Título: Em Nossas Mãos
Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autoras: slytherinpunk
Classificação: R (eventualmente NC-17)Resumo: "As palmas não mentem, Oliver." Zatanna aclamou enquanto ele afastava a mão. "Você tem um filho."
Autoras: slytherinpunk
Spoilers: segue os acontecimentos até o terceiro episódio da décima temporada e segue AU depois disso. Oliver nunca se revelou como Arqueiro Verde e Tess nunca comandou a Watchtower.
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Oliver ficou estranhamente quieto quando voltaram até a Watchtower depois da ligação de Victor. Ele fez apenas algumas perguntas, mas mais deixou Victor explicar o que tinha descoberto enquanto eles estavam fora, respondendo mais as perguntas de Hal. Aparentemente, enquanto a Watchtower escaneava pseudônimos internacionais, encontrou um rosto que batia com o de Chloe. A única razão para o computador ter começado um teste de reconhecimento facial, foi porque os documentos utilizados pela pessoa, incluindo um diploma falso de professora por uma universidade americana, tinha a marca do banco de dados da Watchtower.
A professora lecionava sobre computadores, tecnologia e softwares em uma universidade de Frankfurt, a maior cidade no estado de Hesse, na Alemanha. E não só o reconhecimento facial deu quase cem porcento de certeza quanto a estrutura óssea e as similaridades faciais do crachá da professora, mas quando Victor foi pesquisar seus dados, descobriu que sua história era completamente refinada, e ela tinha um filho, não tão coincidentemente, com a mesma idade que acreditavam ter o filho de Oliver.
Com todos os termos técnicos e explicações, Oliver mal tinha ouvido alguma coisa com o som do seu coração disparado. Ele mal podia absorver as coisas a não ser que Victor os tinha encontrado. Eventualmente, quando Hal e Victor o fizeram 'despertar' e repassaram os detalhes de novo, Victor perguntou se Oliver queria ver as fotos de escola de seu filho que tinha encontrado nos arquivos do pseudônimo de Chloe. Hal segurou seu ombro, deixando Oliver saber que ele estava ali, mas Oliver educadamente recusou. A primeira vez que pusesse os olhos em seu filho, queria que fosse pessoalmente.
Então ele ligou para Bruce, pedindo um favor pessoal e pegando emprestado o jatinho sem identificação dele. Oliver não queria alertar Chloe de sua presença se a imprensa visse o jatinho de Oliver pousando no aeroporto. Ele precisava estar um passo a frente e garantir que nada a assustasse, ou eles perderiam seu rastro. Assim que o voo foi organizado, ele agradeceu Victor e Hal repetidamente antes de correr pra casa para fazer as malas antes que o jatinho de Bruce Wayne chegasse ao aeroporto.
O voo foi longo, mas ele não conseguiu dormir. Ele tinha um pouco de medo que quando o jatinho pousasse e ele fosse até o endereço que Victor lhe dera, fosse tarde demais e só encontrasse o lugar vazio. Ao invés de se concentrar nas possibilidades negativas, ele tentou pensar no que ia dizer a Chloe depois de todos esses anos... Depois de finalmente ver, pessoalmente, o maior segredo que ela tinha escondido dele. De repente os milhões de dólares que ela tinha roubado para as armas kriptonianas não pareciam nada.
Ele estava mais do que com raiva dela, e sabia que tinha o direito de estar. Mas não queria que esse lado fosse a primeira coisa que mostraria na frente de seu filho. Durante a viagem no jatinho, e o caminho no carro até o endereço que Victor tinha lhe dado, ele passou o tempo pensando em todas as possibilidades E enquanto atravessava a rua agora, procurando pela porta no endereço que tinha, finalmente tomou sua decisão do que acreditava ser a melhor forma de agir.
Respirando fundo, ele olhou para os dois lados antes de atravessar a rua e parar de frente a uma escada na frente da residência. Ele respirou fundo, subindo os degraus lentamente e se preparando, incerto de quem abriria a porta. Seu coração estava pesado, quase como se tivesse despencado em seu estômago por medo que algum homem desconhecido abrisse a porta ao invés de Chloe ou o garotinho, e Oliver endireitou os ombros e respirou fundo novamente.
Ele fechou a mão em punho enquanto a erguia, e hesitou, uma onda de pânico, fazendo-o se perguntar se estava no lugar certo. Antes que batesse na madeira, a porta abriu de repente, um menino de cabelos pretos e cheio de sardas prestes a sair quando parou, percebendo Oliver e levantando a cabeça para olhar pra ele com seus olhos escuros.
