Resumo: Universo Alternativo. Começo da nona temporada. Quando Chloe ironiza a reputação de Oliver com as mulheres, ele propõe uma aposta: que ele consegue levá-la pra cama depois de apenas um encontro.
Autora: fickery
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Roulette
Categoria: Universo Alternativo, Romance, Smut
Banner: dtissagirl
"Este é outro lugar onde não venho há muito tempo", ela disse enquanto passavam pela entrada.
"Este é outro lugar onde venho algumas vezes, depois da patrulha", ele disse. Ela se virou pra ele, surpresa. Ele deu de ombros. "É quieto aqui. Bonito. Um bom lugar pra pensar e relaxar."
"Interessante."
"O que?"
"Que você seja atraído por lugares calmos e contemplativos. A maior parte da sua vida é de domínio público. Como se você estivesse num aquário."
"Exatamente. É por isso que eu preciso de lugares como este, e do aquário. Eles são antídotos para as outras partes da minha vida. É como ser o Arqueiro Verde. Eu faço isso nas sombras, sem paparazzi, sem repórteres. Parece muito mais real do que a maior parte das outras coisas que eu faço."
Ela lhe deu um olhar de lado. "Você está honestamente tentando me dizer que toda a bebida e a mulherada e toda devassidão é uma máscara para acobertar sua identidade vigilante, e você de fato é essa pessoa melancolicamente solitária e misteriosa? Porque não sei se acredito."
"Não, você está certa. É provavelmente só uma cantada que estou usando pra levar você pra cama", ele disse.
Agora ela não sabia se ele estava brincando ou não. E se ele não estava...
Sua consciência pesou. Ela o vinha julgando errado todo esse tempo, não se incomodando em olhar além da personalidade pública? Ela, de todas as pessoas, sabia que havia mais nele do que sua reputação de playboy.
"Cuidado", ele avisou, sua mão na cintura dela de novo. O pavimento tinha mudando para lajotas. "Seus sapatos estão confortáveis?" Ele olhou para os pés dela.
"Eles estão bem."
Embora o parque não abrisse normalmente à noite, estava belamente iluminado agora: postes de luz pitorescos no gramado, iluminação indireta fornecida por canteiros e arbustos, e pequenas luzinhas espalhadas pelo lugar.
O feito era romântico, até mágico. Como no aquário. Mais uma vez ela teve que lhe dar crédito por escolher algo tão perfeito.
"Esta é uma das minhas partes favoritas", ele disse, conduzindo-a por um caminho lateral. Vegetação exuberante e orquídeas roxas e brancas dando lugar a uma clareira com uma lagoa artificial e uma pequena ponte de madeira arqueando sobre ela.
Mais iluminação sutil ali: a silhueta dos peixes coloridos nadando sob as luzes subaquáticas e lanternas japonesas penduradas acima. As bordas da lagoa cravejadas com plantas verdes e bancos de pedra rústica.
Eles caminharam sobre a ponte, parando no meio. Chloe respirou fundo e se recostou contra a grade. O ar estava perfumado por flores exóticas; água caindo das pequenas fontes criando um som confortável ao fundo.
"Eu entendo porque você gosta de vir aqui", ela disse. "É bem calmante."
Oliver se recostou ao lado dela, ombro com ombro. Ele deslizou a mão e entrelaçou os dedos nos dela, sem encará-la. "É."
Ela decidiu não reclamar dele segurando sua mão. Por agora.
Eles ficaram parados ali por um tempo, sem falar, só bebendo a calma beleza dos arredores. Ela podia praticamente sentir o coração acalmando, sua pressão sanguínea caindo.
O que parecia ser um pouco estranho pra ela. Ou talvez não. Ele deveria estar lhe excitando ou acalmando? Ou os dois?
De qualquer jeito, ela estava surpresa que pudessem ficar em silêncio juntos, sem ser embaraçoso ou forçado. Especialmente sob as atuais circunstâncias.
"Vamos", ele finalmente disse, ainda segurando sua mão enquanto saíam da ponte. "Tem mais uma parte do parque que eu quero te mostrar. Você gosta de desafios, certo?"
"Algumas vezes", ela disse cautelosamente. Aparentemente o tempo de relaxamento tinha acabado. "O que, eles instalaram um tabuleiro gigante de xadrez ou algo assim?"
"Melhor", ele disse. "Você verá."
O desafio em questão era um labirinto em tamanho real. "Há quanto tempo isto está aqui?" ela perguntou, espantada.
"Você disse que não vem aqui há algum tempo. Importa-se em testar suas habilidades?"
"O q... minhas habilidades no quê? Vamos disputar uma corrida até o centro?"
Ele deu de ombros. "Se você quiser." Seu tom dizia que ele duvidava que ela fosse querer.
"E... qual o prêmio, além do direito de tirar sarro do outro?"
Ele olhou para a distância, fingindo refletir. "Hmm. O vencedor tem direito de cobrar uma multa do perdedor."
"E sua multa seria...?" ela perguntou, certa de já saber a resposta.
"Oh, vamos manter as coisas simples", ele disse, um sorriso malicioso brincando em sua boca. "Que tal um beijo?"
Sabia. "Não é uma competição justa. Você é mais alto que eu, e você já viu o labirinto antes."
"E é por isso que eu vou te dar dois minutos de vantagem."
"Cinco."
"Três."
"Quatro."
"Três e meio."
"Feito."
Ele sorriu. "Eu teria te dado quatro."
"Eu teria aceito dois e meio. Vejo você no centro", ela disse, e desapareceu dentro do labirinto.
