15.8.12

...Ever In Your Favor (9/11)

Título: ...Sempre A Seu Favor
Resumo: Sequência de May The Odds Be.... Esta série é baseada nos livros Jogos Vorazes, enquanto a primeira fic se manteve próxima do livro, esta vai bem mais pelo território do Universo Alternativo, mas ainda estamos usando o cenário pós-apocalíptico dos livros.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

Anteriores: Um - Dois - Três - Quatro - Cinco - Seis - Sete - Oito



Depois da viagem de Bart até o Capitólio, eles descobriram que não só a área estava totalmente deserta, mas que também estava repleta de apartamentos bem estruturados e vazios, comida, água e medicamentos junto com um enorme arsenal e o que mais animou Chloe: todas as tecnologias kandorianas e humanas inteiras em alguns dos laboratórios subterrâneos que Bart havia encontrado.

Eles tinham ido pra lá há dias, ela não sabia ao certo quantos e embora sentisse que era um bom começo para seus planos, a situação de Oliver não havia melhorado. A febre tinha baixado, mas ainda estava lá, a maioria dos cortes em suas costas estava curada, e de acordo com Clark, suas costelas pareciam levemente melhor, mas ele ainda estava apagado.

Chloe vinha passando todo o tempo livre com ele, observando-o. Conseguiram alimentá-lo com líquidos, mas mesmo com toda melhora física, ela não podia deixar de se preocupar com o fato de ele ainda não ter acordado.

O corpo dele estava pesado e ele tentou levantar a cabeça, mas não conseguiu. Um suave e quase inaudível sussurro lhe escapou quando conseguiu abrir um pouco os olhos.

Ela paralisou quando ouviu a respiração dele e levantou a cabeça, seus olhos arregalando quando o viu abrindo os olhos. "Oliver?" Ela sussurrou.

Ele franziu um pouco a testa e virou a cabeça levemente ao som da voz dela.

Prendendo a respiração, ela aproximou-se. "Não se mexe", ela disse baixinho, levando uma mão até o rosto dele.

"Chloe?" ele murmurou.

"Sim", ela engoliu em seco. "Estou aqui."

Ele virou mais a cabeça na direção do toque, fechando os olhos. " 'tá acontecendo?"

"Você foi ferido", ela disse, "mas está em segurança agora."

Ele acenou levemente com a cabeça, e então rapidamente abriu os olhos. "Os Jogos?"

"Acabaram." Ela disse a ele. "E também os kandorianos."

Oliver relaxou um pouco às palavras. "Bom. Isso é bom", ele murmurou.

"Como você está se sentindo?" Ela sussurrou, tirando o cabelo do rosto dele.

"Já estive melhor", ele admitiu, mexendo-se um pouco e fazendo uma careta com a dor que sentiu em suas costelas.

"Não se mexe", ela disse, "elas estão quebradas."

"É, eu deduzi." Ele ficou imóvel mais uma vez, olhando pra ela.

Chloe ergueu um pouco as sobrancelhas ao olhar no rosto dele, mas não disse nada.

"Você está bem?"

"Nenhum osso quebrado", ela disse, inclinando um pouco a cabeça.

Ele esboçou um sorriso e assentiu quase imperceptivelmente, fechando os olhos mais uma vez.

"Está com fome? Sede?" Ela perguntou, afastando a mão para o lado.

"Um pouco de sede", ele murmurou.

"Aqui", ela levantou-se e serviu um copo de água, então voltou para o colchão novamente.

Engolindo com dificuldade, ele se mexeu para que pudesse se sentar, prendendo a respiração com a dor.

"Não faz isso", ela disse, levantando a cabeça dele gentilmente. "Não pressione suas costelas."

Ele franziu um pouco a testa, mas não discutiu. "Obrigado", sussurrou.

"Clark usou a visão de raio-x em você, está bem feio." Ela explicou enquanto lentamente levava a água até a boca dele.

Da última vez que conseguia se lembrar, Clark não estava exatamente lhe fazendo favores, e ele ficou um pouco surpreso com essa mudança. Ele tomou a água lentamente, fechando os olhos e então deitando-se mais uma vez.

"Temos analgésicos", ela disse baixinho.

"Como?" ele perguntou, sobrancelhas franzidas.

"Estamos no Capitólio", ela disse, olhando ao redor do quarto.

Ele inclinou a cabeça a isso, olhando ao redor também. "Estamos?"

