In Our Hands (4/27)

Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autora: slytherinpunk

Classificação: R (eventualmente NC-17)

Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.

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Oliver olhou para a tela de seu computador que exibia a lista de nomes e coisas que Victor tinha encontrado até agora. Eram todas pistas inúteis. Nenhum delas pertencia a Chloe Sullivan, mas mesmo que não tivessem conseguido nada, ainda eram boas pistas. Com a nova tecnologia de Victor e os upgrades nos computadores, cortesia da Queen Industries, os computadores que ele estava usando agora eram mais avançados que os que ele tinha usado para procurar Chloe todos aqueles anos atrás.

Eles estavam chegando perto e Oliver podia sentir. Por um breve momento, ele se perguntou se Chloe sentia que as paredes estavam se fechando ao redor dela - ela sempre tinha um senso do perigo e seguia seus instintos para desaparecer. Se sentiu, pela primeira vez ele rezou que ela ignorasse.

Desde que Chloe desapareceu, Oliver foi deixado com muitas perguntas e sem nenhuma resposta; por que ela partiu? O que ele fez? Ela deixou de amá-lo?

No primeiro ano ele até se perguntou se ela estava viva. Mas agora a primeira pergunta para a qual ele queria resposta era: por que ela afastou o filho dele?

Perceber que ela guardou esse segredo doía ainda mais do que seu desaparecimento. Por sua vida, ele não conseguia imaginar porque ela tinha feito isso. Ele a amou mais do que tudo, estava disposto a fazer qualquer sacrifício por ela, e teria feito o mesmo por seu filho. E ele sabia que ela também sabia disso.

Ele ouviu a porta da frente se abrir e isso o arrancou de seus pensamentos. Pegando o mouse de seu computador, ele fechou a janela que estava olhando e desligou a tela assim que Dinah entrou em seu escritório. Eles ainda não tinham conversado muito desde o evento, e Oliver sentia uma ponta de culpa por isso ao vê-la.

"Ei", ele lhe deu um pequeno sorriso. "Como foi a reunião sobre os planos do casamento?"

Os olhos de Dinah foram brevemente para o computador quando ele fechou o laptop. Raiva e dor reviraram seu estômago quando viu ele colar um sorriso no rosto. Um momento... e tudo tinha mudado. Tudo em que ela tinha trabalho e esperado para o relacionamento dos dois.

Ela queria odiar Zatanna, mas a mulher tinha tentado deixar pra lá... mas é claro, Oliver insistiu. Mas independente disso, ela estava certa. Dinah cancelou a reunião sobre o casamento de hoje e foi ver um médico fora do círculo deles que confirmou o que a jovem mágica tinha dito.

Dinah não podia ter filhos e uma parte dela já sabia quem deveria ser a mãe do filho de Oliver... Não havia outra pessoa no mundo que não pediria nada de Oliver Queen. Também sabia que ele sabia... Ele já andava distraído e agindo diferente.

Ela suspirou e lhe deu um pequeno sorriso. "A reunião foi boa... No que você está trabalhando?"

"Nada de mais, só negócios", ele se levantou e foi até o lado dela, dando um rápido beijo em sua bochecha. "O que você quer para o jantar?"

Ela deu de ombros. "Qualquer coisa, não estou com muita fome." Ela foi para a porta e seguiu pelo corredor até a cozinha. Abriu a geladeira, ficando parada ali por um minuto com o rosto escondido pela porta enquanto tentava controlar suas emoções. Estava com raiva de Oliver e de si mesma, mas mais que tudo estava com raiva de Chloe. Mesmo em sua mente, o nome a fazia se encolher.

Dinah sabia que se Chloe nunca tivesse partido, ela e Oliver jamais teriam ficado juntos e isso não era exatamente algo com que uma pessoa fique numa boa. Demorou um tempo pra ela trabalhar isso, sabendo que era uma segunda opção pra ele... E em seus olhos, ela jamais seria tão boa quando a que originalmente ele queria. Mas ela achou que eles tivessem seguido adiante.

Fazia quatro anos desde que ele tinha parado de procurar por ela... Eles iam se casar, pelo amor de Deus. Ele não era a única pessoa com coisas acontecendo. Claro, ela nunca tinha pensado em ter filhos, mas não pensar sobre isso não significa não tê-los e não ser capaz de tê-los eram duas coisas completamente diferentes. A informação a atingiu como uma tonelada de tijolos, e ela se encontrou desejando uma coisa que nunca soube que queria.