*-*-*-*
Ela deu algumas voltas com sucesso, e então estava num beco sem saída, voltou e tentou outra rota, outro beco sem saída, voltou novamente. Não havia razão em olhar o relógio - ela tinha esquecido de checar a hora quando entrou no labirinto - mas seu instinto lhe dizia que a vantagem que ele lhe dera estava prestes a acabar.
Outro beco sem saída. Droga. Normalmente ela tinha um grande senso de direção, adquirido com o estudo de mapas e plantas quando corria operações para o time, mas agora um senso de - não pânico, exatamente, ou medo, mas uma versão menor de um deles - estava interferindo. Ela pulou quando a voz dele chegou aos seus ouvidos, a pouca distância dela.
"Como está indo, Chloe?"
Ele estava perto. Muito perto. De volta ao beco sem saída, ela foi na direção oposta de sua primeira tentativa. Desta vez ela teve mais sucesso, conseguindo seguir por um corredor livre em um lado do labirinto.
Brevemente ela pensou em tentar sair ao invés de seguir; quando ele se cansasse de esperar por ela no centro, sairia e a encontraria casualmente examinando as unhas.
Não. Ele diria que era desistência e cobraria a multa.
Tentando caminhar rapidamente, mas em silêncio, ela não conseguiu suprimir um suspiro quando ouviu a voz provocante dele, ainda mais perto agora.
"Acho que estou ganhando de você, Chloe."
A serenidade que ela tinha experimentado no jardim japonês tinha ido embora. Ela estava ciente que seu mecanismo de sobrevivência havia tomado conta: seu coração estava acelerado, sua respiração também. Ela estava tão calma antes, mas agora sentia-se como...
Ela parou, tentando se recompor, quando percebeu... como uma presa.
Ele a estava fazendo se sentir caçada, perseguida, e estava fazendo de propósito. Para deixá-la abalada. Como um predador brincando com a comida.
Filho da puta.
Ela voltou a andar rápido de novo. Outra volta, então outra, e outro beco sem saída. Droga. Havia muito pra caminhar, e ela tinha aquela sensação de presa de que ele ia...
Tarde demais.
Ele caminhou em direção a ela, uma mão no bolso, a outra segurando uma rosa que ela supôs ter sido arrancada de um dos arbustos próximos. Seu coração ainda estava disparado. Ela tentou acalmar o medo que lhe apunhalava o peito. E a pequena onda de calor que descia.
É só o Oliver. Ollie. Você trabalha com ele. Você conversa com ele quase todo dia.
"Parece que posso cobrar minha multa", ele disse satisfeito, parando a um metro de distância.
"Acho que sim."
Ele se aproximou, inclinando-se, e... roçando a linha de sua mandíbula com a rosa. "Foi um esforço valoroso, no entanto", ele continuou. "Eu te trouxe uma flor."
"Estou vendo", ela disse, tentando respirar normalmente. As pétalas macias estavam acariciando seus lábios agora. "Esta é minha medalha 'Você Tentou'? Todo mundo ganha um troféu só por participar?"
"Vamos chamar de segundo lugar." Ele se inclinou, hesitando quando ela colocou a mão em seu peito.
"Nunca concordamos que o beijo seria nos lábios", ela disse.
Um lado da boca dele subiu. "Não concordamos. Sua escolha, então: onde estou permitido a beijar você?"
Ela olhou para sua mão no peito dele. O olhar dele seguiu o dela. Seu sorriso aumentou.
"Aceitável." Ele trouxe a mão dela até sua boca e deu um beijo no centro, então nas pontas de cada dedo, beijando e mordiscando-os.
"Um beijo", ela protestou. "Nós só concordamos..."
"Eu sei", ele disse, beijando seu polegar, então mordiscando a pele embaixo. "É tudo o mesmo beijo." Para seu horror, ela deu um pequeno grito que foi capaz de evitar que se tornasse um gemido completo.
Ele então foi para aquela área sensível em seu pulso novamente, beijando e lambendo, e ela estava tendo muito mais dificuldade agora do que no jantar, porque estava de pé e seus joelhos estavam tremendo. Como ela nunca soube antes quantas zonas erógenas suas mãos e pulsos continham?
Ele estendeu a rosa pra ela sem soltar sua outra mão. Ela pegou, e ele a conduziu pelo labirinto sem fazer nenhuma curva errada. Ela percebeu que ele provavelmente tinha o caminho memorizado.
Ela nem conseguiu ficar brava; era uma vantagem, mas não era trapaça. Ela tinha sido tola em subestimá-lo sobre como ele prepararia a noite em todos os seus detalhes. Por mais que ela tivesse zombado de como ele passava o tempo livre, ela sabia que ele era tão bom em seu emprego diurno quanto sendo Arqueiro Verde. E ele tinha sucesso nas duas posições por ser esperto e estar sempre preparado.
*-*-*-*
Ela estava em silêncio na limusine. "Não vai me perguntar pra onde estamos indo?" ele disse.
Ela esboçou um sorriso. "Eu teria algum sucesso?"
"Não", ele disse. "Mas minhas escolhas foram boas até agora, certo?"
O braço dele estava estendido sobre o assento atrás dela. Ele estava brincando com o cabelo em sua nuca. Ela estava tentando muito bravamente ignorar o quanto queria ir para o colo dele e se enrolar como um gato.
"Foram", ela admitiu.
O destino deles era o centro da cidade, um famoso hotel. Claro que ele tinha um cartão que dava acesso ao elevador expresso. Ela sabia que havia um clube de jazz e blues com uma das melhores vistas da cidade perto do alto do edifício, então ela não estava preocupada até que o elevador passou o andar onde ficava o clube.
