Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Oliver assentiu depois de repetir a palavra e desligar o telefone. Ele se virou, olhando para Chloe que tomava seu café no balcão e Connor sentado pacientemente e estranhamente quieto, na mesa.
"Era o técnico", Oliver explicou. "O jogo foi cancelado por causa da chuva." Seus olhos se suavizaram ao olhar para Connor. "Sinto muito, amigão..."
Connor olhou pra baixo e fez bico. "Ah, não... e quando vai ser agora?"
"Segunda, depois da escola", Oliver repetiu a informação que recebeu.
Connor assentiu, desejando conseguir colocar Oliver de volta num avião para os Estados Unidos antes disso. Não é que não gostasse de Oliver. Pelo contrário, não achava que ele fosse uma má pessoa, e também estava lhe ajudando a treinar. Mas toda essa ajuda, os livros, e até a insistência em cuidar de sua mãe doente, eram simples estratégias com outra razão por trás.
Oliver estava apaixonado por sua mãe. Tudo que ele tinha feito era para ganhar a afeição de sua mãe. E embora Connor não odiasse o cara, era um instinto natural manter possíveis pretendentes à distância na ausência de seu pai.
Ele sabia que seu pai não estava por perto -- há anos. Mas havia uma razão para sua mãe nunca ter namorado outra pessoa. Ela podia não dizer em voz alta, mas Connor sabia que sua mãe ainda amava seu pai. E embora tivesse a intenção de encontrá-lo quando fosse maior, percebeu que tinha que acelerar os planos agora. Assim que Oliver estivesse fora do retrato, ia encontrar seu pai, e fazer seus pais ficarem juntos.
Chloe clareou a garganta e Connor olhou para sua mãe com a sobrancelha erguida. Ela sorriu por sobre a caneca de café. "Bom, já que o jogo foi cancelado o que vocês acham de vermos um filme? Com a chuva é perfeito..."
Ela parou de falar e Connor lhe deu um meio sorriso. "Legal." Ela franziu a testa, mas retornou o sorriso de seu filho enquanto tomava outro gole da caneca, antes de olhar para Oliver.
Chloe estava ali, recostada contra o balcão, pés descalços, vestindo um short e uma velha camiseta de Oliver. Ela ia perguntar que filme Connor queria assistir quando o telefone tocou e antes que Oliver pudesse se levantar para atender, Connor gritou que ele atenderia. Ao correr para pegar o telefone suas meias deslizaram contra o chão fazendo com que ele trombasse em sua mãe no caminho.
Ela estava trocando a caneca de mão quando ele a atingiu, fazendo-a soltá-la. A caneca de cerâmica caiu no chão se espatifando em alguns pedaços, efetivamente espalhando café pra todo lado. Connor congelou a alguns passos com o telefone na mão enquanto Chloe olhava para o chão, olhos arregalados em surpresa.
Ela engoliu em seco enquanto olhava para os cacos verdes no chão, emoção tomando conta. Era idiota, completamente irracional ficar tão chateada. Era só uma caneca... mas era uma das primeiras coisas que Oliver tinha lhe dado... e agora estava quebrada do mesmo jeito que eles. Chloe podia sentir os olhos queimando e a garganta apertando.
A voz de Connor a arrancou de seus pensamentos e ela olhou pra cima com certa confusão na voz. "O quê?"
Connor arfou quando viu a dor no rosto de sua mãe. "Eu disse que sinto muito... eu sei que é sua caneca preferida... foi um acidente, eu não queria quebrá-la."
Chloe balançou a cabeça levemente, a voz suave. "Está tudo bem, docinho, não é nada de mais... é só... uma caneca. Eu já deveria ter comprado outra anos atrás, eu só--" Ela parou, engolindo em seco. "Eu só não tinha coragem..."
O telefone parou de tocar e ela lambeu os lábios de repente se sentindo ridícula por ficar tão emocional por causa de uma estúpida caneca. "Por que você não vai assistir TV ou ler enquanto eu limpo isso aqui e vou tomar banho pra gente poder ir ao cinema?"
Connor congelou por um momento, olhando para os pedaços da caneca no chão e assentindo antes de ir para a sala.