Seria ótimo se ela pudesse ir até seu noivo e dizer a ele o que estava sentindo... tê-lo confortando-a... mas agora ela não queria nem estar perto dele. Pra quê? Pra que ele pudesse lhe dar um tapinha nas costas e dizer que sentia muito e então saber com certeza que tinha um filho por aí com ela? Ela respirou fundo enquanto pegava a garrafa de água da geladeira, enquanto os passos de Oliver ecoavam no chão conforme ele se aproximava da cozinha.

Ela se virou tomando um gole da água e ergueu uma sobrancelha. "O quê?"

Oliver deu de ombros. "Eu estava esperando você pra jantar, mas já que você não está com fome acho que vou fazer alguma coisa rápida." Ele abriu a porta do armário e pegou uma panela. "Então, o que você planejou para o casamento hoje? E quando precisamos ir escolher o bolo?"

Ela se recostou contra o balcão e o observou enquanto ele preparava alguma coisa pra comer. Seu tom seco, mas não maldoso. "Você não deveria ter esperado... se eu não estou aqui, faça o que tem que fazer. E nós discutimos... os arranjos e algumas outras coisas." Ela se virou pra não ficar de frente pra ele, levando a garrafa de água com ela enquanto ia para a sala, colocando alguma distância entre eles enquanto se sentava em uma das cadeiras.

Quanto mais ele perguntava sobre o casamento, mais ela queria gritar. Ali estava ele, fingindo que estava tudo bem, falando sobre se casar, quando ela podia ver claramente o que passava na cabeça dele. Ele achava que ela era estúpida?

Ela clareou a garganta. "Bolos só no fim da semana."

Oliver assentiu enquanto colocava a panela e uma tigela no balcão. "Eu sei que você falou há algumas semanas sobre bolo de morango para o casamento? Você ainda quer esse ou quer provar outros sabores?" Ele se virou para encher a panela com água, sentindo-se levemente desconfortável com o silêncio que havia se instalado entre eles nos últimos dias, sabia que não era culpa de Dinah...

Todas as dúvidas dela tinham a ver com ele vivendo com o fantasma de Chloe, e nada disso era justo com ela. Essa era a razão pela qual ele queria ignorar o conselho de Hal e não contar a Dinah sobre sua busca até que a encontrassem. Oliver já tinha lhe causado muito dor de cabeça durante os anos, e embora ela merecesse saber a verdade, ele não conseguia dizer.

Ele xingou quando percebeu a água transbordando da panela e tirou um pouco da água antes de colocá-la no fogo. "AC e Mera tiveram um bolo com um sabor esquisito... não vamos fazer isso, existem sabores melhores..."

Dinah o ignorou enquanto ele continuava a falar de bolos de casamento. Se ele ia acabar as coisas entres eles, ela desejava que ele fizesse isso logo. Ficar enrolando... planejando o casamento... pra quê? No fundo de sua mente ela já sabia... só nunca quis admitir, mas sempre soube que chegaria o dia em que não poderia mais fingir. Só não achou que seria tão cedo.

Dinah se levantou e olhou para Oliver da outra sala enquanto ele xingava. Ela foi até a cozinha e balançou a cabeça. "O que fez você esquecer da água fervendo? Talvez tenha muita coisa passando pela sua cabeça."

Ela pegou um macarrão do armário e colocou no balcão, abaixando a chama do fogão antes. "Talvez você queira só assistir dessa vez." Ela jogou uma toalha sobre o balcão para enxugar a água que tinha transbordado e foi para o quarto deles. "Eu vou tomar banho."

Oliver suspirou e correu uma mão pelo cabelo enquanto olhava para o teto. Parece que nunca mais as coisas ficariam calmas, e ele ficou incomodado pelo comentário dela. "Ok", ele mexeu o macarrão sem olhar pra ela. "Acho que enquanto você toma banho, vou ligar para o Vic e ver o roteiro de patrulha pra esta semana..."