Não era possível que ele tivesse reservado um quarto pra eles, certo? Oliver não podia ser tão metido. Podia?
Acabou que havia um saguão privado com um terraço que dava vistas ao clube dois andares abaixo. A música, sons mudos de copos tilintando e pessoas conversando, subiam dali.
"Você está abusando do tratamento VIP hoje, não está?" ela declarou.
"Acredite ou não, não é só uma questão de tentar impressionar você", ele disse. "Quando estou em público, as pessoas tendem a se aproximar. Amigos, conhecidos, colunistas sociais, empresários tentando marcar uma reunião, você escolhe. Eu queria passar a noite com você, e não constantemente sendo interrompido e tendo que inventar desculpas."
Era uma boa resposta, ela reconheceu. Uma mesa solitária com duas cadeiras estava próxima a grade, como no aquário. A mesa tinha outro balde de gelo com um champanhe e duas taças de cristal.
Como antes, ele puxou a cadeira pra ela, então arrastou a sua pra perto dela, antes de se sentar.
Um garçom apareceu do nada. (Sério, de onde ele tinha vindo?) "Boa noite, Sr. Queen", ele disse, assentindo a cabeça para Oliver. "O champanhe está a contento, ou o senhor preferia provar outra coisa? Ou pedir algum prato?"
Oliver olhou para Chloe. "Oh, Deus, nada de comida, por favor", ela disse. "O champanhe está ótimo." Ela decidiu que podia arriscar alguns goles. Fazia mais de uma hora desde o vinho no jantar, e a adrenalina no labirinto tinha queimado boa parte.
Oliver assentiu de volta para o garçom. "Estamos bem", ele disse. "Eu posso abrir e servir."
"Muito bem, Sr. Queen. Aproveitem a noite", o garçom disse, claramente entendendo o Você não precisa nos incomodar sutil na resposta de Oliver. Ele se retirou do mesmo jeito que tinha aparecido.
Pegando a garrafa, Oliver habilmente retirou o alumínio e removeu o arame em torno da tampa. "Normalmente eu abro controladamente, mas em ocasiões especiais, eu gosto de deixar voar", ele disse, apontando a garrafa pra cima e pra longe dos dois. Ele empurrou a tampa com os dois polegares e ela saiu voando numa festiva explosão. Ele serviu as duas taças e entregou uma a Chloe.
"Aproveitando a noite até agora, eu espero?" ele perguntou, saudando-a com sua própria taça.
"Com certeza", ela disse. "Passeio privado no aquário, jantar maravilhoso, belos jardins... como não gostar?" E eu consegui não bancar a completa idiota ainda, e ainda não dormi com você e ainda não planejo dormir, então... até agora, tudo bem.
Ele fez um leve bico. "E a companhia?"
"Muito divertida", ela disse.
Ele estendeu a mão e começou a brincar com os dedos dela novamente. "Sabe, uma coisa que esta noite me mostrou foi que precisamos sair mais vezes, você e eu."
"Você e eu. Precisamos sair mais", ela repetiu, se perguntando se tinha ouvido corretamente. "Porque...?"
"Porque eu gosto da sua companhia", ele disse. "Eu percebi que a maior parte do tempo que passamos juntos na Watchtower, falamos sobre trabalho. Mas mal fizemos isto esta noite e eu ainda me diverti mais com você do que nos meus últimos encontros combinados."
O ceticismo dela estava escrito em seu rosto, fazendo-o dar risada. "Eu sei que parece uma cantada, mas é verdade." Ele tomou um gole de seu champanhe. "E quando você diz que eu estou divertindo você, você quer dizer que estou fazendo um show e que você não acredita em uma única palavra que sai da minha boca."
Ela refletiu. "Não exatamente, não. Você teve seus momentos." Aqui e ali, no aquário e no alto da ponte, ela tinha visto alguns vislumbres do verdadeiro Oliver.
Os lábios dele tremeram. "Bem, isso é alguma coisa, eu acho."
Eles ficaram quietos por alguns momentos, deixando a música embalá-los. "Eu gosto deste grupo", ela disse. Um trio consistente de guitarra, baixo e piano estava tocando um blues acústico com sabor de jazz.
"Eu também. Eles são populares por aqui."
Ela sempre gostou de guitarra acústica, o jeito como conseguia ouvir a vibração sob a pele dos dedos calosos dos músicos tocando as cordas. Algo nisso viajava por sua espinha.
Ela estava tão imersa na música que demorou alguns segundos para perceber que a mão de Oliver estava de volta em sua coxa. Sua coxa nua, sob a roupa. Ele não subiu; a mão ficou bem onde estava, levemente a acariciando.
"Eu acredito que você já checou minha lingerie", ela disse.
"Eu chequei. Agora estou fazendo porque gosto de tocar você."
"Entendo." Ela tomou outro gole do champanhe e observou a banda, resolutamente tentando ignorar o que ele estava fazendo. O que ele estava fazendo com ela.
Era muito fácil imaginar aquelas grandes e confiantes mãos subindo... por outros lugares, e ela não sabia se era a ideia ou a bebida ou a música ou a temperatura ou a combinação de tudo, mas ela estava começando a se sentir quente novamente.
"Dança comigo, Chloe", ele disse suavemente.
Bem, ela não esperava por essa, esperava? E mais uma vez não havia como escapar sem deixar Oliver perceber que ela estava com medo. Dele.
Ela pegou a mão dele e o deixou puxá-la da cadeira. Ele a levou para um lugar aberto ao lado do terraço, e a puxou para seus braços.
