24.6.12

Undeniable

Título: Inegável
Resumo: Dinah Lance quer Oliver Queen, mas ele não está mais disponível.
Autora: sarcastic_fina
Classificação: PG-13
Gênero: Romance/Drama



Oliver Queen estava desconfortável. Enquanto Dinah Lance era um membro valioso da equipe, ela também era uma incessante paqueradora. Em outras circunstâncias, ele teria ficado lisonjeado e até pensaria se valeria a pena explorar isso. No entanto, ele não tinha certeza de como deixar Canário Negro saber que ele não estava interessado. Isso já estava complicando seu trabalho. Os outros haviam notado o interesse dela e estavam se perguntando por que ele estava se segurando. Considerando que ele estava envolvido atualmente com outro membro da Liga da Justiça, secretamente, claro, ele não poderia explicar isso a eles.

"Alguma missão nova pra hoje, chefe?" Ela perguntou, levantando uma sobrancelha bem cuidada. "Estou sempre pronta para fazer a ronda se você estiver interessado em se juntar a mim." Sua voz assumiu uma provocação, propositadamente numa melodia sedutora e ele simplesmente olhou para ela impassível.

"Você pode ficar na cola do Lex se estiver entediada", ele disse com um encolher de ombros. "Eu não acho que Bart esteja ocupado."

Ele jurou que ela estava quase fazendo beicinho.

AC estava olhando para ele como se ele fosse um idiota, mas realmente não queria continuar com esse assunto.

"Isso significa que você está ocupado, Chefe?" Ela perguntou, mastigando o lábio e olhando para ele através de seus longos cílios.

Oliver suspirou. "Muito." Ele se virou, tentando não franzir a testa ao quão perto ela estava.

"Fazendo o quê?" Ela perguntou em voz baixa.

"Ollie?" Uma voz chamou e ele se virou para ver Chloe de pé com algumas pastas em suas mãos. Ele escondeu bem seu alívio; atuação era uma habilidade que tinha dominado há muito tempo. "Nós estamos atrasados. Você está com o CD?"

"Sim", ele disse, antes de olhar para Dinah e dar tchau.

"Eu não ouvi nada sobre uma reunião."

Oliver olhou para ela. "Não era de conhecimento público. Você é um membro valioso, mas algumas coisas simplesmente não fazem parte do seu tipo de trabalho."

Franzindo a testa, ela olhou para ele incomodada enquanto colocava as mãos nos quadris.
Ela não disse mais nada enquanto ele passava pela porta dupla, em vez disso apenas suspirou antes de ir se sentar no sofá, cruzando as pernas e olhando melancolicamente pela janela. De alguma forma, estar na Liga da Justiça não era tão cheio de ação quanto ela esperava.

Bart acelerou, se sentando ao lado dela e se inclinando mais perto. "Ei mamacita", ele a cumprimentou, sorrindo.

Dinah revirou os olhos. "Eu estou ocupada."

Ele riu, estendendo a mão e acariciando seu rosto com o dedo indicador curvado. "Fazendo o quê? Além de falhar em conseguir a atenção do Ollie, quero dizer."

Ela olhou feio para ele.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição. "Só quero dizer... Talvez você esteja procurando no lugar errado." Ele piscou para ela encantadoramente.

Mas um segundo depois ele saiu, voltando para o que estava fazendo antes de decidir irritá-la. Ela soltou um suspiro pesado e se perguntou sobre a possibilidade de Bart estar certo.

