Resumo: Sequência de May The Odds Be.... Esta série é baseada nos livros Jogos Vorazes, enquanto a primeira fic se manteve próxima do livro, esta vai bem mais pelo território do Universo Alternativo, mas ainda estamos usando o cenário pós-apocalíptico dos livros.
Autoras: chloeas e dl_greenarrowClassificação: R
Anteriores: Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis - Sete - Oito - Nove - Dez
Quando ela acordou, o sol já estava brilhando. Ela estava de frente para o armário e o braço de Oliver estava ao seu redor, o corpo dele pressionado contra o seu enquanto ela abraçava a mão dele contra o peito, seus dedos entrelaçados.
Chloe respirou fundo e fechou os olhos de novo. Ela tinha que levantar, Bart e Victor deviam estar exaustos e ela precisava voltar a vigiar as câmeras, mas não queria acordar Oliver. Sabia que ele também não vinha dormindo bem e não sabia qual dos dois parecia mais cansado.
Ele sentiu o movimento dela, mas permaneceu parado, não querendo se mexer. Tinha tido a melhor noite de sono em meses. Só desejava que ela tivesse descansado também.
Quando ela o sentiu se mexendo, sabia que o tinha acordado, das vezes que o tinha observado dormir ele não se mexia muito ou pelo menos ela não tinha percebido. Apertando os lábios, ela virou a cabeça e olhou pra ele.
"Bom dia", ele murmurou, seu braço apertando ao redor dela por um momento.
"Oi." Ela disse baixinho. "Desculpe ter acordado você."
"Tudo bem", ele garantiu com um sorriso. "Você conseguiu dormir?"
"Sim", ela admitiu. "Você?"
"Eu dormi." Ele olhou pra ela por um momento então deixou os olhos se fecharem mais uma vez.
"Fique aqui", ela disse, deitando de costas e olhando pra ele. "Eu vou dar uma olhada no Bart e no Victor."
Ele abriu os olhos mais uma vez, franzindo a testa. "Tentando se livrar de mim?" ele brincou.
"Acho que você já me provou que eu não posso fazer isso", ela disse, tentando manter a voz leve também, mas não soando tão natural. "Você precisa descansar."
Ele estendeu a mão, segurando a dela. "Você tem razão. Você não pode", ele falou baixinho.
O rosto dela se suavizou e ela olhou para suas mãos unidas.
"Você está absolutamente presa comigo", ele acrescentou, correndo o polegar pelas costas da mão dela e então hesitando um segundo antes de beijar sua têmpora.
Suspirando, ela fechou os olhos e apertou a mão dele. "Obrigada", sussurrou.
"De nada", ele sussurrou de volta.
Abrindo os olhos de novo, ela olhou pra ele e o observou por um momento. "E", ela parou. "Obrigada por ter ficado."
Ele abriu os olhos novamente. "Ajudou?" ele perguntou, procurando seu olhar.
"Sim", ela admitiu, percebendo que tinha de fato ajudado.
Ele sorriu, levando a mão até o rosto dela e assentindo. "Eu também."
"Que bom", ela disse, expirando e inclinando-se ao toque sem nem perceber o que estava fazendo.
Oliver olhou pra ela atentamente, prendendo a respiração enquanto corria o polegar gentilmente por seu rosto.
Chloe o observou por um momento, então hesitou antes de passar um braço ao redor dele.
"Você é tão bonita", ele murmurou.
Ela balançou a cabeça, fechando os olhos. Não sabia como ele podia pensar isso, especialmente depois de tudo que ela tinha feito, não entendia porque ele ainda estava ali também.
Ele mordeu o lábio, relutantemente afastando a mão do rosto dela. "Desculpe."
"Tudo bem", ela sussurrou, não querendo que ele se sentisse culpado, ele obviamente não entendia.
"Tudo bem", ele assentiu levemente. "Por que eu não vou fazer o café?"