Oliver se abaixou para pegar os cacos, olhando pra cima e vendo as pernas de Chloe antes de chegar até seu rosto. "Acho melhor você não pegar os cacos--" Ele olhou para as pernas dela de novo e se forçou a olhar para o chão. "Uh..." Ele lambeu os lábios nervosamente. "Usando short... é melhor você ir tomar banho... eu limpo aqui."
Chloe hesitou por um momento, antes de assentir enquanto mordia o lábio, a voz baixa quando falou. "Ok." Ela correu a mão pelo ombro dele, se demorando um pouco mais do que deveria.
Virando-se para evitar os cacos, ela foi para a porta antes de parar e se virar na direção dele. "Obrigada, Oliver... eu agradeço."
Ela saiu da cozinha e subiu as escadas, imaginando se a caneca quebrada era um sinal... algum poder superior tentando lhe dizer que era tudo coisa da cabeça dela, que seus sentimentos por Oliver estavam querendo aflorar. Se fosse esse o caso então ela precisava parar e dar um passo pra trás... Relembrar-se que Oliver não era mais seu e que não importa o que sentisse por ele, ele não seria mais dela.
Ele a seguiu com os olhos até ela desaparecer no corredor, e então se virou para o chão, pegando os cacos maiores antes dos menores e colocando-os no lixo. Ele pegou uma toalha de papel no balcão para recolher os fragmentos menores, sua mente voltando para a noite anterior.
Era seguro dizer que o telefonema de Zatanna tinha acordado alguma coisa em seu subconsciente, porque ele não conseguia tirar os olhos de Chloe praticamente a noite inteira. De fato, não se lembrava de nenhuma obra de arte, além da foto que Connor tinha gostado, porque sua atenção estava toda dirigida à Chloe, e algumas vezes, a Connor.
Oliver se orgulhava por conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo. Antigamente, era conhecido por encantar um lugar, conversar com todo mundo pelo menos uma vez, discutir arte, caridade, ou qualquer negócio que estivesse apresentando. Ele mal tinha falado, a não ser quando Connor, ou Chloe, lhe faziam alguma pergunta, e estava um pouco envergonhado em admitir que sua mente tinha tido um ou dois pensamentos indecentes em relação a Chloe.
Ele sempre esteve atraído por ela. Mas sempre conheceu a diferença entre uma boa hora e uma péssima hora. Namorando a prima? -- péssima hora. O noivado dela com Jimmy? -- péssima hora. Aulas particulares de arco e flecha na Watchtower? -- boa hora. Numa mostra de universidade sete anos depois dela partir? -- péssima hora. No mínimo ele deveria estar mais concentrado em Connor, mas Zatanna estava certa, ele queria resolver as coisas com Chloe primeiro.
Sua mente distraída poderia ter sido chacoalha pela mudança na dinâmica do relacionamento deles. Quando chegou, ela estava defensiva, e ele estava na ofensiva. Tiveram uma guerra silenciosa por domínio, e pisavam em ovos ao redor um do outro, evitando qualquer assunto que não tivesse a ver com seu filho e de repente tudo tinha mudado.
Os dois estavam se respeitando mais. E embora fosse melhor do que a hostilidade, ele estava cansado para trilhar esse caminho com ela de novo, por medo de ter o mesmo resultado da última vez, e seu coração ser despedaçado igual a caneca que ele tinha lhe dado estava agora.
Pegando o último caco e jogando na lixeira, ele pegou o aspirador para evitar os pedaços que não tinha visto. Ele considerou o fato de talvez sempre se sentir atraído por Chloe, e ver o lado materno, algo que tinha imaginado tantas vezes quando sonhava em construírem uma vida juntos, só fazia seu desejo por ela aumentar ainda mais.
Mas ele decidiu não tomar nenhuma atitude em relação a isso. Ele não achava que seu coração pudesse aguentar o desapontamento quando ela dissesse que não estava interessada, e não queria perder a chance de estar perto de Connor. Assim que contassem a ele, Oliver pretendia fazer parte da vida de Connor o máximo possível, e desejava que Connor ficasse feliz, sabendo que os dois pais o amavam e o queriam, independente se conseguissem ou não resolver suas diferenças.