Isso foi poucas horas antes de Oliver voltar para seu apartamento e ver que Dinah era a única que estava esperando por ele. Ela ficou desapontada ao notar o sorriso dele desaparecer ao vê-la. Seus sentimentos por Oliver tinham aumentado durante o último ano conforme trabalhavam juntos e ela estava honestamente surpresa que os sentimentos dele não parecessem retribuir os seus. Eles trabalhavam com as mesmas coisas, a justiça acima de tudo. Não tinham começado muito bem, mas ela imaginou que ele tinha deixado aquilo para trás. Ele pediu que ela se tornasse parte de sua equipe depois de tudo. Mas ainda a tratava como se fosse qualquer um dos membros da equipe e teimosamente evitada suas sugestões de querer algo mais. Durante um tempo ela pensou que poderia ser apenas porque ele precisava manter sua máscara de líder na frente do restante da equipe, mas ele não tinha feito qualquer indicação de querer mais fora da Liga também.

"Reunião longa", ela disse, levantando a mão para corrê-la através de seu cabelo loiro recém-cortado. Não havia necessidade de uma peruca quando estava dentro do apartamento. Com as janelas de vidro fumê, não havia nenhuma chance de alguém descobri-la.

"Era algo muito importante", ele disse, encolhendo os ombros um pouco enquanto deixava as chaves caírem no balcão mais próximo dele. "O que você ainda está fazendo aqui? Achei que já teria ido para casa." Ele parecia desconfortável e foi rápido em ficar fora do alcance dela ao caminhar pela sala.

"Eu queria falar com você. Normalmente eu não sou alguém que evita qualquer tipo de assunto e isso está começando a me incomodar." Ela inclinou seu quadril para um lado, levantando uma sobrancelha quando ele se sentou em uma poltrona e fez sinal para ela continuar. "Você vai ficar no modo líder ou pode relaxar pra isso?"

Ele deu um meio sorriso, divertindo-se com a sinceridade dela. "O que você precisa Dinah?"

Boa pergunta. Ela caminhou ao redor do sofá, mexendo os quadris. "É mais sobre o que eu quero."

Ele olhou para ela, os olhos quentes e castanhos dele olhando de maneira menos amigável naquele momento. Ele suspirou. "Nós trabalhamos juntos. E eu não quero misturar trabalho com prazer."

A boca dela se curvou em um sorriso. "Embora isso pudesse ser realmente prazeroso."

Ele fechou os olhos e balançou a cabeça. "Você é uma pessoa incrível Dinah, e um membro importante da minha equipe. Mas você e eu... Isso simplesmente não vai acontecer."

Ela franziu a testa. "Por quê?" perguntou séria, movendo-se para se sentar no sofá, uma de suas pernas dobradas embaixo de si. "Por causa da Lois?" Ela perguntou, erguendo uma sobrancelha e apertando os lábios.

Ele balançou a cabeça. "Lois e eu terminamos há muito tempo e isso não vai mudar. Mas...” Ele se recostou na cadeira. "Eu estou vendo alguém. E eu me importo com ela. Muito."

Ela ergueu as sobrancelhas com a surpresa. "Será que ela sabe sobre o couro verde?" O segredo dele, assim como todo o resto, era o que geralmente o impedia de ficar sério com alguém. Ele precisaria de muito tempo para compartilhar sobre isso com alguém e ela sentia que seu conhecimento provavelmente a tornava uma forte candidata na lista dele.

Ele assentiu. "Ela sabe sobre tudo e me apóia."

Dinah assentiu fortemente, se levantando do sofá. "Você está disposto a apresentá-la à Liga a qualquer momento, então, Chefe? Segredos podem ser ruins quando guardados por muito tempo.". Foi malicioso, quase como se ela estivesse balançando o segredo dele à sua frente. O que ele supôs ser um mecanismo de defesa.

Ele a encarou, sua expressão ilegível. "Esse relacionamento é importante para mim. Nós o mantivemos sob sigilo por razões de segurança. Eu aprecio o seu silêncio sobre o assunto."

"Voltou a ser o Oliver sério de sempre", ela brincou, sua boca se curvando em um sorriso.

Ele passou a mão pelos cabelos de maneira distraída e ela observou o movimento com um pouco de tristeza. Ele era um homem muito bonito e ela esperava que pudesse haver alguma coisa entre eles.