"Não, Ollie." Ela sussurrou. "Eu falei sério, fique aqui. Volte a dormir."
"Eu estou bem, Chloe", ele disse baixinho.
"Você está sempre cuidando de mim", ela disse num sussurro, balançando a cabeça levemente.
Oliver olhou de volta pra ela, apertando os lábios por um momento. "Porque eu quero."
Ela assentiu, então deu de ombros. "Talvez ajude se você deixar eu fazer o mesmo." Ela nunca realmente precisou pedir pra tomar conta de alguém, mas vinha achando difícil fazer isso por ele. Ela sempre tinha alguém pra cuidar. Lois, sua vida inteira, seu pai depois que sua mãe partiu e Clark. E agora ela não tinha mais. Só ele.
"Você acha?" Ele a estudou por um momento, mordendo a parte interna da bochecha.
"Você acha que isso ajudaria você?" Ela perguntou, mantendo o olhar.
"Se cuidarmos um do outro?" Ele parou, refletindo, e então assentiu. "Sim."
Mexendo-se levemente, ela prendeu a respiração. "Então podemos tentar."
Ele também prendeu a respiração. "Combinado", sussurrou.
Apertando os lábios, ela assentiu e se sentou. "Isso significa que você pode ficar, e eu faço o café", ela disse com seriedade. Era uma coisa pequena, mas era um começo.
Ele deitou a cabeça novamente contra o travesseiro, observando-a. "Tudo bem."
Chloe sorriu a isso e então se levantou, indo para o banheiro se trocar antes de ir fazer café na cozinha, ela não tinha feito café desde que chegaram a esta casa. Ou se tivesse feito, não se lembrava, as coisas ainda eram meio que um borrão, mas pelo menos tinha algo novo no que se concentrar.
***
Oliver olhou ao redor da casa no Distrito 7, erguendo um pouco as sobrancelhas. Era mais bonita, limpa e mobiliada do que esperava considerando que o distrito ainda estava sendo reconstruído. Mas alguns dias depois de ele anunciar nacionalmente que estaria visitando por algumas semanas, ficou sabendo que alguma das pessoas do distrito tinham preparado a casa pra ele ficar. "Legal", ele murmurou, olhando para Chloe, que estava logo atrás dele.
"Sim", ela concordou, impressionada com o que viu ao redor. "Bem melhor do que já tivemos no Distrito 12." Ela disse baixinho, olhando pra ele. Não havia ido com ele em nenhuma das viagens desde que ele se tornou o líder oficial. Sua desculpa era sempre que tinha que ficar pra trás e monitorar todo o resto, mas com Bart e Victor lá e até Clark meio que por perto, ela realmente não tinha mais desculpas. Além do mais, se iam ajudar um ao outro, deduziu que deveria apoiá-lo.
Ele assentiu levemente em concordância, colocando a bagagem no chão. "Vamos dar uma olhada por aí", sugeriu, estendendo a mão pra ela.
Chloe pegou a mão dele sem hesitar e assentiu. Quanto mais tempo passavam juntos, mais confortável se sentia com ele, talvez porque soubesse que ele não ia embora e considerando o quanto as coisas andavam calmas, ela quase se permitia acreditar nisso.
Ele apertou levemente sua mão enquanto caminhava pela sala de estar até a cozinha, olhando ao redor curiosamente antes de abrir a geladeira. Estava completamente abastecida. Ele sorriu e olhou pra ela, erguendo as sobrancelhas.
"Wow", ela murmurou, seus olhos arregalando. Comida não era mais difícil de conseguir, mas tinham ficado sem ela durante muito tempo. "Eu deveria viajar com você mais vezes."
"Bem, eu certamente não protestaria", ele disse a ela, sorrindo um pouco mais e dando uma olhada na geladeira.
Chloe olhou para a geladeira um segundo, então pegou uma maçã e estendeu pra ele.
"Obrigado." Ele sorriu pra ela e deu uma mordida, fechando os olhos.