Ela revirou os olhos e começou a desabotoar a blusa enquanto seguia pelo corredor, voz sarcástica enquanto comentava por sobre o ombro. "Ótimo... faça isso." Ela fechou a porta e se apoiou ali engolindo em seco, um sensação ardente nos olhos. Dinah não tinha cem porcento de certeza do que estava acontecendo, mas sabia que ele estava se afastando dela.

Oliver olhou para o corredor, imaginando o que poderia dizer, ou como podia tentar consertar o que estava errado entre ele e Dinah... Nunca havia sido um relacionamento fácil, mas desde o baile, as coisas tinham de algum jeito piorado, e ele precisava saber como trazer o assunto para Dinah... mesmo deixando sua busca por Chloe fora disso.

Ele jogou o macarrão na panela de água fervente, mexendo três vezes antes de pegar o telefone do balcão e ligar para Victor. Ele parou antes de entrar o terceiro dígito, e rapidamente fechou o telefone e procurou pelo número da planejadora de casamento. Ele levou o telefone até o ouvido enquanto começava a mexer a massa novamente. Estava se sentindo muito culpado com a situação, e devia a Dinah tentar fazer um esforço.

O telefone tocou três vezes antes de ser atendido. "June Parker falando."

Oliver colocou a colher no balcão e abaixou o fogo. "June, oi, é Oliver Queen."

Houve uma pausa a princípio e Oliver imaginou se Dinah tinha trocado de profissional. "Sr. Queen, claro, olá. Em que posso ajudar?"

Oliver se recostou contra o balcão. "Eu queria saber quando vamos fazer a prova de bolo."

"Oh?" A mulher pareceu surpresa. "Certo, isso é bom. Depois do cancelamento de hoje, desculpe por ser tão rude, mas eu achei que um de vocês não tivesse mais muita certeza."

Oliver franziu a testa às palavras da mulher. "Cancelamento? Eu não sabia que eu tinha que comparecer hoje, certamente eu não cancelei."

"Não o senhor", a mulher assegurou. "Sua noiva, Srta. Lance, ela cancelou hoje e não quis remarcar."

Ele franziu as sobrancelhas e quando não falou nada por alguns momentos, a jovem voltou a falar hesitantemente. "Hm, o senhor... não sabia?"

Ele abriu a boca para responder, instantaneamente sentindo a mandíbula travar. "Obrigado pela ajuda, June. Entraremos em contato." Ele desligou o telefone, colocando-o no balcão antes de mexer o macarrão mais uma vez e pegar o escorredor antes de jogar o macarrão.

Ele balançou a cabeça tentando se lembrar da óbvia mentira de Dinah sobre os arranjos florais. Aparentemente ele não era o único guardando segredos...

Dinah não demorou muito no banho, só o suficiente para a água quente aliviar a tensão em seu corpo. Ela correu a mão pelo cabelo, vestiu uma calça preta e uma camiseta antes de colocar a mão na maçaneta, respirando fundo e abrindo a porta e seguindo pelo corredor.

Ela viu Oliver sentado na mesa comendo seu macarrão e então foi para a sala, pegando seu livro que estava na mesa perto do sofá. Dinah estava cansada de tentar conversar com Oliver porque parecia que só ia ficar mais irritada, então ela colocou os pés no sofá, abriu o livro na página marcada e procedeu a ignorá-lo enquanto tentava se concentrar no livro.

Oliver a viu vindo pelo corredor pelo canto dos olhos, e quando ela foi para a sala numa tentativa para evitá-lo, só deixou mais aparentemente que ela estava escondendo alguma coisa dele.

Ele girou o garfo na tigela. "Então, que flores você escolheu?"

Ela travou a mandíbula, mas seus olhos nunca deixaram o livro que ela fingia estar lendo enquanto respondia a pergunta, voz desinteressada. "Eu não escolhi. Não gostei de nenhuma." Ela não sabia porque de repente ele estava tão interessado nas flores, considerando que ele andava muito preocupado, mas o casamento definitivamente não era um assunto que ela queria tratar agora.

Oliver inclinou a cabeça. "Oh, para futuras referências, que flores eram?"

Dinah apertou os lábios, virando a cabeça levemente na direção de Oliver, estreitando os olhos enquanto tentava controlar a raiva. Que diabos acontecia com ele?