Guardando o aspirador, ele olhou pra cima ao som de passos se aproximando e levantou a mão. "Acho que eu tirei todos os cacos, mas é melhor você não entrar aqui sem os sapatos."
"Ok", Connor concordou antes de olhar para Oliver em silêncio por um momento.
Oliver se levantou, o olhar de preocupação no rosto de Connor o perturbando. "Está tudo bem, amigão? Sua mãe não está chateada por causa da caneca, você não tem que se preocupar, foi um acidente.
"Obrigado", Connor murmurou lentamente. "Você pode ir lá no banheiro pra mim?"
Oliver gelou antes de olhar para o teto e ouvir o barulho da água correndo. "Claro, Con. Assim que sua mãe sair do banho, eu vou."
"Não", Connor balançou a cabeça. "Eu preciso que você vá agora."
Oliver franziu a testa. "Eu não posso, amigão, sua mãe está lá. E não é educado bater na porta do banheiro quando alguém está tomando banho."
Connor continuou balançando a cabeça. "Mas você tem que ir... meu peito está doendo."
Oliver se ajoelhou, o pânico já se instalando em seu estômago. "Seu peito está doendo?" Ele colocou a mão sobre o peito dele. "O que tem de errado? O que aconteceu?"
"Respirar", Connor respondeu. "Eu preciso da minha bombinha."
Oliver franziu a testa. "Bombinha?" Chloe não tinha falado sobre as condições médicas com ele, e mesmo assim não fazia sentido devido às suas atividades físicas. Mas então lhe ocorreu que ela não explicou sobre a alergia a amendoim também, e que Connor foi quem mencionou na padaria.
"Eu te ajudo a subir, e então você pode entrar e pegar, ok? Você sabe onde está?"
Connor balançou a cabeça. "Não! Você tem que pegar. Está no armário de remédios atrás do espelho." Ele parou e respirou fundo algumas vezes. "Eu não alcanço... você não quer falar pra minha mãe que me deixou ter um ataque de asma--" Ele respirou mais uma vez tremulamente. "Não é?"
O jeito que Connor tremeu ao tentar respirar o assustou, e Oliver o pegou nos braços, indo pelo corredor e correndo pela escada antes de colocar Connor no chão perto da porta do banheiro, começando a bater.
"Chloe!" Oliver avisou. "Eu estou entrando." Segurando a maçaneta, ele a girou e abriu a porta antes de correr até o armário de remédios. Seus olhos escaneando as prateleiras de cima a baixo, procurando algum tipo de bombinha, mas sem encontrar nada.
O pânico começou a aumentar, e ele rapidamente imaginou se Chloe teria guardado na bolsa dela, assim estaria com ela o tempo todo em caso de emergência.
Ele correu de volta para a porta mas percebeu que estava fechada e ele franziu a testa, não se lembrando de tê-la trancado. Segurou a maçaneta, girando-a e puxando, só para perceber que ela não cedia, que ele estava trancado lá dentro.
A voz de Chloe vinda do chuveiro o assustou e ele clareou a garganta. "Desculpe. Connor me fez entrar aqui e agora não consigo abrir a porta." Ele puxou novamente, falhando em abri-la. "Como abre isso?"
Oliver bateu na porta com a mão. "Con, você está me ouvindo? Você pode abrir a porta? Não consegui encontrar a bombinha." Ele olhou para a cortina do chuveiro e sentiu as bochechas ficarem quentes, mas tentou ignorar a situação embaraçosa em que estava. "Chloe, você deixa a bombinha dele na sua bolsa?"
Chloe gelou quando ouviu a voz de Oliver no banheiro. O que no mundo ele estava fazendo ali? Ela podia ouvir o pânico na voz dele sobre alguma coisa e colocou a cabeça pra fora da cortina, ouvindo sua última fala sobre uma bombinha.
Ela franziu a testa. "Oliver, que diabos você está fazendo? E do que você está falando, uma bombinha? Por que Connor precisaria de uma bombinha? Ele não tem asma..." Ela franziu a testa confusa. "Você viu como ele corre mais rápido que qualquer outra criança."