Ela o observou por um momento, sorrindo antes de pegar uma pra ela. Não era sua fruta favorita, mas a fazia lembrar de Smallville.
Ele deu outra mordida, e começou a olhar os armários, vendo que estavam também abastecidos. Seus olhos arregalaram quando viu algo que não via há anos: macarrão. "Puta merda", ele sussurrou, pegando um e estendendo pra ela ver.
"O q-- uau", ela piscou, aproximando-se dele. "Onde eles conseguiram isso? Você acha que eles fizeram?"
"Talvez", ele disse, assentindo. "Você sabe o que isso significa?"
Chloe sorriu a isso. "Que você finalmente vai me fazer aquele macarrão que sempre fala?"
Ele deu risada, diversão brilhando em seus olhos. "Exatamente."
Ela sorriu quando ele deu risada e assentiu. "Bom, tenho certeza que consigo encontrar alguns tomates e quem sabe até pão?"
"Deve ter em algum lugar, mas se não, vamos encontrar", ele disse, colocando o macarrão sobre o balcão.
"Nem consigo imaginar o trabalho que eles tiveram pra fazer isso", ela disse, balançando a cabeça. "Eles realmente te amam."
Ele parou a isso, virando-se pra ela, seu peito apertado. "Acho que eles ficarão felizes em te ver também."
"Talvez", ela disse com um dar de ombros, "mas é em você que eles se inspiram."
"Sim, mas... é em você que eu me inspiro", ele murmurou.
O rosto dela se suavizou a isso e ela balançou a cabeça levemente. "Mas eles sabem o que eu fiz. Ao Lex. É bom que eles tenham você."
Ele colocou a maçã no balcão e deslizou os braços ao redor dela num abraço. "Eles também sabem que Lex mereceu", ele sussurrou em seu ouvido. "Eles viram o que aconteceu com Lois." E ele mesmo vinha sendo honesto sobre as atividades de Lex tanto antes quanto durante o reino dos kandorianos. O único distrito que ainda estava resistindo era o 13, e mesmo algumas pessoas estavam indo para outros distritos.
Chloe passou os braços ao redor dele também, encostando a cabeça contra seu peito à menção de Lois. "Eu sei", ela sussurrou, "e não me arrependo."
Ele a abraçou de volta, gentilmente esfregando suas costas. "As pessoas compreendem isso", ele murmurou.
Assentindo levemente, ela virou a cabeça um pouco na direção dele. "Eu sei", ela repetiu, "mas estou feliz por eu ter feito, e não você. Então eles ainda teriam você."
Sem falar nada ele pressionou um beijo em sua testa, fechando os olhos por um momento. Não tinha esquecido que se não fosse a pessoa que tentou matar Lex antes dos kandorianos tomarem conta, tudo poderia ser diferente agora.
Virando a cabeça um pouco mais, ela pressionou um beijo em sua mandíbula sem nem pensar, sabia que ele estava pensando em sua própria tentativa de matar Lex, mas de certa maneira, estava feliz que Lex tivesse encontrado um jeito de voltar, pelo menos tornou possível a destruição das torres.
Ele descansou o queixo sobre a cabeça dela e se recostou contra o balcão, simplesmente a abraçando por um longo momento. "De qualquer jeito, acho que eles ficarão agradavelmente surpresos que você esteja aqui comigo", ele sussurrou.
Suspirando suavemente, ela assentiu, recostando-se contra ele enquanto movia a cabeça para olhar pra ele. "Provavelmente ficarão", ela concordou. As pessoas ainda acreditavam que tudo durante e depois dos Jogos era real, afinal. E não havia razão em revelar tudo agora.
Ele levou uma mão até o rosto dela, gentilmente colocando seu cabelo atrás da orelha antes de encontrar seu olhar. "Estou feliz que tenha vindo comigo", ele sussurrou.
"Eu também", ela admitiu baixinho, embora estivesse um pouco ansiosa em fazer uma aparição pública no dia seguinte, queria ver os distritos e vê-lo fazendo seu trabalho.