Oliver congelou, não só pego de surpresa pelo fato do garoto não ser como ele tinha imaginado. E ele se perguntou de novo se o endereço estava correto antes do medo de que estivesse errado ao achar que Chloe era a mãe de seu filho.
Ele percebeu o garoto olhando pra ele cuidadosamente, como se estivesse com medo de se mexer e Oliver engoliu em seco nervosamente. "Uh, hallo..." Ele cumprimentou em alemão, incerto se o menino falava inglês. Ele tentou olhar ao redor da porta pra ver a casa, mas o corredor era escuro comparado ao dia claro do lado de fora e não conseguia ver nada mais.
O garoto piscou, antes de se virar e correr de volta pra casa, e Oliver se encolheu, imaginando se deveria esperar quando outro garoto apareceu correndo. Ele parou perto da porta, olhando para o menino de cabelos escuros antes de se virar para Oliver, e Oliver podia ver agora que o garoto tinha a mesma altura, claramente a mesma idade que o outro, mas essas eram as únicas semelhanças. O garoto que tinha acabado de aparecer tinha cabelo loiro e profundos olhos verdes, e Oliver sentiu sua boca ficando seca quando olhou pra ele, imediatamente reconhecendo a semelhança com a jovem versão de si mesmo.
O garoto loiro assentiu para o outro, que passou correndo por Oliver e desceu as escadas, dando adeus e Oliver se virou para ver o loirinho com as sobrancelhas erguidas pra ele.
"Mãe!" O menino gritou em inglês perfeito. "Nickolaus foi pra casa e tem um homem aqui!"
Chloe deu risada de dentro da casa enquanto saía da cozinha na direção da porta da frente enquanto falava num tom brincalhão. "Um homem você diz... Bem, nós o conhecemos?" Ela viu Connor e se moveu pra frente com um sorriso até ver quem era o homem em sua porta.
A cor sumiu do rosto de Chloe, seu coração acelerou freneticamente contra o peito quando encontrou o profundo par de olhos castanhos que não via há sete anos. Ela respirou fundo, sua mão segurando a porta, nós dos dedos ficando brancos enquanto ficava imóvel e completamente sem palavras.
Oliver... Como em nome de Deus ele a tinha encontrado? -- Ela tinha sido tão cuidadosa... Ela engoliu em seco, tentando umedecer a garganta para que pudesse dizer alguma coisa... qualquer coisa, mas nada aconteceu enquanto uma mistura de medo e ansiedade tomava conta dela.
Oliver sentiu a mandíbula travar quando Chloe apareceu, com sucesso arrancando o ar de seus pulmões. Ela continuava bonita, seu cabelo loiro ainda tinha curtas ondas que emolduravam seu rosto, e seu coração apertou dolorosamente dentro do peito, a visão dela forçou seu corpo a se lembrar da dor que ela lhe fez sentir. E só quando se lembrou das circunstâncias, se permitiu uma satisfação interna quando Chloe visivelmente congelou ao vê-lo.
"Há quanto tempo, Chloe", Oliver cumprimentou secamente.
Connor franziu a testa enquanto olhava para sua mãe. "Você conhece ele?"
Chloe abriu e fechou a boca rapidamente antes de olhar para seu filho e lhe dar um pequeno sorriso, tentando manter a voz controlada. Ela sabia que alguma coisa estranha estava acontecendo nos últimos dias, mas foi se tornando complacente com o passar dos anos. Quando uma notificação surgiu em seu computador há alguns dias, ela imaginou que era alguém do trabalho pesquisando sua ficha. Não fazia ideia que era Oliver.
"Sim... Ele é--" Chloe parou enquanto seus olhos voltavam para Oliver, as palavras suaves, mas sua postura tensa. "Um velho amigo... de quando eu morava na América... eu te falei sobre isso antes, lembra?"
"Sim." Connor assentiu, mas olhou para Oliver, desconfiado. "Então você é um velho amigo da minha mãe?"
O canto da boca de Oliver tremeu enquanto desviava o olhar para o pequeno garoto. "Sim, nós temos uma longa, longa história." Ele voltou os olhos para Chloe. "Não é verdade, Chloe?"
Ela olhou feio para Oliver por um minuto antes de voltar a uma expressão neutra quando viu os olhos de Connor nela. "É verdade... Oliver..." Sua voz tremeu quando falou o nome dele. Era um nome que não dizia há tanto tempo que quase esqueceu como soava.
"Era amigo de um amigo... trabalhamos juntos por um tempo." Ela olhou para Connor com um sorriso. "Por que você não vai terminar de arrumar o quarto? Eu sei que ainda tem um monte de coisas no chão."