Ele se virou de frente pra ela, vendo a fumaça vinda do chuveiro, cabelo loiro molhado e colado no rosto e as pequenas mãos segurando a cortina junto ao corpo, a silhueta de seu corpo nu pressionado contra ela.
Ela olhou feio pra ele, um certo tom de raiva. "Você acha que eu ia deixar nosso filho jogar futebol se ele tivesse asma?"
"Não, claro que não", Oliver não viu o olhar feio enquanto seus olhos corriam a silhueta do corpo dela brevemente. "Mas ele estava agarrando o peito e arfando e pedindo pra eu pegar a bombinha, eu achei que talvez... por que ele ia mentir sobre--" Então ele entendeu e bufou antes de se recostar contra o balcão e jogar as mãos para o alto. "Filho da--"
Ele parou de falar e mordeu o lábio, antes de dar uma risada amarga. "Bem, ele realmente é parente da Lois..." Oliver balançou a cabeça e cruzou os braços sobre o peito. "Mas por que nosso filho quis me trancar aqui dentro com você..?"
Chloe franziu a testa. "Espera, Connor disse que precisava de uma bombinha? Connor não mente... Por que ele diria isso? E você acha que ele te trancou aqui? Nosso filho de seis anos trancou você no banheiro comigo? Isso não faz sentido, Oliver... talvez a porta tenha emperrado..."
Ela estava com as bochechas levemente vermelhas, lembrando a última vez em que ela e Oliver estiveram num banheiro juntos, e ela agarrou a cortina com mais força com medo de revelar demais. "Você pode... sair? Eu estou--" Nua, molhada e com certeza uma parte de mim quer que você entre no chuveiro também... seus pensamentos correndo antes dela continuar. "Tomando banho..." Ela parou de falar, raiva indo embora ao perceber que estava no banheiro completamente nua com Oliver não muito longe dela.
Sua mente então voou para a última vez que esteve com Oliver - no dia que agora ela sabia, tinham concebido seu filho. E uma onda de excitação acordou seu corpo à lembrança da pele de Oliver contra ela, fazendo-a respirar fundo. Fazia muito tempo dede que esse tipo de desejo a atingia e xingou em voz alta antes de fechar a cortina e voltar para o chuveiro, tentando se concentrar.
Quando ela falou, sua voz não era alta, mas um pouco resfolegante. "Oliver... você precisa sair... empurra a porta ou alguma coisa..."
Ele deu um risada sem humor. "Chloe, eu já tentei. Acho que tem alguma coisa prendendo a maçaneta do outro lado..." Ele engoliu em seco enquanto seus olhos viam a silhueta dela novamente. "E eu certamente não estou inventando isso... não faço ideia de porque ele mentiria e me trancaria aqui com você." Sua boca tremeu, e se não estivesse em outro país culparia Lois por isso.
"Você tem que admitir... isso tem a cara da Lois." Ele suspirou, seus olhos indo para o teto lutando para não olhar pra ela, tentando não imaginá-la nua e com a pele molhada atrás da cortina. "Claramente o sangue Sullivan-Lane é o gene dominante..."
Chloe zombou. "Bem, obviamente... ele com certeza tem..." Ela suspirou e correu uma mão pelo corpo, parando no estômago e mordendo o lábio para impedir um gemido antes de subir as mãos ao invés de descê-las. Isso era ruim... muito, muito ruim.
Ela clareou a garganta, sua voz um pouco hesitante. "Você chamou por ele? O que ele está fazendo lá fora? Você acha..." Chloe engoliu em seco. "Quer dizer... você acha que ele queria você aqui... talvez ele esteja tentando... nos juntar?" Sua voz parou e o silêncio se instalou entre eles enquanto esperava ele falar.
Ele fechou os olhos quando ela gemeu, e segurou o balcão com mais força. "Eu chamei, mas ele não me respondeu." Ele arregalou os olhos com a sugestão dela e se afastou do balcão. "Você acha...? Quer dizer... Faz sentido, certo? Por que mais ele nos trancaria juntos quando você está--"
Oliver expirou e engoliu rapidamente. "No banho..."
Chloe fez uma cara antes de sorrir. "É possível... quer dizer, como você disse faz sentido e sim, Oliver... eu sei onde eu estou... obrigada pelo aviso mesmo assim." Ela balançou a cabeça terminando de tirar o condicionador do cabelo antes de desligar a água.