Ele beijou sua testa mais uma vez antes de descansar as mãos nos quadris dela e oferecer um sorriso. "Por que não me deixa te mostrar o resto da casa, e então vou fazer o jantar?"
"Ok", ela concordou, afastando-se. "Mas acho melhor o jantar demorar um pouco, tinha muita comida pra gente no trem."
Ele sorriu. "Faz tempo que eu cozinho, então sim, vai demorar um pouco."
"Bom", ela assentiu um pouco e sorriu pra ele. "Eu em pergunto o que mais eles..." ela disse enquanto virava-se para deixar a cozinha.
O sorriso dele enfraqueceu um pouco quando ela se virou para sair da cozinha. Ele correu uma mão pelo rosto, olhando ao redor da sala mais uma vez, e então a seguindo.
Ela olhou para a sala, então seguiu pelo corredor, olhando pra ele por sobre o ombro.
"O que estamos procurando?" ele brincou, erguendo as sobrancelhas.
"Você está quieto demais", ela disse, dando de ombros.
"Por alguma razão acho que Bart e Vic não concordariam com você", ele disse com um sorriso divertido.
"Bem, eles não estão perto de você tanto quanto eu." Ela pontuou.
"Você acha que estou muito quieto? Sério?" Ele inclinou a cabeça para o lado.
"Bem, não estou dizendo no geral, estou dizendo que você está um pouco misterioso. Sabe, no estilo Arqueiro Verde, eu acho."
"Oh." Ele deu de ombros, sorrindo enquanto paravam do lado de fora do banheiro. Ele acendeu a luz e olhou pra dentro.
Chloe também deu uma olhada. "É realmente grande", ela disse, balançando a cabeça. "Eu me pergunto se todas as casas são grandes assim no 7."
"Acho que vamos descobrir mais amanhã", ele disse, assentindo.
"Como são os outros distritos?" Ela perguntou, voltando para o corredor.
"Mais como estávamos acostumados no 12", ele admitiu, indo pelo corredor até o próximo cômodo: o quarto. Ele acendeu a luz e entrou. "Mas a reconstrução está indo bem na maioria deles, então as coisas estão melhorando."
"Com tudo que distribuímos do Capitólio e do 13, e com os distritos conseguindo comprar e vender entre eles, com sorte não vai demorar muito", ela disse enquanto entrava no quarto, erguendo as sobrancelhas ao quanto a cama era realmente grande.
Ele assentiu de novo, afundando-se na beira da cama e tirando os sapatos. "Sim, as pessoas estão bastante ansiosas para voltar ao jeito que as coisas eram. Elas querem trabalhar, e querem fazer o que sabem. Felizmente, tem muita gente que tem uma grande variedade de habilidades, então isso também está funcionando bem."
Ela não pôde deixar de sorrir quando o ouviu, assentindo e apertando os lábios. "Pelo menos agora eles são independentes. E não temem mais por suas vidas."
"Concordo, nos dois casos." Ele olhou pra ela. "O colchão é bom."
Chloe se sentou ao lado dele e assentiu, inclinando a cabeça. "Bom mesmo. E muito grande." Ela disse baixinho.
Não que eles precisassem de tanto espaço. Desde que ele tinha passado a noite em seu quarto no Capitólio, ele vinha passando todas as noites com ela, envolvendo-a em seus braços e garantindo aos dois uma boa noite de sono. E a cama de lá não era tão grande. Ele assentiu à frase, cutucando-a levemente com o cotovelo.
Ela olhou para o cotovelo dele e então de volta pra ele, erguendo um pouco as sobrancelhas.
Ele sorriu antes de deitar na cama.
"Então, o que você faz normalmente em suas viagens?" Ela perguntou, sorrindo suavemente enquanto se deitava também.
"Basicamente eu converso com as pessoas", ele disse, virando a cabeça para olhar pra ela. "Tento encorajá-las. Sabe, dar confiança."