"Espero que isso não vá causar problemas para você permanecer na Liga", ele disse honestamente.

"Justiça e minha vida amorosa estão muito separadas." Ela encolheu os ombros. "Eu continuo a dizer que seria ótimo, no entanto."

Ele simplesmente lhe deu um meio sorriso, sem parecer totalmente convencido.

Com um adeus suave, ela deixou o apartamento dele e saiu sob o céu. Ela voltou para seu apartamento quieta, se sentindo um pouco vazia. Em qualquer caso, valeu a pena uma tentativa. Era amor? Ela não sabia, mas duvidava disso. Ela não foi capaz de chegar perto o suficiente para realmente entender Oliver Queen a fundo. O que ela conhecia era a personalidade reservada e impassível que ele mostrava como líder de um grupo de heróis. Ela não o conhecia de verdade, não sabia sobre o sorriso distante dele. Ou como ele era quando sorria plenamente. Ela queria saber e enquanto esperava amanhecer, decidiu que seria bom investigar um pouco mais. Teria que ver se essa namorada dele valia a pena ou se realmente existia, ver se ele estava apenas com medo de ficar mais próximo dela.

Ela passou quatro semanas seguindo-o. Ele fazia um monte de trabalho chato durante o dia, reuniões e telefonemas de trabalho e papel empilhado até o teto. Algumas dessas ligações, porém, não estavam tão relacionadas com negócios. Ela poderia notar pelo sorriso dele enquanto falava ao telefone. Ela pegou algumas frases perdidas aqui e ali, mas era difícil flagrar um cara que conhecia todos os truques desse negócio. "O que você está vestindo?" Ela tinha ouvido uma vez e, em seguida, ele deu risada. "Não, não se troque. Eu estarei aí em breve. Eu tiro pra você."

Havia também as chamadas menos sensuais, mas ainda eram íntimas, de uma forma que ela ficou com bastante inveja. "Claro que eu comprei mais café, procure no armário... Não, o outro." Ele balançou a cabeça, girando os olhos enquanto sorria. "Eu já deixei você sem café?" Ele riu. "Uma vez. E eu te recompensei, não foi?"

Não foi até a segunda semana que ela realmente viu os dois juntos. Havia levado algum tempo até descobrir, para seu grande desgosto. Mas uma vez que ela soube, tornou-se muito mais óbvio. Eles estavam todos em uma reunião da Liga, o grupo de pé esperando as instruções. Oliver saiu de seu escritório, acenando para todo mundo. Quando ele passou pela loira, seus dedos permaneceram no pulso dela, acariciando levemente, os dedos deslizando para baixo e o indicador acariciando a palma de sua mão. Mas então ele foi falar com a Liga como se nada tivesse acontecido, seu toque, pequeno e íntimo passou despercebido por todos, menos por Dinah, que fez o seu melhor para não olhar feio para a jovem que estava de pé, esperando para passar as instruções sobre a missão.

Ela deveria ter percebido isso antes, eles estavam passando muito tempo juntos. Era ela quem ele procurava quando precisava de ajuda com a maioria das coisas. Eles brincavam confortavelmente entre si de maneiras que parecia natural entre amigos, embora ela houvesse notado, mais recentemente, que existia uma química sexual. E ele a tocava muito mais do que ele fazia com outras pessoas. Oliver não era um cara de muito contato físico com o resto da equipe, mas com ela, ele estava sempre apoiando a mão na parte baixa de suas costas ou colocando o cabelo dela atrás da orelha. E o sorriso que ele lhe dava era diferente do resto, mais quente e real. Ela sempre o fazia rir, uma risada que fazia o estômago de Dinah revirar enquanto desejava poder arrancar isso dele.

