Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)
Spoilers:
segue os acontecimentos até o terceiro episódio da
décima temporada e segue AU depois disso. Oliver
nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca
comandou a Watchtower.
Banner da história: dhfreakBanner dos capítulos: sanaazzy
Anteriores: 01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17 :: 18 :: 19 :: 20 :: 21 :: 22
Oliver se mexeu na cadeira ao lado da cama de Connor no hospital. Os médicos tinham feito alguns testes, e enquanto esperavam pelos resultados, as enfermeiras tinham levado Connor para descansar em um quarto. Ele estava claramente cansado do medo e estresse e como ia demorar um pouco para terem os resultados, acharam importante mantê-lo o mais confortável possível. Oliver garantiu que Connor ficasse num quarto sozinho pra não ser importunado, e Chloe tinha ligado para Adrian imediatamente para avisar que Connor estava bem. Depois da ligação, tinha se deitado ao lado de Connor, correndo a mão em seu cabelo para fazê-lo se acalmar.
Oliver observou enquanto os dois começavam a dormir, seus olhos só desviando para ver a mão de Connor segurando a sua com força.
Ele engoliu em seco, tentando suprimir a ansiedade e tensão ainda presentes em sua garganta. Só conhecia Connor a menos de três meses e já estava apavorado em perdê-lo, medo de alguma circunstância infeliz levando seu filho embora. Assim que Nickolaus gritou por Chloe, Oliver sentiu o coração parar e o medo ainda permanecia em seu corpo. Ele sabia que os médicos tinham feito os exames básicos e Connor, ao que parecia, ia ficar bem. Mas Oliver precisava garantir que não houvesse dúvida, e eles não iam embora enquanto não tivesse certeza disso.
Ele olhou para Chloe e prendeu a respiração por um momento enquanto a observava dormir, se perguntando como ela lidou com esses medos sozinha por tanto tempo. Fechando os olhos, ele respirou fundo e correu o polegar pela pequena mão de Connor.
"Você pensa alto demais", ele ouviu Chloe sussurrar, e abriu os olhos para vê-la olhando pra ele com afeição em seus profundos olhos verdes.
Apoiando-se na cama com um braço, Chloe olhou para Connor. "Ele está dormindo?"
Oliver assentiu. "Apagado..." Ele voltou os olhos para sua mão que continuava segurando a de Connor e Chloe seguiu seu olhar. "Como você conseguiu?"
Chloe franziu a testa confusa. "Como eu consegui o quê?"
Oliver expirou devagar para aliviar a pressão em seu coração disparado e seus pulmões queimando. "Viver com esse medo constante de não conseguir protegê-lo..."
Apertando os lábios, Chloe olhou para Connor, sua voz um mero sussurro. "Foi difícil no começo... quer dizer, ainda é, mas acho que com o tempo você aceita que não pode controlar tudo... E você precisa parar de tentar e apenas lidar com o que surge."
Correndo a mão pelo cabelo de Connor novamente, ela suspirou. "Não fica menos assustador, no entanto, mas acredite ou não, é apenas a segunda vez que uma coisa assim acontece... temos sorte." Ela olhou pra ele e lhe deu um sorriso cansado, a voz suave. "Mas eu estou realmente feliz que você esteja aqui..."
Assentindo novamente, Oliver abriu a boca para falar e engasgou com as próprias palavras como se alguém tivesse colocado um caminhão de três toneladas em seu peito. "Eu não sei o que eu faria se alguma coisa acontecesse com ele... com qualquer um de vocês dois."
Chloe lhe deu um curto aceno de cabeça concordando e olhou de volta para Connor, a voz baixa e levemente trêmula quando falou. "Eu sei o que você quer dizer... Toda vez que ele fica doente ou se machuca me assusta. Quando eu coloquei o capacete todos aqueles nos atrás - de tudo que eu vi... eu nunca vi Connor."
Chloe umedeceu os lábios com a língua antes de continuar falando, acariciando a cabeça de Connor. "E isso me assusta... quer dizer, e se isso significa que ele não deveria ter nascido? E se alguma coisa mudar? E se o Destino tentar tirá-lo de mim?"
Ela olhou pra ele com lágrimas nos olhos. "Eu tive tanto medo... que eu fosse punida por ter mudado as coisas quando ele nasceu... por isso que eu nunca voltei pra casa depois que tive ele..."
Oliver engoliu em seco ao sentir sua garganta fechar novamente. "Chloe, isso é--" Ele balançou a cabeça e tudo que queria era puxá-la para seus braços e confortá-la, mas tinha medo que ao soltar a mão de Connor, ele acordasse.
"Zatanna disse que as palmas mostram nosso destino, e você e Connor são meu destino, Chloe... o capacete do Dr. Destino..." Ele hesitou, incerto de como ela iria reagir, e a última coisa que queria era chateá-la ainda mais, mas ela merecia saber que seu filho sempre pertenceu a eles. Ele tentou engolir o nó na garganta que impedia suas palavras. "Não-"
O médico entrou no quarto, prancheta na mão enquanto via os resultados dos exames. Ele olhou pra cima e sorriu. "Sra. Hawke, Sr. Queen, eu só queria avisar que está tudo bem. Os resultados dos exames foram ótimos... ainda bem que você usou a epinefrina logo, parece que surtiu efeito total."
Chloe se sentou e falou. "Quando podemos levá-lo pra casa?"
O médico olhou pra eles e parou em Oliver enquanto respondia a pergunta dela. "Eu vou preparar a alta agora, então assim que vocês dois estiverem prontos eu peço pra uma enfermeira vir ajudá-los."
"Obrigado", Oliver assentiu para o médico enquanto ele saía e sentiu a mão de Connor mexer na sua. Ele olhou pra baixo no momento em que seu filho abria os olhos. "Ei, amigão", Oliver sorriu. "O médico disse que você já pode ir pra casa." Ele apertou a mão dele com firmeza. "Eu estou tão orgulhoso da sua coragem."
Connor lhe deu um sorriso torto e sonolento antes de olhar para a mãe. "Desculpe... eu não sabia que tinha manteiga de amendoim naqueles brownies..."
Chloe lhe deu um sorriso antes de dar um beijo em sua testa. "Você não precisa se desculpar... está tudo bem, você não sabia e está tudo bem agora. Vamos te levar pra casa e você vai acordar amanhã se sentindo muito bem." Ela se mexeu quando viu a enfermeira entrar e desceu da cama arrumando a roupa antes de se sentar ao lado de Oliver, sua mão automaticamente descansando em seu braço enquanto a enfermeira entregava os papeis e examinava Connor mais uma vez.
Os olhos de Oliver nunca deixaram Connor enquanto a enfermeira ia até seu lado e ele se sentava na cama, respondendo suas perguntas e Oliver se virou para Chloe. "Você quer que eu vá buscar o carro?"
Ela olhou para o homem ao seu lado e lhe deu um pequeno sorriso. "Você vai? Seria ótimo... eu vou arrumando as coisas dele e te encontramos lá fora?" Ela esfregou seu braço gentilmente, querendo nada mais do que ir pra cama envolvida pelos braços dele depois do dia que tiveram.
Ele segurou a mão dela e apertou gentilmente. "Claro." Sorrindo, ele se levantou da cadeira e pegou as chaves na bolsa dela. "Me avise se precisar que eu cuide da conta." Ele sussurrou e foi até a porta antes que ela pudesse protestar. "Sério, Chloe..."
Connor se endireitou na cama para olhar ao redor da enfermeira. "Espera... Onde Ollie está indo?"
Chloe percebeu o tom de pânico na voz de seu filho e seu rosto se suavizou enquanto aproximava a cadeira da cama dele, colocando uma mão em seu braço para confortá-lo, a voz calma. "Ele foi buscar o carro pra nos levar pra casa. Vamos encontrá-lo do lado de fora... não se preocupe."
Connor enrijeceu, mas assentiu depois de processar as palavras de sua mãe. Ele deu um olhar impaciente para a enfermeira, esperando que ela terminasse logo para que pudessem ir embora. Quando ela se afastou, ele olhou para sua mãe. "Podemos ir agora?" Ele esfregou os olhos. "Eu quero dormir..."
