14.7.12

In Our Hands (1/27)

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Título: Em Nossas Mãos
Resumo
: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora
: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Ele preferia estar encarando o cano de uma arma agora, o desejo passageiro atravessou sua mente enquanto tomava o último gole de champanhe. Essas festas, esses bailes e eventos de caridade, não eram ele. Eram parte da fachada que ele tinha que manter como o herdeiro Queen. O problema não era a caridade ou a doação de dinheiro -- e sim as pessoas que vinham no pacote, todos os políticos com segundas intenções e esnobes cheios da grana que queriam ganhar ainda mais pareciam preencher o salão de baile, só para fazê-lo se sentir ainda mais sufocado que nunca.

Ele era pelo menos confortado pelo fato de que normalmente não estava sozinho. Mais do que uma vez no último ano ele esteve acompanhado por sua (termina e se reconcilia) namorada loira e parceira na luta contra o crime: Dinah Lance. Mas ela não estava no baile com ele desta vez. Mais cedo ela tinha ligado pra ele depois de sua reunião de negócios, para informá-lo que chegaria elegantemente atrasada esta noite, principalmente por causa de uma chamada envolvendo seu couro preto e meias arrastão. Mas ela prometeu vestir algo mais apresentável do que isso quando chegasse.

Isso o deixou sozinho com os tubarões, então ele sorriu para algumas fotos rápidas quando chegou. Ele imediatamente assinou sua doação para as crianças do Hospital Infantil de Star City, e então se jogou num canto, passando pelo bar e pegando uma taça de champanhe para beber. Ele tinha acabado sua quarta taça depois de escapar para a varanda, observando os vários grupos que ele desejava evitar o maior tempo possível à distância. Das discussões políticas ignorantes, as senhoras ricas trocando a última fofoca escandalosa em uma mesa, as socialites que gostariam de chamá-lo pra dançar a música chata que a banda estava tocando, aos entusiastas alheios que enrolavam no outro canto da distração desta noite; algum médium ou coisa assim, e ele se assegurou de ficar bem longe de todos.

Checando seu telefone pela sexta vez em menos de meia hora, ele esperava alguma mensagem ou ligação que solicitasse sua ajuda e fosse sua salvação, mas aparentemente o Arqueiro Verde não era necessário esta noite, então ele suspirou e guardou o telefone no bolso interno do casaco. Procurando ao redor por algum sinal da chegada de Dinah.

Foi quando alguma coisa chamou sua atenção pelo canto do olho e ao invés, foi ela que ele viu. A multidão de crentes intrigados pareceu se afastar da mesa do médium, e o chapéu alto chamou sua atenção. Ele não a via há anos. Mas ela parecia exatamente a mesma, desde o longo cabelo preto até a tradicional vestimenta preta e branca. Pelo menos até Dinah chegar ele teria alguma companhia para evitar que ele ficasse entediado ou asfixiado.

Sorrindo com diversão, ele saiu da varanda e atravessou a multidão, se esquivando de qualquer um que pudesse pará-lo pra bater papo. Ela não o tinha visto até que ele estivesse a seu lado, mas não parecia nem um pouco surpresa ao vê-lo ali esta noite.

"Oliver Queen", ela deu um risinho, olhos de ébano dançando com deleite.

"Zatanna Zatara..." Ele cumprimentou. "Eu não te vejo desde..."

"Que você desperdiçou aquele pedido de nunca ter nascido fabulosamente rico?" Ela interrompeu, um olhar zombeteiro pra ele.

Ele riu e deu de ombros. "Bem, seria legal ficar livre dos paparazzi por um tempo."

Ela ergueu uma das sobrancelhas. "Como isso está funcionando pra você?"

Oliver balançou a cabeça; honestamente, o preço era caro. Depois que a imprensa lançou alguns rumores sobre Oliver Queen comprando um anel na joalheria Tiffanys, fotos dele e Dinah estavam sendo publicadas toda semana na capa de revistas e jornais das costas leste e oeste, exceto pelo Planeta Diário. O que ele suspeitava era mais devido as suas conexões do que ao fato deles não terem provas reais na época.