A prova mais contundente foi quando eles saíram da reunião, no entanto. Todo mundo tinha planos, e foram se separando para ir onde quer que precisassem estar. Oliver não vacilou quando mencionou que tinha um assunto urgente de forma que poderia encontrar sua amante secreta e deu uma desculpa simples e depois saiu, sem ninguém saber para onde ele ia. Mas, enquanto Dinah caminhava pela rua, disfarçada com uma peruca vermelha e um casaco, ela podia ver a forma como o casal se dirigia um para o outro. Eles se aproximaram em público aos poucos. A mão dele se estendeu, caindo para a parte baixa das costas dela e correndo pelo seu quadril enquanto caminhavam. E ela ergueu a mão, parando-a ao seu lado por um momento antes de corrê-la ao longo das costas dele, esfregando seu ombro enquanto conversavam e, finalmente, parando confortavelmente ao lado dele, um dedo preso no bolso de seu paletó. Ele se abaixou para falar com ela, como se tentasse evitar o resto do mundo. Sussurrando contra sua orelha, ele pressionou o rosto contra o cabelo dela e avançou até sua têmpora, o sorriso dele aumentando enquanto olhava para baixo suavemente antes de beijar o topo da cabeça dela. Eles pararam para jantar onde tocaram as pernas um do outro debaixo da mesa e trocaram brincadeiras.

Ele levantou sua taça de vinho, tomando a bebida, os olhos fixados calorosamente em sua acompanhante. "O que você tem planejado para esta noite?"

Ela sorriu para ele, a cabeça pendendo para um lado. "Eu tenho planos muito importantes."

Ele sorriu um pouco. "Sério?"

Ela assentiu com a cabeça, mordendo um lado da boca. "Não posso cancelar." Ela levantou um ombro. "Esse cara com quem eu estou saindo tem muito pouco tempo livre. Tão pouco que nós tentamos aproveitar tanto quanto possível."

Ele balançou a cabeça. "Parece uma chatice. Você deveria largá-lo."

Ela gargalhou e Dinah ficou muito triste ao ver que a risada dela fez os olhos de Oliver brilharem ainda mais. "Ele compensa isso", ela assegurou.

Um sorriso se formou na boca dele. "Então o que vocês fazem durante este período, com o pouco tempo que vocês têm"?

Sua acompanhante franziu os lábios, levantando uma sobrancelha. "Um pouco pessoal, você não acha?"

Ele sorriu, encolhendo os ombros ligeiramente. "Você me diz."

Ela se inclinou para frente e Dinah pôde ver seu pé deslizando para cima da perna de Oliver lentamente, o calcanhar dela escorregando para baixo, deixando os saltos esquecidos no chão. Seu pé chegou facilmente ao colo dele, acariciando sua coxa algumas vezes antes de esfregar a evidência de sua excitação. "Nós geralmente jantamos neste ótimo restaurante, no qual ele me trouxe no nosso primeiro encontro", ela disse, em voz baixa. A concentração dele ia escoando enquanto ele caía ligeiramente contra o encosto da cadeira, se inclinando de prazer com os movimentos que ela fazia.

"E então?" Seu tom era um pouco ofegante.

Ela sorriu. "Às vezes vemos um filme, damos um passeio no parque, ou apenas ficamos juntos depois de tanto tempo separados." Ela se inclinou para trás na cadeira, erguendo uma das mãos, os dedos apoiando o queixo. "E quando paramos de fingir que nós não queríamos ir logo para o quarto desde que nos vimos, nós finalmente transamos."

"Soa como um longo percurso", ele murmurou, seus olhos semicerrados.

"Conforme a ocasião, nós vamos direto jantar em casa," ela admitiu em um sussurro, como se ele não soubesse.

"Qual é o plano para esta noite?" Ele perguntou com voz rouca.

Ela apertou os olhos enquanto levava a taça de vinho aos lábios. "Você me diz."

Oliver levantou a mão. "A conta."

Ela sorriu.

Dinah franziu a testa.