A enfermeira sorriu pra eles e Chloe sorriu para Connor, ajudando-o a descer da cama e passando um braço ao seu redor. "Com certeza podemos, garoto." Ela olhou para a enfermeira em agradecimento e pegou suas coisas antes de sair com Connor. Ela o levou até a estação das enfermeiras, conversou por alguns minutos e em seguida foi com o filho para o elevador.
Menos de dez minutos depois eles estavam passando pelas portas giratórias do hospital. Chloe viu Oliver e cutucou Connor na direção do carro enquanto falava. "Ollie está ali, vamos." Eles foram até o carro e ela abriu a porta do banco traseiro para Connor. Ele entrou, descansando o corpo contra o banco com um bocejo.
Chloe fechou a porta e entrou ao lado de Oliver. Ela olhou pra ele e lhe deu um sorriso, sua mão indo até o braço dele enquanto angulava o corpo em sua direção. "Vamos pra casa."
Oliver saiu com o carro e foi direto pra casa, num silêncio confortável. Ele continuava olhando para Connor a cada minuto para ver se ele estava bem, observando seu filho bocejar e lutar para se manter acordado.
Parando na frente da casa, Oliver desligou o carro e olhou para o banco traseiro, encontrando Connor adormecido.
Ele se virou para Chloe e tirou as chaves da ignição antes de entregá-las a ela. "Vai na frente e eu levo ele para o quarto."
Ela hesitou por um minuto, não porque não confiasse em Oliver, mas porque ainda estava um pouco assustada com o que tinha acontecido e não queria sair de perto de Connor. Ela mordeu o lábio e assentiu, pegando as chaves da mão dele e abrindo a porta do carro devagar antes de ir para a casa. Chloe abriu A porta e entrou, deixando-a aberta e observando enquanto Oliver dava a volta no carro, pegando Cononr gentilmente em seus braços antes de fechar a porta do carro e ir pra casa.
Oliver segurou Connor contra o peito, com as mãos segurando as costas pequenas de seu filho enquanto lentamente ia na direção da casa. Connor se mexeu e moveu os braços para que pudesse agarrar a camisa de Oliver, suas mãos se fechando em punhos e agarrando com força enquanto descansava a cabeça em seu ombro, na curva do pescoço de Oliver.
Segurando-o com cuidado, Oliver atravessou a casa e começou a subir as escadas com Chloe logo atrás. Entrando no quarto escuro, Oliver deitou Connor na cama gentilmente e olhou para Chloe por sobre o ombro. "Você quer vestir um pijama nele?"
Ela assentiu e foi até a cômoda pegando um pijama. Chloe voltou até a cama, cuidadosamente tirando os sapatos dele e tirando sua roupa devagar para não acordá-lo. Ela tinha acabado de tirar sua camiseta quando ele franziu o nariz e abriu o olho. "Mãe..."
Chloe sorriu ao choramingo em sua voz, dando risada enquanto vestia rapidamente a blusa do pijama. "Pronto, docinho... Desculpe. Eu não queria que você dormisse com a roupa. Como você está se sentindo?"
Ele resmungou enquanto se aconchegava ao lado dela por um segundo e fechou os olhos. "Com sono."
Ela acariciou seu cabelo, a voz suave. "Isso é bom porque está na hora de dormir, garoto." Connor deu um risinho, abrindo os olhos de novo. "Você ligou para o Nick?"
Chloe assentiu, se mexendo levemente para olhar para Oliver antes de olhar de volta para Connor. "Liguei." Ela se levantou e se ajoelhou para dar um beijo em sua testa. "Eu amo você."
"Também te amo", Connor murmurou com um bocejo.
Oliver se inclinou e correu a mão pela cabeça de Connor carinhosamente. "Durma bem, amigão." Ele ia afastar a mão quando sentiu Connor segurá-la, fazendo-o olhar pra baixo.
"Ollie..." Connor murmurou. "Você pode ficar aqui até eu dormir?"
O tom suave e de súplica na voz do filho fez seu coração parar e Oliver olhou para Chloe, pedindo sua permissão.
Os olhos de Chloe se suavizaram e ela assentiu antes de dar um beijo no rosto de Oliver, a voz leve. "Obrigado... por hoje." Ela se afastou e deu um pequeno sorriso ao filho antes de sair do quarto e ir se trocar.
Connor viu sua mãe agradecer Oliver e ao invés de sentir a raiva que normalmente sentia quando eles estavam perto, ele sentiu algo diferente. Algo que não tinha certeza se entendia. Ele observou Oliver aproximar a cadeira da cama e se sentar ao lado dele, mais uma vez segurando sua mão.
"Obrigado", Connor disse sinceramente.
A expressão de Oliver se suavizou. "Não precisa agradecer." Ele correu a outra mão pelo cabelo de Connor novamente, tentando acalmá-lo. "Relaxa e tenta descansar."
Connor assentiu e fechou os olhos. Ele não dormiu imediatamente, ao invés relaxou como Oliver disse, deixando a respiração acalmar. Ele continuou segurando a mão de Oliver, esperando que ele não achasse que ele estava dormindo, e se afastasse antes dele realmente dormir. Oliver nunca tentou sair, no entanto, e isso fez Connor se sentir mais seguro e ultimamente estava mais fácil dormir.
Oliver ficou ao lado da cama de Connor até ter certeza que ele tinha dormido e pôde ouvir o som de seu leve ronco num ritmo constante. Ele se afastou devagar, não querendo perturbá-lo e saiu do quarto em silêncio.
Ele seguiu pelo corredor, indo para o quarto de Chloe. Ele fechou a porta antes de se virar e olhar pra ela, encontrando-a na cama sob os cobertores.
"Ele dormiu." Oliver tirou os sapatos. "Ele parecia realmente assustado hoje... Quantos anos ele tinha na última vez que você teve que usar a epinefrina?" Ele tirou a camiseta e a calça antes de ir se deitar ao lado dela.
Quando ele deitou na cama, ela automaticamente se aconchegou nele e suspirou. Sua voz suave. "Ele era pequeno demais pra lembrar... acho que tinha uns dois anos... daquela vez ele teve que passar a noite no hospital. Eu fiquei tão assustada... foram vinte e quatro horas horríveis. Felizmente terminou tudo bem."
Ela levantou um pouco a cabeça, dando um beijo em sua mandíbula e descansando a mão no peito dele, segurando seu corpo com força. A força dos braços dele ao seu redor aliviando toda tensão em seus músculos enquanto a presença dele a confortava de formas que ela nem sabia que tinha sentido falta.
Ela sabia que estava praticamente se agarrando nele, mas não conseguia evitar. Tê-lo ali desta vez havia feito uma enorme diferença. Chloe precisava dele... E tinha certeza que hoje Connor tinha percebido que precisava de Oliver também.
Oliver apertou o braço ao redor dela, encontrando os lábios dela com os seus num beijo preguiçoso. Ele se afastou o suficiente para encostar sua testa na dela e engoliu em seco, expirando o mais calmamente possível para se preparar para suas próximas palavras. "Chloe... Você mencionou que não viu você ou Connor no meu futuro..." Uma de suas mãos acariciava atrás da cabeça dela, seus dedos inconscientemente agarrando o cabelo dela. "Você nos viu junto de algum jeito? Mesmo que por um momento?"
Chloe se afastou para olhar pra ele, um tom de confusão em seu rosto. "Não... eu vi muitas coisas... muitas eu meio que esqueci, já faz um tempo. Ter sua cabeça explodindo com toneladas de informações não é exatamente uma experiência agradável, mas não. Eu vi você com Dinah..."
Parando, ela lambeu os lábios e desviou o olhar. "Não me mostrou quando você ia partir, nem porque... Só que você estava com ela... e então eu liguei pra você quando entrei em trabalho de parto e ela atendeu... " Ela parou de falar e respirou fundo algumas vezes tentando manter as emoções sob controle.
Chloe não queria mencionar que tinha chorado por dois dias seguidos quando descobriu que ele tinha ficado noivo de Dinah. Seu coração ficou partido naquele dia. Na época ela tomou como um sinal de que ele tinha seguido em frente e por que ele não deveria? Ela tinha ido embora... Mas na época sabendo que ela ainda não tinha seguido em frente e que ele estava começando uma nova vida sem ela a matou.