"Ninguém mais mora aqui", ela explicou. "Qual é a última coisa que você se lembra?"

Ele franziu um pouco a testa enquanto tentava lembrar. "Depois dos Jogos está tudo um pouco confuso", ele admitiu, correndo uma mão pelo rosto cansadamente.

"Depois dos Jogos? Você lembra de voltar para o Distrito 12?"

Franzindo um pouco a testa, ele deitou a cabeça no travesseiro, pensando. "Vagamente, eu acho."

"Bem, isso não importa agora", ela disse a ele, "como eu disse, os kandorianos se foram."

"E estamos no Capitólio."

"E temos muito medicamento, comida, água e até computadores." Ela disse, dando um sorriso, incrivelmente aliviada que ele estivesse falando novamente.

"Isso é definitivamente uma mudança", ele murmurou, bocejando involuntariamente.

"Sim", ela disse, "eu vou pegar seus analgésicos", ela disse, colocando o copo vazio na mesa, "você deveria voltar a dormir."

"Você vai ficar?" Ele estava lutando para manter os olhos abertos.

Chloe paralisou a isso, "Você quer que eu fique?" Ela perguntou antes que pudesse se impedir.

"Sempre", ele sussurrou, olhos fechando involuntariamente.

Seu peito apertou e ela assentiu um pouco, engolindo em seco. "Então eu fico", ela sussurrou, sentando-se novamente. Não havia razão em dá-lo mais analgésicos se ele já estava cansado o suficiente para dormir, além do mais, não queria mesmo sair do lado dele agora.

Ela olhou para a mão dele na cama, hesitando antes de cobri-la com a dela e apertar levemente.

Um dos dedos dele se fechou ao redor dos dela instantaneamente e ele começou a adormecer, sua respiração ficando mais lenta e estável.

Chloe prendeu a respiração e fechou os olhos quando os sentiu arder, então ela expirou devagar. Talvez fosse bom que ele não se lembrasse do que tinha acontecido depois, ele pareceu mais como era antigamente nesta curta conversa do que durante o tempo todo em que estiveram no Distrito 13.

***

Oliver acordou de repente, sentando-se e então arfando quando a dor o atravessou. Gotas de suor em sua testa e ele olhou ao redor rapidamente, não vendo Chloe em nenhum lugar. Ele lutou para se levantar, apoiando-se na parede. "Chloe?" Sua voz forçada.

Ninguém respondeu por um momento, então Clark falou do outro quarto. "Ela não está aqui." Ele disse.

Ele se virou ao som da voz de Clark. "Onde ela está?" Ele caminhou lentamente até o quarto onde Clark estava.

"Elas acabaram de ir para o Distrito 13." Ele disse, sua mandíbula travada enquanto levantava-se do meio de uma mistura de computador e cristais kriptonianos.

"O quê? Por quê?" Ele arregalou os olhos.

"Você lembra agora?" Ele perguntou, franzindo a testa enquanto virava-se pra ele.

Ele correu uma mão pelo rosto. "Lex", respondeu, engolindo em seco. "Por que elas foram pra lá?"

Clark travou a mandíbula. "Foram atrás dele."

"E você deixou?" Havia mais do que um pouco de preocupação em sua voz.

"Não houve jeito de convencê-las do contrário", ele disse, voltando-se para os cristais.

Oliver olhou pra ele, sua visão embaçada.

"Você deveria ir se deitar", Clark disse sem olhar pra ele. "Não tem nada que possa ser feito agora."

"Me leva para o 13", ele respondeu, sua mandíbula travada.

"Não." Clark disse simplesmente, sem olhar pra ele.

"Você prefere deixar que elas morram?" ele exigiu.

"Você não vai ajudá-las", ele disse, "só vai ficar no caminho."

"E por que diabos você não as está ajudando?"

"Eu sou o único que pode ativar a tecnologia kandoriana." Ele disse, mantendo os olhos no computador. "Elas querem que seja exibido para os outros distritos."

"Então ativa logo e vai ajudá-las", ele apressou, indo parar atrás do outro homem.

"Não vai funcionar, Oliver." Clark disse secamente. "Os cristais não funcionam com eletricidade, eles reconhecem meu DNA."

Ele correu uma mão pelo cabelo e começou a andar de um lado para o outro, seu coração acelerado contra o peito.

"Vai deitar, Oliver. Suas costelas ainda estão quebradas."

"Esquece", ele retrucou, balançando a cabeça e indo para a porta.