"Você pode fazer isso se quiser", ela disse, "esta noite. Posso ir com você."
"Podemos esperar até amanhã." Ele sorriu suavemente. "Vai nos dar tempo de nos instalar primeiro." E ele não havia tido mais tempo sozinho com ela desde... sempre. Seu peito apertou um pouco ao perceber isso e ele olhou para o teto.
"Ok", ela concordou, mas franziu a testa ao olhar no rosto dele. "O que foi?"
"Hmm?" Ele olhou pra ela novamente, então expirou, balançando a cabeça. "Só estou pensando."
"Sobre?" Ela perguntou, inclinando a cabeça.
Ele parou por um momento, olhando pra ela. "Sobre como nunca tivemos a chance de sermos amigos", ele admitiu baixinho. "Sabe, sair e nos conhecer."
Chloe refletiu por um momento então assentiu levemente. "Acho que não tivemos mesmo. Só nos encontrávamos na Ísis ou na Torre do Relógio, a trabalho."
"Sim." Ele assentiu também, então deitou-se de lado, apoiando a cabeça em uma mão.
"Mas ainda nos conhecemos muito bem..." ela apertou os lábios, "especialmente agora."
"Acho que eu só queria que as coisas tivessem acontecido de um jeito diferente." Seu olhar era triste.
"Acho que é o que nós dois gostaríamos", ela deu de ombros, virando-se um pouco mais na direção dele. "O que você gostaria que fosse diferente?"
"Eu queria que tivéssemos nos conhecido melhor antes de tudo desabar." Ele mordeu a parte interna da bochecha. "Que eu não tivesse perdido tanto tempo com coisas que eu não podia resolver."
Chloe olhou pra baixo e assentiu. "Ainda estou aqui." Ela disse baixinho, olhando pra ele.
"Eu sei", ele respondeu também baixinho.
"Nunca será a mesma coisa." Ela assentiu, apertando os lábios e desviando o olhar de novo.
Ele olhou para a cama, ficando em silêncio por um momento. "Eu queria poder simplesmente... encontrar Zatanna", ele sussurrou, deitando-se de costas mais uma vez e fechando os olhos.
"Zatanna?" Ela franziu a testa, "você acha que ela poderia piscar e fazer tudo desaparecer?" O pensamento fez seu estômago apertar com esperança que ela sabia que não havia.
"O pensamento me ocorreu", ele admitiu. "Mas eu não acho que ela ainda esteja viva."
"Acho que se ela estivesse, saberia onde te encontrar." Ela murmurou, assentindo. Como Dinah e AC.
"E se ela estivesse, duvido que as coisas tivessem chegado tão longe", ele acrescentou, mordendo a parte interna da bochecha.
"Ela tinha motivos pra ir atrás de Lex também", Chloe concordou.
Ele olhou pra ela, erguendo as sobrancelhas. "Por causa do livro do pai dela?"
"Foi o que eu ouvi", ela assentiu.
"Sim. Mas ela o recuperou", ele murmurou. "Me acorrentou num poste na mesma noite."
"Eu sei", ela ergueu as sobrancelhas e então sorriu um pouco. "Mas você se saiu bem."
Ele sorriu de volta. "Sim."
"Você alguma vez pensou em voltar?" Ela perguntou baixinho, "para Metrópolis, Star City, pra ver o que sobrou?"
Oliver prendeu a respiração por um momento. "Algumas vezes", ele admitiu. "Você?"
"Sim." Ela admitiu, "bastante."
"Talvez devêssemos pensar nisso", ele murmurou.
"Acho que vai deixar tudo pior mas..." ela deu de ombros, "não acho que Star City esteja tão ruim quanto Metrópolis e Smallville."
"Provavelmente não", ele concordou.