"Para futuras referências, todas elas. Elas deixam um cheiro doce irritante onde quer que estejam e elas morrem... eu nunca entendi o propósito das flores. Qual o objetivo? A única vez que as pessoas mandam é quando sentem muito por alguma coisa ou quando fizeram alguma coisa errada..." Seu tom claramente indicava que ela não queria conversar sobre esse assunto.

Oliver assentiu. "Por isso você não se encontrou com June hoje? -- Por que odeia flores?" Ele estreitou os olhos pra ela. "Ou tem alguma outra razão que eu não estou sabendo?"

Ela abriu a boca com uma expressão surpresa no rosto antes de registrar o tom acusatório na voz dele. Quem diabos ele era pra ficar indignado com ela? Oliver era o rei dos segredos. Ela tinha a sensação que era só isso que ele era.

Dinah olhou feio pra ele, jogando o livro no sofá enquanto se levantava, voz irritada. "O que, você foi conferir o que eu disse, Oliver? Então eu cancelei a porcaria da reunião... Por que você se importa? Quer dizer, sério... não é como se você estivesse completamente envolvido ultimamente. Além do mais eu tinha coisas mais importantes pra fazer." Ela atravessou a sala até o pequeno bar e pegou um uísque, servindo-se de um copo antes de engolir tudo num único gole.

Oliver se levantou e foi atrás dela. "Não, na verdade eu liguei para June para saber quando seria a prova de bolo." Ele cruzou os braços sobre o peito enquanto olhava feio pra ela. "E se não é grande coisa, por que você não me disse que cancelou? Por que mentir sobre isso?"

Ela se virou na direção da voz dele, irritada com a proximidade e sua mão apertando o copo, sua voz ficando mais alta enquanto falava. "Por que não é da sua conta o que eu estava fazendo! Por que você precisa saber tudo? Aparentemente você não acha que eu preciso saber tudo então por que você deveria? Você acha que eu não percebo que você está preocupado com coisas que você não vai me contar?"

Ela jogou as mãos na direção dele, sua voz ficando ainda mais alta enquanto cuspia as palavras, seu corpo tremendo de raiva. "Você quer saber onde eu estava? Eu fui ao médico, ok? E eu não te contei porque eu sabia que você ia fazer um milhão de perguntas embora você não se importe em compartilhar as coisas como deveria acontecer com um casal, você realmente gosta de ter suas respostas. Bem, adivinha Oliver, é uma rua de mão dupla."

Dinah deu uma risada amarga e balançou a cabeça, colocando o copo no balcão antes que o jogasse do outro lado da sala. "Oh, e Zatanna estava certa..." Sua voz falhou enquanto ela travava a mandíbula e se concentrava na raiva para impedir as lágrimas de rolarem. De jeito nenhum ela ia chorar na frente dele... Porque por mais difícil que fosse admitir pra si mesma, ela não confiava em Oliver... e então, lágrimas, chorar... era uma fraqueza e Dinah estava longe de ser fraca.

Seus ombros caíram e ele soltou os braços. "O quê?" Ele engoliu em seco enquanto falava. "Di... por que você não falou nada? Eu teria ido com você..."

Ela encontrou seus olhos, sabendo que ele não entenderia. Sua ida ao médico, confirmando o que Zatanna tinha dito... só significava que Zatanna estava certa sobre o que disse a Oliver também. Oliver tinha um filho em algum lugar... Um filho que não tinha nada a ver com ela e possivelmente tinha a ver com a mulher que ela sabia que Oliver realmente nunca esqueceu. O que exatamente sobrava pra ela?

Dinah balançou a cabeça. "Porque eu não queria você lá... não é nada demais. Eu nunca quis ter filhos mesmo e com o tipo de vida que eu tenho... seria estupidez arrastar mais vidas inocentes pra essa bagunça que vivemos."

Ela parou, dedos segurando a ponte do nariz antes de cruzar os braços sobre o peito. Sua voz tensa, mas baixa. "Olha... eu estou cansada. Não estou com vontade de conversar sobre isso agora... eu vou pra cama... Por que você não... faz o que tem que fazer enquanto eu não estou por perto?" Ela se mexeu, movendo-se para passar por ele.

Ele estendeu a mão, pegando a mão dela antes que ela pudesse passar por ele. "Eu sei que você disse que não queria ter filhos, mas ainda assim é uma notícia difícil... eu estou aqui se você quiser conversar."