"Você não pode sair", Clark disse. "E se eu tiver que ir atrás de você, não posso ficar de olho nelas." Ele disse, basicamente repetindo o que Lois e Chloe lhe mandaram dizer se Oliver acordasse.

Ele cerrou os dentes. "Besteira!"

"Elas não teriam ido se você tivesse concordado com Chloe." Clark disse, olhando pra ele, mandíbula travada.

Ele se virou para Clark, estreitando os olhos. "Como é que é?"

"Ela contou a Lois." Clark disse, estreitando os olhos de volta pra ele.

Oliver balançou a cabeça. "Contou o quê?"

"Que você não quis seguir o plano dela." Clark disse. "E foi por isso que elas foram."

"O plano dela não ia funcionar!"

"E nem esse vai!" Clark disse, "pelo menos com o outro, ninguém teria que morrer!"

"É aí que você se engana. Porque Lex ia sacrificar você, e Lois e Chloe para provar um ponto", ele disparou.

"Mas não você?" Clark olhou feio.

"Você não entende, não é?" Ele balançou a cabeça. "Ele ia fazer isso porque pra mim seria pior do que a morte."

Clark paralisou a isso, seus olhos arregalando. "Porque você tentou matá-lo!"

Oliver desviou o olhar, fechando os olhos e ficando em silêncio.

"Isso é tudo culpa sua, Oliver." Clark disse, virando-se para o computador. "É melhor você não esquecer disso."

"Vai por inferno, Clark", ele respondeu, virando-se e saindo do quarto.

"Estaremos no inferno se elas não voltarem." Ele falou, sua mandíbula travada.

"Então vai atrás delas!" Ele gritou. "Danem-se as câmeras!"

"Se o povo não ver, a guerra não vai terminar!" Clark disse a ele.

"Que guerra?" ele perguntou, parando.

"Entre os distritos."

Ele correu uma mão pelo rosto, tentando se forçar a respirar fundo. "Então me leva para o 13 e volta."

"Você não pode ajudar!" Ele disse com raiva. "E já causou problema suficiente."

Oliver olhou feio por um momento, então saiu, batendo a porta atrás dele.

***

Chloe parou do lado de fora da porta, observando enquanto Bart e Carter desapareciam numa rajada de vento, seu coração acelerado. "Pronta?" Ela sussurrou para Lois, apertando a mão na arma que estava segurando. Ela não queria Lois ali, mas sabia que depois de ter tomado o lugar dela nos jogos, não tinha direito de pedir pra ela ficar fora dessa também.

"Pronta", Lois confirmou, sobrancelhas franzidas em concentração. "Vamos fazer isso."

Respirando fundo, ela endireitou as costas e assentiu. "Pelo menos um de cada lado", ela disse baixinho, "possivelmente mais atrás", relembrou Lois antes de dar um passo a frente, na frente da porta.

Assentindo, ela também se levantou, mirando e atirando sem hesitar, acertando o guarda que estava em sua linha de visão. Vendo o movimento no fundo, ela moveu-se rapidamente, atirando de novo, e então mais uma vez.

Chloe estava bem ali com ela, os dois guardas derrubados em segundos, antes que Lex conseguisse sequer levantar da mesa os três eram os únicos de pé na sala. Ela apontou a arma para a cabeça dele e olhou para sua prima. "Vigia a porta."

Assentindo, Lois se virou, fechando a porta antes de se virar para Lex e apontar sua arma pra ele também.

"Chloe", Lex cumprimentou, deslizando as mãos nos bolsos enquanto dava um passo a frente. "Lois, que surpresa." Ele deu um risinho.

"Não deveria ser uma surpresa, Lex." Chloe disse. "Eu nunca deixo as coisas pela metade."

O olhar de Lois era sombrio para o homem careca. "Que diabos você fez com Oliver?"

"Com certeza você ouviu sobre o que ele tentou fazer comigo, Lois?" Ele perguntou calmamente.

"Sim, mas você de fato mereceu", ela respondeu da mesma forma.

"E essa é uma grande parte do que eu vim terminar", Chloe disse, melhorando a mira da arma. "E garantir que você continue morto desta vez."

"Tem certeza que você tem coragem, Chloe?" Lex questionou, recostando-se contra a cadeira com um risinho.

"Acho que vamos descobrir, não é, Lex?" Ela disse, dando um risinho de volta.

Ele ergueu uma sobrancelha. "Vamos", ele concordou, olhando delas para a porta que se abriu de repente, revelando Tess e outro guarda, os dois apontando suas armas imediatamente.