Mas eles tinham oficializado há duas semanas atrás, e embora ele tivesse gostado de ter Lois Lane e Clark Kent assinando a entrevista das iminentes núpcias, Lois disse que seria incrivelmente estranho uma ex-namorada escrevendo o artigo e Clark disse estar muito ocupado combatendo o mal e corrupto lunático careca. O que deixou o artigo ser coberto por um repórter respeitável que trabalhava para a Gazeta de Star City. Infelizmente, a validação de um casamento Queen não fez os paparazzi se afastarem. No mínimo, as fotos deles estavam espalhadas pelas manchetes ainda mais.

"Estamos lidando", ele respondeu honestamente num tom cansado.

Zatanna assentiu e se inclinou sobre a mesa em que vinha trabalhando sua mágica antes. "Você gostaria que eu lesse o futuro e dissesse se os tabloides estão certos ou não?"

Rindo, ele balançou a cabeça. "Não, obrigado... Falando em adivinhar o futuro, o que você está fazendo aqui? Achie que você fosse mais do tipo de mágica Abracadabra?"

Ela deu de ombros. "Existem vários tipos de mágica... e em ordem de ser uma verdadeira mestre da magia eu tenho que me familiarizar como todos os tipos."

Oliver ergueu uma sobrancelha. "Leitura de mãos? Sério?"

"Você está sendo cético, Sr. Queen?" Ele podia ver o desafio no sorriso dela.

"Eu prefiro cínico", ele a corrigiu. "O que você possivelmente aprenderia com a leitura das mãos que te ajudaria a se tornar mestre da magia?"

Voltando a se sentar, ela olhou pra ele como um gato que tinha pego seu rato. "Meu pai disse pra conhecer o inimigo e a leitura das mãos é uma fonte muito rica para se conhecer as pessoas."

Ele deu um risinho. "E que inimigos você tem aqui esta noite? É o Sr. Hampton? Ou o Sr. Gatewaters?" Ele assentiu com a cabeça na direção do velho viúvo e do poderoso político.

Zatanna balançou a cabeça, mas não achou graça na resposta. "Eu esta usando mais como prática esta noite."

Oliver colocou os dois braços na frente enquanto se inclinava sobre a mesa para olhar pra ela. "Então sua adivinhação sobre meu futuro pode não ser muito precisa..." Ele brincou.

"Não é adivinhação, e não é só seu futuro. Eu serei capaz de ler seu passado e presente também." Ela estendeu a mão, gesticulando para ele se sentar. "Por favor, me agrade."

Ele a estudou por um momento, e então correu os olhos ao redor da sala, ainda sem encontrar nenhum sinal de sua companhia atrasada; ele cedeu e puxou a cadeira para se sentar de frente pra ela. "Eu vou te agradar só desta vez."

"Excelente", ela se animou. "Agora, qual é sua mão dominante?"

Oliver zombou. "Quer dizer que seus novos poderes não podem te mostrar isso?" Ela olhou feio pra ele em resposta e ele tossiu. "Eu sou destro."

Ela puxou a mão direita dele com força, virando-o na sua direção. Depois de examiná-la silenciosamente por dois minutos, ela traçou a linha entre seu dedo indicador e seu polegar, a forma de um arco, descendo até o pulso. "Essa é sua linha da vida", ela o informou.

"É só isso que diz?" Ele olhou pra ela perplexo.

Estreitando os olhos ela ignorou seu ceticismo. "É longa e profunda, o que indica força e longevidade."

Ele grunhiu. "Essa não é uma resposta típica?"

"Também há pequenos círculos e quebras na linha, simbolizando hospitalizações, ou ferimentos, e mudanças repentinas em seu estilo de vida."

"Palpite de sorte", ele ergueu um ombro duvidando. "Mas dado o seu conhecimento de todos os aspectos do meu estilo de vida, eu tenho certeza que não é coincidência."

Continuando a ignorar as provocações, ela continuou, traçando uma nova linha de seu indicador até o dedo mínimo. "Essa é a linha do seu coração, e as ondas e curvas implicam muitos relacionamentos e amantes."