Ela tirou a mão dele de seu braço gentilmente, toda a raiva desaparecendo de seu rosto, deixando apenas o cansaço enquanto olhava pra ele, cabeça inclinada para o lado. Não havia maldade em sua voz, mas a dor era clara. "Do mesmo jeito que você conversa comigo?" Ela engoliu em seco. "Não, está tudo bem. Eu venho lidando com meus problemas sozinha a vida inteira... essa é só mais uma coisa para acrescentar à lista. Não se preocupe comigo... eu sou mais forte do que pareço."

E com isso ela foi para o corredor e fechou a porta do quarto, trancando-a para mantê-lo fora. Ela fechou os olhos tentando suprimir todas as diferentes emoções que a atravessavam, mas não conseguiu. Ela precisava aliviar um pouco da tensão dos últimos dias ou ia explodir.

Dinah se afastou da porta e foi até o armário pegar seu uniforme. Precisava sair de casa, e que jeito melhor de se acalmar do que uma patrulha rápida pela cidade? Ela iria para a Watchtower, ia se logar no sistema e sair por algumas horas. Não demorou muito pra ela se trocar antes de ir até a varanda, olhar brevemente por sobre o ombro para a porta do quarto antes de pular, desejando que a patrulha fosse o remédio que estava precisando.

Oliver fechou os olhos e suspirou. Se sentia o maior idiota do mundo. Embora esperasse que o que Zatanna disse a ele fosse verdade, nem passou por sua mente o que Dinah poderia estar sentindo com a situação dela. Ele cegamente pensou que esconder sua busca por Chloe impediria que ela ficasse chateada. O que no final, acabou forçando-a a lidar com sua própria crise sozinha.

Ele jogou a louça suja na pia, se apoiando no balcão enquanto tentava pensar no melhor jeito de tomar o controle de sua vida. Ele olhou por sobre o ombro na direção da porta fechada do quarto e abaixou a cabeça em derrota. Dinah não queria conversar nem vê-lo, e ele tinha certeza que não havia nada que pudesse fazer para convencê-la do contrário.

Pegando seu casaco, ele jogou sobre os ombros e pegou as chaves, ansioso pra sair dali. Ele precisava de espaço, e ao invés de tomar uma bebida, ia usar melhor seu tempo livre e procurar por Chloe.

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Dinah chegou na Watchtower em menos de vinte minutos. Foi para a entrada lateral e quando percebeu que as portas estavam abertas, imaginou que Victor estivesse trabalhando até mais tarde ou alguma coisa sim. Ela não sabia quem estava em patrulha, mas imaginou que podia usar uma ajuda.

Ela atravessou as portas duplas, sua boca se abrindo num sorriso quando estava prestes a cumprimentar Victor que estava sentado a menos de três metros dela, sentado numa estação de computador. Mas seu corpo congelou completamente quando olhou para o largo monitor à esquerda e viu uma foto de Chloe com várias outras fotos menores num programa de reconhecimento facial.

Um arrepio correu sua espinha quando percebeu o que Oliver vinha escondendo dela. Ela sentiu o coração apertar dentro do peito enquanto olhava para os arquivos sobre as mesas, fotos, papelada, até mesmo alguns artigos antigos sobre ela. Eles supostamente se casariam em menos de um mês e ele estava procurando por ela.

Ela respirou fundo fazendo Victor se virar e quando viu o olhar no rosto dela, ele abriu e fechou a boca, incerto do que fazer.

Ele se sentia horrível, nunca tinha visto Dinah tão ferida. Não era uma emoção que via no rosto dela, e era tão claro que isso significava que era impossível esconder a dor...

Ela desviou os olhos da tela para Victor, cheios de lágrimas. "Há quanto tempo?"

Ele mordeu a parte interna da bochecha, tom cauteloso. "Dinah..."

Sua voz era dura enquanto tentava segurar as lágrimas. "Quanto. Tempo."

Victor suspirou, seus olhos caindo em derrota. "Uns dois dias..."

Ela balançou a cabeça e girou para ir para a porta, algumas lágrimas descendo por seu rosto quando ela ficou frente a frente com Oliver.

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Capítulo Cinco

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