Ele não teve pressa, como se estivesse saboreando o momento; deslizando as mãos ao redor da cintura dela, puxando-a perto. Uma mão parando naquele espaço que ele parecia gostar no fim de suas costas; a outra subindo a mão dela para descansar em seu peito.
Era... perturbador o quanto eles se encaixavam bem. Ela deitou a cabeça abaixo do queixo dele como se pertencesse ali.
Tinha sido tudo difícil do jeito que ela imaginou que seria. E com isso ela queria dizer que tudo tinha sido bom do jeito que imaginou que seria. Ele era grande e quente e sólido e musculoso e tinha um cheiro delicioso. Seu coração acelerou novamente, como quando estava no labirinto.
Como se estivesse ouvindo seus pensamentos, a cabeça dele aproximou-se da dela. "Seu cabelo tem um cheiro bom", ele murmurou.
Oh meu Deus. "Eu lavei, como prometi", ela disse, tentando corajosamente se recompor.
Aquela mão ao redor da cintura dela começou a acariciar a curva de suas costas. "Eu já te disse o quanto você está bonita esta noite?" ele sussurrou em seu ouvido.
Ela engoliu em seco. "Você disse que gostava do meu vestido." Ela estava tendo dificuldade em respirar entre as frases.
"Eu gosto de você neste vestido. Eu gosto de tudo sobre você neste vestido."
Eu não posso fazer isso Eu não posso fazer isso Eu não posso fazer isso.
Ela podia sentir suas defesas fraquejando: o cenário romântico, a música sensual, a brisa. A sensação de estar nos braços dele. Seus seios, seu núcleo aquecido, parecia pesado; seus membros e espinha estavam lânguidos, moles.
Ela honestamente não fazia ideia de como isso podia ser tão difícil. Mas era tarde e a bebida provavelmente não estava ajudando e ele a vinha afetando a noite toda. Seus joelhos pareciam gelatina, e ela estava literalmente tremendo um pouco, em todo lugar.
Ela não imaginava que seria de grande ajuda desejar que ele não tivesse percebido. Ele sabia muito bem o efeito que tinha nas mulheres; e esse era o motivo da noite de hoje.
Ela não conseguia se impedir de ficar tensa, não conseguia impedir seu corpo de derreter contra o dele. Não conseguia impedir seu corpo de derreter, ponto final. Não conseguia fechar a porção de seu cérebro que desejava ceder, passar os braços ao redor do pescoço dele e puxar sua cabeça até a dela, que se danasse a aposta.
"Chloe", ele disse, sua voz rouca. Ele colocou um dedo sob o queixo dela, inclinando seu rosto pra ele.
Eles olharam silenciosamente um dentro dos olhos do outro. Seu polegar traçando o lábio inferior dela.
"Eu..." ela tentou, mas sua boca estava muito seca. Ela engoliu e tentou novamente. "Eu acho que deveríamos ir embora daqui."
Alguma coisa brilhou nos olhos dele. Ela não tinha certeza se era o triunfo que ela esperava ver; parecia mais... bem, desejo desenfreado.
"Acho que você está certa."
*-*-*-*
O braço continuou ao redor de sua cintura, segurando-a contra ele na descida do elevador. No carro, ele sentaram com os quadris colados - ela praticamente sentada em seu colo - enquanto ele brincava com a barra de seu vestido, acariciando suas coxas, correndo o dedo gentilmente pelo decote que revelava seu colo. Ela observou as mãos dele, sua respiração irregular, mas evitou encontrar seus olhos. Ele não parecia preocupado com isso.
A limusine ficou na calçada enquanto entravam na Watchtower. Oliver a encostou na parede ao lado do elevador, as mãos nos quadris dela, e desceu os lábios sobre os dela. Apenas pairando sobre eles, não a beijando de fato.
Para o inferno com isso, ela pensou. A esta altura ela podia admitir - mesmo que só pra si mesma - que queria saber qual era a sensação. Ela inclinou a cabeça numa fração de segundos e ele aceitou a deixa, mal roçando sua boca na dela.
"Só um gostinho", ele arfou. Ele correu os lábios nos dela novamente, mais uma carícia do que um beijo, sua língua levemente tocando a dela. Ela respirou fundo, apertando o botão pra chamar o elevador que estava atrás dela.
Quando as portas se abriram, ela passou pela entrada. "Obrigado pela adorável noite", ela disse, ainda sem fôlego. "Eu vou me despedir aqui. Não ia querer lhe dar a ideia errônea de que vou pedir pra você subir." Ela apertou o dedo no botão e se recostou na parede, observando-o atentamente. A última coisa que viu antes das portas se fecharem foi a expressão chocada no rosto de Oliver.
_________
QUATRO
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"Este é outro lugar onde venho algumas vezes, depois da patrulha", ele disse. Ela se virou pra ele, surpresa. Ele deu de ombros. "É quieto aqui. Bonito. Um bom lugar pra pensar e relaxar."
"Interessante."
"O que?"
"Que você seja atraído por lugares calmos e contemplativos. A maior parte da sua vida é de domínio público. Como se você estivesse num aquário."
"Exatamente. É por isso que eu preciso de lugares como este, e do aquário. Eles são antídotos para as outras partes da minha vida. É como ser o Arqueiro Verde. Eu faço isso nas sombras, sem paparazzi, sem repórteres. Parece muito mais real do que a maior parte das outras coisas que eu faço."
Ela lhe deu um olhar de lado. "Você está honestamente tentando me dizer que toda a bebida e a mulherada e toda devassidão é uma máscara para acobertar sua identidade vigilante, e você de fato é essa pessoa melancolicamente solitária e misteriosa? Porque não sei se acredito."