Ele riu mais alto. "Pra saber isso basta ler a última revista de fofocas."

"Bem, pelo menos está tudo certo até agora", ela respondeu sorrindo antes de olhar para a mão dele. "Interessante... Você tem uma linha do destino."

Ele jogou a cabeça para o lado, confuso. "Ok...?"

"Nem todo mundo tem", retornando a atenção para a linha e continuando sua tarefa. "Hmm... nunca vi uma igual a esta antes."

Ele não sabia o que dizer. Tossindo, perguntou nervosamente, apesar de sua falta de fé. "Isso é bom ou ruim?"

"Por que isso teria importância, Sr. Cínico?" Seu sorriso pareceu ir de orelha a orelha.

"Como eu vou avaliar sua leitura se você não me informa de todas as suas descobertas?" Ele perguntou, seus olhos brilhando com diversão.

Revirando os olhos, Zatanna se concentrou na palma da mão dele. "É uma linha profunda, indicando que você é fortemente controlado pelo destino, mas ao mesmo tempo há quebras e mudanças de direção... O que significa que você tende a mudar muitas coisas por forças externas."

"Isso soa confuso", ele concluiu, incerto de como decifrar esse significado.

Zatanna assentiu. "Sim." Virando a mão dele para o lado para inspecionar as linhas bem abaixo de seu dedo mínimo, ela lhe deu um sorriso caloroso. "Pelo lado bom, você tem um relacionamento maravilhoso com seu filho, assim como vai acontecer com as outras crianças que você vai ter."

Semicerrando os olhos, ele tentou determinar se ela estava ou não brincando. Quando ela soltou sua mão, ele percebeu que ela não estava. "Ah ha! Viu? Não é uma ciência precisa afinal, eu não tenho nenhum filho."

Franzindo levemente a testa, ela pareceu surpresa com o comentário dele. "Então acho que vai ter."

Ele ergueu uma sobrancelha. "Como você pode saber se eu vou ter um menino ou uma menina?"

Girando o pulso dele mais uma vez, ela traçou uma fina linha. "Esta é um linha fina, indica herdeiro masculino."

Oliver abriu a boca para fazer outra pergunta, quando uma mão foi pressionada contra seu ombro. "Você não a está subornando para jogar um feitiço em mim por estar atrasada, está?" Sua namorada brincou. Embora ele supostamente devesse chamá-la de noiva.

Olhando para a mulher que ele tinha pedido em casamento enquanto pulava de um prédio em chamas, ele deu um risinho em resposta ao seu sorriso dissimulado. "Embora eu devesse pedir pra ela enfeitiçá-la, eu prefiro deixar você me devendo essa."

Levantando-se para beijá-la, desejando não ter atraído muita atenção dos muitos olhos curiosos e bisbilhoteiros, seus próprios olhos viajando pelo que ela tinha declarado ser uma roupa mais adequada; um simples vestido preto, com uma fenda sexy começando do pé até metade da coxa.

"Eu tenho certeza que você prefere", Dinah concordou, passando um braço ao redor dele.

"Cuidado com o jeito que você vai ter que me pagar", ele brincou. "De acordo com a leitura de mãos de Zatanna Zatara, vamos ter filhos."

"Oh?" Dinah deu um sorriso divertido na direção da outra mulher. "Você pode ver o futuro agora? Que encantador."

O canto do lábio de Zatanna tremeu levemente. "Quer fazer uma tentativa?"

Bufando, Dinah declinou. "Sem querer ofender, mas eu não acredito nesse tipo de coisa."

"Outro cético?" Zatanna balançou a cabeça. "Existem aliens por aí, guerreiras amazonas, e meta-humanos com habilidades raras e você duvida do destino? Tch."

"Você deveria tentar", Oliver disse enquanto empurrava Dinah na direção de Zatanna. "Porque se ela não conseguir ler sua mão, eu vou saber que ela só leu a minha porque conhece nossa história."

Suspirando, Dinah se sentou na cadeira que tinha sido ocupada previamente por ele e estendeu a mão.