"É uma coisa que podemos fazer eventualmente, eu acho." Ela acrescentou, apertando os lábios e desviando o olhar. Ela queria voltar e ver se ao menos conseguia encontrar uma foto de sua prima, algo que a mantivesse viva em suas memórias, pelo menos, mas não achava que contar isso a Ollie ajudaria a convencê-lo em fazer isso.
"No que você está pensando?" ele perguntou, olhando pra ela quando ela desviou o olhar.
Apertando os lábios, ela deu de ombros, olhando de volta pra ele. "Estava pensando em como seria voltar. Qual seria a sensação."
Assentindo, ele encontrou seu olhar, mantendo-o por um longo momento antes de respirar fundo. "Definitivamente é algo a se planejar", ele murmurou.
"Sim", ela concordou, expirando enquanto o observava silenciosamente. Ela realmente não queria mentir pra ele, então era melhor não dizer nada.
Ele estendeu a mão silenciosamente e pegou a dela, deslizando seus dedos entre os dela e deixando seus olhos se fecharem.
Chloe o observou por um momento então aproximou-se, pressionando os lábios em seu rosto antes de deitar a cabeça de volta na cama.
Ele sorriu, apertando a mão dela gentilmente. "Fico feliz de verdade que você tenha vindo comigo desta vez", ele sussurrou.
"Eu também", ela disse baixinho, olhando para suas mãos. "Como você está?"
"Eu estou bem", ele garantiu, abrindo os olhos mais uma vez.
"Ok, você quer descansar um pouco antes do jantar?"
"Você quer?" Oliver virou-se de lado mais uma vez, ainda segurando sua mão.
"Eu estou bem." Ela deu de ombros, "mas você estava fechando os olhos, achei que estivesse cansado."
"Não. Só... relaxando", ele confessou. "Eu queria saber como ajudar com isso."
"Você já ajuda", ela admitiu num sussurro.
Sua expressão se suavizou e ele estendeu a mão, segurando o rosto dela em uma mão. "Bom", sussurrou.
"Eu estou falando sério, Ollie", ela disse. Uma das coisas que vinha tentando fazer para ajudá-lo era mostrar a ele o quanto ele significava pra ela e o quanto significava sua ajuda. Porque pessoas com o trabalho que tinham precisavam sentir-se necessárias e não era justo com ele que continuasse afastando-o quando ele era a razão pra ela ainda estar funcionando apesar de tudo.
Ele inclinou-se, beijando sua testa e fechando os olhos. "Fico feliz. Você me ajuda também. Você sabe disso, certo?"
"Duvido que tenho sido de grande ajuda ultimamente", ela deu de ombros, observando-o. "Mas estou tentando."
"Mais do que você imagina, Chloe", ele sussurrou, afastando-se para olhar pra ela de novo.
Ela manteve o olhar e levou uma mão até seu rosto, correndo o polegar por ele gentilmente. "Eu sei que andei te afastando, mas não quero mais fazer isso."
"Eu sei", ele sussurrou. "Percebi a diferença." Ele ficou em silêncio por um momento, refletindo. "Obrigado."
Seu rosto se suavizou e ela sorriu, então balançou a cabeça. "Eu deveria estar te agradecendo. Por tudo." Ela sussurrou, "mesmo antes dos jogos, antes de saber que você estava por perto... você estava fazendo o que podia pra cuidar da gente."
Oliver prendeu a respiração, aproximando-se um pouco mais e passando o braço ao redor dela silenciosamente.
Ela o observou por um momento, então, prendendo a respiração, roçou o nariz contra o dele.
Ele sorriu e retornou o gesto suave.
"Obrigada", ela murmurou, sorrindo um pouco sem se afastar.
Ele não tinha certeza de porque ela estava lhe agradecendo, então simplesmente assentiu, beijando seu rosto levemente. "De nada."