Ela ficou parada na frente da cortina por um minuto, incerta do que fazer, mordendo o lábio inferior antes de falar, a voz baixa. "Ollie... eu preciso de uma toalha."
Oliver olhou para a toalha pendurada atrás da porta. "Certo..." Ele arfou. "A toalha." Ele pegou e fechou os olhos estendendo-a perto da cortina.
Chloe abriu a cortina devagar e quando viu os olhos dele fechados, abriu e pegou a toalha e rapidamente envolveu o corpo. Era pequena e mal cobria a curva de sua bunda. Era uma das toalhas do Connor, mas achou que isso não seria um problema quando entrou no banheiro.
Ela suspirou, voz suave. "Pronto, pode abrir os olhos." Ela saiu do chuveiro e escorregou na água que tinha espirrado ali quando abriu a cortina e gritou. Os braços de Oliver estavam ao seu redor instantaneamente, puxando o corpo dela contra o dele para impedi-la de cair.
Ele tinha acabado de abrir os olhos quando a pegou, e então imediatamente os fechou novamente quando percebeu que a toalha mal cobria seu corpo. Quando ela se equilibrou, ele a soltou, e deu um passo pra trás, respirou fundo algumas vezes, ou Connor estava bancando o cupido, ou estava tentando matá-lo. Oliver não tinha certeza de qual era a opção certa a essa altura.
Oliver tossiu. "Talvez se você mandá-lo abrir a porta, ele obedeça."
Chloe assentiu embora ele não pudesse vê-la e foi até a porta se certificando de não tocar em Oliver. Ela tentou a maçaneta e então clareou a garganta. "Connor... abre essa porta agora, rapazinho." Chloe disse em sua voz de 'mãe' e esperou até ouvir os passos seguidos por um clique. Ela abriu a porta e ergueu uma sobrancelha enquanto falava com o filho.
"Connor... Por que você disse ao Oliver que tinha uma bombinha quando na verdade você não tem? E por que você trancou ele aqui? Você sabia que eu estava no banho", sua voz não estava brava, simplesmente confusa, tentando conseguir uma resposta.
Connor olhou para Oliver e tossiu de novo. Oliver passou por Chloe e foi para as escadas. "Acho que eu vou pegar minha roupa antes de tomar banho." Ele desceu os degraus correndo, olhando por sobre ombro por um momento, vendo Chloe antes de ir para a sala.
Virando-se para sua mãe, Connor deu de ombros numa tentativa de evitar a pergunta. "Foi ele quem correu pra entrar no banheiro quando você estava aqui." Ele cruzou os braços e ergueu a sobrancelha. "Tem certeza que quer um pervertido na nossa casa? Ele pode fazer isso de novo."
Chloe abriu e fechou a boca enquanto olhava para Connor, testa franzida. Ela se ajoelhou, segurando a toalha com força enquanto apertava os lábios antes de falar calmamente. "Connor... você disse ao Oliver que estava tendo dificuldade pra respirar... e disse que sua bombinha estava no banheiro. Agora, se você tivesse asma, eu ia querer que ele encontrasse uma solução de qualquer jeito se eu não pudesse te ajudar. E foi o que ele fez, ele entrou aqui por você."
Ela olhou para o filho, uma expressão preocupada, mas a voz ainda sem raiva. "Agora, quer me dizer por que você mentiu?"
Connor suspirou. "Eu estava testando ele..." Ele franziu a testa e cruzou os braços. "E ele nem conseguiu abrir a porta, e se fosse um incêndio? Ele não é muito forte", ele levantou o queixo e olhou para a mãe.
Chloe franziu o nariz. "Testando? Connor... docinho, Oliver não queria quebrar a porta. Se ele tivesse feito isso a gente ia ter que gastar dinheiro para consertar, certo?"
Ela estudou Connor por um minuto incerta do que estava acontecendo com o filho. Connor ouviu passos na escada e sua mãe suspirou. "Olha, eu sei que você se preocupa, e eu te amo por isso, mas se alguma coisa estivesse errada ou se houvesse um incêndio ou alguma coisa assim... acredite, Oliver ia dar um jeito de salvar a gente. Então você não precisa testá-lo... ou se preocupar. Com quantas pessoas eu deixei você ficar durante todos esses anos, Connor?"
