Título: Que a sorte esteja...
Resumo: Esta fic é baseada na série Jogos Vorazes, com um toque de Smallville. Nós usamos elementos dos livros e dos jogos, então poderá haver spoilers destes. Considerando a história de Smallville, segue os eventos até Doomsday.
Autoras: chloeas e dl_greenarrowResumo: Esta fic é baseada na série Jogos Vorazes, com um toque de Smallville. Nós usamos elementos dos livros e dos jogos, então poderá haver spoilers destes. Considerando a história de Smallville, segue os eventos até Doomsday.
Classificação: R
Respirando fundo, Chloe olhou feio para o sol vermelho, então para o centro do pátio, onde as pessoas estavam se alinhando e se posicionando. "É melhor irmos", ela disse, sua voz calma enquanto olhava de Clark para Lois e estendia uma mão para a prima. "Você consegue se levantar?"
Lois segurou a mão de sua prima, fazendo uma pequena careta enquanto se levantava devagar. "Sim."
"Devagar." Ela franziu a testa, aproximando-se. "Passa o braço ao meu redor."
"Eu posso ajudar", Clark ofereceu.
Chloe olhou pra ele e balançou a cabeça. "Você precisa ir para o seu lado, Clark."
"Eu estou bem", Lois disse a ele baixinho, olhando para a multidão em sua frente enquanto passava o braço ao redor dos ombros de sua prima para se apoiar. "Vemos você depois."
Clark hesitou e então assentiu. "Boa sorte." Ele disse às duas, antes de relutantemente ir até a fila dos homens.
"Não coloque o pé no chão, Lo", Chloe sussurrou, concentrando-se em sua prima. "Você não quer abrir o corte de novo."
Ela olhou de lado para Chloe e expirou, assentindo. "Vou fazer o possível." Ela mordeu o lábio inferior, caminhando instavelmente ao lado de sua prima até a fila das mulheres na frente do enorme palco que tinha sido erguido na frente da calçada do Distrito.
Chloe manteve o braço com força ao redor de sua prima enquanto lentamente iam para a fila, seu estômago apertado. Só queria que isso acabasse logo pra que ela e Clark pudessem levar Lois de volta pra casa e garantir que ela não se mexesse até os ferimentos que ela tinha agora, graças a um chamado Pacificador, curasse propriamente. Não sabia o que ia acontecer se ela ficasse ainda mais fraca.
"Bem vindos à Cerimônia de Colheita do Distrito 12!" Uma super animada apresentadora anunciou do palco, com um sorriso brilhante à triste multidão.
Seu estômago girou às palavras e Chloe balançou um pouco a cabeça. "Vamos logo." Ela murmurou, olhando feio para os kandorianos atrás da mulher. Os humanos que trabalhavam com eles eram piores que os próprios kandorianos.
"Eu amo como eles agem como se de fato houvesse algo a celebrar", Lois murmurou, sua mandíbula travada.
"E há, pra eles." Ela sussurrou. "Nos lembra que eles venceram."
"Bem, assim que eu melhorar, vamos voltar a discutir aquela coisa que estávamos planejando", ela disse baixinho.
"Lois", Chloe franziu a testa, "pára." Especialmente ali com tantos deles ao redor.
Ela olhou de lado para Chloe, fechando a boca e se forçando a prestar atenção.
"Vamos começar. Nós vamos sortear o nome da garota primeiro!" a mulher no palco disse entusiasmada.
Respirando fundo, Chloe se mexeu levemente para manter o peso de sua prima melhor distribuído e então se concentrou na mulher parada no palco.
"E nossa vencedora sortuda é... uma chamada Lois Lane!"
Lois sentiu todo ar deixar seus pulmões enquanto olhava para o palco.
O estômago de Chloe despencou e ela congelou completamente. "Não", ela disse ao sentir a prima começar a se mover. "Não", repetiu, desta vez para Lois antes de se virar para o palco de novo. "Eu sou voluntária!" Ela gritou um segundo depois antes de sequer perceber completamente o que estava acontecendo. Em seu estado, Lois não resistiria cinco minutos naquele lugar.
"Não!" Lois girou com uma expressão horrorizada. "De jeito nenhum!"
"Você não pode ir, não deste jeito", Chloe disse a ela, sua mandíbula travada enquanto lentamente afastava o braço que estava ao redor dela.
"Oh, uma voluntária! Que excitante!" A mulher anunciou no palco.
"Eu não vou deixar você tomar meu lugar nessa armadilha mortal", Lois sussurrou determinada, agarrando o braço dela. Havia cochichos ao redor, mas ela ignorou completamente, concentrando-se apenas em Chloe. "Você não tem treinamento nenhum!"