Sem pensar, Lois girou e deu dois tiros, enquanto um terceiro capanga entrava na sala.

Chloe mal teve tempo de mirar antes que Tess e o guarda estivessem caindo no chão, ela prendeu a respiração e se virou para Lois, prestes a lhe dar um olhar de aprovação quando viu a arma cair da mão dela. "Lois?" Ela arfou, olhando pra ela.

Havia um olhar surpreso no rosto dela enquanto olhava para a mancha vermelha que se espalhava rapidamente por seu peito. "Oh."

"Lois", Chloe foi direto pra ela, balançando a cabeça enquanto colocava a mão no braço de sua prima. "Não. Você está bem." Ela sussurrou enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas e sua mandíbula travava.

Lois desabou contra ela, a visão ficando rapidamente desfocada. "Acho que não", ela sussurrou.

"Bem, acho que teremos que acrescentar outra morte de um ente querido à sua lista de fracassos, não é?" Lex comentou.

Ela sentiu o estômago girar e balançou a cabeça, ajudando Lois a se levantar antes de se voltar novamente para Lex. "Mas pelo menos eu não vou falhar completamente", ela disse, sem ao menos piscar antes de atirar contra o peito dele uma vez. Duas. Três, observando o sangue ensopar sua camisa.

Lois arfou e olhou para sua prima. "Ele está morto?" ela sussurrou, tossindo, sangue pingando de sua boca.

Às palavras de Lois, ela atirou novamente, mal conseguindo mirar, mas assistindo a bala atravessar a cabeça de Lex antes de se virar novamente para Lois. "Ele está morto", ela disse, soltando a arma e sentando no chão, puxando o corpo de Lois para seu colo. "E você vai ficar bem." Ela sussurrou, sua voz tremendo. "Você tem que ficar."

"Acho que não, Chlo." Ela tossiu de novo.

"Fica comigo", ela sussurrou, abraçando Lois mais uma vez. "Vai dar tudo certo."

Uma lágrima desceu pelo rosto dela. "Você... tem que se fazer feliz pelo menos uma vez", ela sussurrou.

Balançando a cabeça, Chloe piscou para evitar as lágrimas. "Você sabe que eu não consigo fazer isso sem você", ela fungou.

"Você tem que fazer." Ela apertou a mão dela com a maior força que conseguiu.

"Clark!" Chloe chamou, puxando Lois mais perto e dando um beijo no alto de sua cabeça. "Clark!" Ela chamou de novo o mais alto que conseguiu, sua voz tremendo.

Um segundo depois, Clark apareceu, olhos arregalados com horror ao ver a cena em sua frente. "Oh, Deus", ele sussurrou.

"Ela precisa de ajuda", ela disse, seus olhos arregalados, mas manteve os braços ao redor de Lois.

"Eu não sei pra onde levá-la", ele admitiu, balançando a cabeça.

"Leve-a de volta", ela disse, balançando a cabeça também. "Eu não sei", ela sussurrou, olhando para Lois e tirando o cabelo de seu rosto.

Sem falar nada, Clark aproximou-se e pegou as duas, desaparecendo dali num piscar de olhos.

Chloe fechou os olhos, abrindo-os novamente só quando eles pararam, de volta ao apartamento. Seus braços ainda ao redor de Lois.

Oliver gelou no lugar quando viu Chloe segurando Lois. Havia sangue em todo lugar, e ele não sabia a quem pertencia. Sentindo-se enjoado, ele se moveu rapidamente e ajoelhou-se ao lado delas. "O que aconteceu?"

"Lois?" Chloe chamou, segurando o rosto dela. "Você pode me ouvir?" Ela sussurrou.

A cabeça da morena caiu para um lado, olhos fechando-se.

Oliver estendeu a mão, gentilmente pressionando os dedos na garganta dela e procurando um pulso, seus dedos ficando encharcados de sangue.

Chloe soluçava baixinho e balançava a cabeça. "Ela não está mais tremendo."

"Ela se foi", Clark sussurrou a alguns passos de distância.

Oliver olhou para o rosto pálido de Lois, prendendo a respiração. Clark estava certo. Ela não tinha pulso.

Fungando baixinho, Chloe puxou Lois ainda mais perto, descansando sua cabeça contra a dela e tremendo levemente. Ela não podia estar morte, não agora.

____

___________________________________________________________________

2 comentários:

Google Analytics Alternative