Ele olhou para Chloe, braços cruzados e um bico no rosto. "Ninguém."
Ela lhe deu um meio sorriso. "Exatamente, mas eu confio em Oliver, Connor... tudo bem se você confiar nele também..."
Connor fechou a boca, uma sobrancelha erguida para sua mãe antes de assentir. "Ok..."
Chloe sorriu enquanto se levantava. "Ótimo, agora vai se arrumar. Nós três vamos nos divertir muito no cinema, aposto que Ollie vai deixar você escolher o filme."
Apertando os lábios, Connor assentiu antes de ir para o quarto. Ele estava desapontado por sua mãe não estar brava com Oliver, mas Connor percebeu seu erro... não deveria ter mentido.
Ao invés de desistir, Connor teve uma ideia melhor. Sua mãe não ficaria brava com Oliver por alguma coisa que era culpa sua... ela até defendeu Oliver. Então Connor tinha que fazê-la duvidar de suas crenças. Como ela disse, ela nunca deixou ninguém com ele antes de Oliver. A assim que Oliver o colocasse em perigo, mesmo sem querer, sua mãe jogaria Oliver pra fora sem pensar duas vezes...
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Tinham acabado de sair do cinema, quando Chloe sentiu o arrepio, passando o casaco ao redor do corpo. Oliver olhou pra ela antes de passar um braço ao redor de seus ombros para aquecê-la.
Ela olhou pra ele, bochechas vermelhas do frio e lhe deu um sorriso. Connor observou a troca e olhou feio na direção deles. Ele franziu o nariz e se mexeu, se empurrando e se colocando entre sua mãe e Oliver, pegando a mão dela.
Chloe olhou pra baixo e riu enquanto apertava a mão dele. "Gostou do filme, bebê?"
Ele sorriu pra ela, ficando entre eles até chegarem no carro. "Foi divertido, eu gostei."
"Que bom..." Ela olhou para Oliver. "Obrigada por nos trazer, Ollie... Connor, você agradeceu o Ollie?"
Connor levantou a cabeça, olhando na direção dele. "Obrigado, Oliver."
Oliver sorriu. "De nada, campeão." Ele olhou para Chloe e sorriu. "Quer parar num restaurante pra jantar? O que vocês quiserem comer está bom pra mim."
Connor ergueu a sobrancelha. "Pode ser comida tailandesa?"
Oliver parou um momento. "Hm... depende se eles cozinham sem molho de amendoim." Ele bagunçou o cabelo de Connor. "Não esqueça que você também é alérgico, atleta."
Connor olhou para o chão e revirou os olhos, como poderia ter esquecido? Ele olhou para a mãe e ela assentiu antes de olhar para Oliver. "Eu conheço um lugar que tem opções sem molho de amendoim e que serve... sorvete de coco!" Connor riu à animação de sua mãe enquanto entravam no carro.
Chloe parou enquanto o filho deles soltava sua mão e abria a porta do banco traseiro antes de entrar no carro. Oliver foi até o assento do motorista e Chloe entrou. Ela descansou o braço entre eles e olhou na sua direção enquanto ele ligava o carro. "O restaurante fica a três quarteirões da escola de Connor."
Oliver assentiu. "Ok." Ele seguiu a instrução de Chloe. Feliz que eles parecessem ter gostado do filme. Era um pouco diferente, e Connor tinha ficado estranhamente quieto depois de se desculpar com ele por mentir e trancá-lo no banheiro.
Mas ainda assim ele não tinha entendido o real motivo pra ele fazer isso. E não tinha certeza de onde ele tinha tirado essa ideia, ou se tinha pensado nisso sozinho.
Olhando pelo retrovisor, ele olhou para Connor antes de voltar os olhos para a estrada. "Esquerda ou direita?" Ele perguntou para Chloe um segundo depois.
Ela colocou a mão no braço dele e apontou para a esquerda. "Entra aqui." Ele assentiu enquanto Connor olhava para a mão no braço de Oliver que sua mãe ainda não tinha tirado.