Connor começou a balançar a cabeça, abrindo a boca para protestar quando Oliver se aproximou. "Você não vai me convidar pra entrar?"
A mão de Chloe não se moveu da porta. Ela sabia o que ele estava fazendo e queria dizer não, dizer pra ele ir embora, mas isso só levantaria mais perguntas da parte de Connor. Ela encontrou os olhos de Oliver, a expressão de raiva nos dela era clara como o dia pra ele.
Ela travou a mandíbula, mas lhe deu um sorriso falso. "Claro. Connor, vai arrumar aquela bagunça por favor... agora. E depois você nos encontra na cozinha, ok?" Ela olhou para seu filho, sobrancelhas erguidas.
"Certo", Connor concordou, olhando mais uma vez para Oliver antes de voltar para dentro da casa.
Oliver esperou até não poder mais ver o garoto, e então assentiu para Chloe com a mandíbula travada. "Garoto legal." Ele inclinou a cabeça para o lado. "Parece um pouco alto pra uma criança de cinco... você diria que ele tem seis ou sete anos?"
Chloe não se moveu da porta, seu tom seco, olhos endurecendo com as palavras enquanto olhava brevemente na direção em que Connor tinha ido, antes de olhar para Oliver. "Como você me encontrou?"
Oliver ergueu uma sobrancelha. "Sério? Sete anos e um filho que eu não sabia que tinha e é isso que você tem a dizer pra se defender?" Ele balançou a cabeça. "Você é realmente uma coisa, Chloe."
Ela olhou furiosa pra ele. "Eu sou uma coisa? E você? Aparecendo depois de sete anos... você poderia ter ligado, oh, mas espera, deixa eu adivinhar, você achou que eu ia pegar meu filho e ir embora, certo?"
Ela balançou a cabeça, braços cruzados sobre o peito. "Talvez fosse o que ia fazer no passado, mas faz seis anos, Oliver... eu mudei... e eu não arrancaria a vida de Connor por causa de um telefonema."
Chloe engoliu em seco, sua voz dez vezes mais firme do que ela realmente estava. Todos esses anos e ela sempre planejou contar a ele sobre Connor, mas nunca teve coragem. Não depois de tudo que viu... não podia fazer com que ela mesma ou Connor se machucassem.
Ela podia ter amado Oliver, mas Connor era seu filho... A coisa mais importante de sua vida e não podia fazer isso com ele. Não podia tentar trazer um pai para sua vida que eventualmente fosse deixá-los. Mas ela podia ver a dor nos olhos dele atrás da fúria e seu estômago apertou com a culpa, seu pulso freneticamente errático enquanto olhava para o homem que nunca imaginou ver de novo.
Oliver olhou feio pra ela enquanto se aproximava, suas palavras mal um sussurro. "Nosso filho, e é melhor você ir se acostumando a dizer, porque eu não vou a lugar nenhum." Ele foi na direção dela, seu estômago apertando com a proximidade. "Agora me convida pra entrar antes que eu ligue para Lois e Clark e diga onde você está e o que esteve escondendo todos esses anos."
Chloe se endireitou, seu corpo inteiro tenso, mas os olhos nos dele, nunca desviando de seu rosto, a voz completamente calma enquanto falava baixinho. "Escuta bem, Oliver, porque eu só vou dizer uma vez. Não venha até minha casa me ameaçar. Eu tenho certeza que você está com raiva e... você tem o direito de estar. Se você apareceu aqui porque descobriu sobre Connor e quer fazer parte da vida dele... eu posso entender... mas eu não respondo muito bem a provocações, se você espera chegar a dez metros do nosso filho, sua atitude tem que mudar drasticamente. Você pode ter me encontrado, mas você não é o único que tem cartas na manga aqui. Você me ouviu?" Ela garantiu que ele estivesse olhando dentro dos olhos dela quando as últimas palavras saíram de sua boca.
Embora não fosse possível dizer por sua voz, Chloe se sentia sem jeito, suas palavras de fúria fora do lugar. Mesmo quando estavam juntos nunca brigaram e trocaram palavras duras. Ela se sentia horrível dizendo isso porque na realidade gostaria de nunca ter feito isso com ele, mas ele ir até lá, entrar na sua vida sem pedir licença e ameaçá-la... era demais pra ela suportar, e estando despreparada pela primeira vez em muito tempo a fez se sentir aterrorizada.