Oliver tirou o cabelo do rosto dela delicadamente. "Você disse isso antes, mas Dinah e eu só ficamos juntos muito tempo depois de você ter partido." Ele olhou pra baixo, envergonhado do que estava prestes a admitir. "Chloe, quando você foi embora, eu--"
Culpa começou a rodeá-lo, e ele tentou evitar o olhar dela para que não visse o quanto ela ia ficar desapontada com ele. "Eu voltei a ser o velho Oliver Queen... do qual você me salvou uma vez." Ele segurou o quadril dela, mas seus olhos nunca encontrando os dela. "Eu voltei a beber entre tentar te encontrar e me jogar contra os criminosos... Tentando descobrir se alguém tinha te raptado."
Ele sentiu a garganta apertar, e engoliu em seco numa tentativa de recuperar o fôlego enquanto levantava o olhar até o dela. "Eu não me importava com o que fosse acontecer comigo contanto que te encontrasse ou fizesse justiça..." Os olhos castanhos pareceram escurecer um pouco. "Infelizmente isso significou que sobrou para o time juntar meus pedaços quando eu estava totalmente destruído ou sangrando de ferimentos graves... eu me sentia péssimo por eles terem que cuidar de mim, me ver naquele estado..."
O volume de sua voz começou a se dissipar com a vergonha. "Eles tiveram que montar turnos pra cuidar de mim e da cidade... E eles não deveriam estar nessa posição." Ele endureceu o olhar enquanto sua mão descia de sua cabeça para segurar seu rosto. "Mas eu juro que Dinah e eu não estávamos juntos, não antes de você partir, e definitivamente não antes dos primeiros anos da vida de Connor." Ele sentiu os cabelos de sua nuca arrepiarem quando horríveis pensamentos o atingiram bem no estômago, e ele odiava perguntar, mas precisava saber a resposta. “Dinah sabia que era você? Ela falou com você naquela noite?”
Chloe engoliu em seco, seu coração apertando, culpa a preenchendo por causa da bagunça que causou ao ir embora. Ela balançou a cabeça rapidamente, a voz baixa. “Não... eu estava no hospital... em trabalho de parto e muito emotiva... no minuto que ouvi a voz dela, eu fiquei com raiva... não que eu tivesse o direito...” Ela deu de ombros, sua mão segurando o braço dele. “Então, eu desliguei.”
Oliver desceu a cabeça até a curva do pescoço dela, aliviado que Dinah não tivesse nenhuma participação em manter Chloe e Connor longes dele, e momentaneamente ele se sentiu culpado por ter considerado essa hipótese. Afastando a culpa, ele se virou pra ela e deu um beijo suave em seu pescoço. Ele se afastou o suficiente para que pudesse vê-la e sua expressão se entristeceu.
“Chloe”, ele lambeu os lábios nervosamente, seu coração batendo rápido contra o peito como um pássaro querendo se libertar de uma gaiola. “Você sabe que o capacete do Dr. Destino mostra o destino de tudo mundo menos o de quem está usando?”
O corpo dela ficou tenso imediatamente às palavras dele e por um minuto achou que tivesse entendido errado. Ela se afastou e viu o olhar nervoso no rosto dele e sentiu o coração acelerar no peito. Não... Não podia ser. Ela vasculhou o cérebro tentando lembrar se tinha se visto no futuro, mas nada veio a mente.
Se o que Oliver estava dizendo era verdade... Isso significava que havia uma chance de ela ter sido parte do futuro dele e não saber. E com esse pensamento Chloe de repente se sentiu enjoada. Ela abriu e fechou a boca, lágrimas surgindo em seus olhos enquanto balançava a cabeça. “Não... Isso é... Não pode ser verdade... Como? – Como você sabe disso?”
Oliver se aproximou dela, passando os braços ao seu redor. “Kent Nelson disse a Carter...” Ele engoliu hesitante em continuar. “Ele disse a Carter que o capacete mostrava o destino de todo mundo menos o dele.”
Ele a segurou com mais força, desejando que ela não se afastasse. “E se você me viu com Dinah no futuro porque era o futuro que ia acontecer quando você me deixasse?”
O corpo dela ficou rígido enquanto as palavras começavam a fazer sentido. Seu estômago afundou e a bile subiu em sua garganta, o pensamento de que tudo que tinha passado nos últimos anos, tudo que ele passou tenha sido por causa de um estúpido mal entendido a deixava fisicamente doente.
Ela empalideceu, coração disparado nos ouvidos. Era tudo culpa sua. Quase sete anos ele perdeu por causa dela. As primeiras palavras, os primeiros passos... A família que ela sabia que ele sempre quis e ele perdeu tanto.
Chloe sentiu um peso agudo no peito, as emoções intensas dentro dela borbulhando e a sufocando. Ela deu um soluço e se afastou dele, sentando-se, mas não saindo do lado dele enquanto balançava a cabeça.
Lágrimas caindo de seus olhos rapidamente enquanto tentava não ficar histérica. “É tudo culpa minha... Todo o tempo que eu achei que você pertencia a ela... o Destino tinha planos diferentes pra nós...”
Outro soluço deixou sua garganta e ela cobriu a boca, incapaz de olhar pra ele. “Por que você ainda está aqui comigo, Oliver? Eu fiz isso – eu sou a razão de você ter perdido sete anos da vida de Connor... Poderíamos ter sido uma família... Como você pode não me odiar?”
Chloe agarrou o estômago, a voz mal um sussurro. “Eu me odeio...”
Oliver se endireitou e a puxou mais perto. “Eu não posso odiar você, Chloe. Eu te amo.” Ele a envolveu em seus braços. “O que aconteceu... Dizer que foi uma infelicidade é desnecessário, mas estamos juntos agora, e nada vai mudar isso.” Ele levantou a cabeça dela e a beijou.
Não podemos deixar tudo para o Destino, Chloe...” Oliver encostou a testa na dela enquanto acariciava seu cabelo. “Vamos fazer nosso próprio destino se tivermos.”
Chloe balançou a cabeça passando os braços ao redor do pescoço dele e se mexendo para sentar em seu colo enquanto enterrava a cabeça em seu pescoço, algumas lágrimas ainda descendo por seu rosto.
A voz dela abafada, mas ele podia ouvir as palavras claramente. “Eu sinto tanto, Ollie... Você tem que saber que seu eu soubesse disso... eu jamais teria partido – Eu juro... Eses últimos sete anos... eu estivesse tão arrasada sem você. A única coisa que me manteve forte foi Connor.”
Chloe deu um beijo em seu pescoço, seus braços ainda ao redor dele com força. “Eu vou te compensar por isso... eu vou fazer tudo que eu puder, e eu sei que isso não é muito... mas nunca houve ninguém além de você. Eu sempre soube desde aquele incidente com a Checkmate que isso... você e eu... era meu destino.”
Ela se afastou um pouco segurando o rosto dele e correndo o polegar gentilmente por sua pele. “Você é meu destino, Chloe... Eu sei que você acha que eu segui em frente antes, mas eu estava só sobrevivendo.”
Ele olhou dentro dos olhos dela sinceramente, com uma expressão solene. “Por favor, não duvide do quanto eu te amo de novo.” Ele balançou a cabeça. “Eu não posso te perder de novo.”
Ela olhou pra baixo por um minuto antes de olhar pra cima e assentiu. “Eu entendo... eu fui embora... não é como se eu esperasse que você fosse...” Sua voz falhou e ela mordeu o lábio antes de dar de ombros. “Eu entendo. O que está no passado pode ficar lá e por mim vamos começar daqui... Podemos recomeçar, e desta vez nada vai nos separar... Eu não vou deixar. Eu quero que sejamos uma família, Ollie... Eu quero meu herói de volta – Meu parceiro na luta contra o crime.”
