam se encaixar. Eles poderiam passar por isso, simplesmente teriam que se adaptar à situação e permanecer juntos nessa. Desta forma ele não fez as malas, escolhendo não fugir. Em vez disso, enfrentou a situação de frente e encarou o rosto implacável de Clark Kent, obviamente, mostrando sua desaprovação com a relação deles.

Ele sorriu. Talvez isto fosse divertido, afinal.

Não foi. Pelo menos não a maior parte.

Banshee Prateada.

Como se topar com Lois e Clark quando ele e Chloe estavam tentando se aproximar não fosse ruim o suficiente, eles tiveram que encontrar uma psicopata barulhenta para torná-lo ainda mais infeliz.

Lidar com ela em todos os seus aspectos macabros e planos nada sãos para ele e Clark não foi fácil e no final, ele estava cansado. Enjoado e cansado de ter uma vida onde o trabalho não poderia sequer dar a ele um fim de semana de três dias de descanso.

Em sua última noite, ele entrou no quarto deles com os ombros pesados, abatido com a frustração. Vestindo apenas uma calça de pijama xadrez e uma camiseta cinza, ele caminhou descalço pelo confortável quarto, esfregando um nó na parte de trás do pescoço. Não foi até que ele a viu ajoelhada no centro da cama de casal, em cima do cobertor florido usando a camisa correspondente às calças do pijama dele, suas pernas longas e bronzeadas implicando todos os tipos de pensamentos deliciosos, que ele parou um instante. Estimulado pelo mero pensamento dela em uma cama, ele considerou ignorar o fracasso dos planos de um fim de semana fantástico em favor de se afogar nela. Seu corpo, seu cheiro, seu toque suave e as unhas afiadas marcando os ombros dele, enquanto ele mergulhava profundamente dentro dela, se empurrando firme contra suas paredes quentes e apertadas enquanto ela tremia e arqueava e gritava o nome dele desesperadamente.

Seus olhos escureceram com o pensamento, a boca secando enquanto lambia os lábios.

"Uh-uh Queen," ela contestou, erguendo uma sobrancelha. "Desligue esse lado animalesco do seu cérebro por um segundo."

Ele sorriu desoladamente. "Eu pensei que esta era sua parte favorita do meu cérebro...”

Ela bufou. "Tem seu lado positivo", ela concordou com um encolher de ombros. "Mas não foi para isso que você planejou essa pequena viagem pra gente."

Enquanto ela o olhava consciente dele tentando fingir que não tinha ideia do que ela estava falando, ele cedeu. "E o que é que você acha que eu planejei, Professora?" ele perguntou, cruzando o espaço entre eles para se sentar na cama ao lado dela.

Com um meio-sorriso, ela olhou-o minuciosamente. "O que aconteceu com o nada de amarras, hein?" ela perguntou em voz baixa.

Ele soltou um suspiro pesado, voltando os olhos para longe dela. "Talvez ele nunca tenha realmente existido para mim", disse com um sorriso sem graça.

Deslizando a mão sobre o ombro dele, ela apertou. "E você pensou que poderia me convencer a passar para o outro lado, hum?"

Um sinal de humor na voz dela o fez virar a cabeça para olhá-la. "Será que somos tão improváveis, Sidekick?"

O sorriso dela enfraqueceu. "Não..." Ela balançou a cabeça. "E talvez isso torne tudo mais assustador."

Se curvando em direção a ela, ele franziu a testa. "Nossa vida já é assustadora, qual o problema de ficar um pouco mais?"

Ela suspirou. "Ollie... Uma das razões porque não tornamos isso mais do que sexo é porque conseguimos nos satisfazer, sem as complicações de um relacionamento."

"Eu sei." Cerrando a mandíbula, ele balançou a cabeça. "Mas, quando tomamos essa decisão, eu esperava que qualquer coisa entre nós estivesse fadada ao fracasso."

Revirando os olhos, ela franziu os lábios. "Não faz muito tempo que nós começamos a ficar juntos...”

"Faz tempo suficiente", ele argumentou, com os olhos caindo sobre o colo.

Houve uma pausa enquanto ela considerava se deveria perguntar ou deixar para lá. E, finalmente, ela perguntou com voz suave e curiosa. "O suficiente para quê?”

Um sorriso, triste, sábio, e ele não se preocupou em esconder a verdade dela, dela e dele. "Para eu me apaixonar por você."

Ela o observou, não dizendo uma palavra, e então levou a mão até a bochecha dele. "Foi o que aconteceu?"