Quando um dos Pacificadores humanos agarrou seu outro braço e começou a arrastá-la, Chloe não lutou. "Eu vou dar um jeito", ela prometeu. "Não estou ferida."
"Não! Solte-a! Me leve no lugar!" Lois gritou, lágrimas caindo de seus olhos enquanto puxava sua prima para o outro lado o mais rápido que conseguia.
Chloe observou Clark fazer seu caminho até Lois e segurá-la a tempo antes que ela perdesse o equilíbrio. Ela manteve o olhar por um segundo, então se virou para o palco, soltando o braço e subindo as escadas automaticamente, sua cabeça girando.
"Bem. Temos nosso primeiro tributo, e ela é uma voluntária! Uma salva de palmas para..." A mulher parou, erguendo as sobrancelhas enquanto Chloe subia ao palco. "Qual seu nome?" ela sussurrou.
"Chloe Sullivan." Ela disse enquanto uma das pessoas do palco a posicionava à esquerda da mulher.
"Uma salva de palmas para Chloe Sullivan!" A mulher disse alegremente, sem parecer se incomodar com o fraco aplauso vindo da plateia.
Chloe não estava prestando atenção à multidão, ela estava observando Clark segurar Lois e puxá-la pra trás, mas permanecendo no pátio. Ela não tinha ideia do que estava fazendo, mas pelo menos podia correr e se esconder. Lois mal conseguia andar agora e Chloe nem sabia se ela aguentaria a viagem até o Capitólio a esta altura.
"Vamos sortear o tributo masculino!" A mulher começou a mexer o cesto para pegar um nome.
"Eu sou voluntário." A voz era calma, mas alta o suficiente para ser ouvida considerando o quanto a multidão estava silenciosa, a não ser pelo choro de Lois ao fundo.
Piscando, Chloe desviou o olhar de sua prima para os homens, ela não tinha ouvido um nome, só o voluntário, então franziu a testa enquanto tentava ver quem era o estúpido. Pelo menos ela estava fazendo isso pra proteger a prima.
"Quem disse isso?" a mulher perguntou, também procurando numa tentativa de ver quem tinha falado.
O homem deu um passo a frente, tirando o capuz verde da cabeça e olhando pra eles. "Fui eu."
Mesmo tentando manter o rosto imparcial, Chloe não conseguiu impedir um leve arfar quando viu quem era. Oliver Queen, ex-Arqueiro Verde. Alguém que não via há anos, muito antes de tudo ter acontecido. Mas aparentemente, ele estava por perto, observando e mantendo distância.
Sua mandíbula travou, ele manteve distância até surgir a oportunidade de se livrar dela, afinal. Porque essa era a única explicação lógica para ele se voluntariar depois dela, depois de todo esse tempo. Ela não tinha a mínima chance contra ele, mas isso não significava que não fosse lutar.
Ele subiu dois degraus de cada vez até estar parado no palco ao lado dela, expressão neutra enquanto olhava a multidão. Ele viu Lois e Clark ao fundo, os dois parecendo surpresos, e não tinha certeza se era pelo choque em vê-lo ou por ele ter se voluntariado. Olhou de lado para Chloe por um segundo, e quando ela não olhou pra ele, olhou pra frente mais uma vez. "Eu sou Oliver Queen", disse a mulher, que também parecia surpresa como Clark e Lois. Obviamente ela já sabia quem ele era.
"Bem. Isso é... nós temos dois bravos voluntários como nossos tributos este ano! Todos, vamos demonstrar nosso amor!" a mulher falou, olhos ainda arregalados.
Chloe ficou tensa quando ninguém se moveu ou aplaudiu, só ficaram olhando pra eles por um longo momento. Quando um casal começou a se voltar para encontrar seus amigos e familiares, ela finalmente olhou para a mulher. Pelo menos Lois estaria segura por mais um ano, disto pelo menos, ela desejava que Clark pudesse mantê-la desse jeito.
"Vocês terão uma hora para se despedir dos familiares..." A mulher parou por um momento, fazendo uma careta à sua escolha de palavras enquanto olhava para Oliver. "Ou amigos. E então tomaremos nosso caminho!"
Enquanto eram conduzidos ao prédio atrás do placo, Chloe respirou fundo e tentou se concentrar no que dizer a Lois e Clark quando os visse novamente, e não em quão rapidamente Oliver ia matá-la.
"Vejo você em breve", Oliver murmurou, seguindo a mulher para dentro do prédio, sem esperar por Lois ou Clark.
Chloe parou quando ouviu a voz de Lois, seu rosto entristecido, mas ela respirou fundo e se virou na direção da porta mais uma vez.
"Por que você fez isso?" Lois exigiu, seus olhos vermelhos de chorar.