Chloe pressionou um beijo contra seus lábios e então moveu sua boca até o ouvido dele, a voz suave enquanto sua respiração tocava sua pele. “Eu vivi sem você, e não é algo que eu quero que aconteça novamente agora que tenho você de volta. Eu não sei o que teria feito se você não tivesse nos encontrado -- se você não tivesse me perdoado...” Ela segurou o braço dele com um pouco mais de força enquanto descansava a cabeça no ombro dele.
Ele deslizou os braços ao redor das costas dela e a puxou com mais força contra ele. “Eu também quero que sejamos uma família, mais do que tudo no mundo.” Ele respirou tremulamente, temendo que isso fosse chateá-la ainda mais. “O que vamos dizer ao Connor amanhã? – Se ele perguntar porque eu não estive por perto...”
Ela parou antes de expirar longamente. “Vamos contar a verdade. Ele vai ficar triste comigo por ter escondido dele durante todo esse tempo que você está aqui...”
Chloe sabia muito bem que seu filho ficaria furioso com ela... Especialmente agora que ela sabia que ele vinha pensando no pai mais do que ela imaginava. Não podia deixar Oliver levar a culpa por algo que ela tinha feito, especialmente quando parecia que Connor estava finalmente se abrindo e se conectando com Oliver.
“Vamos dizer a ele que eu nunca te contei...” Sua voz falhou e ela deu de ombros antes de desviar o olhar já sofrendo com o fato de que tudo tinha sido culpa sua e aceitando as consequências de suas ações.
Ela merecia... Afinal, era sua culpa que Connor tivesse passado quase sete anos sem um pai e se ele fosse culpar alguém por isso... Bem, tudo que ela tinha que fazer era aceitar.
Oliver ergueu seu queixo, forçando-a a olhar pra ele. “Você achou que estava protegendo ele.”
Ela lhe deu um sorriso triste, seus olhos se enchendo de lágrimas novamente enquanto falava. “Isso não vai importar, Oliver... Ele não vai entender, e não é como se pudéssemos exatamente explicar do que eu pensei que o estava protegendo... Só... hoje foi um longo dia... e eu estou cansada... Podemos dormir um pouco?"
Oliver se inclinou e deu um beijo em sua têmpora. "Sim." Ele se deitou, seus braços nunca a soltando enquanto ela se moldava ao corpo dele. "Mas vai ficar tudo bem... Connor sabe que você o ama, e vamos garantir que ele saiba que nunca deixamos de nos amar."
Ela fechou os olhos com força para impedir as lágrimas de correrem enquanto assentia, sua cabeça movendo-se contra o peito dele. A voz baixa quando falou, mão segurando-o com força. "Ele já sabe que eu nunca deixei de amar o pai dele, ele só não sabe que é você."
Oliver correu a mão pelo cabelo dela em movimentos lentos. "Bem, ele já sabe que eu te amo." Ele a beijou novamente devagar, tentando mostrar o quanto ele estava agradecido, e que tudo ia ficar bem, e que ela podia confiar nele quanto a isso.
Deitando a cabeça no travesseiro, ele fechou os olhos, seus dedos ainda acariciando o cabelo de Chloe enquanto suspirava satisfeito. Um minuto depois um barulho fraco alcançou seus ouvidos e ele abriu um olho. "Mas o que..."
Chloe gemeu, escondendo o rosto no ombro dele. "Faz parar."
Oliver estreitou os olhos à escuridão no quarto, tentando descobrir de onde vinha. O som estava abafado, mas definitivamente parecia estar vindo do chão. Lembrando que seu celular estava no bolso da jaqueta, ele suprimiu um bocejo e descansou contra o corpo de Chloe de novo. "Quem quer que seja vai desistir."
O telefone parou e então segundos depois começou a tocar de novo. Ela grunhiu e o empurrou gentilmente. "Ollie... Atende, não vai parar."
Oliver grunhiu e saiu de debaixo dela, irritado com quem quer que estivesse ligando. Abaixando-se ele procurou pelas roupas, procurando pelo incessante barulho. Encontrando a jaqueta de couro, ele procurou nos bolsos até encontrar o telefone.
Ele o abriu, vendo a tela piscar 'doze chamadas perdidas'. Ele procurou pela lista de chamada, vendo o nome de Vic, e as outras no nome de Hal, e ficou ainda mais surpreso ao ver o nome de Clark.
O telefone tocou novamente, o número de Hal aparecendo na tela e ele apertou o botão para atender, levando o telefone ao ouvido. "Você sabe da nossa diferença de horário, certo?"
Hal percebeu o tom irritado na voz de seu amigo e grunhiu. "Obviamente... E você não acha que se eu estou ligando mesmo com a diferença de horário é porque deve ser uma emergência? Onde diabos você estava?" Seu tom foi seco, e ele respirou fundo pra controlar a raiva.
Ele não estava nervoso com Oliver e nem quis ser grosseiro, mas tinha sido um longo dia e não era a primeira vez que tentava falar com Oliver. Diabos, Victor tinha tentado antes dele. "Temos um problema."
Oliver gelou ao tom de Hal. "Desculpe, Connor teve uma reação alérgica e estávamos no hospital, lá não tinha sinal."
"O que está acontecendo?" Ele tentou espantar a confusão pelo sono. "Que tipo de problema?"
Hal suspirou e fez uma careta enquanto se arrumava no assento. "Fomos atacados pelo Arqueiro Negro hoje, Oliver." Ele clareou a garganta, nem um pouco ansioso em contar o resto. "Ele me pegou enquanto eu estava voltando pra casa e antes que você pergunte, eu estou bem. Nenhum dano. Victor não teve a mesma sorte... o bastardo conseguiu atingir alguns fios."
Ele correu a mão pelo cabelo enquanto continuava falando. "Ele o atacou a caminho da Watchtower. Ele está com Emil agora e está estável... O doutor está confiante que ele vai ficar bem." Ele hesitou brevemente antes de continuar. "Também... Oráculo ligou de Gotham. Canário foi atacada também, mas me disseram que ela vai ficar bem."
Oliver de repente empalideceu quando sentiu todo o sangue sumir de seu rosto e seu coração gelar às palavras de Hal. "Arqueiro Negro? Por que ele te atacou?"
"Porque", Hal engoliu em seco, a voz rouca enquanto falava. "Ele queria informações sobre seu filho, Oliver."
_____________
Vinte e Quatro
_______________________________________________________________
Oliver se mexeu na cadeira ao lado da cama de Connor no hospital. Os médicos tinham feito alguns testes, e enquanto esperavam pelos resultados, as enfermeiras tinham levado Connor para descansar em um quarto. Ele estava claramente cansado do medo e estresse e como ia demorar um pouco para terem os resultados, acharam importante mantê-lo o mais confortável possível. Oliver garantiu que Connor ficasse num quarto sozinho pra não ser importunado, e Chloe tinha ligado para Adrian imediatamente para avisar que Connor estava bem. Depois da ligação, tinha se deitado ao lado de Connor, correndo a mão em seu cabelo para fazê-lo se acalmar.
Oliver observou enquanto os dois começavam a dormir, seus olhos só desviando para ver a mão de Connor segurando a sua com força.
Ele engoliu em seco, tentando suprimir a ansiedade e tensão ainda presentes em sua garganta. Só conhecia Connor a menos de três meses e já estava apavorado em perdê-lo, medo de alguma circunstância infeliz levando seu filho embora. Assim que Nickolaus gritou por Chloe, Oliver sentiu o coração parar e o medo ainda permanecia em seu corpo. Ele sabia que os médicos tinham feito os exames básicos e Connor, ao que parecia, ia ficar bem. Mas Oliver precisava garantir que não houvesse dúvida, e eles não iam embora enquanto não tivesse certeza disso.
Ele olhou para Chloe e prendeu a respiração por um momento enquanto a observava dormir, se perguntando como ela lidou com esses medos sozinha por tanto tempo. Fechando os olhos, ele respirou fundo e correu o polegar pela pequena mão de Connor.
"Você pensa alto demais", ele ouviu Chloe sussurrar, e abriu os olhos para vê-la olhando pra ele com afeição em seus profundos olhos verdes.
Apoiando-se na cama com um braço, Chloe olhou para Connor. "Ele está dormindo?"
Oliver assentiu. "Apagado..." Ele voltou os olhos para sua mão que continuava segurando a de Connor e Chloe seguiu seu olhar. "Como você conseguiu?"