Ele não gostava do jeito que Oliver estava sempre segurando a mão de sua mãe ou a tocando. Ele realmente precisava colocar o bilionário num avião de volta pra casa.
Tinha sido legal tê-lo por perto por algum tempo, e ele gostava de Oliver, mas agora que sabia que o homem estava apaixonado por sua mãe, ele não podia mais ficar. O carro então parou quando Oliver estacionou.
Chloe tirou o cinto e olhou para Connor por sobre o ombro. "Pronto para comer uns bolinhos primavera, bebê?"
Connor sorriu e assentiu enquanto os três saíam do carro. Oliver e Chloe já estavam lado a lado e Connor podia ver Oliver estendendo a mão para tocar o braço de Chloe novamente, então ele entrou rapidamente no meio dos dois, segurando a mão de Chloe.
Oliver abriu a porta do restaurante para os dois e seguiu Chloe e Connor pra dentro, onde a recepcionista os levou até uma pequena mesa redonda.
"Podemos sentar naquela?" Connor apontou para uma retangular perto da parede.
A recepcionista olhou para Chloe e Olliver, e ele deu de ombros em resposta. "Não vejo porque não." Ele sorriu para a recepcionista, assentindo para onde Connor estava apontando. "Aquela, por favor."
Assentindo com um sorriso, a recepcionista os levou até a outra mesa, e colocou os cardápios na mesa que Connor escolheu. Apertando a mão de sua mãe, Connor a puxou para um lado da mesa, fazendo-a se sentar ao lado dele enquanto Oliver sentava de frente.
"Então", Oliver pegou o cardápio antes de olhar para Chloe. "O que é bom aqui?"
Ela sorriu e apontou para alguns pratos no cardápio dele. "Esses são os nossos pratos preferidos, mas tudo aqui é muito bom. Os rolinhos primavera são uma delícia."
Connor não gostou do contato entre os dois e deu tapinha na lateral de Chloe. Ela se virou para o filho. "Já escolheu o que vai querer?"
Assentindo, Connor apontou para o número do prato. "E rolinho primavera."
"Parece ótimo", Oliver concordou. "Acho que vou pedir o Pad Thai sem o molho de amendoim." Ele sorriu para Chloe e inclinou a cabeça para olhar pra ela. "Podemos pedir?"
Ela assentiu. "Sim, acho que sim." Oliver acenou para os garçons enquanto Chloe olhava para o filho. Ele estava estranhamente quieto desde o filme e ela estava começando a se perguntar se havia alguma coisa errada.
Chloe cutucou Connor levemente com o ombro e quando ele olhou pra ela, lhe deu um pequeno sorriso, sussurrando enquanto Oliver fazia o pedido. "Você está bem?"
"Sim", Connor lhe deu um sorriso torto. Ou pelo menos ele estaria assim que conseguisse mandar Oliver pra longe de sua mãe. "Podemos ir ao shopping amanhã?" Ele perguntou depois que a garçonete trouxe as bebidas.
Chloe ergueu uma sobrancelha enquanto trocava um olhar com Oliver antes de sorrir para Connor. "Claro... eu te levo à tarde se você quiser. O que você quer comprar?"
Mordendo o lábio, Connor olhou para a mesa. "Eu queria que Oliver me levasse." Ele contou até três em sua cabeça antes de olhar para Oliver. "Mamãe disse que você é bom de arco e flecha, e que você podia me mostrar..." Ele explicou.
Oliver engoliu em seco, olhando para Chloe por um momento antes de assentir para Connor. "Sim, amigão... eu posso te levar... só que eu não sei onde encontrar arcos para crianças."
"Eu tenho um", Connor se endireitou na cadeira. "É de sucção, não tem flecha de verdade... mas eu não sei atirar direito, e em casa não posso treinar senão pode acertar a janela do vizinho..."
"Eu te ensino", Oliver disse simplesmente. "Mas ainda não sei onde comprar."
Connor sorriu. "Eu sei de uma loja."
Oliver sorriu, virando-se para Chloe. "Bem, contanto que esteja tudo bem com sua mãe..."