Enquanto caminhavam o pequeno trajeto de volta para o apartamento dele, ela viu seus pequenos toques tornarem-se mais carinhosos. No vazio escuro da rua, ele não hesitou em beijá-la. E havia óbvio calor na união de seus lábios contra os dela. As mãos de sua amante agarraram a frente de seu casaco, enquanto ele deslizava as mãos pelas costas dela, segurando-a com força em volta dos quadris e puxando-a para cima em direção a ele. Ele a embalou em seus braços, levantando-a do chão e rindo contra os ombros dela, enquanto ela passava os braços em volta do seu pescoço e ele a carregou pelos últimos passos até a Torre do Relógio. Eles pareciam felizes juntos; suas risadas, sua conversa, suas mãos que pareciam passear em todos os lugares. Mesmo de longe, Dinah podia sentir o calor entre eles, o conforto que encontravam um no outro.

Ela não tinha ideia de quanto tempo eles estavam juntos, mas eles eram muito bons em esconder de todo mundo. Nem mesmo os tabloides tinham conseguido saber deles e fazê-los em pedaços e havia muito com o que trabalhar. Até onde ela podia dizer a Liga não sabia de nada; Oliver era bom em manter segredos e assim era sua namorada. Tudo parecia uma parceria de trabalho duro e genuíno entre dois inteligentes heróis. E não era só para se aliviarem com sexo, não tanto quanto desejava que fosse. Oliver ficava mais feliz com ela, mais à vontade. A personalidade rude dele derretia quando estava com ela. Seu sorriso se alargava, seu riso era estrondoso, seus olhos calorosos. Ele era Ollie para ela, não o Oliver Queen ou Arqueiro Verde. E ela era simplesmente dele.

Durante duas semanas, ela os observou com um olhar crítico enquanto eles conversavam, faziam compras, falavam sujo, brincavam de heróis, brincavam de amantes, e eles se encaixavam. Sua afeição por Oliver era nada perto do que ele sentia pela menina que passava a noite nos braços dele, em seu coração. Ele não iria parar o que estivesse fazendo para comprar sua marca preferida de café e estocá-la nos armários, como se fosse a cura para câncer, não como ele fazia para sua bela loira. Enquanto Dinah era um membro valioso da Liga da Justiça, sua namorada era alguém que ele valorizava verdadeiramente. E ela podia ver que tanto quanto ele poderia se preocupar em salvar o mundo e criar uma equipe de pessoas poderosas para ajudá-lo a fazê-lo, ele não iria sacrificar tudo o que tinha por causa disso. Ele mantém sua bela em segredo, porque ele não quer perdê-la; não quer que ela seja usada contra ele se alguma coisa acontecer. E ele está certo. Ela já tinha inimigos suficientes; ter seu nome ligado ao Arqueiro Verde só iria colocá-la alguns degraus acima na lista dos assassinos.

Ela era melhor que Lois, Dinah tinha que admitir. Sua afeição por Oliver a fez parar para prestar mais atenção nela, apesar de tudo. Mesmo sabendo que não havia competição, ela ainda se sentia como se tivesse que ser forte diante de uma derrota. Tinha acabado antes mesmo de começar. Ele nem tinha considerado a possibilidade, não realmente. Ele tinha sua outra metade e Dinah não tinha sido mais que uma hipótese passageira no esquema das coisas românticas. Deveria estar doendo, mas testemunhar a relação deles tinha deixado tudo um pouco dormente.

Mais uma reunião a tinha deixado cara a cara com eles novamente, observando como todo mundo passava, ignorando os dois e o afastamento deles da Liga.

"Então, Chloelicious, você quer se juntar a mim para comer alguma coisa esta noite?" Bart a chamou enquanto puxava sua mochila, se preparando para deixar a Torre do Relógio.

"Por mais tentador que pareça, eu já tenho planos", ela disse, sorrindo.

"Faça como quiser, linda", ele disse, sorrindo. Ele se foi num piscar de olhos, sem ressentimentos por causa da rejeição.