"Não, você está certa. É provavelmente só uma cantada que estou usando pra levar você pra cama", ele disse.
Agora ela não sabia se ele estava brincando ou não. E se ele não estava...
Sua consciência pesou. Ela o vinha julgando errado todo esse tempo, não se incomodando em olhar além da personalidade pública? Ela, de todas as pessoas, sabia que havia mais nele do que sua reputação de playboy.
"Cuidado", ele avisou, sua mão na cintura dela de novo. O pavimento tinha mudando para lajotas. "Seus sapatos estão confortáveis?" Ele olhou para os pés dela.
"Eles estão bem."
Embora o parque não abrisse normalmente à noite, estava belamente iluminado agora: postes de luz pitorescos no gramado, iluminação indireta fornecida por canteiros e arbustos, e pequenas luzinhas espalhadas pelo lugar.
O feito era romântico, até mágico. Como no aquário. Mais uma vez ela teve que lhe dar crédito por escolher algo tão perfeito.
"Esta é uma das minhas partes favoritas", ele disse, conduzindo-a por um caminho lateral. Vegetação exuberante e orquídeas roxas e brancas dando lugar a uma clareira com uma lagoa artificial e uma pequena ponte de madeira arqueando sobre ela.
Mais iluminação sutil ali: a silhueta dos peixes coloridos nadando sob as luzes subaquáticas e lanternas japonesas penduradas acima. As bordas da lagoa cravejadas com plantas verdes e bancos de pedra rústica.
Eles caminharam sobre a ponte, parando no meio. Chloe respirou fundo e se recostou contra a grade. O ar estava perfumado por flores exóticas; água caindo das pequenas fontes criando um som confortável ao fundo.
"Eu entendo porque você gosta de vir aqui", ela disse. "É bem calmante."
Oliver se recostou ao lado dela, ombro com ombro. Ele deslizou a mão e entrelaçou os dedos nos dela, sem encará-la. "É."
Ela decidiu não reclamar dele segurando sua mão. Por agora.
Eles ficaram parados ali por um tempo, sem falar, só bebendo a calma beleza dos arredores. Ela podia praticamente sentir o coração acalmando, sua pressão sanguínea caindo.
O que parecia ser um pouco estranho pra ela. Ou talvez não. Ele deveria estar lhe excitando ou acalmando? Ou os dois?
De qualquer jeito, ela estava surpresa que pudessem ficar em silêncio juntos, sem ser embaraçoso ou forçado. Especialmente sob as atuais circunstâncias.
"Vamos", ele finalmente disse, ainda segurando sua mão enquanto saíam da ponte. "Tem mais uma parte do parque que eu quero te mostrar. Você gosta de desafios, certo?"
"Algumas vezes", ela disse cautelosamente. Aparentemente o tempo de relaxamento tinha acabado. "O que, eles instalaram um tabuleiro gigante de xadrez ou algo assim?"
"Melhor", ele disse. "Você verá."
O desafio em questão era um labirinto em tamanho real. "Há quanto tempo isto está aqui?" ela perguntou, espantada.
"Você disse que não vem aqui há algum tempo. Importa-se em testar suas habilidades?"
"O q... minhas habilidades no quê? Vamos disputar uma corrida até o centro?"
Ele deu de ombros. "Se você quiser." Seu tom dizia que ele duvidava que ela fosse querer.
"E... qual o prêmio, além do direito de tirar sarro do outro?"
Ele olhou para a distância, fingindo refletir. "Hmm. O vencedor tem direito de cobrar uma multa do perdedor."
"E sua multa seria...?" ela perguntou, certa de já saber a resposta.
"Oh, vamos manter as coisas simples", ele disse, um sorriso malicioso brincando em sua boca. "Que tal um beijo?"
Sabia. "Não é uma competição justa. Você é mais alto que eu, e você já viu o labirinto antes."
"E é por isso que eu vou te dar dois minutos de vantagem."
"Cinco."
"Três."
"Quatro."
"Três e meio."
"Feito."
Ele sorriu. "Eu teria te dado quatro."
"Eu teria aceito dois e meio. Vejo você no centro", ela disse, e desapareceu dentro do labirinto.
*-*-*-*
Ela deu algumas voltas com sucesso, e então estava num beco sem saída, voltou e tentou outra rota, outro beco sem saída, voltou novamente. Não havia razão em olhar o relógio - ela tinha esquecido de checar a hora quando entrou no labirinto - mas seu instinto lhe dizia que a vantagem que ele lhe dera estava prestes a acabar.
Outro beco sem saída. Droga. Normalmente ela tinha um grande senso de direção, adquirido com o estudo de mapas e plantas quando corria operações para o time, mas agora um senso de - não pânico, exatamente, ou medo, mas uma versão menor de um deles - estava interferindo. Ela pulou quando a voz dele chegou aos seus ouvidos, a pouca distância dela.
"Como está indo, Chloe?"
Ele estava perto. Muito perto. De volta ao beco sem saída, ela foi na direção oposta de sua primeira tentativa. Desta vez ela teve mais sucesso, conseguindo seguir por um corredor livre em um lado do labirinto.
Brevemente ela pensou em tentar sair ao invés de seguir; quando ele se cansasse de esperar por ela no centro, sairia e a encontraria casualmente examinando as unhas.
Não. Ele diria que era desistência e cobraria a multa.
Tentando caminhar rapidamente, mas em silêncio, ela não conseguiu suprimir um suspiro quando ouviu a voz provocante dele, ainda mais perto agora.
"Acho que estou ganhando de você, Chloe."