Chloe franziu a testa confusa. "Como eu consegui o quê?"
Oliver expirou devagar para aliviar a pressão em seu coração disparado e seus pulmões queimando. "Viver com esse medo constante de não conseguir protegê-lo..."
Apertando os lábios, Chloe olhou para Connor, sua voz um mero sussurro. "Foi difícil no começo... quer dizer, ainda é, mas acho que com o tempo você aceita que não pode controlar tudo... E você precisa parar de tentar e apenas lidar com o que surge."
Correndo a mão pelo cabelo de Connor novamente, ela suspirou. "Não fica menos assustador, no entanto, mas acredite ou não, é apenas a segunda vez que uma coisa assim acontece... temos sorte." Ela olhou pra ele e lhe deu um sorriso cansado, a voz suave. "Mas eu estou realmente feliz que você esteja aqui..."
Assentindo novamente, Oliver abriu a boca para falar e engasgou com as próprias palavras como se alguém tivesse colocado um caminhão de três toneladas em seu peito. "Eu não sei o que eu faria se alguma coisa acontecesse com ele... com qualquer um de vocês dois."
Chloe lhe deu um curto aceno de cabeça concordando e olhou de volta para Connor, a voz baixa e levemente trêmula quando falou. "Eu sei o que você quer dizer... Toda vez que ele fica doente ou se machuca me assusta. Quando eu coloquei o capacete todos aqueles nos atrás - de tudo que eu vi... eu nunca vi Connor."
Chloe umedeceu os lábios com a língua antes de continuar falando, acariciando a cabeça de Connor. "E isso me assusta... quer dizer, e se isso significa que ele não deveria ter nascido? E se alguma coisa mudar? E se o Destino tentar tirá-lo de mim?"
Ela olhou pra ele com lágrimas nos olhos. "Eu tive tanto medo... que eu fosse punida por ter mudado as coisas quando ele nasceu... por isso que eu nunca voltei pra casa depois que tive ele..."
Oliver engoliu em seco ao sentir sua garganta fechar novamente. "Chloe, isso é--" Ele balançou a cabeça e tudo que queria era puxá-la para seus braços e confortá-la, mas tinha medo que ao soltar a mão de Connor, ele acordasse.
"Zatanna disse que as palmas mostram nosso destino, e você e Connor são meu destino, Chloe... o capacete do Dr. Destino..." Ele hesitou, incerto de como ela iria reagir, e a última coisa que queria era chateá-la ainda mais, mas ela merecia saber que seu filho sempre pertenceu a eles. Ele tentou engolir o nó na garganta que impedia suas palavras. "Não-"
O médico entrou no quarto, prancheta na mão enquanto via os resultados dos exames. Ele olhou pra cima e sorriu. "Sra. Hawke, Sr. Queen, eu só queria avisar que está tudo bem. Os resultados dos exames foram ótimos... ainda bem que você usou a epinefrina logo, parece que surtiu efeito total."
Chloe se sentou e falou. "Quando podemos levá-lo pra casa?"
O médico olhou pra eles e parou em Oliver enquanto respondia a pergunta dela. "Eu vou preparar a alta agora, então assim que vocês dois estiverem prontos eu peço pra uma enfermeira vir ajudá-los."
"Obrigado", Oliver assentiu para o médico enquanto ele saía e sentiu a mão de Connor mexer na sua. Ele olhou pra baixo no momento em que seu filho abria os olhos. "Ei, amigão", Oliver sorriu. "O médico disse que você já pode ir pra casa." Ele apertou a mão dele com firmeza. "Eu estou tão orgulhoso da sua coragem."
Connor lhe deu um sorriso torto e sonolento antes de olhar para a mãe. "Desculpe... eu não sabia que tinha manteiga de amendoim naqueles brownies..."
Chloe lhe deu um sorriso antes de dar um beijo em sua testa. "Você não precisa se desculpar... está tudo bem, você não sabia e está tudo bem agora. Vamos te levar pra casa e você vai acordar amanhã se sentindo muito bem." Ela se mexeu quando viu a enfermeira entrar e desceu da cama arrumando a roupa antes de se sentar ao lado de Oliver, sua mão automaticamente descansando em seu braço enquanto a enfermeira entregava os papeis e examinava Connor mais uma vez.
Os olhos de Oliver nunca deixaram Connor enquanto a enfermeira ia até seu lado e ele se sentava na cama, respondendo suas perguntas e Oliver se virou para Chloe. "Você quer que eu vá buscar o carro?"
Ela olhou para o homem ao seu lado e lhe deu um pequeno sorriso. "Você vai? Seria ótimo... eu vou arrumando as coisas dele e te encontramos lá fora?" Ela esfregou seu braço gentilmente, querendo nada mais do que ir pra cama envolvida pelos braços dele depois do dia que tiveram.
Ele segurou a mão dela e apertou gentilmente. "Claro." Sorrindo, ele se levantou da cadeira e pegou as chaves na bolsa dela. "Me avise se precisar que eu cuide da conta." Ele sussurrou e foi até a porta antes que ela pudesse protestar. "Sério, Chloe..."
Connor se endireitou na cama para olhar ao redor da enfermeira. "Espera... Onde Ollie está indo?"
Chloe percebeu o tom de pânico na voz de seu filho e seu rosto se suavizou enquanto aproximava a cadeira da cama dele, colocando uma mão em seu braço para confortá-lo, a voz calma. "Ele foi buscar o carro pra nos levar pra casa. Vamos encontrá-lo do lado de fora... não se preocupe."
Connor enrijeceu, mas assentiu depois de processar as palavras de sua mãe. Ele deu um olhar impaciente para a enfermeira, esperando que ela terminasse logo para que pudessem ir embora. Quando ela se afastou, ele olhou para sua mãe. "Podemos ir agora?" Ele esfregou os olhos. "Eu quero dormir..."
A enfermeira sorriu pra eles e Chloe sorriu para Connor, ajudando-o a descer da cama e passando um braço ao seu redor. "Com certeza podemos, garoto." Ela olhou para a enfermeira em agradecimento e pegou suas coisas antes de sair com Connor. Ela o levou até a estação das enfermeiras, conversou por alguns minutos e em seguida foi com o filho para o elevador.
Menos de dez minutos depois eles estavam passando pelas portas giratórias do hospital. Chloe viu Oliver e cutucou Connor na direção do carro enquanto falava. "Ollie está ali, vamos." Eles foram até o carro e ela abriu a porta do banco traseiro para Connor. Ele entrou, descansando o corpo contra o banco com um bocejo.
Chloe fechou a porta e entrou ao lado de Oliver. Ela olhou pra ele e lhe deu um sorriso, sua mão indo até o braço dele enquanto angulava o corpo em sua direção. "Vamos pra casa."
Oliver saiu com o carro e foi direto pra casa, num silêncio confortável. Ele continuava olhando para Connor a cada minuto para ver se ele estava bem, observando seu filho bocejar e lutar para se manter acordado.
Parando na frente da casa, Oliver desligou o carro e olhou para o banco traseiro, encontrando Connor adormecido.
Ele se virou para Chloe e tirou as chaves da ignição antes de entregá-las a ela. "Vai na frente e eu levo ele para o quarto."
Ela hesitou por um minuto, não porque não confiasse em Oliver, mas porque ainda estava um pouco assustada com o que tinha acontecido e não queria sair de perto de Connor. Ela mordeu o lábio e assentiu, pegando as chaves da mão dele e abrindo a porta do carro devagar antes de ir para a casa. Chloe abriu A porta e entrou, deixando-a aberta e observando enquanto Oliver dava a volta no carro, pegando Cononr gentilmente em seus braços antes de fechar a porta do carro e ir pra casa.
Oliver segurou Connor contra o peito, com as mãos segurando as costas pequenas de seu filho enquanto lentamente ia na direção da casa. Connor se mexeu e moveu os braços para que pudesse agarrar a camisa de Oliver, suas mãos se fechando em punhos e agarrando com força enquanto descansava a cabeça em seu ombro, na curva do pescoço de Oliver.