"Eu também tenho que ir. Eu tenho um encontro”, AC anunciou, parecendo bastante presunçoso. "Sempre bom ver você, Chloe", ele disse, acenando para ela. "Vou deixar esses arquivos com você amanhã, Ollie”. Ele se virou para Dinah e sorriu para ela amigavelmente antes de seguir para a saída, assobiando alguma coisa baixinho.

Victor e Clark estavam tendo um profundo debate do outro lado da sala e assim não viram quando Oliver se aproximou de Chloe. "Planos?"

"Isso mesmo", ela disse calmamente, seus olhos se voltando para observá-lo descaradamente. "Estou brincando de pega e está com você. Pegue-me se puder." As mãos dela se movendo sobre o estômago dele em um toque intimista antes de colocar a bolsa no ombro e acenar para os outros dois rapazes. "Vejo vocês em breve."

"Noite, Chloe", Clark falou.

"Ei, eu queria falar com você sobre um problema do disco rígido", Victor disse.

Ela apontou para ele. "Passe aqui na Terça e eu serei toda sua."

Ele piscou. "Pois bem, não me tente", ele brincou.

Ela riu conforme acenava de volta para eles e entrou no elevador.

"Nós estamos saindo para comer alguma coisa. Você vem, Oliver? Dinah?" Clark perguntou, virando-se para eles.

Dinah assentiu. "Vá em frente. Eu te encontro lá."

"Ótimo. Restaurante da esquina, você sabe qual?”

"Logo eu apareço por lá."

Os dois se retiraram e mais uma vez Dinah se viu apenas com Oliver.

Ele olhou para ela, erguendo uma sobrancelha. "Algo que você queria falar?"

As mãos dela encontraram os quadris e ela caminhou devagar, correndo os olhos sobre ele especulativamente. Ele parecia alheio ao olhar dela, arrumando alguns papéis, os olhos indo para o relógio a todo segundo. Ele simplesmente não podia esperar para se encontrar com ela.

"A repórter, hein?" Ela disse sem rodeios.

Ele parou as mãos e olhou para baixo por um momento antes de finalmente levantar a cabeça e colocar os olhos sérios sobre ela. "Eu a amo", ele disse simplesmente.

"Eu sei", disse ela calmamente.

"Sinto muito", ele disse, franzindo a testa.

"Não. Você não sente”, ela disse, balançando a cabeça com um riso um pouco duro. "Mas eu entendo."

Ele simplesmente balançou a cabeça antes de cruzar os braços sobre o peito, como se esperasse ela começar a interrogá-lo. Ela não tinha planejado isso, mas havia perguntas que ela queria respostas.

"Quanto tempo?"

"Desde antes mesmo de eu conhecer você", admitiu.

Sua mente voltou àquela noite, a forma como ele apareceu para salvar o dia e a repórter em perigo. Ela achava que ele estava atrás dela por causa do disco, mas enquanto refletia agora, percebeu que ele estava correndo para Chloe depois que ela tinha caído. Ele foi rápido para se certificar que ela estava bem, todo o resto não tinha sido nada em comparação. Ainda assim, ficou surpresa por ele ter sido capaz de esconder isto por tanto tempo. Mais de um ano agora, muito tempo para um cara como ele.

"E ninguém sabe?" Ela perguntou, levantando uma sobrancelha.

Ele suspirou. "Clark sabe." Ele encolheu os ombros ligeiramente. "Uma interrupção infeliz que eu tenho certeza que ele preferia esquecer."

Ela teria achou divertido se tivesse sido outra pessoa. "Lois?"

Ele balançou a cabeça, limpando a garganta. "Uma complicação, eu sei. Nós deveríamos contar a ela, mas..." Sua mandíbula travou. "Ela não é a maior guardiã de segredos e eu sinceramente não quero que nosso relacionamento chegue ao fim, porque uma vez eu peguei a prima errada, para começar."

Dinah balançou a cabeça, lambendo os lábios. "Então..., o que ela significa?"