Oliver endureceu o olhar. "Não faça eu me arrepender de não entrar e levar ele embora." Não era sua intenção ser malvado, ele estava determinado a ser civilizado mas uma coisa que tinha aprendido sobre Chloe era que embora ela fosse capaz de despertar o melhor dele, nos últimos seis anos ela só conseguiu despertar o pior.
"Eu não estou aqui pra acabar com a vida que vocês têm, vamos fazer as coisas devagar, e civilizadamente." Ele mordeu a parte interna da bochecha. "Mas você não dá mais as ordens, Chloe. E sim, eu meio que acho que você me deve."
Ela balançou a cabeça, a calma desaparecendo completamente de seu tom. "Oh e esse comentário deveria me fazer te convidar pra entrar? Não me ameace, Oliver e ache que está me fazendo algum tipo de favor por não tirar Connor da casa dele. Ele não iria com você mesmo que você tentasse levá-lo embora. Mas obrigada pela civilidade... você está fazendo um excelente trabalho", ela balançou a cabeça e olhou pra trás brevemente quando ouviu um barulho.
Ela abaixou a voz enquanto se virava na direção de Oliver. "Eu sou a mãe dele... eu sou a única pessoa que ele conhece e antes que você jogue na minha cara que isso é culpa minha, deixa eu te dizer que isso significa que eu dou as ordens."
Chloe não se sentiu frustrada assim em sete anos. Ela não brigava com as pessoas, ela mal tinha contato com pessoas fora de seu trabalho ou da escola de Connor. Mas menos de meia hora na presença de Oliver e toda a raiva e dor que vinha segurando nos últimos anos voltaram correndo.
Ela respirou fundo e segurou a ponte do nariz antes de olhar pra ele, a voz com menos veneno do que um momento antes. "Agora que você sabe sobre ele... eu não... vou dizer que você não pode conhecê-lo... eu não sou tão sem coração embora você pense diferente. Mas jogar coisas assim vão fazer você se arrepender de ter vindo aqui e levá-lo embora não vai acontecer. Faz muito tempo... mas deixa eu te dar um conselho... ameaçar tirar um filho da própria mãe, não é uma coisa com a qual você vai querer brincar, Oliver, mesmo que seja só fruto da raiva. Eu te garanto. Não transforme isso numa briga porque você não vai ganhar."
Ele franziu a testa pra ela. "Não é tão sem coração? É, eu diria que os últimos sete anos são evidências contra essa declaração." Oliver deu um passo pra trás, muito nervoso pra ficar tão perto. "E eu te garanto, Chloe... eu não estou fazendo ameaças. E eu não iria fugir com ele- esse é o seu jeito de fazer as coisas."
Antes que Oliver pudesse abrir a boca de novo, Connor apareceu atrás de Chloe, dando a ele e a sua mãe um olhar duvidoso. "Mãe, eu terminei... por que vocês ainda estão aqui fora?"
O olhar feio no rosto de Chloe desapareceu completamente antes de se virar para Connor. "Está um dia muito bonito, querido, só estávamos aproveitando o clima", ela bagunçou o cabelo dele e sorriu. "Já íamos entrar", ela se moveu para o lado lentamente, deixando a porta aberta para Oliver, mas não olhou pra ele.
Ela falou por sobre o ombro, sua voz nada amigável, mas não tão nervosa quanto antes. "Feche a porta", antes de ir para a cozinha com Connor.
Oliver não disse nada. Ao invés, ele fechou a porta e os seguiu. Seus olhos escaneando os cômodos, vendo fotos de Connor, e Connor com Chloe no passar dos anos enquanto ele ia até a cozinha.
Connor se sentou a mesa, olhando curioso para Oliver que ficou parado na moldura da porta. Ele arregalou os olhos verdes e acenou na direção da mesa. "Você vai sentar?"
Oliver olhou para Chloe pelo canto dos olhos, silenciosamente pedindo sua permissão.
Ela apertou os lábios e assentiu antes de olhar para Connor e ir até a geladeira. "Está com fome, Con? Que tal um lanche?" Ela ficou de costas para a mesa da cozinha tentando acalmar a respiração e não se concentrar no fato de que Oliver estava a menos de três metros dela, na mesa de sua casa.
Chloe pegou dois copos e encheu com água gelada antes de colocá-los na mesa, um na frente de Oliver sem olhar pra ele. Ela ergueu a sobrancelha para Connor que a observava atentamente enquanto ela tomava um gole de sua água. "Docinho... lanche?"
Connor desviou os olhos para Oliver e pra ela de novo. "Sim, por favor..."
Ela assentiu feliz em ter alguma coisa pra fazer. "O que você quer?"