Segurando-o com cuidado, Oliver atravessou a casa e começou a subir as escadas com Chloe logo atrás. Entrando no quarto escuro, Oliver deitou Connor na cama gentilmente e olhou para Chloe por sobre o ombro. "Você quer vestir um pijama nele?"
Ela assentiu e foi até a cômoda pegando um pijama. Chloe voltou até a cama, cuidadosamente tirando os sapatos dele e tirando sua roupa devagar para não acordá-lo. Ela tinha acabado de tirar sua camiseta quando ele franziu o nariz e abriu o olho. "Mãe..."
Chloe sorriu ao choramingo em sua voz, dando risada enquanto vestia rapidamente a blusa do pijama. "Pronto, docinho... Desculpe. Eu não queria que você dormisse com a roupa. Como você está se sentindo?"
Ele resmungou enquanto se aconchegava ao lado dela por um segundo e fechou os olhos. "Com sono."
Ela acariciou seu cabelo, a voz suave. "Isso é bom porque está na hora de dormir, garoto." Connor deu um risinho, abrindo os olhos de novo. "Você ligou para o Nick?"
Chloe assentiu, se mexendo levemente para olhar para Oliver antes de olhar de volta para Connor. "Liguei." Ela se levantou e se ajoelhou para dar um beijo em sua testa. "Eu amo você."
"Também te amo", Connor murmurou com um bocejo.
Oliver se inclinou e correu a mão pela cabeça de Connor carinhosamente. "Durma bem, amigão." Ele ia afastar a mão quando sentiu Connor segurá-la, fazendo-o olhar pra baixo.
"Ollie..." Connor murmurou. "Você pode ficar aqui até eu dormir?"
O tom suave e de súplica na voz do filho fez seu coração parar e Oliver olhou para Chloe, pedindo sua permissão.
Os olhos de Chloe se suavizaram e ela assentiu antes de dar um beijo no rosto de Oliver, a voz leve. "Obrigado... por hoje." Ela se afastou e deu um pequeno sorriso ao filho antes de sair do quarto e ir se trocar.
Connor viu sua mãe agradecer Oliver e ao invés de sentir a raiva que normalmente sentia quando eles estavam perto, ele sentiu algo diferente. Algo que não tinha certeza se entendia. Ele observou Oliver aproximar a cadeira da cama e se sentar ao lado dele, mais uma vez segurando sua mão.
"Obrigado", Connor disse sinceramente.
A expressão de Oliver se suavizou. "Não precisa agradecer." Ele correu a outra mão pelo cabelo de Connor novamente, tentando acalmá-lo. "Relaxa e tenta descansar."
Connor assentiu e fechou os olhos. Ele não dormiu imediatamente, ao invés relaxou como Oliver disse, deixando a respiração acalmar. Ele continuou segurando a mão de Oliver, esperando que ele não achasse que ele estava dormindo, e se afastasse antes dele realmente dormir. Oliver nunca tentou sair, no entanto, e isso fez Connor se sentir mais seguro e ultimamente estava mais fácil dormir.
Oliver ficou ao lado da cama de Connor até ter certeza que ele tinha dormido e pôde ouvir o som de seu leve ronco num ritmo constante. Ele se afastou devagar, não querendo perturbá-lo e saiu do quarto em silêncio.
Ele seguiu pelo corredor, indo para o quarto de Chloe. Ele fechou a porta antes de se virar e olhar pra ela, encontrando-a na cama sob os cobertores.
"Ele dormiu." Oliver tirou os sapatos. "Ele parecia realmente assustado hoje... Quantos anos ele tinha na última vez que você teve que usar a epinefrina?" Ele tirou a camiseta e a calça antes de ir se deitar ao lado dela.
Quando ele deitou na cama, ela automaticamente se aconchegou nele e suspirou. Sua voz suave. "Ele era pequeno demais pra lembrar... acho que tinha uns dois anos... daquela vez ele teve que passar a noite no hospital. Eu fiquei tão assustada... foram vinte e quatro horas horríveis. Felizmente terminou tudo bem."
Ela levantou um pouco a cabeça, dando um beijo em sua mandíbula e descansando a mão no peito dele, segurando seu corpo com força. A força dos braços dele ao seu redor aliviando toda tensão em seus músculos enquanto a presença dele a confortava de formas que ela nem sabia que tinha sentido falta.
Ela sabia que estava praticamente se agarrando nele, mas não conseguia evitar. Tê-lo ali desta vez havia feito uma enorme diferença. Chloe precisava dele... E tinha certeza que hoje Connor tinha percebido que precisava de Oliver também.
Oliver apertou o braço ao redor dela, encontrando os lábios dela com os seus num beijo preguiçoso. Ele se afastou o suficiente para encostar sua testa na dela e engoliu em seco, expirando o mais calmamente possível para se preparar para suas próximas palavras. "Chloe... Você mencionou que não viu você ou Connor no meu futuro..." Uma de suas mãos acariciava atrás da cabeça dela, seus dedos inconscientemente agarrando o cabelo dela. "Você nos viu junto de algum jeito? Mesmo que por um momento?"
Chloe se afastou para olhar pra ele, um tom de confusão em seu rosto. "Não... eu vi muitas coisas... muitas eu meio que esqueci, já faz um tempo. Ter sua cabeça explodindo com toneladas de informações não é exatamente uma experiência agradável, mas não. Eu vi você com Dinah..."
Parando, ela lambeu os lábios e desviou o olhar. "Não me mostrou quando você ia partir, nem porque... Só que você estava com ela... e então eu liguei pra você quando entrei em trabalho de parto e ela atendeu... " Ela parou de falar e respirou fundo algumas vezes tentando manter as emoções sob controle.
Chloe não queria mencionar que tinha chorado por dois dias seguidos quando descobriu que ele tinha ficado noivo de Dinah. Seu coração ficou partido naquele dia. Na época ela tomou como um sinal de que ele tinha seguido em frente e por que ele não deveria? Ela tinha ido embora... Mas na época sabendo que ela ainda não tinha seguido em frente e que ele estava começando uma nova vida sem ela a matou.
Oliver tirou o cabelo do rosto dela delicadamente. "Você disse isso antes, mas Dinah e eu só ficamos juntos muito tempo depois de você ter partido." Ele olhou pra baixo, envergonhado do que estava prestes a admitir. "Chloe, quando você foi embora, eu--"
Culpa começou a rodeá-lo, e ele tentou evitar o olhar dela para que não visse o quanto ela ia ficar desapontada com ele. "Eu voltei a ser o velho Oliver Queen... do qual você me salvou uma vez." Ele segurou o quadril dela, mas seus olhos nunca encontrando os dela. "Eu voltei a beber entre tentar te encontrar e me jogar contra os criminosos... Tentando descobrir se alguém tinha te raptado."
Ele sentiu a garganta apertar, e engoliu em seco numa tentativa de recuperar o fôlego enquanto levantava o olhar até o dela. "Eu não me importava com o que fosse acontecer comigo contanto que te encontrasse ou fizesse justiça..." Os olhos castanhos pareceram escurecer um pouco. "Infelizmente isso significou que sobrou para o time juntar meus pedaços quando eu estava totalmente destruído ou sangrando de ferimentos graves... eu me sentia péssimo por eles terem que cuidar de mim, me ver naquele estado..."
O volume de sua voz começou a se dissipar com a vergonha. "Eles tiveram que montar turnos pra cuidar de mim e da cidade... E eles não deveriam estar nessa posição." Ele endureceu o olhar enquanto sua mão descia de sua cabeça para segurar seu rosto. "Mas eu juro que Dinah e eu não estávamos juntos, não antes de você partir, e definitivamente não antes dos primeiros anos da vida de Connor." Ele sentiu os cabelos de sua nuca arrepiarem quando horríveis pensamentos o atingiram bem no estômago, e ele odiava perguntar, mas precisava saber a resposta. “Dinah sabia que era você? Ela falou com você naquela noite?”
Chloe engoliu em seco, seu coração apertando, culpa a preenchendo por causa da bagunça que causou ao ir embora. Ela balançou a cabeça rapidamente, a voz baixa. “Não... eu estava no hospital... em trabalho de parto e muito emotiva... no minuto que ouvi a voz dela, eu fiquei com raiva... não que eu tivesse o direito...” Ela deu de ombros, sua mão segurando o braço dele. “Então, eu desliguei.”