Ele olhou fixamente para ela, aquela postura impassível se desfazendo enquanto sua boca se curvava para os lados com um verdadeiro sorriso Ollie. "Ela significa tudo."

Dinah escondeu o tremor.

"Como você descobriu?"' Ele perguntou, com o cenho franzido.

"Para um homem com uma vida como a sua, você deveria aprender a manter os olhos mais atentos ao redor do ambiente. Foi mais fácil ficar na sua cola do que eu esperava", ela admitiu sem nenhum remorso. "E essas suas mãos falam mais do que você imagina."

Ele parecia bastante divertido. "Obrigado pela dica, vou tentar mantê-las para mim a partir de agora."

Ela sorriu. "De alguma forma eu duvido."

A boca dele se curvou em um sorriso, mas não demorou muito quando ele se virou para olhar para o relógio. "Está ficando tarde...”

"E você tem um jogo de pega para ir", ela terminou, balançando a cabeça.

Ele ergueu as sobrancelhas de leve com a surpresa, mas disfarçou rapidamente.

"Estou feliz por você", ela disse a ele enquanto pegava o casaco e o vestia. "Pode não parecer agora, mas eu estou. Eu acho que você poderia dizer que é um pensamento reconfortante que até mesmo pessoas como nós, podem desfrutar de alguma normalidade”. Ela deu de ombros, puxando o cabelo escuro da peruca debaixo da gola do casaco. “Isso é raro. Você deveria se agarrar a isso enquanto puder."

Ele assentiu. "Eu vou."

Ela enfiou as mãos nos bolsos, balançando os quadris enquanto andava. "Você sabe que se ela não fosse boa o suficiente para você, eu iria fazer você ver o erro que estava cometendo", ela o informou, inocentemente.

Ele levantou uma sobrancelha. "E qual é o veredicto, Senhorita Lance?"

Ela deu um meio sorriso. "É inegável, me dá até medo." Ela balançou a cabeça. "Vocês são ótimos juntos."

O rosto dele suavizou como se soubesse o quão difícil deve ter sido para ela admitir uma coisa dessas. "Obrigado."

"Não espere que eu seja tão suave no futuro, Queen." Ela deu um sorriso bastante sedutor que era natural dela. "Todos nós temos nossa própria importância por aqui e namorada ou não, é melhor vocês dois continuarem unidos."

Ele riu suavemente, balançando a cabeça e concordando.

Ela ficou séria por um momento. "Ela vai ser sempre a sua fraqueza. Lembre-se disso."

Ele inclinou a cabeça em reconhecimento e Dinah sentiu como se tivesse dito tudo o que precisava ser dito. Ela caminhou até o elevador balançando seus quadris. Parou quando ouviu a voz dele atrás dela.

"Ela é minha força também." Seus olhos escuros perfuram os dela e ela sabia que ele não estava falando da boca para fora. Chloe Sullivan poderia levantá-lo ou derrubá-lo e neste momento, ela o estava levantando.

Olhando para trás, para ele, ela ergueu o queixo. "Eu sei." Com isso, ela saiu, sabendo que tudo o que poderia ter havido entre ela e Oliver nunca aconteceria. Ele estava melhor com a mulher que o mantinha na linha, ela sabia disso agora. Ela esperava encontrar alguém indigno e provavelmente incapaz de lidar com o estilo de vida que ela e o resto da Liga tinham. Em vez disso, ela se deparou com a única menina de fora que realmente poderia compreender todos os segredos e guardá-los. Ela concluiu que poderia haver amor em um mundo onde o bem tinha que se esconder atrás de máscaras, enquanto o mal se mantinha as claras com um maço de dinheiro para mantê-los no topo do mundo. Seu coração não estava partido, mas foi trincado. Ainda assim, havia um lado positivo. Ela não estava perseguindo um sonho impossível. Oliver não era dela e provavelmente nunca seria, mas a oportunidade estava lá fora, ela só tinha que encontrar sua 'Chloe'. Enquanto caminhava pela rua em direção ao restaurante, ela rapidamente se perguntou o que Bart estaria fazendo. Ele era pateta e um tanto extravagante de um modo inteiramente muito adorável. Ele não fazia o tipo dela. Mas então, talvez o tipo dela não era quem ela deveria estar procurando.