Ele inclinou a cabeça para o lado pensando enquanto tamborilava os dedos na mesa. "Hum... espetinho de queijo?"
Ela sorriu e foi até a geladeira, abrindo a porta e pegando um pacote com dois espetinhos de queijo. Chloe estava se afastando da geladeira quando parou e engoliu em seco. "Você quer um?" Sua voz baixa enquanto se dirigia a Oliver, mas ainda sem olhar pra ele.
Oliver não conseguia parar de olhar para o garotinho ao seu lado. "O quê?" Ele estava levemente confuso, e Connor franziu a testa pra ele.
"Espetinho de queijo", Connor disse simplesmente. "Você quer um?" Ele falou num tom que lembrava um adolescente irritado.
"Oh", Oliver respondeu antes de balançar a cabeça. "Não, obrigado."
Chloe voltou para a mesa, entregando um a Connor enquanto se sentava perto dele antes de tomar outro gole de sua água. Ela clareou a garganta enquanto tentava tirar o plástico do queijo. "Você se divertiu com Nickolaus?"
Connor assentiu. "Sim, estávamos praticando."
Oliver lambeu os lábios, nervoso pra falar mas ansioso pra saber... qualquer coisa. "O que vocês estavam praticando?"
"Futebol", Connor respondeu enquanto começava a abrir seu queijo.
Oliver olhou para Chloe, uma sobrancelha erguida antes de olhar de volta para Connor. "Há quanto tempo você joga?"
Ele suspirou e olhou para o estranho em sua cozinha. "Desde que eu tinha cinco anos."
Oliver deu um curto aceno de cabeça. "E quantos anos você tem agora?"
A criança lhe deu um olhar incrédulo. "Eu vou fazer sete no dia dezessete de dezembro."
Oliver lutou para suprimir um risinho, mas foi inútil. Ele estava achando muito engraçado que sem querer ele e Chloe tivessem feito um arqueiro.
Chloe olhou para os dois sentados em sua mesa e o ar ficou preso em sua garganta. Quantas vezes ela tinha sonhado com esse momento? Todos juntos como uma família? Era uma bobagem e ela nunca esperou ver esse dia chegar. E agora... ali estavam eles, mesmo que a circunstância estivesse longe da ideal.
A voz dela estava mais suave enquanto seu coração martelava. "Connor é muito bom em esportes."
Os dois se viraram para olhar pra ela, mas ela manteve os olhos no queijo em sua frente. Era um comentário aleatório, mas Chloe tinha que dizer alguma coisa. A tensão era forte e ela estava fazendo o melhor pra dissipá-la porque Connor já estava começando a olhar desconfiado.
Oliver olhou para o garoto, extremamente orgulhoso, a raiva que sentia se dissipando.
"Por que você está aqui?"
Oliver piscou. "Como assim? Sua mãe explicou como nos conhecemos." Ele olhou para Chloe e riu nervosamente antes de olhar de novo para Connor. "Eu só estou visitando uma velha amiga..."
Connor estreitou os olhos e Oliver viu o primeiro traço de Chloe em seu filho. "A Alemanha é muito longe dos Estados Unidos pra uma visita." Uma pequena sobrancelha erguida sobre os olhos verdes. "Um telefonema não seria mais fácil?"
Chloe engoliu em seco e olhou para o filho deles. "Connor... não seja grosseiro." Ele encontrou os olhos de sua mãe e ela lhe deu um olhar duro, seu tom leve. "Não nos vemos há muito tempo. Tenho certeza que Oliver achou que uma visita era mais apropriada do que um telefonema." Ela obviamente ia ter que se esforçar mais com Oliver aqui, porque aparentemente não estava conseguindo enganar nem seu filho de seis anos.
Connor não estava inteiramente convencido, mas decidiu deixar a questão de lado e murmurou um pedido de desculpas para Oliver, que apoiou os braços sobre a mesa. "Tudo bem, você só é curioso como sua mãe."
Chloe não sabia exatamente o que fazer. Não era todo dia que ela tinha seu ex e pai do seu filho aparecendo em sua porta. Ela olhou para o relógio e mordeu o lábio inferior antes de se dirigir a Connor. "Está ficando tarde, Con, eu vou começar a preparar o jantar..." Ela parou, levantando-se lentamente e respirando fundo antes de ir para a pia.
Ela começou a lavar a louça enquanto seu coração apertava mais quando as palavras seguintes deixaram sua boca. "Por que você não mostra seu quarto a Oliver enquanto eu faço isso?"
Connor terminou seu queijo e olhou para sua mãe por um momento antes de assentir e sair da mesa. "Ok." Ele olhou para Oliver com uma expressão entediada enquanto esperava ele se levantar e segui-lo.