A serenidade que ela tinha experimentado no jardim japonês tinha ido embora. Ela estava ciente que seu mecanismo de sobrevivência havia tomado conta: seu coração estava acelerado, sua respiração também. Ela estava tão calma antes, mas agora sentia-se como...
Ela parou, tentando se recompor, quando percebeu... como uma presa.
Ele a estava fazendo se sentir caçada, perseguida, e estava fazendo de propósito. Para deixá-la abalada. Como um predador brincando com a comida.
Filho da puta.
Ela voltou a andar rápido de novo. Outra volta, então outra, e outro beco sem saída. Droga. Havia muito pra caminhar, e ela tinha aquela sensação de presa de que ele ia...
Tarde demais.
Ele caminhou em direção a ela, uma mão no bolso, a outra segurando uma rosa que ela supôs ter sido arrancada de um dos arbustos próximos. Seu coração ainda estava disparado. Ela tentou acalmar o medo que lhe apunhalava o peito. E a pequena onda de calor que descia.
É só o Oliver. Ollie. Você trabalha com ele. Você conversa com ele quase todo dia.
"Parece que posso cobrar minha multa", ele disse satisfeito, parando a um metro de distância.
"Acho que sim."
Ele se aproximou, inclinando-se, e... roçando a linha de sua mandíbula com a rosa. "Foi um esforço valoroso, no entanto", ele continuou. "Eu te trouxe uma flor."
"Estou vendo", ela disse, tentando respirar normalmente. As pétalas macias estavam acariciando seus lábios agora. "Esta é minha medalha 'Você Tentou'? Todo mundo ganha um troféu só por participar?"
"Vamos chamar de segundo lugar." Ele se inclinou, hesitando quando ela colocou a mão em seu peito.
"Nunca concordamos que o beijo seria nos lábios", ela disse.
Um lado da boca dele subiu. "Não concordamos. Sua escolha, então: onde estou permitido a beijar você?"
Ela olhou para sua mão no peito dele. O olhar dele seguiu o dela. Seu sorriso aumentou.
"Aceitável." Ele trouxe a mão dela até sua boca e deu um beijo no centro, então nas pontas de cada dedo, beijando e mordiscando-os.
"Um beijo", ela protestou. "Nós só concordamos..."
"Eu sei", ele disse, beijando seu polegar, então mordiscando a pele embaixo. "É tudo o mesmo beijo." Para seu horror, ela deu um pequeno grito que foi capaz de evitar que se tornasse um gemido completo.
Ele então foi para aquela área sensível em seu pulso novamente, beijando e lambendo, e ela estava tendo muito mais dificuldade agora do que no jantar, porque estava de pé e seus joelhos estavam tremendo. Como ela nunca soube antes quantas zonas erógenas suas mãos e pulsos continham?
Ele estendeu a rosa pra ela sem soltar sua outra mão. Ela pegou, e ele a conduziu pelo labirinto sem fazer nenhuma curva errada. Ela percebeu que ele provavelmente tinha o caminho memorizado.
Ela nem conseguiu ficar brava; era uma vantagem, mas não era trapaça. Ela tinha sido tola em subestimá-lo sobre como ele prepararia a noite em todos os seus detalhes. Por mais que ela tivesse zombado de como ele passava o tempo livre, ela sabia que ele era tão bom em seu emprego diurno quanto sendo Arqueiro Verde. E ele tinha sucesso nas duas posições por ser esperto e estar sempre preparado.
*-*-*-*
Ela estava em silêncio na limusine. "Não vai me perguntar pra onde estamos indo?" ele disse.
Ela esboçou um sorriso. "Eu teria algum sucesso?"
"Não", ele disse. "Mas minhas escolhas foram boas até agora, certo?"
O braço dele estava estendido sobre o assento atrás dela. Ele estava brincando com o cabelo em sua nuca. Ela estava tentando muito bravamente ignorar o quanto queria ir para o colo dele e se enrolar como um gato.
"Foram", ela admitiu.
O destino deles era o centro da cidade, um famoso hotel. Claro que ele tinha um cartão que dava acesso ao elevador expresso. Ela sabia que havia um clube de jazz e blues com uma das melhores vistas da cidade perto do alto do edifício, então ela não estava preocupada até que o elevador passou o andar onde ficava o clube.
Não era possível que ele tivesse reservado um quarto pra eles, certo? Oliver não podia ser tão metido. Podia?
Acabou que havia um saguão privado com um terraço que dava vistas ao clube dois andares abaixo. A música, sons mudos de copos tilintando e pessoas conversando, subiam dali.
"Você está abusando do tratamento VIP hoje, não está?" ela declarou.
"Acredite ou não, não é só uma questão de tentar impressionar você", ele disse. "Quando estou em público, as pessoas tendem a se aproximar. Amigos, conhecidos, colunistas sociais, empresários tentando marcar uma reunião, você escolhe. Eu queria passar a noite com você, e não constantemente sendo interrompido e tendo que inventar desculpas."
Era uma boa resposta, ela reconheceu. Uma mesa solitária com duas cadeiras estava próxima a grade, como no aquário. A mesa tinha outro balde de gelo com um champanhe e duas taças de cristal.
Como antes, ele puxou a cadeira pra ela, então arrastou a sua pra perto dela, antes de se sentar.
Um garçom apareceu do nada. (Sério, de onde ele tinha vindo?) "Boa noite, Sr. Queen", ele disse, assentindo a cabeça para Oliver. "O champanhe está a contento, ou o senhor preferia provar outra coisa? Ou pedir algum prato?"