Oliver desceu a cabeça até a curva do pescoço dela, aliviado que Dinah não tivesse nenhuma participação em manter Chloe e Connor longes dele, e momentaneamente ele se sentiu culpado por ter considerado essa hipótese. Afastando a culpa, ele se virou pra ela e deu um beijo suave em seu pescoço. Ele se afastou o suficiente para que pudesse vê-la e sua expressão se entristeceu.
“Chloe”, ele lambeu os lábios nervosamente, seu coração batendo rápido contra o peito como um pássaro querendo se libertar de uma gaiola. “Você sabe que o capacete do Dr. Destino mostra o destino de tudo mundo menos o de quem está usando?”
O corpo dela ficou tenso imediatamente às palavras dele e por um minuto achou que tivesse entendido errado. Ela se afastou e viu o olhar nervoso no rosto dele e sentiu o coração acelerar no peito. Não... Não podia ser. Ela vasculhou o cérebro tentando lembrar se tinha se visto no futuro, mas nada veio a mente.
Se o que Oliver estava dizendo era verdade... Isso significava que havia uma chance de ela ter sido parte do futuro dele e não saber. E com esse pensamento Chloe de repente se sentiu enjoada. Ela abriu e fechou a boca, lágrimas surgindo em seus olhos enquanto balançava a cabeça. “Não... Isso é... Não pode ser verdade... Como? – Como você sabe disso?”
Oliver se aproximou dela, passando os braços ao seu redor. “Kent Nelson disse a Carter...” Ele engoliu hesitante em continuar. “Ele disse a Carter que o capacete mostrava o destino de todo mundo menos o dele.”
Ele a segurou com mais força, desejando que ela não se afastasse. “E se você me viu com Dinah no futuro porque era o futuro que ia acontecer quando você me deixasse?”
O corpo dela ficou rígido enquanto as palavras começavam a fazer sentido. Seu estômago afundou e a bile subiu em sua garganta, o pensamento de que tudo que tinha passado nos últimos anos, tudo que ele passou tenha sido por causa de um estúpido mal entendido a deixava fisicamente doente.
Ela empalideceu, coração disparado nos ouvidos. Era tudo culpa sua. Quase sete anos ele perdeu por causa dela. As primeiras palavras, os primeiros passos... A família que ela sabia que ele sempre quis e ele perdeu tanto.
Chloe sentiu um peso agudo no peito, as emoções intensas dentro dela borbulhando e a sufocando. Ela deu um soluço e se afastou dele, sentando-se, mas não saindo do lado dele enquanto balançava a cabeça.
Lágrimas caindo de seus olhos rapidamente enquanto tentava não ficar histérica. “É tudo culpa minha... Todo o tempo que eu achei que você pertencia a ela... o Destino tinha planos diferentes pra nós...”
Outro soluço deixou sua garganta e ela cobriu a boca, incapaz de olhar pra ele. “Por que você ainda está aqui comigo, Oliver? Eu fiz isso – eu sou a razão de você ter perdido sete anos da vida de Connor... Poderíamos ter sido uma família... Como você pode não me odiar?”
Chloe agarrou o estômago, a voz mal um sussurro. “Eu me odeio...”
Oliver se endireitou e a puxou mais perto. “Eu não posso odiar você, Chloe. Eu te amo.” Ele a envolveu em seus braços. “O que aconteceu... Dizer que foi uma infelicidade é desnecessário, mas estamos juntos agora, e nada vai mudar isso.” Ele levantou a cabeça dela e a beijou.
Não podemos deixar tudo para o Destino, Chloe...” Oliver encostou a testa na dela enquanto acariciava seu cabelo. “Vamos fazer nosso próprio destino se tivermos.”
Chloe balançou a cabeça passando os braços ao redor do pescoço dele e se mexendo para sentar em seu colo enquanto enterrava a cabeça em seu pescoço, algumas lágrimas ainda descendo por seu rosto.
A voz dela abafada, mas ele podia ouvir as palavras claramente. “Eu sinto tanto, Ollie... Você tem que saber que seu eu soubesse disso... eu jamais teria partido – Eu juro... Eses últimos sete anos... eu estivesse tão arrasada sem você. A única coisa que me manteve forte foi Connor.”
Chloe deu um beijo em seu pescoço, seus braços ainda ao redor dele com força. “Eu vou te compensar por isso... eu vou fazer tudo que eu puder, e eu sei que isso não é muito... mas nunca houve ninguém além de você. Eu sempre soube desde aquele incidente com a Checkmate que isso... você e eu... era meu destino.”
Ela se afastou um pouco segurando o rosto dele e correndo o polegar gentilmente por sua pele. “Você é meu destino, Chloe... Eu sei que você acha que eu segui em frente antes, mas eu estava só sobrevivendo.”
Ele olhou dentro dos olhos dela sinceramente, com uma expressão solene. “Por favor, não duvide do quanto eu te amo de novo.” Ele balançou a cabeça. “Eu não posso te perder de novo.”
Ela olhou pra baixo por um minuto antes de olhar pra cima e assentiu. “Eu entendo... eu fui embora... não é como se eu esperasse que você fosse...” Sua voz falhou e ela mordeu o lábio antes de dar de ombros. “Eu entendo. O que está no passado pode ficar lá e por mim vamos começar daqui... Podemos recomeçar, e desta vez nada vai nos separar... Eu não vou deixar. Eu quero que sejamos uma família, Ollie... Eu quero meu herói de volta – Meu parceiro na luta contra o crime.”
Chloe pressionou um beijo contra seus lábios e então moveu sua boca até o ouvido dele, a voz suave enquanto sua respiração tocava sua pele. “Eu vivi sem você, e não é algo que eu quero que aconteça novamente agora que tenho você de volta. Eu não sei o que teria feito se você não tivesse nos encontrado -- se você não tivesse me perdoado...” Ela segurou o braço dele com um pouco mais de força enquanto descansava a cabeça no ombro dele.
Ele deslizou os braços ao redor das costas dela e a puxou com mais força contra ele. “Eu também quero que sejamos uma família, mais do que tudo no mundo.” Ele respirou tremulamente, temendo que isso fosse chateá-la ainda mais. “O que vamos dizer ao Connor amanhã? – Se ele perguntar porque eu não estive por perto...”
Ela parou antes de expirar longamente. “Vamos contar a verdade. Ele vai ficar triste comigo por ter escondido dele durante todo esse tempo que você está aqui...”
Chloe sabia muito bem que seu filho ficaria furioso com ela... Especialmente agora que ela sabia que ele vinha pensando no pai mais do que ela imaginava. Não podia deixar Oliver levar a culpa por algo que ela tinha feito, especialmente quando parecia que Connor estava finalmente se abrindo e se conectando com Oliver.
“Vamos dizer a ele que eu nunca te contei...” Sua voz falhou e ela deu de ombros antes de desviar o olhar já sofrendo com o fato de que tudo tinha sido culpa sua e aceitando as consequências de suas ações.
Ela merecia... Afinal, era sua culpa que Connor tivesse passado quase sete anos sem um pai e se ele fosse culpar alguém por isso... Bem, tudo que ela tinha que fazer era aceitar.
Oliver ergueu seu queixo, forçando-a a olhar pra ele. “Você achou que estava protegendo ele.”
Ela lhe deu um sorriso triste, seus olhos se enchendo de lágrimas novamente enquanto falava. “Isso não vai importar, Oliver... Ele não vai entender, e não é como se pudéssemos exatamente explicar do que eu pensei que o estava protegendo... Só... hoje foi um longo dia... e eu estou cansada... Podemos dormir um pouco?"
Oliver se inclinou e deu um beijo em sua têmpora. "Sim." Ele se deitou, seus braços nunca a soltando enquanto ela se moldava ao corpo dele. "Mas vai ficar tudo bem... Connor sabe que você o ama, e vamos garantir que ele saiba que nunca deixamos de nos amar."