O coração de Chloe aqueceu ao ver que Oliver esperava sua resposta. Ela clareou a garganta e assentiu. "Claro... eu vou terminar meu trabalho enquanto vocês estão fora." Ela olhou para Connor com um sorriso. "Você vai adorar. Ollie é melhor professor do que eu." Ele deu risada enquanto ela tomava um gole da água.
Suprimindo um risinho quando a garçonete trouxe seus pedidos, Oliver olhou para Chloe, agradecido que a confiança dela nele estivesse crescendo. Não era só seu relacionamento com Connor que estava melhorando, com Chloe também. E apesar de estar nervoso, estava ansioso pelo dia seguinte.
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Eu já não gostava do menino antes. Agora então... Na boa, detesto essa atitude de cão de guarda da mãe. E chamar (mesmo sem saber) o pai de pervertido...Putz!
ResponderExcluirAgora provavelmente ele vai se perder de propósito do Shopping... Que criança adorável!
Curioso é que no capítulo anterior eu estava pensando justamente que nem se fosse filho da Lois seria tão chato!
Já sofro só de pensar em quantos capítulos essa tortura vai durar.
Meo, o menino já está enchendo o saco a fic inteira!
Vou acabar tendo uma overdose de Connor kkkk É porque eu gosto muito da fic que eu ainda não tive um troço kkkk
*Angelique, me diz que esse castigo não vai durar até o capítulo 25, por favor!
Obs: (Eu sei, fui politicamente incorreto demais neste comentário, mas eu não ia aguentar guardar pra mim :])
Obs 2: Preciso muito ler o Connor da Roberta pra superar isso kkkkkkkk
Verdade, chamar o pai de pervertido acho que foi um pouquinho forte demais da parte da autora, acho que uma cça de 6 anos nem saberia da existência dessa palavra... acho que a autora o descreve com as características de uma cça mais velha, tipo uns oito anos... mas tudo bem, vamos relevar...
ExcluirCom certeza ele vai aprontar pra cima do Ollie...
Meu Deus, estou com medo de ter te traumatizado Vinícius, já pensou se vc nunca mais quiser ler uma fic com um chlollie baby?
Será que foi uma ideia essa tradução? Já estou começando a ter minhas dúvidas... sério...
Olha, o Connor em primeiro plano, infelizmente vai assim até o fim... desculpa...
Não, este garoto não tem apenas seis anos! Caramba!!
ResponderExcluirPobre Oliver!! Sério, que raiva!!
E concordo com o Vinicius, desde do ínicio é impossível pra mim ler este Connor e não fazer comparações com o Connor da Roberta, e agora então...
GIL
Ou seja, Roberta, escreve logo o próximo capítulo de I'm In Here... lol
ExcluirConnor todo trabalhado na vilania. Nem Dinah faria melhor. Ou pior...
ResponderExcluirNem Dinah...
ExcluirAliás, resumo da Chloe "repreendendo" o filho a cada gracinha sem graça: - Bebê, por que vc está fazendo isso? Ah, qual é? Kd o "vai já pro seu quarto" "está de castigo" "não vai ter mais campeonato p/ vc"... O bichinho não vai desintegrar se levar uma bela chamada :d O blog é lindo! Mari
ResponderExcluirVerdade, mas acho que ele nunca aprontou algo assim, então ela nem sabe como agir, e nem pensa nele 'todo trabalhado na vilania'. lol
Excluireu acho que o Connor é um velho reencarnado no corpo de uma criança . tá bom exagerei kkkkk mas que o garoto é chato isso é , não me lembro de ter esta antipatia por outro baby Chlollie mas este encheu o saco , até a Maddie que era filha do Davis era um doce.... haja paciência rsss só aguento por que a fic é boa .
ResponderExcluirAlice
-velho reencarnado no corpo de uma criança- Ri alto! É o Benjamin Button invertido kkkkkkkkkkkk Maldade!
ExcluirSó os comentários para me fazer dar risada disso.
O Connor é muito chato. Esse negócio da Chloe de ficar chamdno de bebê, docinho, só piora as coisas. É disparado o chlollie baby mais sem graça e antipático das fics que eu li. O pior é que eu acho que vai ficar nisso até o final.
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