"Esta é sua mão dominante?" Zatanna questionou antes de pegar a mão de Dinah.

Dinah assentiu. "Vamos acabar logo com isso."

Uma lista de respostas foram parecidas as que ela deu a Oliver. Dinah tinha uma linha da vida parecida, uma com mais ferimentos e hospitalizações que ele. Mas enquanto começava a desvendar as outras linhas, eles eram incrivelmente diferentes. Dinah não havia tido tantos relacionamentos, e ela também não parecia ter a rara linha do destino.

"Ok", Dinah disse, sem saber o que fazer das respostas de Zatanna. "Então quantos filhos vamos ter?"

Zatanna estreitou os olhos em concentração enquanto continuava a estudar a lateral da mão de Dinah. Houve um embaraçoso momento de silêncio apesar da música e da risada ao fundo, e então Zatanna soltou a mão de Dinah de repente. "Quer saber? Vocês dois provavelmente já tiveram charadas suficientes para uma noite."

Dinah franziu a testa. "Você acertou tudo até agora. Responda a pergunta."

"É, vamos", Oliver tentou arrancar a resposta dela.

Os olhos de Zatanna encontraram os azuis de Dinah por um momento antes de voltar o olhar para a mesa. "Parece que... você..."

Dinah ficou impaciente. "Desembucha."

"Você não vai ter filhos", veio a resposta.

Tanto Oliver quanto Dinah pareceram chocados momentaneamente, não achando mais a situação engraçada.

"Como é?" Dinah olhou feio. "Se essa é uma tentativa pra nos separar ou nos causar alguma dúvida, você está desperdiçando seus truques", levantando-se abruptamente, ela se virou para Oliver, pronta pra sair.

"Eu não estou inventando. Não existe linha de filhos na sua mão", Zatanna declarou.

"Você deve ter lido a minha errada", Oliver tentou racionalizar, oferecendo a Dinah um pequeno sorriso para acalmar sua raiva.

Pegando a mão dele, Zatanna estreitou os olhos sobre ela mais uma vez. "Não - eu te garanto. Eu li corretamente." Mordendo o lábio ela acrescentou, "e julgando pela interseção com sua linha do coração, ou relacionamentos prévios, eu diria que você já é pai."

Oliver franziu a testa e balançou a cabeça. "Receio que a leitura da palma da mão não é tão confiável como você achou."

"As palmas não mentem, Oliver", Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."

Piscando, ele tentou processar as palavras. "Isso é... impossível."

"Faça um favor a si mesmo e ligue para suas ex namoradas." Zatanna colocou uma mão no quadril quando se levantou, pronta para deixar a cena. "Porque alguém tem explicações a dar."

Antes que ele ou Dinah pudessem protestar, Zatanna desapareceu no meio de uma fumaça que deixou Oliver e Dinah tossindo.

Ignorando os xingamentos de Dinah enquanto ela tentava dissipar a fumaça ao redor deles, Oliver franziu as sobrancelhas concentrado enquanto tentava processar a informação que tinha involuntariamente recebido esta noite. Embora Oliver tenha sido um mulherengo quando jovem, e ele e Dinah estivessem sempre terminando e voltando nos últimos três anos, só havia um relacionamento sexual antes deles ficarem juntos.

Verificar a lista de ex namoradas não era um problema. Oliver só podia pensar em uma mulher que pudesse estrelar o papel de mãe de seu filho ilegítimo, que não tentaria arrancar nada dele. E era aí que residia o problema.

Chloe Sullivan desapareceu sem deixar sinal há quase sete anos atrás.

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Aviso: A história ainda não foi concluída pela autora, faltam dois capítulos; a última postagem foi feita em novembro do ano passado e segundo informações conseguidas no LiveJournal ela só deverá voltar a escrever por volta de setembro.
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Um comentário:

  1. Essa fic parece fantástica, mas meu medo é, e se ela abandonar e não concluir a história? Afinal, faz tanto tempo desde que ela postou, estou louca pra ler, mas com medo de nunca saber o final...

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