Suspirando, ela abriu a porta do restaurante onde muitas vezes se juntava aos membros da Liga da Justiça para um jantar tardio. Lá fora, notou Oliver andando pela rua, com o celular e um sorriso familiar no rosto. Pelo menos dois deles estavam felizes.

"Hey mamacita, aqui", ela ouviu a voz de Bart chamar.

Revirando os olhos, ela se virou e caminhou em direção à mesa, sorrindo interiormente com a maneira como todos os três homens à mesa olhavam para ela com olhos interessados. Ela não podia ter Oliver, mas ainda podia escolher outro, e que grupo delicioso havia ali.

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9 comentários:

  1. Vinicius, muito obrigada por essa fic, adorei, nunca tinha lido!!!!! Excelente escolha e tradução maravilhosa... Parabéns!!!!!!

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  2. olha, confesso que quando comecei a ler e vi que era sob o ponto de vista da Dinah pensei 'afffffffffffffffffff'...
    Mas a história é fantástica! A autora conseguiu deixá-la mais 'gente' e menos 'vaca'... huahauhauahauahauahua E afinal, não dá pra competir com a Chloe, querida1 #irônica
    Valeu pela tradução, Vinícius!

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  3. Nunca pensei que uma fic com o ponto de vista da Dinah poderia ser tão boa. Mas foi, é!!
    Adorei!!! Cada detalhe e observação.

    Preciso nem dizer que foi uma ótima escolha. Preciso Vinicius??
    OK!Ótima escolha!!!

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    Respostas
    1. Valeu Roberta!!! Fico feliz que gostou. Dinah surpreendeu com esse ponto de vista hein... rs

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  4. Que bom que gostaram Sofia e Ciça.
    Quando comecei a ler e vi que a Dinah era a protagonista fiquei em dúvida se valeria a pena traduzir, mas a autora conseguiu mostrar a perspectiva dela de maneira um pouco mais sensível do que eu esperava.
    E Chloe é Chloe! hehe
    ............................
    Acho que ainda hoje consigo terminar de traduzir outra, enredo conhecido e banner muito bom :D

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  5. Vinicius, só fazendo a gente passar mal com suas escolhas, cada uma mais perfeita que a outra... parabéns!!!!!


    Edicleia

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  6. Verdade, Vinicius, só você pra encontrar essa pérola me fazer ler uma fic com a Dinah e me fazer gostar dela, e até ficar com um pouquinho só de dó, só um pouquinho, rs... adorei ler o relacionamento Chlollie do ponto de vista de outro personagem, mesmo sendo a Dinah... Como todo mundo já disse, arrasou na escolha, e oba, tem mais? uhuhuhuhuhuhuuh

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  7. Nunca gostei tanto da Dinah como nesta fic (Ok!Só entre nós, tá! Pois é provável que nunca mais aconteça) rs
    É fantastico, esta fic só mostra como Chlollie é perfeito, que até a Dinah percebeu... e amei Oliver dizendo que Chloe mesmo sendo (segundo a Dinah) seu ponto fraco, era também sua força... Lindooo, Ollie!!! *-*

    Mais uma vez, obrigada Vinicius!
    E tem mais é... bom, muito bom!

    GIL

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  8. Obrigado Edicleia, Heloísa e Gil. Verdade gente, nem deu para ter raiva da Dinah aqui ;) e Chlollie encaixa tão bem que não tem como os outros não admitirem isso rs

    Acho legal o relacionamento deles pelos olhos de terceiros. É sempre muito cercado de detalhes...

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