Ele se inclinou em sua palma, para o conforto, segurança e calor de sua pequena mão. "Não foi difícil."

"E você pensou que me levando para longe por alguns dias faria eu me apaixonar por você?"

Ele riu, curvando os lábios nos cantos. "Aparentemente, eu estava um pouco mais confiante."

"Oh, eu não sei... Talvez, se Lois, Clark e a Banshee Prateada não tivessem atrapalhado, você pudesse ter sido bem sucedido...”

Ele levantou uma sobrancelha pra ela. "Em apenas três dias?"

Ela encolheu os ombros. "Poderia ter ajudado já que eu já estava muito apaixonada por você, para começar... Ficar três dias a sós apenas me faria confirmar." Ela suspirou exageradamente. "Pena que deu errado. Vamos ter de volta rpara o sexo quente quando ninguém estiver olhando."

Ele olhou pra ela, sobrancelhas franzidas, ignorando o humor que ela estava tentando infundir. "Então você... Eu não tinha que... Você já estava...”

"Apaixonada por você?" Ela sorriu. "Talvez você seja mais encantador do que eu poderia aguentar."

Então ele se virou, praticamente se atirando, colocando-a de costas, abaixo dele, a perna dela engatada sobre sua coxa e braço em torno de suas costas, os dedos dela se enroscaram em seus ombros, onde, sem dúvida, permaneceriam, arranhando e marcando sua pele com amor possessivo. Ela olhou para ele, seus cachos loiros caindo suavemente em torno de seu rosto sorridente. Suas pélvis pressionadas firmemente juntas, sua camisa levantada até a cintura e a calcinha branca dela rapidamente umedecendo conforme ele se colocava duro entre suas coxas, seu desejo por ela queimando rápida e intensamente.

"Você tem certeza?" ele perguntou, de repente preocupado que ela pudesse mudar de ideia a qualquer momento.

Estendendo a mão, ela escovou os dedos pelos cabelos dele. "Para o homem mais arrogante que eu já conheci, você tem alguns pequenos problemas de insegurança pra trabalhar..."

Ele franziu a testa, erguendo uma sobrancelha impaciente.

Suspirando, ela balançou a cabeça. "Você acha que eu digo a qualquer um que eu o amo, Oliver?"

Ele olhou pra ela, para aqueles olhos verdes infinitamente curiosos e travessos, e pela primeira vez sentiu que a via realmente nua. Sem paredes ou escudos ou restrições inúteis. Ela o amava, talvez até mesmo tanto e tão profundamente quanto ele a amava.

"Sem mais mentiras, sem mais segredos”, ela murmurou. "Portanto, sim, esta sou eu andando na linha."

A respiração dele saiu em um suspiro longo e aliviado. E então ele a estava beijando; lábios a acariciando, saudosamente, possessivamente, grato. Ela o fez se inclinar sobre ela, lábios, língua e dentes entrando em ação. Dedos se enrolando firmemente nos cabelos dele e se arrastando para baixo em seu pescoço, ela o puxou como se ele pudesse se aproximar ainda mais. Ele balançou os quadris, pressionado sua ereção para baixo insistentemente contra o calor dela fazendo suas coxas se separarem. Não era mais apenas sobre sexo, não agora que os corações deles estavam abertos e conscientes, mas isso não significava que eles não pudessem se saciar com aquilo que os levou até esse ponto.

Quando eles se separaram, ofegantes, ele olhou para ela. "Não vai ser fácil... Mas eu sempre vou estar aqui... Não importa o que aconteça."

Ela sorriu suavemente. "O que em nossas vidas alguma vez foi fácil?"

Ele riu. "Verdade."

Ela assentiu com a cabeça. "Acho que você deveria aprender agora que eu estou sempre certa."

Ele sorriu, arqueando uma sobrancelha. "Sério?"

"Mmhmm." Ela deslizou a mão até o ombro dele, inclinando o quadril e estremecendo agradavelmente enquanto ele a esfregava através da calcinha molhada com a quantidade exata de pressão. Piscando os olhos ela murmurou. "E sabendo que eu sempre estou certa, você vai concordar que agora é o melhor momento para provar o quanto você me ama."

Rindo baixinho, ele balançou a cabeça. "Você sempre foi o cérebro da minha força, Sidekick...”

E com isso, os amigos-com-benefícios tornaram-se dois amantes no caminho certo... Finalmente.

___________________________________________________________________________