Oliver olhou para Chloe. "Oh, Deus, nada de comida, por favor", ela disse. "O champanhe está ótimo." Ela decidiu que podia arriscar alguns goles. Fazia mais de uma hora desde o vinho no jantar, e a adrenalina no labirinto tinha queimado boa parte.
Oliver assentiu de volta para o garçom. "Estamos bem", ele disse. "Eu posso abrir e servir."
"Muito bem, Sr. Queen. Aproveitem a noite", o garçom disse, claramente entendendo o Você não precisa nos incomodar sutil na resposta de Oliver. Ele se retirou do mesmo jeito que tinha aparecido.
Pegando a garrafa, Oliver habilmente retirou o alumínio e removeu o arame em torno da tampa. "Normalmente eu abro controladamente, mas em ocasiões especiais, eu gosto de deixar voar", ele disse, apontando a garrafa pra cima e pra longe dos dois. Ele empurrou a tampa com os dois polegares e ela saiu voando numa festiva explosão. Ele serviu as duas taças e entregou uma a Chloe.
"Aproveitando a noite até agora, eu espero?" ele perguntou, saudando-a com sua própria taça.
"Com certeza", ela disse. "Passeio privado no aquário, jantar maravilhoso, belos jardins... como não gostar?" E eu consegui não bancar a completa idiota ainda, e ainda não dormi com você e ainda não planejo dormir, então... até agora, tudo bem.
Ele fez um leve bico. "E a companhia?"
"Muito divertida", ela disse.
Ele estendeu a mão e começou a brincar com os dedos dela novamente. "Sabe, uma coisa que esta noite me mostrou foi que precisamos sair mais vezes, você e eu."
"Você e eu. Precisamos sair mais", ela repetiu, se perguntando se tinha ouvido corretamente. "Porque...?"
"Porque eu gosto da sua companhia", ele disse. "Eu percebi que a maior parte do tempo que passamos juntos na Watchtower, falamos sobre trabalho. Mas mal fizemos isto esta noite e eu ainda me diverti mais com você do que nos meus últimos encontros combinados."
O ceticismo dela estava escrito em seu rosto, fazendo-o dar risada. "Eu sei que parece uma cantada, mas é verdade." Ele tomou um gole de seu champanhe. "E quando você diz que eu estou divertindo você, você quer dizer que estou fazendo um show e que você não acredita em uma única palavra que sai da minha boca."
Ela refletiu. "Não exatamente, não. Você teve seus momentos." Aqui e ali, no aquário e no alto da ponte, ela tinha visto alguns vislumbres do verdadeiro Oliver.
Os lábios dele tremeram. "Bem, isso é alguma coisa, eu acho."
Eles ficaram quietos por alguns momentos, deixando a música embalá-los. "Eu gosto deste grupo", ela disse. Um trio consistente de guitarra, baixo e piano estava tocando um blues acústico com sabor de jazz.
"Eu também. Eles são populares por aqui."
Ela sempre gostou de guitarra acústica, o jeito como conseguia ouvir a vibração sob a pele dos dedos calosos dos músicos tocando as cordas. Algo nisso viajava por sua espinha.
Ela estava tão imersa na música que demorou alguns segundos para perceber que a mão de Oliver estava de volta em sua coxa. Sua coxa nua, sob a roupa. Ele não subiu; a mão ficou bem onde estava, levemente a acariciando.
"Eu acredito que você já checou minha lingerie", ela disse.
"Eu chequei. Agora estou fazendo porque gosto de tocar você."
"Entendo." Ela tomou outro gole do champanhe e observou a banda, resolutamente tentando ignorar o que ele estava fazendo. O que ele estava fazendo com ela.
Era muito fácil imaginar aquelas grandes e confiantes mãos subindo... por outros lugares, e ela não sabia se era a ideia ou a bebida ou a música ou a temperatura ou a combinação de tudo, mas ela estava começando a se sentir quente novamente.
"Dança comigo, Chloe", ele disse suavemente.
Bem, ela não esperava por essa, esperava? E mais uma vez não havia como escapar sem deixar Oliver perceber que ela estava com medo. Dele.
Ela pegou a mão dele e o deixou puxá-la da cadeira. Ele a levou para um lugar aberto ao lado do terraço, e a puxou para seus braços.
Ele não teve pressa, como se estivesse saboreando o momento; deslizando as mãos ao redor da cintura dela, puxando-a perto. Uma mão parando naquele espaço que ele parecia gostar no fim de suas costas; a outra subindo a mão dela para descansar em seu peito.
Era... perturbador o quanto eles se encaixavam bem. Ela deitou a cabeça abaixo do queixo dele como se pertencesse ali.
Tinha sido tudo difícil do jeito que ela imaginou que seria. E com isso ela queria dizer que tudo tinha sido bom do jeito que imaginou que seria. Ele era grande e quente e sólido e musculoso e tinha um cheiro delicioso. Seu coração acelerou novamente, como quando estava no labirinto.
Como se estivesse ouvindo seus pensamentos, a cabeça dele aproximou-se da dela. "Seu cabelo tem um cheiro bom", ele murmurou.
Oh meu Deus. "Eu lavei, como prometi", ela disse, tentando corajosamente se recompor.
Aquela mão ao redor da cintura dela começou a acariciar a curva de suas costas. "Eu já te disse o quanto você está bonita esta noite?" ele sussurrou em seu ouvido.
Ela engoliu em seco. "Você disse que gostava do meu vestido." Ela estava tendo dificuldade em respirar entre as frases.
"Eu gosto de você neste vestido. Eu gosto de tudo sobre você neste vestido."
Eu não posso fazer isso Eu não posso fazer isso Eu não posso fazer isso.