Ela fechou os olhos com força para impedir as lágrimas de correrem enquanto assentia, sua cabeça movendo-se contra o peito dele. A voz baixa quando falou, mão segurando-o com força. "Ele já sabe que eu nunca deixei de amar o pai dele, ele só não sabe que é você."
Oliver correu a mão pelo cabelo dela em movimentos lentos. "Bem, ele já sabe que eu te amo." Ele a beijou novamente devagar, tentando mostrar o quanto ele estava agradecido, e que tudo ia ficar bem, e que ela podia confiar nele quanto a isso.
Deitando a cabeça no travesseiro, ele fechou os olhos, seus dedos ainda acariciando o cabelo de Chloe enquanto suspirava satisfeito. Um minuto depois um barulho fraco alcançou seus ouvidos e ele abriu um olho. "Mas o que..."
Chloe gemeu, escondendo o rosto no ombro dele. "Faz parar."
Oliver estreitou os olhos à escuridão no quarto, tentando descobrir de onde vinha. O som estava abafado, mas definitivamente parecia estar vindo do chão. Lembrando que seu celular estava no bolso da jaqueta, ele suprimiu um bocejo e descansou contra o corpo de Chloe de novo. "Quem quer que seja vai desistir."
O telefone parou e então segundos depois começou a tocar de novo. Ela grunhiu e o empurrou gentilmente. "Ollie... Atende, não vai parar."
Oliver grunhiu e saiu de debaixo dela, irritado com quem quer que estivesse ligando. Abaixando-se ele procurou pelas roupas, procurando pelo incessante barulho. Encontrando a jaqueta de couro, ele procurou nos bolsos até encontrar o telefone.
Ele o abriu, vendo a tela piscar 'doze chamadas perdidas'. Ele procurou pela lista de chamada, vendo o nome de Vic, e as outras no nome de Hal, e ficou ainda mais surpreso ao ver o nome de Clark.
O telefone tocou novamente, o número de Hal aparecendo na tela e ele apertou o botão para atender, levando o telefone ao ouvido. "Você sabe da nossa diferença de horário, certo?"
Hal percebeu o tom irritado na voz de seu amigo e grunhiu. "Obviamente... E você não acha que se eu estou ligando mesmo com a diferença de horário é porque deve ser uma emergência? Onde diabos você estava?" Seu tom foi seco, e ele respirou fundo pra controlar a raiva.
Ele não estava nervoso com Oliver e nem quis ser grosseiro, mas tinha sido um longo dia e não era a primeira vez que tentava falar com Oliver. Diabos, Victor tinha tentado antes dele. "Temos um problema."
Oliver gelou ao tom de Hal. "Desculpe, Connor teve uma reação alérgica e estávamos no hospital, lá não tinha sinal."
"O que está acontecendo?" Ele tentou espantar a confusão pelo sono. "Que tipo de problema?"
Hal suspirou e fez uma careta enquanto se arrumava no assento. "Fomos atacados pelo Arqueiro Negro hoje, Oliver." Ele clareou a garganta, nem um pouco ansioso em contar o resto. "Ele me pegou enquanto eu estava voltando pra casa e antes que você pergunte, eu estou bem. Nenhum dano. Victor não teve a mesma sorte... o bastardo conseguiu atingir alguns fios."
Ele correu a mão pelo cabelo enquanto continuava falando. "Ele o atacou a caminho da Watchtower. Ele está com Emil agora e está estável... O doutor está confiante que ele vai ficar bem." Ele hesitou brevemente antes de continuar. "Também... Oráculo ligou de Gotham. Canário foi atacada também, mas me disseram que ela vai ficar bem."
Oliver de repente empalideceu quando sentiu todo o sangue sumir de seu rosto e seu coração gelar às palavras de Hal. "Arqueiro Negro? Por que ele te atacou?"
"Porque", Hal engoliu em seco, a voz rouca enquanto falava. "Ele queria informações sobre seu filho, Oliver."
_____________
Vinte e Quatro
_______________________________________________________________
AiMeuDeusAiMeuDeusAiMeuDeusAiMeuDeus!!!
ResponderExcluirArqueiro Negro?!! AiMeuDeus!!
No final do capítulo 23? Faltando só mais dois para ser postado? AiMeuDeus!! Vai ser angustia no nível máximo! Tô sentido!! Ô angustia sem fim!!!
E agora? Eu aguento?
Agora, uma coisa, pelo amor de Deus, SEM SACRIFÍCIOS!! Ou eu surto!!!
GIL
Vai ser angústia das grandes, alguém vai estar muito fodido no fim do capítulo 25. Minhas suposições:
ExcluirPode sobrar para o Connor, ser sequestrado... Ou
Pode sobrar para o Oliver, levar uma flechada...
Também acho que o Arqueiro Negro vai aprontar, ou melhor tenho certeza, mas acho que será com o Connor (bem mais provável, assim ele pode até descobrir que o Oliver é o Arqueiro Verde) ou a Chloe sendo sequestrado... ou os dois!!
ExcluirGIL
Não posso comentar... apenas agradecer pelo envolvimento nesta história, pela companhia, e pelos comentários que são a parte mais legal de tudo... :D
ExcluirBeleza, agora fiquei surpreso.
ResponderExcluirA última coisa que eu esperava nos capítulos finais era o Arqueiro Negro surgindo do nada. Bem interessante!
Como ele soube sobre o filho do Oliver?
E o que esses ataques tem a ver com o que o Connor e o Nickolaus fizeram?
Aposto que tem TUDO A VER com o que o Connor fez...
ExcluirO Arqueiro Negro também foi uma supresa... não esperava inimigos aparecendo.
GIL
No próximo capítulo vcs vão descobrir o que o Connor tem a ver com isso, e o Nickolaus... vou começar a revisar daqui a pouco...
ExcluirPois é, a aparição do Arqueiro Negro é pra não deixar a gente respirar mesmo... quando a gente pensa que tudo está finalmente entrando nos eixos...
Ai gente, acho que não vou aguentar... acho que o 25 vai terminar em meio ao caos... por favor me respondam se eu vou sofrer menos parando a leitura agora ou indo até o 25, pq sério, acho que não vou aguentar se ele terminar em meio a esse caos anunciado... E por Deus, o que o 'docinho' fez agora? Sério, se ele tiver algo a ver com isso, merecia ficar de castigo por uns cinco anos... fosse meu filho já tinha levado uns tapas...
ResponderExcluirPatrícia
Patrícia, você teria coragem de parar de ler a essa altura do campeonato? Para mim seria impossível mesmo sabendo que vai dar merda no fim kkkkk
ExcluirAh, Vinicius, eu sei, mas acho que o sofrimento seria menor, imagina ter certeza que não vai saber o que aconteceu, gente, acho que vou apelar e fazer uma orações pra essa mulher finalmente escrever os dois últimos capítulos...
ExcluirComo a gente vai sobreviver se tiver acontecido uma das coisas que vc falou, tipo o cara pega o Connor e acaba o capítulo... ou ela pega o Oliver e acaba o capítulo, como, como, como vamos sobreviver... lol
Será que me envolvi demais nesta história? hahaha
Patrícia
Haha pois é Patrícia, a Sly quer nos matar só pode kkkk eu também me envolvi com essa história e espero que ela não demore um século para terminar, senão terei que reler a fic inteira, uma coisa que não quero fazer por mais que goste da história.
ExcluirMuita tensão kkkk
Outra super envolvida... não sei essa fic prende a gente de uma forma inexplicável!! É doido...
ExcluirGIL
Verdade, ela é muito, muito, muito envolvente... ultimamente está MUITO difícil encontrar uma história com essa característica, quer dizer, uma que já esteja concluída, porque tenho três na minha lista, mas com conclusão a perder de vista... :(
ExcluirBom, Patrícia, já que vc pediu um conselho... se vc quer evitar maiores sofrimentos por conta da espera e orações pra sly terminar, então sim, é melhor vc parar de ler agora...
Ai, Deus, todo mundo no maior sofrimento e devo dizer, depois do 25 ele vai só aumentar... Acabei de deixar um apelo a Sly pra ela não nos abandonar lol... Ela PRECISA escrever os dois últimos capítulos dessa história...
ResponderExcluir