Oliver se levantou e olhou para Chloe, com um pouco de dúvida. "Tem certeza?"
Ela não se virou, porque a verdade era, não, ela não tinha certeza, mas Oliver tinha o direito de conhecer o filho, então antes que pudesse repensar, ela enxugou as mãos e passou por Oliver até a geladeira, seu tom seco, mas não maldoso enquanto falava baixinho para que Connor não ouvisse.
"Bem, você deixou bem claro que eu sou a última pessoa que você quer ver então desperdiçar seu tempo na cozinha comigo não seria muito inteligente, certo?" Chloe desejava que sua voz não estivesse trêmula como parecia aos seus ouvidos, enquanto pegava uma bandeja com lasanha e ia para o forno tentando se manter distante de Oliver.
Oliver suspirou, já se sentindo exausto de estar ali há apenas meia hora. "Chloe..."
Ela fechou os olhos ao tom cansado na voz dele. Respirou fundo e mudou sua expressão cuidadosamente antes de finalmente se virar de frente pra ele, seus olhos encontrando os dele brevemente antes de desviar o olhar e tentar se concentrar em alguma coisa que não fosse ele.
Ela lhe deu um sorriso forçado que nem de longe alcançou os olhos. "É a verdade, e está tudo bem. Pode ir... acho que você vai ficar surpreso com o que vai encontrar lá."
Oliver não se mexeu imediatamente. Seu primeiro instinto era passar os braços ao redor dela e tentar acalmar a tensão entre eles. Ele precisou de toda sua força, e da fria e amarga lembrança de que ela escondeu seu filho dele, pra relembrá-lo que não podia ir até ela e fazer as coisas serem como antes. E ele não sabia qual dos dois isso magoava mais.
Respirando fundo, ele decidiu que era melhor colocar alguma distância entre eles, e deixá-los relaxar por um momento das tensas circunstâncias em que estavam. Assentindo uma vez, ele se virou e seguiu o filho, deixando o garoto conduzi-lo pra fora da cozinha, pelo corredor até uma escada que começaram a subir.
Agora que estavam sozinhos, sem a presença de Chloe e a longa história que tinham criando uma barreira entre eles, Oliver se permitiu olhar cada detalhe de seu filho. O cabelo loiro tinha um corte curto, num penteado que Oliver já tinha usado.
Connor parecia alto para a idade, Oliver estimou que ele deveria ter entre um metro e vinte e um metro e trinta, o cabelo de seu filho era claro, mais que o dele e o de Chloe, mas Oliver também se lembrava de seu cabelo ter o mesmo tom quando tinha a mesma idade.
Sua pele era bronzeada, mais escura que a de Chloe, algo que Oliver achou que significava que Connor tomava bastante sol durante o dia, jogando bola e aproveitando enquanto era criança. Os olhos de seu filho de seis anos eram todos de Chloe, o mesmo tom só que um pouco mais escuro, e Oliver imaginou que Chloe deveria ser igual quando era criança.
E Oliver não pôde deixar de pensar que eles tinham feito a criança mais linda do mundo.
Quando chegaram no alto da escada, Connor inclinou a cabeça por um momento, mais do que percebendo o olhar de Oliver. Ele continuou pelo corredor, parando na última porta e virando-se para Oliver com os mesmos olhos céticos que ele tinha testemunhado em Chloe quando ela estava no modo-Watchtower. "Então... como você conhece minha mãe?"
"Bom", Oliver esfregou a nuca ansiosamente. "Como dissemos, somos velhos amigos... trabalhávamos juntos", ele repetiu a mesma resposta que Chloe tinha dado.
"Sério?"
Para uma criança de quase sete anos, ele parecia desconfiado demais e Oliver tentou se manter calmo, tentando se lembrar que o Arqueiro Verde não ficava assustado quando entrava no caminho de um político corrupto poderoso, ou um criminoso com uma arma; então, naturalmente, não era lógico ficar com medo de uma criança.
"Sim, eu a conheço há muitos anos." Era um pouco exagerado, afinal, ele não conseguia imaginar como poderia dizer que a 'conhecia há anos' quando não fazia ideia de que ela pudesse guardar um segredo como este. Mas ele imaginou que trazia um pouco de verdade.
"Engraçado, ela nunca falou de você." Connor endureceu o olhar, e por um momento Oliver parou, imaginando se o garoto sabia de suas mentiras.
Ele tentou não arfar enquanto procurava uma resposta. "Bem, pelo que eu posso dizer, ela não falou muito sobre a vida dela nos Estados Unidos."