Ela podia sentir suas defesas fraquejando: o cenário romântico, a música sensual, a brisa. A sensação de estar nos braços dele. Seus seios, seu núcleo aquecido, parecia pesado; seus membros e espinha estavam lânguidos, moles.
Ela honestamente não fazia ideia de como isso podia ser tão difícil. Mas era tarde e a bebida provavelmente não estava ajudando e ele a vinha afetando a noite toda. Seus joelhos pareciam gelatina, e ela estava literalmente tremendo um pouco, em todo lugar.
Ela não imaginava que seria de grande ajuda desejar que ele não tivesse percebido. Ele sabia muito bem o efeito que tinha nas mulheres; e esse era o motivo da noite de hoje.
Ela não conseguia se impedir de ficar tensa, não conseguia impedir seu corpo de derreter contra o dele. Não conseguia impedir seu corpo de derreter, ponto final. Não conseguia fechar a porção de seu cérebro que desejava ceder, passar os braços ao redor do pescoço dele e puxar sua cabeça até a dela, que se danasse a aposta.
"Chloe", ele disse, sua voz rouca. Ele colocou um dedo sob o queixo dela, inclinando seu rosto pra ele.
Eles olharam silenciosamente um dentro dos olhos do outro. Seu polegar traçando o lábio inferior dela.
"Eu..." ela tentou, mas sua boca estava muito seca. Ela engoliu e tentou novamente. "Eu acho que deveríamos ir embora daqui."
Alguma coisa brilhou nos olhos dele. Ela não tinha certeza se era o triunfo que ela esperava ver; parecia mais... bem, desejo desenfreado.
"Acho que você está certa."
*-*-*-*
O braço continuou ao redor de sua cintura, segurando-a contra ele na descida do elevador. No carro, ele sentaram com os quadris colados - ela praticamente sentada em seu colo - enquanto ele brincava com a barra de seu vestido, acariciando suas coxas, correndo o dedo gentilmente pelo decote que revelava seu colo. Ela observou as mãos dele, sua respiração irregular, mas evitou encontrar seus olhos. Ele não parecia preocupado com isso.
A limusine ficou na calçada enquanto entravam na Watchtower. Oliver a encostou na parede ao lado do elevador, as mãos nos quadris dela, e desceu os lábios sobre os dela. Apenas pairando sobre eles, não a beijando de fato.
Para o inferno com isso, ela pensou. A esta altura ela podia admitir - mesmo que só pra si mesma - que queria saber qual era a sensação. Ela inclinou a cabeça numa fração de segundos e ele aceitou a deixa, mal roçando sua boca na dela.
"Só um gostinho", ele arfou. Ele correu os lábios nos dela novamente, mais uma carícia do que um beijo, sua língua levemente tocando a dela. Ela respirou fundo, apertando o botão pra chamar o elevador que estava atrás dela.
Quando as portas se abriram, ela passou pela entrada. "Obrigado pela adorável noite", ela disse, ainda sem fôlego. "Eu vou me despedir aqui. Não ia querer lhe dar a ideia errônea de que vou pedir pra você subir." Ela apertou o dedo no botão e se recostou na parede, observando-o atentamente. A última coisa que viu antes das portas se fecharem foi a expressão chocada no rosto de Oliver.
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QUATRO
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CHLOE! SUA LOUCA!!!!!
ResponderExcluirEstou passada...
Pois é, estamos todas!!!!! :D
ExcluirAs divagações da Chloe são o melhor , coitada não tem a menor chance contra ele .. Seria bizarro se eu dissesse que imaginei até o cheiro delicioso do Ollie na parte da dança kkkk sério é impressão minha ou o verão chegou mesmo , por que derepente ficou tão quente aqui........
ResponderExcluirAlice
kkkkkkkkkkk
ExcluirBoa, Alice!
GIL
Não seria nada bizarro, Alice... rs... acho que o verão não chegou só aí não, kkk...
ExcluirSó disso: "nossa" e "chloe, sua persistente idiota."
ResponderExcluirPois é, Chloe enlouqueceu, só pode! :D
ExcluirChloe WTF?
ResponderExcluirExatamente! :D
ExcluirOMG!!!!!!!!
ResponderExcluirEstou adorando e super curiosa para saber o final.
Karina, estou traduzindo o mais rápido possível... :D
ExcluirO que foi que ela fez?
ResponderExcluirSério? Ela fez isso? Ela conseguiu fazer isso??kkkk
Mas, uma coisa é certa, força de vontade ela tem... só não decidir se neste momento é algo bom!!rsrsrs
Muito bom... Adorando!!
Mais........\o/
GIL
Em breve mais, estou tentando traduzir o mais rápido que consigo, é que o tempo anda escasso... A Chloe é uma louca varrida, só pode!!!! Eu sei que eu não teria essa força de vontade, rs...
ExcluirFalta de tempo é mesmo uma droga! =/
ExcluirMas, sem problema, Sofia!
GIL
Ah muito boa essa fic, Chloe é uma heroína meu, eu tinha perdido a aposta COM GOSTO e ainda ia querer umas 5 revanches só pra.... só pra ter certeza!!
ResponderExcluirGente o que é esse homem? nem precisa de aquário, jardim, só ele mesmo. Num celeiro, num lugar com quatro paredes nem precisa ter mobília nada... ai ai olha só o que essa fic faz... to viajando aqui...
Vilm@
Hahaha... Adorei esse comentário, Vilm@... Tudo que você falou: EXATAMENTE!!!
Excluir:D
Sofia, cadê o resto da tradução? Mega curiosa!
ExcluirLiliane
Oi, Liliane, colei o link no final do capítulo. Aproveite a leitura! :D
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