"Você mal consegue andar, Lois." Ela sussurrou, balançando a cabeça. "Você sabe o que precisa fazer. Melhorar, então você e Clark trabalharão juntos."
"Não era assim que deveria ser. Isso não está certo." Sua voz repleta de emoção.
"Nada está", ela concordou, mantendo o olhar. "Mas eu não quero que se preocupe comigo, apenas se concentre."
Lois olhou para Clark com os olhos cheios de lágrimas, como se esperasse que ele dissesse algo que pudesse colocar algum senso em Chloe.
"Tome cuidado", Clark disse baixinho para Chloe, olhando para o corredor que Oliver tinha seguido.
Chloe prendeu a respiração e assentiu. "Tomarei, garanta que ela se cure." Ela disse a ele, olhando para Lois novamente.
"Farei isso", ele prometeu, passando os braços ao redor de Lois e engolindo em seco. "Chloe, eu sinto muito."
Os olhos dela se encheram de lágrimas levemente e ela conseguiu esboçar um sorriso e assentir, dando um passo a frente e passando os braços ao redor de sua prima e Clark. "Eu amo vocês." Ela sussurrou aos dois, era mais fácil do que dizer adeus.
"Também amamos você", Lois sussurrou, sua voz falhando enquanto a abraçava de volta com força.
Chloe deu um beijo no rosto de Lois e assentiu. "Se cuide, ok?"
"Você vai conseguir." Ela se forçou a respirar fundo, afastando-se para olhar pra ela. "Você vai fazer tudo que for preciso lá fora, e então vai voltar pra casa. Entendeu?"
"Lois." Chloe parou, olhando pra ela. Não havia razão em deixar sua prima se enganar desse jeito.
Ela estreitou os olhos. "Eu não estou brincando", ela disse calmamente. "Você é esperta. É a pessoa mais esperta que eu conheço. Então use isso."
"Farei o que eu puder", ela prometeu, era tudo que podia prometer.
"Te vejo em breve. Eu te amo." Ela olhou feio quando um dos guardas abriu a porta. "Deveríamos ter uma hora!"
"O tempo acabou", o homem olhou feio para Clark. "Andando."
"Lois", Chloe disse, estendendo a mão para sua prima. "Obedeça", era o único jeito de ela permanecer viva tempo suficiente para executarem o plano que tinham.
Lois apertou a mão dela com força por um momento, uma lágrima descendo por seu rosto. "Veremos você em breve", ela disse de novo, deixando Clark levá-la.
Embora tentasse dizer as palavras de volta para Lois, Chloe simplesmente não conseguiu. Ela tinha prometido fazer o melhor, mas não podia mentir.
***
Oliver estava sentado sozinho na pequena sala, costas descansando no sofá, cotovelos descansando nos joelhos enquanto olhava para as mãos silenciosamente. Ele ouviu passos aproximando-se e suas sobrancelhas franziram um pouco antes de olhar pra cima, parando quando viu Clark parado na porta.
Clark entrou enquanto os guardas fechavam a porta atrás dele, sua mandíbula travada. "Onde você estava?"
Ele não deveria estar surpreso pelo tom acusatório, considerando a última vez que tinha falado com Clark, o outro homem o tinha informado que ele não era mais um deles. "Por aí", ele respondeu vagamente, sem se levantar.
"Esse tempo todo?" Ele franziu a testa, "teríamos visto você."
"Vocês estavam procurando?"
"Não", ele disse. "Mas se você estivesse no distrito, eu teria visto você." Ele se aproximou dele. "Por que você apareceu agora?"
"O distrito é grande, Clark", ele disse calmamente.
"Não tão grande." Ele pressionou. "Seu nome ao menos estava lá?"
"Isso importa?" Ele ergueu as sobrancelhas.
"Importa para Lois." Ele disse, estreitando os olhos.
Oliver apertou os lábios a isso, dando de ombros.
"Se Chloe tiver alguma chance de voltar", ele disse, dando um passo a frente, "é melhor você ficar longe dela."
Ele estreitou um pouco os olhos para Clark, lentamente se levantando, mas sem dizer nada.
Clark estreitou os olhos pra ele por um momento, então se virou e voltou para a porta.
"Só um de nós pode sair vivo", Oliver disse, sua voz seca.
Virando-se mais um vez, Clark olhou pra ele. "E é melhor não ser você." Ele disse sem rodeios.
Um risinho puxou sua boca, mas ele permaneceu em silêncio mais uma vez, erguendo as sobrancelhas.
Clark olhou feio pra ele e balançou a cabeça. "Você não vai viver muito tempo se voltar." Ele prometeu antes de sair pela porta.
Oliver o observou sair, mas não respondeu, sua mandíbula travada.
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