Connor ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços sobre o peito. "Quem não conta que conhece Oliver Queen?"
Oliver engoliu em seco, e definitivamente seu filho recebeu a habilidade de observação de sua mãe.
Recusando-se a ser intimidado por uma criança, ele lhe deu um meio sorriso. "Acho que é melhor perguntar isso para sua mãe." E Oliver duvidava que Connor ia ouvir uma resposta verdadeira de Chloe sobre isso.
Connor olhou pra ele por um momento, obviamente insatisfeito com a resposta, mas decidiu deixar pra lá. Ele girou a maçaneta e abriu a porta, deixando Oliver segui-lo enquanto entrava no quarto.
Oliver arregalou os olhos quando entrou, completamente maravilhado com o tom de verde na parede e os pôsteres do Arqueiro Verde, rodeado de manchetes e fotos de seu alter ego.
Ele sentiu o coração parar, lágrimas queimando em seus olhos enquanto olhava cada artigo e foto, sua garganta seca e sem palavras.
Ele não era ingênuo, nem colocava um uniforme pra ser ídolo de alguém... Ele sabia que o Super Homem era um nome conhecido mundialmente, e um modelo para as crianças. E sabia que Batman era lendário, e as garotinhas gostavam da Mulher Maravilha.
Mas nunca, nas semanas em que esteve procurando por seu filho, ele esperou encontrar um fã do Arqueiro Verde. E sem dúvida sabia que isso era coisa da Chloe. Ela tinha mantido o filho em segredo, mas não o tinha removido completamente de suas vidas.
Oliver respirou tremulamente. "Então, você é fã do Arqueiro Verde?"
Connor seguiu o olhar de Oliver para as fotos e recortes sobre o Robin Hood moderno. "Sim... mais ou menos isso."
"Mais ou menos isso?" Oliver disse ainda maravilhado com tudo. "Parece que você é o presidente do fã-clube dele."
Connor deu de ombros. "Ele é meu heroi número um-- seguido pelo Batman."
Oliver tentou ignorar o quanto seu coração estava inchando, como se a qualquer momento, ele fosse explodir dentro do peito.
"E os outros?" Oliver perguntou, acenando com a cabeça para uma foto do Aqueiro Verde com a Liga da Justiça, quando eles apareceram em público pela primeira vez.
Connor deu de ombros, quase desinteressado. "Eles são legais e tudo mais... mas salvar o mundo quando você não tem habilidades, isso não te faz um pouco mais super?"
Oliver assentiu, seu coração disparado com orgulho. "Entendo porque você o admira."
Connor ficou em silêncio, como se estivesse refletindo sobre suas próximas palavras. "Ele é meu pai."
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Não queria falar isso da minha personagem mais amada, mas eu vou ter que desinstalar: A Chloe está absolutamente detestável nessa fic, pelo menos para mim.
ResponderExcluirNem vou começar a argumentar contra as falas dela, porque né...
O que a fic tem de perfeita, trama envolvente, a Chloe tem de (novamente) detestável.
Não sinto raiva assim dela desde os primeiros capítulos de Moving, quando ela resolveu ficar em Metrópolis com Clark. Mas dessa vez ela se superou.
Desculpem aí galera, mas eu não ia conseguir ler tudo sem dar um adjetivo (que eu acho) merecido para ela nesse momento.
Vou torcer muito para eu conseguir fazer as pazes com minha loira favorita até o capítulo vinte e cinco kkkkk
E esqueci de falar que nem mesmo a parte final com Connor falando sobre o arqueiro me fez sentir menos raiva da Chloe. Sinto muito :/
ResponderExcluirSeus sentimentos são completamente compreensíveis, Vinicius... Nossa, nem me fale em Moving, eu xingava ela até, mas como a amamos acabamos perdoando, vamos ver se acontece o mesmo neste história...
ExcluirOk! Também não sou muito fã da Chloe neste momento hahaha
ResponderExcluirEspero que ela tenha uma boa explicação para o que fez, e assim como o Victor, acredito que ela tenha.
Agora, esqueci de respirar quando o Connor abriu a porta do quarto... foi tudo!!
E ele dizendo que o Arqueiro é seu pai, foi surpreendente!... e aí o capítulo acaba!! Mesmo aí?? =(
Angelique, volta aqui, e posta o próximo capítulo!! Por favooooooor!!
Ansiosíssima por mais... Deus sabe o quanto!! =D
GIL
Com certeza ela tem uma explicação, vamos ver se nos convence, rs... Nossa, também acho, quando ele diz que o Arqueiro é filho dele, o coração pára...