Hesitantemente, ela virou a cabeça e beijou o canto de sua boca, fechando os olhos enquanto o fazia. Ela não tinha certeza se era uma boa ideia, mas tê-lo tão perto assim a fez pensar em beijá-lo de novo. E lembrando dos poucos beijos que tinham trocado na arena e depois, para o público. Então ela queria ver como seria beijá-lo sem câmeras ou olhos sobre eles. E também sabia que quando Lois lhe disse pra viver sua vida, estava falando de uma vida que o incluía.
Oliver prendeu a respiração quando sentiu os lábios no canto de sua boca. Ele hesitantemente retornou a leve pressão, seus olhos fechando-se, coração começando a acelerar contra o peito.
Ela relaxou levemente quando ele retornou o meio beijo, virando um pouco a cabeça para pressionar os lábios completamente contra os dele. Mesmo depois de todo esse tempo, ainda a confundia se era tudo real, mas agora estava começando a acreditar cada vez mais que era.
Ele se mexeu, ainda segurando o rosto dela e lentamente moveu sua boca sobre a dela, beijando-a docemente.
Chloe moveu a mão do rosto dele e passou o braço ao seu redor, aproximando-se mais mas mantendo os beijos leves.
Ele sorriu contra sua boca depois de alguns momentos, roçando o nariz contra o dela mais uma vez e afastando-se para olhar pra ela.
Respirando fundo, ela abriu os olhos também, seu estômago de repente apertado ao olhar de volta pra ele.
Oliver sorriu e a beijou mais uma vez. "Por que eu não começo a fazer o jantar?"
Ela prendeu a respiração e assentiu levemente, seu estômago em nós enquanto o observava. Ele não estava fazendo disso grande coisa, então ela sabia que ela também não deveria fazer. Era melhor ir seguindo o fluxo.
"Quer ajudar?" ele perguntou, relutantemente descendo da cama e levantando-se.
"Sim", ela assentiu, sentando-se. "Vou tentar não queimar tudo."
Ele sorriu a isso, estendendo a mão pra ela. "Vem, linda. Eu vou te transformar numa chef."
Ela sorriu, observando o quanto ele parecia relaxado de repente, e pegou a mão dele, seguindo-o até a cozinha. "Acho que nem você é tão bom, Ollie."
"Você pode se surpreender." Ele piscou pra ela, conduzindo-a pelo corredor. Pelo menos este era o plano.
_______________________________________________________________________
Obrigado por trazer essa história Sofia!
ResponderExcluirEssa fic foi muito boa e original mas realmente triste, sofrida do começo ao fim, apenas com alguns momentos de alívio...
É, o clima da história é meio sufocante, né? Mas acho que é o único clima possível a não ser que eles magicamente pudessem resolver tudo, mas com Zatanna morta, enfim, agora resta a eles reconstruir tudo e seguir em frente... Obrigada por sua companhia neste caminho, Vinicius, acho que merecemos uma história mais 'leve' agora pra nos recuperarmos dessa, certo? Acho que encontrei uma... rs...
ExcluirEsta foi triste mesmo!! De partir o coração!!! E pensar que algo parecido poderia ter acontecido... =(
ResponderExcluirO que mais me surpreendeu nesta fic foram as reações que ela provoca, nunca em uma fic tive tanta raiva da Chloe (como pode, né?), mas passou, dá uma dó dela, nestes últimos capítulos por exemplo é evidente a vulnerabilidade dela... e claro, Dinah, pobre Dinah... aiaiai... e AC e Zatana... =(
Embora o caminho ainda seja longo e dificil, ao menos Chloe e Oliver têm um ao outro...
Obrigadinha, Sofia!!
GIL
Verdade, raiva da Chloe quase o tempo todo... em Moving Targets também sentir bastante raiva da Chloe... Sim, ela perdeu tudo, mas pelo menos não perdeu o Ollie, eles podem contar um com o outro para dar seguimento na enorme tarefa que têm pela frente...
ExcluirQue bom que gostou e obrigada por acompanhar com a gente, GIL...
A próxima história tem um tom mais leve e digamos um pouco hot... pra nos recuperarmos da tensão que foi essa história, ok?
:D