ExcluirÔ GIL, desculpa, só vi o coment agora, é que programei a postagem, então não vi os primeiros coments... eu tinha revisado só até esse, infelizmente só terei tempo para revisar o próximo cap. quando chegar do trabalho, à noite... aguente firme, ok?
Preciso de uma explicação, pelo amor de DEUS!
ResponderExcluirPassei o capitulo correndo os olhos pelo texto, vou ter que ler tudo de novo por que não consegui prestar a devida atenção.
Como me acaba assim?
Eu não consigo achar a Chloe detestável, ainda não. É meio que compreensível ficar na defensiva, ainda mais depois de escutar um "não faça eu me arrepender de não entrar e levar ele embora". E como assim, não teve coragem de contar depois de tudo o que ela viu?
Preciso de uma explicação ou vou acabar no Team Ollie.
Pois é, Roberta, acaba assim... desculpe... rs...
ExcluirSim, é compreensível sim, vamos ver como seus sentimentos vão se desenvolvendo em relação a ela com o passar da história...
Por enquanto eu estou no Team Ollie... :D
É, eu também achei que esta frase do Oliver que a Roberta citou foi uma péssima maneira de começar. Queen Mandou mal em chegar ameaçando.
ExcluirMas a arrogância da Chloe no melhor estilo "Quem-manda-aqui-sou-eu-se-coloque-no-seu-lugar-e-vaza-daqui" foi foda kkkk e o "você poderia ter ligado" sem comentários.
É, essa é uma fic que vai testar nossos nervos... em muitos momentos por mais que você tente se colocar no lugar da Chloe, simplesmente não dá... eu acho que o Oliver chegou com muita raiva e com todo direito, e a Chloe foi mesmo arrogante... haha, o 'você poderia ter ligado' forçou... meu, pensa o Oliver, tinha acabado de conseguir ela de volta, ele sai pra trabalhar e quando volta ela sumiu de novo... trash... ainda estou no Team Ollie lol
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirVai ser duro ficar imparcial nesta fic. Ainda estou no Team Oliver também kkk. E ainda faltam muitos capítulos, depois de tanta tensão vamos precisar de uma bebida quando acabar. :)
Excluirlol também quero uma dose haha...
Excluirto muito apegada a essa fic!!
ResponderExcluirnão vou ler mais não pq sei q vou ficar com raiva pq nao tem final!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
pq alguem n se candidata a fazer um fim alternativo?
Puxa, sinto muito... estou com os dedos cruzados para que a Sly termine a história, mas entendo sua decisão, por isso deixei bem claro a situação da história para que ninguém se decepcionasse no final, mas resolvi postar mesmo assim pq 1 eu já tinha traduzido mais da metade, e 2 é uma história que eu acho realmente muito boa, entaõ pensei que valeria a pena...
ExcluirAh, seria ótimo alguém escrever um final alternativo. Podemos fazer um concurso pra ver quem escreve o melhor final, rs... que tal? Seria divertido...
Obrigada pelo comentário e por ter acompanhado a história até agora... :D
Gostei disso de final alternativo. Não tenho o talento, mas a galera aqui tem kkkk
ExcluirMeu talento também é zero... mas quem sabe alguém se habilita... :D
ExcluirObA!! Eu fico no apoio, serve?
ExcluirAlguém, se habilite, por favor!
GIL
Essa fic é muito boa e merece sim um final, de preferência feliz para o casal, não consigo odiar a Chloe. Igual a Roberta, também estou querendo saber o que foi esse tudo que ela viu, quem sabe não justifica a atitude dela. Bem, eu vou ser sempre do team Chollie, em relação a eles sempre fico em cima do muro, rsrsrs.
ResponderExcluirMerece mesmo, com certeza um feliz para a família... Quem sabe? Mas tem uma coisa que o Vinicius falou em outro capítulo que eu concordo plenamente, ele tinha o direito de saber, independente do que ela viu/decidiu... mas vamos ver o que acontece...
ExcluirEsta fic deixa agente com o ♥ na mão .É muito intensa .....
ResponderExcluirAlice
É intensa mesmo...
ExcluirTestar avatar... :/
ResponderExcluirHummm... estou gostando desses avatares aí, hot esse hein... AMO HOT!!!!!! :DDD
ExcluirChloe esta sendo uma verdadeira Bitch
ResponderExcluirhahahahaha está mesmo, não tem nem defesa... :DDDD
ExcluirBom, sem avatar hot por enquanto rs
ResponderExcluirHahaha, ok... perdoado, por enquanto... rs...
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